Conselho Federal de Psicologia deseja boas festas

2018 foi um ano produtivo e desafiador. Em meio ao cenário atual, o Conselho Federal de Psicologia manteve-se atuante, realizando várias ações direcionadas à categoria e à sociedade.

Foram diversas atividades promovidas no intuito de enriquecer e aproximar a ciência psicológica de sua prática, visando sempre o cuidado, o compromisso ético e a função do Conselho.

Foi possível acompanhar com transparência e agilidade muitas ações do CFP, ao vivo, por meio de transmissões on-line de eventos e Diálogos Digitais.

Foi um ano de concretização de antigas reivindicações da categoria, como a nova carteira de identidade profissional; a nova resolução sobre atendimento psicológico on-line; o reconhecimento da Avaliação Psicológica como especialidade da Psicologia; a aquisição de um novo Sistema Cadastral totalmente digital e que dá acesso para a categoria a diversos serviços; a atualização do manual de procedimentos administrativos e financeiros, que não era revisado desde 2007. Tudo isso aprovado pela Assembleia de Políticas, de Administração e de Finanças (Apaf) em conjunto com todos os Conselhos Regionais de Psicologia.

O ano de 2018 marcou o retorno da Revista Diálogos, que voltou a ser produzida após um hiato de seis anos. Também foram lançadas novas publicações, como referências técnicas e cinco números da Revista Ciência e Profissão, entre elas uma edição especial, sobre os 15 anos do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi).

2018 também foi o ano da 5ª e maior edição do Congresso Brasileiro Psicologia: Ciência e Profissão, que colocou em evidência a união da Psicologia brasileira, aberta ao diálogo com todas e todos que querem pensar uma Psicologia que promova a igualdade, o respeito e a defesa dos direitos humanos como condições inegociáveis.

E a defesa dos direitos humanos, balizadora da atuação profissional da Psicologia e presente nos princípios do código de ética, também esteve presente este ano nas ações do CFP, inclusive com a publicação da Resolução 01/2018, que orienta psicólogas e psicólogos a atuar, no exercício da profissão, de modo que as travestilidades e transexualidades não sejam consideradas patologias, e de forma a contribuir para a eliminação da transfobia. Também foi o ano de intensa defesa da Resolução 01/99, que determina que não cabe a profissionais da Psicologia no Brasil o oferecimento de qualquer tipo de prática de reversão sexual.

Com a chegada de um novo ano, o CFP chama as psicólogas e os psicólogos a seguirem juntas(os) para fazer de 2019 um ano repleto de realizações, de lutas e novas conquistas, onde o CFP seguirá construindo a Psicologia brasileira cada vez mais diversa e inclusiva, com ética profissional e comprometida com a garantia de direitos.

CFP é titular no Conselho de Promoção da Igualdade Racial pela 1ª vez

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) assumiu nesta quarta-feira (19) representação no Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), biênio 2019/2020. Representado pela conselheira Célia Zenaide, esta é a primeira vez que o CFP assume a titularidade no CNPIR. A data da cerimônia de posse coincidiu com o aniversário de 16 anos da Resolução do CFP N.º 018/2002, que estabelece normas de atuação para as psicólogas(os) em relação ao preconceito e à discriminação racial.

“A sociedade civil no CNPIR é formada majoritariamente pelos movimentos sociais, então ter o CFP enquanto categoria nesse Conselho traz um outro recorte, um outro lugar, uma dinâmica onde a gente pode pautar não apenas as questões da categoria, como da sociedade, pois lidamos diretamente com essas populações”, explicou Célia.

Ao compor a mesa de abertura da cerimônia, Célia Zenaide falou sobre os objetivos de atuação do CNPIR. “Nós precisamos lembrar das populações que este Conselho representa enquanto ferramenta de controle social, eu quero trazer a pauta a população LGBT negra, as populações de terreiro, os povos tradicionais, a juventude negra, os povos indígenas. Nós somos uma população que tem um marcador social e ele diz sobre a nossa tonalidade da pele, orientação sexual, religiosidade, tradição, nós trazemos esses marcadores enquanto cultura e nós sofremos violações”, destacou.

Ainda segundo a conselheira, a expectativa do assento no Conselho é de continuar pautando pelo desenvolvimento das políticas de ações afirmativas para a população contemplada pelo CNPIR. “Assim como a população negra compõe a maior parte da população brasileira em conjunto com os povos tradicionais, os povos indígenas, queremos continuar não só nos números, mas de uma forma que nós sejamos visibilizados e não apagados”, acredita.

Segundo o secretário Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e também presidente do CNPIR, Juvenal Araújo, o CNPIR tem uma importância fundamental para o desenvolvimento das políticas de promoção da igualdade racial de forma efetiva e permanente.

O Conselho é composto por representantes de organizações gerais do Movimento Social Negro; das comunidades tradicionais de matriz africana e terreiros; juventude negra; LGBT negra(o); mulheres negras; quilombolas negras(os); trabalhadoras(es) negras(os); povos indígenas; comunidades cigana, judaica e árabe. Também integram o colegiado representantes das temáticas da saúde, comunicação, educação, pesquisa e meio ambiente.

CNPIR – O CNPIR é um órgão colegiado, de caráter consultivo e integrante da estrutura básica da Seppir. Sua principal missão é propor políticas de promoção da igualdade racial, com ênfase na população negra e outros segmentos raciais e étnicos da população brasileira.

Além do combate ao racismo, o CNPIR tem por missão propor alternativas para a superação das desigualdades raciais, tanto do ponto de vista econômico quanto social, político e cultural, ampliando, assim, os processos de controle social sobre as referidas políticas.

CFP assume representação no Conselho Nacional de Saúde

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) assume a representação como entidade de profissionais de saúde no Conselho Nacional de Saúde (CNS). A conselheira do CFP Marisa Helena Alves é a nova titular para a gestão 2018-2021. A cerimônia de posse ocorreu na última sexta-feira (14). Ao todo, assumem 143 conselheiros e conselheiras, entre titulares e suplentes. Desses, 48 são novas(os) titulares que vão ter a importante função de deliberar e fiscalizar as políticas de saúde no Brasil.

“A categoria dos psicólogos está muito presente na política pública de saúde, então é de uma importância muito grande fazer parte do CNS, participar dos debates e discussões sobre as políticas de saúde para o Brasil, principalmente nesse lugar de controle social”, afirma Marisa Helena Alves.

Ainda de acordo com a conselheira, a atual conjuntura de desmonte e retrocessos nas Políticas Públicas – principalmente no que tange a Saúde Mental – torna ainda mais relevante a participação do CFP nessa representação. “Foram modificadas várias conquistas relacionadas à política para a saúde mental que já estavam sedimentadas, consolidadas, como, por exemplo, a volta dos manicômios, a internação das pessoas sem direito garantido de ir e vir, que já estava garantido pelas políticas da Rede de Atenção Psicossocial (Raps)”, explica Marisa Helena.

A conselheira ainda lembra que é importante fazer resistência junto a outros segmentos sociais, a outras categorias e espaços coletivos para garantir que o conquistado permaneça e avance na medida do possível. “Embora a gente não tenha consideráveis avanços nesse momento, não devemos perder a esperança. A luta continua exatamente para garantir que avance e não retroceda mais”, completa.

CNS

O Conselho Nacional de Saúde é formado por 48 conselheiras(as) titulares e suas(seus) respectivas(os) primeira(o) e segunda(o) suplentes, 50% de representantes de entidades e dos movimentos sociais de usuárias(os) do SUS; e 50% de representantes de entidades de profissionais de saúde, de representantes de governo, incluída a comunidade cientifica da área da saúde, de entidades de prestadores de serviço de saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde – Conass, do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde – Conasems e de entidades empresariais com atividade na área da saúde.

Nota de apoio às mulheres que denunciaram violência sexual

O Sistema Conselhos de Psicologia, constituído pelos 23 Conselhos Regionais de Psicologia e pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), reunidos durante Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças (Apaf), nos dias 14, 15 e 16 dezembro de 2018, vem a público manifestar solidariedade a todas mulheres que denunciaram violência sexual sofrida em estabelecimento religioso no Estado de Goiás.

No último mês, casos de violência contra a mulher ganharam as mídias e redes sociais, suscitando um grande debate a respeito do tema. Violências que são cotidianas na vida de muitas mulheres brasileiras anônimas tornaram-se manchete devido à particularidade de terem ocorrido em ambiente de cunho religioso, somado a isso, tais violências ocorreram em momento de fragilidade pessoal das mulheres.

Em relação a esta situação, ressalta-se o compromisso da Psicologia brasileira de apoio e solidariedade a todas as pessoas em situação de violência, bem como reafirma a defesa da garantia dos direitos humanos.

Destaca-se a importância de escutar com empatia os relatos que surgiram nas diferentes mídias, pois nesse momento em que as mulheres encontraram a possibilidade de denunciar a violência sexual sofrida, faz-se importante o apoio coletivo da sociedade.

Por isso a necessidade de proteger as mulheres da exposição e repercussão nas mídias sociais, evitando a propagação de mensagens com explicações causais dos fatos, culpabilizando e/ou julgando pessoas de forma preconceituosa, reducionista e fragmentada. É de suma importância abordar situações de violência sexual, considerando a complexidade desse fenômeno, que envolve aspectos individuais, coletivos, culturais, econômicos e políticos.

As violências sexuais ferem a intimidade das pessoas. É difícil para as mulheres falarem de algo que é cercado por tabu e preconceito. Com relação aos aspectos psicológicos encontrados em pessoas em situação de violência, é necessário frisar que o sentimento de vergonha e culpa são intensos. A maioria das vítimas de violências sexuais acreditam que algo que elas possuem em seu corpo, e/ou em sua maneira de ser, atrai essa forma de violência. Culpa construída historicamente em razão da cultura do estupro, do machismo e do patriarcado. A culpa não é e nunca será da vítima.

O ato de denunciar situações de violência envolve um processo de muito sofrimento, onde mulheres ensaiam repetidamente como revelar e ao mesmo tempo evitam a revelação pelo medo de não serem compreendidas, julgadas e responsabilizadas pela violência em que, na verdade, foram as vítimas. Em especial, nessa situação, há fatores que aumentam a vulnerabilidade por se tratar de mulheres que buscaram ajuda espiritual, em momento de dor, angústia e desespero, e ali depositavam esperança de cura.

Reafirmamos o compromisso da Psicologia com a construção de uma sociedade que respeite a diversidade, que seja democrática e que trate com dignidade e respeito todas as pessoas que denunciam as violações de direitos.

CFP toma posse em nova gestão do Conselho Nacional dos Direitos Humanos

Foram empossadas(os), nesta segunda-feira (10), novas as conselheiras e conselheiros eleitos para o biênio 2018-2020 no Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH). Para a próxima gestão, o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Rogério Giannini, assume a vaga dessa representação, sendo a terceira vez que o CFP atua como conselheiro na CNDH, desde 2014.

O presidente do CFP reconhece o CNDH como um instrumento fundamental para a sociedade, o qual afirma e reafirma os princípios da Psicologia, já que no código de ética da profissão, o trabalho da psicóloga e do psicólogo, em última instância, é defesa e a promoção de direitos humanos. “Estamos aqui por mais dois anos, para continuar nessa luta”, conclui Rogério Giannini.

Na mesma oportunidade da posse, houve a eleição da nova presidência e mesa diretora e foi apresentado o Relatório de Atividades do biênio 2016-2018, com a compilação das realizações do CNDH no período, incluindo o acompanhamento de casos emblemáticos, como o massacre de Pau D’Arco e o assassinato da vereadora Marielle Franco, além de missões, resoluções, eventos, entre outras atividades.

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CDHN) é um órgão do estado brasileiro, desvinculado dos governos e tem uma independência funcional.  Ele é um órgão colegiado de composição paritária que tem por finalidade a promoção e a defesa dos direitos humanos no Brasil através de ações preventivas, protetivas, reparadoras e sancionadoras das condutas e situações de ameaça ou violação desses direitos, previstos na Constituição Federal e em tratados e atos internacionais ratificados pelo Brasil.

Relatório sobre comunidades tradicionais

À tarde, durante o evento, o conselheiro do CFP Paulo Maldos apresentou o documento “Povos Livres, Territórios em Luta – Relatório sobre os Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais”. No texto, que contêm 76 páginas, são abordados os conceitos de povos e comunidades tradicionais, as quatro missões realizadas pela CNDH pelo país, principais violações que esses sofreram segundo os relatos, além de recomendações.

Durante a leitura, Maldos elencou as agressões que essas comunidades vêm sofrendo tanto por agentes do Estado, quanto por interesses comerciais naquelas regiões. Entre os relatos, o conselheiro do CFP que fazia parte do CNDH na gestão anterior classificou como “chocante” o caso ocorrido na Comunidade Antônio Maria Coelho, no município de Corumbá (MS), destacando que a empresa mineradora MMX tentou destruir o cemitério daquela localidade.

Leia mais

CFP renova mandatos em conselhos de direitos

CFP é premiado por atuação em Direitos Humanos

 

Diálogo Digital vai abordar proteção e respeito às pessoas com HIV

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai realizar na próxima semana, dia 20 de dezembro, às 16h, o Diálogo Digital: a Psicologia em proteção e pelo respeito às pessoas com HIV. A atividade marca o Dia Internacional da Luta contra a Aids, comemorado anualmente em 1º de dezembro e será transmitida ao vivo pelo site do www.cfp.org.br.

Você pode participar do diálogo enviando perguntas para o e-mail comunica@cfp.org.br. Aproveite e confirme sua presença pelo facebook e ajude a divulgar o evento utilizando a hashtag #DiálogosCFP nas redes sociais.

Participam desta edição o psicólogo com experiência em Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e Aids, Direitos Humanos da população LGBT e pessoas vivendo com HIV e Aids, Theofilo Gravinis; a diretora técnica do Núcleo de Populações Vulneráveis da gerência de Prevenção do programa Estadual de DST Aids, Fabíola Santos Lopes; e a consultora técnica em Assistência e Tratamento, do Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Paula Emília Adamy.

Sob o olhar da Psicologia, falar sobre viver com HIV é falar sobre afetividade, garantia de direitos e reconhecer o momento do luto e a hora da ressignificação. É também reconhecer a importância da presença da sociedade civil organizada na participação de propostas e manutenção de políticas públicas para pessoas que vivem com HIV.

No Brasil, segundo o último boletim epidemiológico do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), do HIV/Aids e das hepatites virais, no período de 2000 até junho de 2017, foram notificadas 108.134 gestantes infectadas com HIV. Portanto, essa informação mostra a necessidade de manter ativos os espaços de diálogo sobre direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, pois a epidemia de HIV/Aids evidencia um número significativo de mulheres infectadas com HIV, com práticas sexuais heterossexuais, que em sua maioria relatam viver relações monogâmicas com seus parceiros, e que muitas vezes também são vítimas de violência doméstica.

Outra constatação, segundo o mesmo boletim, é o aumento de novos casos entre a população de jovens e jovens adultos. No período de 2007 a 2017, o que se refere às faixas etárias, observou-se que a maioria dos casos de infecção pelo HIV encontra-se entre pessoas de 20 a 34 anos, com percentual de 52,5% dos casos.

Todos esses números, entretanto, poderiam ser bem maiores, pois o que fez toda a diferença no crescimento e no perfil da epidemia de HIV/Aids no Brasil, foi o avanço nos últimos 10 anos das políticas públicas e campanhas que buscavam reduzir o estigma e o preconceito. Houve também o aumento de recursos para capacitações de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), o investimento no diagnóstico precoce com uso de novas tecnologias, como o teste rápido e o fluido oral, e o aumento de novos serviços especializados em IST e Aids em todo Brasil.

Com isso, entre muitos desafios que a epidemia de HIV e Aids, é urgente a manutenção das políticas públicas relacionadas aos programas de IST e Aids, tanto nos municípios como nos estados, pois uma política de saúde que investe na autonomia das pessoas e não no policiamento dos corpos, oferece uma maior possibilidade de sucesso de seus resultados. Também é necessária a continuidade das equipes multiprofissionais, a ampliação dos espaços de diálogo, o respeito e o reconhecimento de profissionais da Psicologia que atuam na linha de frente do enfrentamento a epidemia de HIV e Aids.

O Dia Mundial de Luta contra a Aids foi criado durante Assembleia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988, após publicação de portaria assinada pelo Ministério da Saúde. Em outubro de 2017, foi aprovada pelo Senado Federal a Lei 13.504, que instituiu a Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. O laço vermelho, símbolo da campanha, é muito popular e reconhecido em todo o mundo. Foi escolhido devido a sua associação ao sangue e à ideia de paixão, afirma Frank Moore, do grupo Visual Aids, e inspirado no laço amarelo que honrava os soldados americanos na Guerra do Golfo.

Aqui no Brasil, o dia 1° de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids, é uma data que marca a luta e resistência, momento unir forças a favor da vida de mais de 800 mil pessoas que vivem com HIV no país: homens, mulheres, crianças, idosos, jovens, heterossexuais, bissexuais e homossexuais que vivem com HIV.

Conheça as(os) participantes convidadas(os) desta edição do Diálogo Digital:

Theófilo Gravinis

Psicólogo clínico com formação em Psicodrama, especialista em Gestão em Saúde – Fundação Oswaldo Cruz (RJ). Experiência em IST e Aids, Direitos humanos da População LGBT e Pessoas Vivendo com HIV e Aids. É professor visitante da Escola de Saúde Publica do Ceará. Experiência profissional no SUS e SUAS, ex conselheiro do CRP- 11 e atuação de consultoria junto a Unicef.

Fabíola Santos Lopes

Psicóloga atuou por 15 anos na Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, estando a frente do Departamento de Proteção Social Especial na implantação do Suas no Estado de São Paulo. Atualmente é diretora técnica do Núcleo de Populações Vulneráveis, da gerência de Prevenção do programa Estadual de DST Aids, sendo interlocutora das questões que afetam a população LGBTI. É também representante da Secretaria de Estado da Saúde no Comitê Intersecretarial para a Diversidade Sexual e no Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT.

Paula Emília Adamy

Psicóloga Sanitarista graduada em Psicologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, pós-graduada em Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva e em Saúde Coletiva com ênfase em Atenção Básica e Redução de Danos pela Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul. Possui especialização em Educação Permanente em Saúde e é mestre em Psicologia Social e Institucional pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É consultora técnica para a área de Assistência e Tratamento, do Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

Avaliação psicológica: cirurgia bariátrica e de readequação genital

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai promover na próxima quarta-feira, 5 de dezembro, às 16h, mais um Diálogo Digital, dessa vez  sobre o tema “Avaliação Psicológica: cirurgia bariátrica e de readequação genital”.  Esse é o último da série de Diálogos Digitais de 2018 sobre avaliação psicológica, que fazem parte da Campanha dos 15 anos do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi).

Você pode participar do diálogo enviando perguntas para o e-mail comunica@cfp.org.br. Aproveite e confirme sua presença pelo facebook e ajude a divulgar o evento utilizando a hashtag #DiálogosCFP nas redes sociais.

Assista on-line

Diálogo Digital Avaliação Psicológica: cirurgia bariátrica e de readequação genital

? AO VIVODiálogo Digital Avaliação Psicológica: cirurgia bariátrica e de readequação genital. ?Deixe seu comentário e compartilhe esta transmissão!

Publicado por Conselho Federal de Psicologia em Quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Participam do diálogo a psicóloga Ana Paula Noronha, doutora em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/Campinas), Fernanda Gonçalves, psicóloga, doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro pelo Instituto de Psiquiatria e Ângelo Brandelli Costa, professor do Programa de Pós-graduação em Psicologia.

A cirurgia bariátrica tem o objetivo de promover qualidade de vida, mas pesquisas revelam altas correlações no pós-operatório como suicídio, depressão, comportamento antissocial entre outros, tornando urgente a necessidade da discussão da referida temática. Sendo assim, o procedimento exige o acompanhamento de equipe multiprofissional para sua autorização e realização. Dentre os exames obrigatórios está o atestado de saúde mental, que poderá ser emitido por psicólogos e psiquiatras.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), em pesquisa realizada em 2017, revelou que entre 2008 e 2016, o número de cirurgias bariátricas realizadas no Brasil cresceu 163%.

Mas apesar da grande demanda de avaliação psicológica para o contexto da cirurgia bariátrica, existe uma escassez de estudos e instrumentos que possuam evidência de validade para o referido contexto. Além das deficiências técnicas, existem muitos problemas éticos que envolvem o processo de avaliação psicológica e que podem impactar no adoecimento do paciente no pós-cirúrgico.

Cirurgia de readequação genital

A maneira como a sociedade tem encarado a diversidade de gênero tem sofrido grandes transformações recentes. A transexualidade e travestilidade tem sido vistas como uma variação da normalidade, da diversidade humana e menos como uma psicopatologia.

Essas transformações repercutiram nas áreas da saúde, em especial na psicologia. Um exemplo disso é a nova edição da Classificação Internacional de Doenças, que removeu a transsexualidade do capítulo de doenças mentais para um capítulo de saúde sexual geral.

Sendo assim, a crescente estruturação do processo transexualizador no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede privada de serviços de saúde, é importante discutir o papel da Psicologia na avaliação e encaminhamento das pessoas trans e travestis, como no caso da realização de cirurgia de readequação genital.

Refletindo essa tendência, o CFP publicou no início deste ano a Resolução 001/2018, que trata das boas práticas na atenção em saúde das pessoas trans e travestis no contexto da Psicologia, inclusive da avaliação psicológica.

Conheça os participantes do Diálogo Digital:

Ana Paula Noronha é doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/Campinas) e professora do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Psicologia da Universidade São Francisco. Pesquisa os temas avaliação e testes psicológicos. É bolsista produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)  e integrante da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP) do CFP.

Fernanda Gonçalves é psicóloga, doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro pelo Instituto de Psiquiatria, mestre em avaliação psicológica e construção de instrumentos, docente da universidade Estácio de Sá, editora da revista psicologia e Conexões.

Ângelo Brandelli Costa é professor do Programa de Pós-graduação em Psicologia, coordenador do Grupo de Pesquisa Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais, pesquisador do Programa de Identidade de Gênero do Hospital de Clínicas de Porto alegre e Conselheiro Titular do Conselhor Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul.

Saiba quais foram os demais diálogos digitais deste ano em comemoração aos 15 anos do Satepsi:

Diálogo Digital: Avaliação Psicológica e Inclusão

Diálogo Digital do CFP discute testes psicológicos

Diálogo digital: avaliação psicológica compulsória

 

 

A Psicologia em proteção e pelo respeito às pessoas com HIV

Para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids,  o Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai promover, dia 20 de dezembro, às 16h, o Diálogo Digital: a Psicologia em proteção e pelo respeito às pessoas com HIV. A atividade, que marca o Dia Internacional da Luta contra a Aids, comemorado anualmente em 1º de dezembro, será transmitida ao vivo pelo site do www.cfp.org.br.

Você pode participar do diálogo enviando perguntas para o e-mail comunica@cfp.org.br. Aproveite e confirme sua presença pelo facebook e ajude a divulgar o evento utilizando a hashtag #DiálogosCFP nas redes sociais.

O Dia Mundial de Luta contra a Aids foi criado durante Assembleia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988, após publicação de portaria assinada pelo Ministério da Saúde. Em outubro de 2017, foi aprovada pelo Senado Federal a Lei 13.504, que instituiu a Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (o Dezembro Vermelho). O laço vermelho, símbolo da campanha, é muito popular e reconhecido em todo o mundo. Foi escolhido devido a sua associação ao sangue e à ideia de paixão, afirma Frank Moore, do grupo Visual Aids, e inspirado no laço amarelo que honrava os soldados americanos na Guerra do Golfo.

Sob o olhar da Psicologia, falar sobre viver com HIV é falar sobre afetividade, garantia de direitos e reconhecer o momento do luto e a hora da ressignificação. É também reconhecer a importância da presença da sociedade civil organizada na participação de propostas e manutenção de políticas públicas para pessoas que vivem com HIV.

No Brasil, segundo o último boletim epidemiológico do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), do HIV/Aids  e das hepatites virais, no período de 2000 ate junho de 2017, foram notificadas 108.134 gestantes infectadas com HIV. Portanto, essa informação nos apresenta a necessidade de manter ativos os espaços de diálogo sobre direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, pois a epidemia de HIV/Aids evidencia um número significativo de    mulheres infectadas com HIV, com práticas  sexuais heterossexuais, que em sua maioria relatam viver relações monogâmicas com seus parceiros, e que muitas vezes também são vítimas de violência doméstica.

Outra constatação, segundo o mesmo boletim, é o aumento de novos casos entre a população de jovens e jovens adultos. No período de 2007 a 2017, o que se refere às faixas etárias, observou-se que a maioria dos casos de infecção pelo HIV encontra-se entre pessoas de 20 a 34 anos, com percentual de 52,5% dos casos.

Acreditamos que todos esses números poderiam ser bem maiores, pois o que fez toda a diferença no crescimento e no perfil da epidemia de HIV/Aids no Brasil, foi o avanço nos últimos 10 anos  das políticas públicas e campanhas que buscavam reduzir o estigma e o preconceito. Houve também o aumento de recursos para capacitações de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), o investimento no diagnóstico precoce com uso de novas tecnologias, como o teste rápido e o fluido oral, e o aumento de novos serviços especializados em IST e Aids em todo Brasil.

Com isso, entre muitos desafios que a epidemia de HIV e Aids,  é urgente a manutenção das políticas públicas relacionadas aos programas de IST e Aids, tanto nos municípios como nos estados, pois uma política de saúde que investe na autonomia das pessoas e não no policiamento dos corpos, oferece uma maior possibilidade de sucesso de seus resultados. Também é necessária a continuidade das equipes multiprofissionais, a ampliação dos espaços de diálogo, o respeito e o reconhecimento dos nossos profissionais da Psicologia que atuam na linha de frente do enfrentamento a epidemia de HIV e Aids.

Sendo assim, o dia 1° de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids, é uma data que marca a luta e resistência, momento unir forças a favor da vida de mais de 800 mil pessoas que vivem com HIV no Brasil: homens, mulheres, crianças, idosos, jovens, heterossexuais, bissexuais e homossexuais que vivem com HIV.

Participe da pesquisa sobre atuação das psicólogas e psicólogos na Raps

O Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop) do Sistema Conselhos de Psicologia inicia a fase quantitativa da pesquisa sobre atuação de psicólogas(os) no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). O questionário on-line ficará disponível até 29 de março de 2019.

A participação é voluntária e consiste na resposta aos itens do questionário composto por questões fechadas e abertas que permitam investigar a inserção das(os) psicólogas(os) na RAPS. Dados pessoais ou quaisquer informações que possam gerar identificação não serão disponibilizados em hipótese alguma, assegurando a confidencialidade, o sigilo e a privacidade daquelas(es) que fizerem parte da pesquisa.

Lembrando que a fase qualitativa já foi iniciada e segue ocorrendo paralelamente à fase quantitativa, com a coleta realizada nos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) de todo o país. Procure o seu regional para demais informações sobre atividades relacionadas à pesquisa.

 

V CBP: o grande encontro entre a ciência e a profissão

Entre os dias 14 e 18 de novembro, ocorreu o V Congresso Brasileiro Psicologia: Ciência e Profissão. Com mais de 14 mil inscritos, de todos os estados do país, e 5 mil trabalhos apresentados, este foi o maior congresso da história da Psicologia brasileira, mostrando uma Psicologia diversa, plural e unida.

Para o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e secretário executivo do Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (Fenpb), Rogério Giannini, o CBP já era um congressão e passou agora ao status de “congressaço”, “sendo um espaço de encontros, em que a ciência encontra a profissão e em que a ciência e profissão encontram a sociedade brasileira”.

O coordenador do V CBP e conselheiro do CFP, Fabián Rueda, afirmou que esta 5ª edição contou com o maior envolvimento da história do CBP por parte das 26 entidades quem compõem o Fenpb. “Todas arregaçaram as mangas e o produto final de 21 meses de preparação é o maior congresso da história da Psicologia brasileira”.

“O V CBP deixa em evidência a união da Psicologia brasileira. A Psicologia brasileira está dando o seu recado: nós somos muitas e muitos, diversas e diversos, somos plurais. A Psicologia brasileira está unida e dialogando com todas e todos que querem pensar uma Psicologia que promova a igualdade, o respeito e a defesa dos direitos humanos como condições inegociáveis”, declarou.

No encerramento, na noite do domingo (18), foram distribuídas rosas aos participantes. E, inspirado na já tradicional escultura humana formada pelos participantes do encontro – que nesta edição compôs a imagem intitulada “a rede”-, Fabián Rueda convidou a todas e todos presentes no auditório a unirem as mãos, como símbolo do quanto a categoria precisa estar junto para defender a Psicologia. “Com paz, união e diálogo, toda Psicologia nos interessa. Assim, nos encontraremos em 2022 no VI CBP e, até lá, ninguém vai soltar a mão de ninguém”, finalizou Rueda.

O V CBP

Durante o encontro, ocorreram diversas atividades como rodas de conversa “conversando sobre”, “mesas redondas”, “simpósios ciência e profissão” e “simpósios magnos”, “conferências”, “oficinas” “como eu faço”, os “Diálogos Impertinentes”, os “Diálogos Latino-Americanos”, as comunicações orais, e também a apresentação de pôsteres.

Vários espaços puderam ser percorridos durante a realização do congresso, como o estande do Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (Fenpb) – no qual o CFP esteve presente ativamente, distribuindo material produzido pelo Sistema Conselhos de Psicologia para a categoria –, além de espaços temáticos, como o “Espaço do Brincar”, o espaço sobre Relações Raciais, o “CORAge”, e os espaços “Corpo”, “PAZ” e “Bebê”.

O evento também foi a oportunidade para a realização de reuniões organizativas de associações, entidades e estudantes de Psicologia. Além disso, foram lançadas publicações do CFP, como a edição especial da Revista Ciência e Profissão, sobre os 15 anos do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI) e o livro Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) em Políticas Públicas de mobilidade humana e trânsito. O CFP também certificou os ganhadores do “Prêmio Profissional: Avaliação Psicológica e Inclusão”.

V CBP nas redes

O V CBP também esteve presente nas redes sociais. O Conselho Federal de Psicologia garantiu a transmissão ao vivo das principais mesas, alcançando mais de 179 mil pessoas apenas pelo Facebook do CFP. Já as postagens no Instagram foram visualizadas por 73 mil pessoas, com 10 mil curtidas ao total.