Resolução orienta criação de Ouvidorias em todo o Sistema Conselhos de Psicologia

Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a Resolução CFP 12/2022 que institui as ouvidorias no âmbito do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Psicologia. A proposta foi aprovada na última Assembleia das Políticas da Administração e das Finanças (APAF), realizada no final de abril deste ano.

Os Conselhos Regionais de Psicologia terão o prazo de 180 dias, a partir da publicação da resolução, para instituírem e implementarem o setor ou o canal de ouvidoria. Este meio de comunicação poderá ser endereço de e-mail, formulário eletrônico e/ou número de telefone exclusivo para receber as demandas de ouvidoria, e deverá estar visível no site do órgão.

A Ouvidoria terá como finalidade estimular a participação e a conscientização da categoria e da sociedade sobre o direito de receber serviços de Psicologia de qualidade. Será o canal responsável por acolher, examinar e encaminhar as demandas referentes a procedimentos e ações de conselheiros, funcionários e colaboradores do Sistema Conselhos de Psicologia.

A presidente do CFP, Ana Sandra Fernandes, destaca que a resolução publicada vai garantir um canal direto de comunicação com a categoria. 

“Os CRPs, em conjunto com o CFP, adotarão medidas para atender as psicólogas e os psicólogos com compromisso resolutivo. As Ouvidorias devem ser mais um modo de participação democrática direta da categoria profissional no Sistema Conselhos”, aponta Ana Sandra.

A responsável pela Ouvidoria no Conselho Federal de Psicologia, conselheira Izabel Hazin, fala da importância do sistema de ouvidorias para um bom fluxo no trabalho do Sistema Conselhos.

“Esta é uma resolução importante para que possamos unificar essa via de contato com toda a categoria, de forma homogênea entre todos os Conselhos Regionais e sistematizar esse processo e esse fluxo para o Conselho Federal de Psicologia”, explica a conselheira.

A Resolução é oriunda dos trabalhos do subgrupo de ouvidorias, que faz parte do Grupo de Trabalho de Tecnologia da Informação, composto por CFP, CRP-06/SP e CRP-08/PR. A minuta do texto foi discutida no 1º Encontro Virtual de Secretárias e Secretários do Sistema Conselhos de Psicologia, realizado em outubro passado.

Ouvidorias

As demandas de ouvidoria deverão ser recebidas, encaminhadas, cobradas e devolvidas com a resposta conclusiva ao solicitante externo dentro do prazo de 30 dias, contados de forma contínua.

A norma estabelece ainda que o CFP, mediante portaria, designará um funcionário encarregado e um suplente para serem responsáveis pelas demandas de ouvidoria do órgão. Além disso, a autarquia deverá designar uma conselheira ou um conselheiro para assistir às demandas na área.

A Resolução informa que a Ouvidoria não substitui nem está apta a suprir as atribuições dos demais canais de atendimento do Conselho Federal de Psicologia (CFP). O documento também aponta que, na ausência de outra determinação do CFP, as demandas de pedido de acesso à informação (E-Sic) serão atribuídas ao encarregado pela Ouvidoria, como responsável pelo encaminhamento, acompanhamento e atendimento da resposta.

Serão sete as manifestações de Ouvidoria: pedido de acesso à informação (E-Sic); denúncia; elogio/agradecimento; reclamação/crítica; pedido de simplificação; solicitação de providências; e sugestão.

Padronização nos procedimentos dos CRPs e do CFP

Também será criado um Grupo de Padronização do Atendimento (GPAt) no Sistema Conselhos de Psicologia a ser formado pelos encarregados das áreas de atendimento em cada um dos Conselhos Regionais e no CFP, além dos responsáveis pelo canal de ouvidoria, e as(os) conselheiras(os) designados para assistir às demandas de ouvidoria.

Anualmente, haverá reunião dos membros do GPAt para desenvolvimento, aprimoramento, alinhamento e padronização dos procedimentos de atendimento no Sistema Conselhos de Psicologia. A partir do encontro, será elaborado um manual consultivo de respostas e procedimentos-padrão a ser utilizado como referência por todos os CRPs.

Leia a íntegra da Resolução CFP 12/2022

Conselho Federal de Psicologia lança edição comemorativa do Código de Ética Profissional

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) lançou edição especial do Código de Ética Profissional, em celebração ao aniversário de 60 anos da regulamentação da Psicologia no país. Além de trazer a íntegra do texto do Código de Ética da Profissão, originalmente publicado em 2005, a tiragem especial inclui marcos da história da Psicologia no Brasil, além de normativas de referência para a atuação de psicólogas e psicólogos.

A edição comemorativa será enviada a todas(os) profissionais com registro ativo nos Conselhos Regionais. Psicólogas e psicólogos de todo o Brasil já estão recebendo o exemplar, e a estimativa é que a distribuição esteja finalizada até 11 de junho. Além da versão impressa, o site do CFP traz a publicação em formato digital.

“Sabemos que ainda há muito a ser feito. Mas o olhar sobre os 60 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil evidencia a formação de uma base sólida e que nos projeta para uma prática ancorada no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade e da integridade humana – princípios que norteiam o código de ética profissional de nossa categoria e que devem balizar nossa construção de futuro”, pontua a presidente do CFP, Ana Sandra Fernandes.

A edição especial do Código de Ética resgata marcos históricos dos 60 anos da regulamentação da Psicologia no país para compreender os desafios e os avanços alcançados ao longo dessa trajetória, mobilizada pelo engajamento de cientistas, profissionais, coletivos e movimentos sociais de todo o país.

O levantamento foi realizado com apoio da Sociedade Brasileira de História da Psicologia (SBHP) e dos Grupos de Trabalho História da Psicologia e História Social da Psicologia, da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP).

Comemorações dos 60 Anos da Psicologia

A edição especial do Código de Ética Profissional integra um conjunto de ações e atividades que o Conselho Federal de Psicologia está promovendo para celebrar as seis décadas de contribuições da Psicologia à sociedade, como ciência e profissão.

Ao longo deste mês, o CFP promoveu uma série de lives para debater temas essenciais da profissão: enfrentamento ao racismo; Psicologia, gênero, raça e interseccionalidade; violência no trânsito; o luto de crianças e adolescentes durante a pandemia da Covid-19; a luta anticapacitista; o teletrabalho no contexto da atual crise sanitária; e o esporte e o lazer como ferramentas para o desenvolvimento pessoal e social.

No último dia 13, uma sessão solene no Congresso Nacional reuniu parlamentares, representantes do Sistema Conselhos de Psicologia de todo o Brasil, além de centenas de profissionais e estudantes da área, para celebrar os 60 anos da Psicologia no Brasil. O Parlamento também recebeu a instalação visual “Psicologia 60 Anos: Uma História para Construir o Futuro”, retratando a trajetória desta ciência e profissão.

A íntegra dos diálogos está disponível nas redes sociais do CFP.

Acesse a íntegra da edição comemorativa do Código de Ética Profissional

Participe: sessão solene celebra 60 anos da Psicologia no Brasil

Os 60 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil serão homenageados pela Câmara dos Deputados em sessão solene na sexta-feira (13/5), às 10h, no Plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados. A cerimônia celebra as contribuições da Psicologia à sociedade brasileira ao longo das últimas seis décadas e será transmitida, ao vivo, pela TV Câmara e pelas redes sociais do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

“Considerando que a Psicologia presta um inestimável e fundamental trabalho à sociedade, reconhecemos que é mais do que justo e necessário homenagearmos todas as psicólogas e psicólogos do Brasil, como forma de se valorizar esses profissionais”, destaca o requerimento para a realização da homenagem, de autoria da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), psicóloga de formação.

A Psicologia chegou ao país no início do século XX. No entanto, foi regulamentada como profissão a partir da publicação da Lei nº 4.119, em 27 de agosto de 1962, pelo presidente João Goulart. Em 1971, por meio da Lei nº 5.766, foram criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia – que constituem o Sistema Conselhos de Psicologia.

Atualmente, são mais de 440 mil psicólogas e psicólogos em todo o território nacional, o que faz do Brasil o país com o maior número de profissionais da Psicologia em todo o mundo. A atuação está nas clínicas, nas políticas públicas da saúde, da assistência social, no sistema de justiça, na segurança pública, no trânsito, nos esportes e em todos os contextos de cuidado à saúde mental.

Agenda de atividades

A sessão solene encerra a agenda de atividades que o Conselho Federal de Psicologia promove ao longo desta semana como parte das celebrações aos 60 anos de regulamentação da profissão no país.

Entre os dias 9 a 13 de maio o CFP realiza uma série de lives para debater temas essenciais da Psicologia no Brasil: enfrentamento ao racismo; Psicologia, gênero, raça e interseccionalidade; violência no trânsito; o luto de crianças e adolescentes durante a pandemia da Covid-19; a luta anticapacitista; o teletrabalho no contexto da atual crise sanitária; e o esporte e o lazer como ferramentas para o desenvolvimento pessoal e social. Os diálogos podem ser acompanhados nas redes sociais do CFP.

Também como parte das celebrações em torno das seis décadas de regulamentação da atuação profissional, a Câmara dos Deputados recebe a instalação visual “Psicologia 60 Anos: Uma História para Construir o Futuro”, que retrata a trajetória dessa ciência e profissão. A exibição estará aberta ao público até o próximo dia 13, no Espaço Mário Covas, localizado no Anexo II da Câmara.

Assista ao vivo a sessão solene dos 60 anos da Psicologia

Leia mais

CFP promove agenda de atividades em celebração aos 60 anos da Psicologia

Câmara dos Deputados recebe instalação visual com história dos 60 anos da Psicologia no Brasil

 

Câmara dos Deputados recebe instalação visual com história dos 60 anos da Psicologia no Brasil

O ano de 2022 marca as seis décadas de regulamentação da Psicologia no Brasil. Em celebração a essa trajetória, a Câmara dos Deputados recebe a partir desta terça-feira (10) uma instalação visual que retrata a trajetória desta ciência e profissão em seu fazer científico, ético e político.

Aproximadamente 100 imagens, entre arquivos do Conselho Federal de Psicologia e de lutas históricas da profissão, compõem o painel “60 Anos da Psicologia no Brasil: uma história para construir o futuro”. A instalação pode ser visitada até o próximo dia 13 no Espaço Mário Covas, no Anexo II da Câmara dos Deputados.

“A instalação conta um pouco da trajetória da Psicologia como ciência e profissão. Uma trajetória feita também aqui no Parlamento, ao longo de 60 anos de muitas transformações”, destacou a presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Ana Sandra Fernandes.

Para a presidente do CFP é simbólico que a instalação visual esteja ao lado de onde funcionam as Comissões da Câmara dos Deputados, local onde são debatidas tantas proposições de interesse da Psicologia.

“Esta casa é palco de muitos embates políticos e históricos. E também da concretização de grandes conquistas para o nosso povo e para a nossa categoria profissional. Algumas com legislações já aprovadas, como a Lei 13.935, de 2019, que incluiu a Psicologia e o serviço social nas redes públicas de educação básica”.

Parlamento

A abertura da instalação contou com a presença de diversos parlamentares. A deputada Erika Kokay (PT/DF) ressaltou a participação ativa da Psicologia nos grandes debates e desafios colocados à sociedade. “Ao longo desses 60 anos, a Psicologia e o Conselho Federal estiveram em todas as grandes discussões da agenda pública de direitos. Todas as vezes em que avanços sociais foram colocados em riscos, a Psicologia se fez presente”.

O deputado Alexandre Padilha (PT), que foi também ministro da Saúde, agradeceu o trabalho da Psicologia brasileira naquilo que, segundo ele, é a principal reforma que o Sistema Único de Saúde (SUS) construiu. “A principal quebra de paradigmas que o SUS fez ao longo da sua história foi a reforma psiquiátrica, foi a luta antimanicomial. Essa reforma não seria possível sem a atuação firme do Conselho Federal de Psicologia e dos Conselhos Regionais de Psicologia”, pontuou.

Também presente à cerimônia, a deputada Rejane Dias (PT/PI) evidenciou a mobilização da categoria na defesa da inclusão na Lei do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “Com muita alegria pude participar ativamente na defesa da inclusão de psicólogos e assistentes sociais no Fundeb. É extremamente relevante a presença desses profissionais no ambiente escolar”, reforçou Rejane.

Já a deputada Maria do Rosário (PT/RS), ressaltou o momento que o país vive de ataques à ciência e tentativas de desregulamentar e precarizar as profissões. “Nós estamos aqui para fazer a saudação às psicólogas e psicólogos do Brasil, renovando a nossa confiança numa Psicologia realizada a partir da formação específica, que é o que define a existência de uma profissão regulamentada, como é a Psicologia”.

O fazer social da profissão foi destacado pela deputada Lídice da Mata (PT/BA), ao lembrar que o Brasil é um país onde o sofrimento psíquico é desenvolvido todos os dias por uma sociedade profundamente injusta e desigual “O que faz com que nós tenhamos a necessidade de ter profissionais de Psicologia em todas as áreas”.

60 anos da Psicologia – programação

Os 60 anos de regulamentação da Psicologia no Brasil serão homenageados pela Câmara dos Deputados em sessão solene, na sexta-feira, 13 de maio, às 10h. A atividade será realizada no Plenário Ulysses Guimarães para celebrar as contribuições da Psicologia à sociedade brasileira nesse período.

Ao longo desta semana o CFP também está promovendo uma agenda de lives sobre temas essenciais da Psicologia no Brasil. Os encontros trazem como temas o enfrentamento ao racismo; Psicologia, gênero, raça e interseccionalidade; violência no trânsito; o luto de crianças e adolescentes durante a pandemia da Covid-19; a luta anticapacitista; o teletrabalho no contexto da atual crise sanitária; e o esporte e o lazer como ferramentas para o desenvolvimento pessoal e social (discussão também relacionada à pandemia).

Serviço

Instalação visual “60 Anos da Psicologia no Brasil: uma história para construir o futuro”

Data: de 10 a 13 de maio
Horário: Abertura 14h, 10 de maio
Local: Espaço Mário Covas, Anexo II, Câmara dos Deputados, Brasília (DF).

Sessão solene “60 anos de regulamentação da Psicologia no Brasil

Data: 13 de maio
Horário: 10h
Local: Plenário Ulysses Guimarães, Câmara dos Deputados, Brasília (DF).

Congresso Brasileiro Psicologia: Ciência e Profissão inicia o primeiro lote de inscrições 

O 6º Congresso Brasileiro Psicologia: Ciência e Profissão (CBP) abriu nesta terça-feira (15) o primeiro lote de inscrições. O evento será realizado em São Paulo (SP) entre os dias 11 e 15 de novembro de 2022 e pretende colocar em debate – entre outros temas – os 60 anos da regulamentação da Psicologia (destacando memórias, crise da democracia e desafios para a ciência e para a profissão), além de problematizar o contexto brasileiro dos últimos quatro anos, em especial, a pandemia da Covid-19.

Também já podem ser inscritas as apresentações de trabalhos, que poderão ser realizados nas seguintes modalidades: pôster, comunicação oral, conversando sobre práticas profissionais, conversando sobre pesquisas e práticas profissionais.

As apresentações estão divididas em quatro eixos: História da Psicologia: manutenções e subversões na ciência e na profissão; Psicologia, diversidade e direitos humanos: avanços e desafios para a ciência e profissão; Formação em Psicologia: reflexões e ações para uma formação crítica; O trabalho da psicóloga: práticas profissionais e produção de conhecimento.

As orientações sobre a produção dos trabalhos estão disponíveis neste link: http://www.cienciaeprofissao.com.br/inscricoes-de-trabalhos/

20 anos de CBP

O 6º Congresso Brasileiro Psicologia: Ciência e Profissão (CBP) pretende reunir psicólogas(os), docentes, estudantes, profissionais de áreas afins e usuárias(os) de serviços de Psicologia, visando compartilhar as experiências realizadas nos vários lugares onde a Psicologia se faz presente e atuante. Objetiva, ainda, dialogar, refletir e produzir coletivamente princípios e caminhos para a profissão.

Embora a atividade aconteça no marco dos 60 anos da Psicologia, 2022 celebra também os 20 anos do 1º CBP. Nesse período, os encontros  têm buscado ampliar horizontes e interlocutores, de modo especial com os demais países latino-americanos e com os países africanos de língua portuguesa. “Se somos distintos em nossa riqueza cultural e histórica, somos também irmãos em nossa condição de países colonizados, que lutam por autonomia financeira e cultural e construção de saberes emancipatórios e descolonizados”, reforça a apresentação do evento.

Criado pelo Fórum Nacional das Entidades da Psicologia Brasileira (FENPB), o CBP cumpre um relevante papel ao reunir os mais diversos setores do fazer psi, convidando a categoria a pensar sobre os problemas que afetam a sociedade, que produzem opressão e sofrimento, assim como as contribuições que a Psicologia pode oferecer na perspectiva de transformações sociais que visem ao bem comum.

Saiba mais:

6º Congresso Brasileiro Psicologia: Ciência e Profissão (CBP) 60 anos da regulamentação da Psicologia: memórias, crise da democracia e desafios para a ciência e para a profissão

Data: 11 a 15/11/2022

Local: São Paulo – SP

Informações: cbpsi.org.br

Inscrições: https://www2.cfp.org.br/inscricoesonline/cbp/2022

Resolução CFP 02/2022 regulamenta avaliação psicossocial no trabalho

Regulamentar o trabalho da psicóloga e do psicólogo na realização da avaliação psicossocial, em atendimento às normas regulamentadoras emitidas pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia ou órgão correlato, com vistas a promover a segurança e a saúde dos trabalhadores e das pessoas envolvidas no processo das atividades laborativas. Esta é a ementa da Resolução CFP 02/2022, publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última quarta-feira (26/01).

Segundo o texto aprovado na última Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças (APAF), em novembro de 2021, o processo de avaliação psicossocial considerará três aspectos: as características pessoais, psicológicas, ocupacionais e sociais do trabalhador; as características da atividade de trabalho, as do ambiente de trabalho e as das condições necessárias à sua realização, inclusive para atividades remotas, que devem ter como referência os documentos nacionais e internacionais que dispõem sobre funcionalidade e doenças; e as características da gestão do trabalho e dos controles preventivos em saúde e segurança do trabalhador.

A norma do CFP aborda ainda que essa avaliação psicossocial deverá ser realizada em ambiente privativo, adequado em termos acústicos, de climatização, iluminação, ventilação e livre de interferências que possam prejudicar o processo. Também aborda que ela deverá ser individual, e incluir informações direta ou indiretamente coletadas sobre o trabalho, ambiente e gestão.

A resolução também prevê como esse procedimento tem que ser realizado para pessoas com deficiência. Para essa situação, a normativa diz que a avaliação deverá  ser realizada considerando as funcionalidades e potencialidades do avaliado, possíveis barreiras ambientais e demais limitações e restrições à realização do trabalho.

Construção da Resolução CFP 02/2022

O processo de construção desta Resolução teve início em maio de 2019, com a constituição do Grupo de Trabalho (GT) na Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia (Apaf) de maio do mesmo ano, inicialmente composto pelo CFP e pelos seguintes Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) 04 (MG), 08 (PR), 09 (GO), 13 (PB) e 20 (AM e RR).

Em junho de 2021, na Apaf virtual, foi aprovada a ampliação da resolução para abordar a avaliação psicossocial no trabalho, e não apenas as Normas Regulamentadoras (NRs) 33 e 35, que foram previamente atribuídas ao GT. Também foi deliberado que o GT deveria retomar a discussão e solicitar aos regionais contribuições para a elaboração da nova versão da minuta de resolução. Tais mudanças foram apresentadas na APAF de novembro do ano passado e aprovada pelas (os) delegadas (os) presentes.

Saiba mais:

Leia a íntegra da Resolução CFP 02/2022

 

 

 

 

 

Avaliação Psicológica: CFP publica resolução sobre registro e porte de armas

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou, nesta quarta-feira (26/1), a Resolução CFP Nº 01/2022, criada para regulamentar procedimentos a serem adotados por psicólogas e psicólogos na avaliação para a concessão de registro e porte de arma de fogo.

O texto da Resolução destaca que os profissionais devem fundamentar essa avaliação em preceitos éticos e técnicos, previstos em normativas do CFP quanto a avaliações psicológicas, bem como no respeito à dignidade e direitos da pessoa humana estabelecidos na Constituição Federal.

A norma elenca requisitos para que a(o) profissional da Psicologia esteja habilitado a realizar avaliação para o registro e porte de arma de fogo. Entre as exigências está a inscrição ativa no Conselho Regional de Psicologia, o credenciamento à Polícia Federal ou outros órgãos competentes para este fim, assim como conhecer e cumprir as regras legais e normativas expedidas pelos órgãos competentes no campo do registro e porte de arma.

Quais mudanças traz a nova Resolução?

A conselheira do CFP e coordenadora da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP), Katya Luciane de Oliveira explica que a nova norma se difere das outras em procurar trazer dados orientativos/resolutivos que auxiliam uma prática mais resguardada quanto aos procedimentos de avaliação psicológica a serem adotados no exercício profissional da psicologia. “Como principais mudanças, podemos citar o fato da resolução trazer de forma mais elucidada os requisitos necessários para tal prática, desde as características psicológicas a serem avaliadas, trazendo de forma mais pontual o que o profissional deve levar em conta, como também perpassa por procedimentos de guarda, validade de conteúdo do documento produzido, devolutiva e também possíveis impedimentos à realizaçao da mesma”, reforça.

A conselheira explica que foi criado um Grupo de Trabalho (GT) na Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças (APAF) em 2019 para se criar essa nova resolução sobre a avaliação psicológica para o manuseio de fogo. Katya ressalta que, mesmo com a criação dessa normativa, o GT continuará ativo (conforme deliberação em Apaf) e que há outros pontos a serem pensados sobre o assunto e de possível aprimoramento de futuras regulações,como normas específicas para populações que apresentam especificidades – como é o caso dos indígenas, por exemplo.

Responsabilidade técnica

A Resolução ressalta ainda que a psicóloga e o psicólogo têm responsabilidade técnica de decidir sobre métodos, técnicas e instrumentos a serem usados para a avaliação psicológica, desde que aprovados pelo CFP. Para  o CFP, o procedimento deve ser realizado com base em aspectos cognitivos, traços de personalidade, juízo crítico e comportamento.

A nova resolução também orienta quanto a condições nas quais psicólogas e psicólogos estão impedidos de fazer a avaliação psicológica. É o caso de profissionais que tenham interesse direto ou indireto na aprovação ou reprovação do interessado, que sejam cônjuges ou tenham grau de parentesco com a pessoa avaliada, bem como que tenham vínculo com centro de formação de vigilantes, empresas de segurança privada, escolas de formação, clubes de tiro ou com outras prestações de serviços com o candidato.

De acordo com a normativa, a avaliação psicológica para o registro e para o porte de arma de fogo terá validade de, no máximo, dois anos – a contar da data de sua emissão.

Com a publicação da Resolução CFP nº 01/2022 ficam revogadas a Resolução CFP nº 18, de 09 de dezembro de 2008, a Resolução CFP nº 02, de 30 de março de 2009 e a Resolução CFP nº 10, de 21 de outubro de 2009.

Saiba mais:

Leia a íntegra da Resolução CFP 01/2022

Revista PCP disponibiliza os primeiros artigos de 2022

Já estão disponíveis na plataforma da SciELO os primeiros artigos de 2022 do fluxo contínuo da  Revista Psicologia: Ciência e Profissão (PCP). Até junho, mais 27 textos devem ser disponibilizados. 

A previsão é que 70 artigos sejam publicados somente no fluxo contínuo, sem contar a edição especial comemorativa em alusão aos 60 anos da regulamentação da Psicologia no país, prevista para ser lançada em agosto.

Em 2021, um total de 629 artigos foram submetidos à avaliação. Destes, 191 entraram para o processo de avaliação de pareceristas. Ao todo, 65 artigos  foram publicados no fluxo contínuo. Também foram publicados um dossiê de cinco artigos sobre Avaliação Psicológica e três edições temáticas (Formação e Trabalho; Família e Desenvolvimento e Contextos Institucionais).

Acesse os oito primeiros artigos de 2022.

Edição especial

Segue aberto até o final de janeiro o período de seleção de artigos que irá compor a edição especial da Revista Psicologia: Ciência e Profissão (PCP) no marco dos 60 anos da Psicologia.

Os artigos devem ser submetidos até 31 de janeiro de 2022 para e-mail numeroespecial@cfp.org.br, segundo o disposto no edital de chamamento. Para esta edição, somente serão recebidos artigos enviados para este e-mail.

A iniciativa tem como objetivo evidenciar a trajetória dos 60 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil articulando-a com o futuro da ciência e da profissão. Poderão concorrer ao edital profissionais e pesquisadoras(es) da área de Psicologia, sendo vedada a participação de conselheiras(os) e servidoras(os) efetivos e de cargos em comissão dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) ou do Conselho Federal de Psicologia (CFP), membros de comissões de representações, bem como da Comissão de editores associados da PCP.

Saiba mais:

Revista PCP abre seleção para edição especial sobre 60 anos da Psicologia no Brasil

Acesse o edital de chamamento público para a Edição Especial de 60 anos da Psicologia.

Confira todas as edições da PCP desde 1979 até os dias atuais.

Acesse a Edição Especial de 50 Anos da Psicologia. 

Saiba como publicar na PCP

 

Revista PCP especial 60 anos da Psicologia: CFP recebe artigos até 31 de janeiro de 2022

As pessoas interessadas em participar do processo de seleção de artigos que irá compor a edição especial da Revista Psicologia: Ciência e Profissão (PCP) no marco dos 60 anos da Psicologia no país ainda podem submeter o material.

Os artigos devem ser enviados até 31 de janeiro de 2022 para o e-mail numeroespecial@cfp.org.br, segundo o disposto no edital de chamamento. Para esta edição, somente serão recebidos artigos enviados para este e-mail.

A iniciativa tem como objetivo evidenciar a trajetória dos 60 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil articulando-a com o futuro da ciência e da profissão. Poderão concorrer ao edital profissionais e pesquisadoras(es) da área de Psicologia, sendo vedada a participação de conselheiras(os) e servidoras (os) efetivos e de cargos em comissão dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) ou do Conselho Federal de Psicologia (CFP), membros de comissões de representações, bem como da Comissão de editores associados da PCP.

Balanço de 2021

Para a conselheira Neuza Guareschi, editora da PCP, o ano de 2021 foi muito produtivo, apontando que “em 2021, foram 629 artigos submetidos até o momento (fechamento da matéria em 13/12/21); destes, 191 entraram para o processo de avaliação de pareceristas. No ano de 2021 iremos fechar a publicação da revista com número mais elevado do que o anterior. Temos 65 artigos no fluxo contínuo, um dossiê de cinco artigos sobre Avaliação Psicológica, e três edições temáticas (Formação e Trabalho; Família e Desenvolvimento e Contextos Institucionais)”, aponta.

A conselheira também aponta para a importância da produção da Edição Especial sobre os 60 anos da Psicologia: “Para 2022, promete ser ainda mais produtivo e interessante, pois teremos uma edição especial sobre os 60 anos da Psicologia: o que temos construído para o futuro da Psicologia. Esse é o grande tema de todas as atividades, que vão acontecer em 2022, e a Revista Psicologia: Ciência e Profissão não pode deixar de marcar essa data”, reforça.

Saiba mais:

Revista PCP abre seleção para edição especial sobre 60 anos da Psicologia no Brasil

Acesse o edital de chamamento público para a Edição Especial de 60 anos da Psicologia.

Confira todas as edições da PCP desde 1979 até os dias atuais.

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CFP participa de audiência pública para discutir os preparativos para a 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental

“Há mais de 10 anos não fazemos conferência com essa temática. Com a pandemia, o quadro se agravou. Saúde mental se constrói de forma coletiva e temos assistido o desmonte do atendimento à saúde mental, também com o retrocesso de práticas como eletrochoque. Toda a sociedade deve ter assento na Conferência, para que seja um lugar para avançar com os compromissos com usuários e profissionais. O Ministério da Saúde deve se posicionar sobre a realização da Conferência”, ressaltou a coordenadora da Comissão Intersetorial de Saúde Mental do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e conselheira do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Marisa Helena Alves.

A conselheira do CFP participou, na última sexta-feira (10), de audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir os preparativos para a 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental, que deve ser realizada em Brasília (DF) entre os dias 17 e 20 de maio de 2022.

A audiência foi marcada para debater sobre o motivo pelo qual  o Ministério da Saúde ainda não tomou as providências necessárias para a realização do evento.

Além do CFP e do CNS, participaram da audiência pública representantes da  Frente Parlamentar Mista em Defesa da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial; da Coordenação de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde;  do Movimento Nacional de Luta Antimanicomial, Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME); da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (RENILA); da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO); e do Fórum de Rua do DF Movimento Pró Saúde Mental (DF).

5ª Conferência Nacional de Saúde Mental

O tema da 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental será “A Política de Saúde Mental como Direito: Pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS”.

O eixo principal da 5ª CNSM será “Fortalecer e garantir Políticas Públicas: o SUS, o cuidado de saúde mental em liberdade e o respeito aos Direitos Humanos”, que será dividido em quatro subeixos, sendo: (i) Cuidado em Liberdade como Garantia de Direito à Cidadania; (ii) Gestão, financiamento, formação e participação social na garantia de serviços de saúde mental; (iii) Política de saúde mental e os princípios do SUS: Universalidade, Integralidade e Equidade; e  (iV) Impactos na saúde mental da população e os desafios para o cuidado psicossocial durante e pós-pandemia.

*Com informações dos sites da Câmara dos Deputados e do Conselho Nacional de Saúde (CNS).