A Psicologia e o compromisso com o cuidado à vida

Neste 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) destaca a importância de nossa ciência e profissão para o cuidado à saúde mental das coletividades e individualidades.

Quando se fala de cuidado à vida, é fundamental compreender que a prevenção ao suicídio é uma questão de saúde pública e que esse é um fenômeno de múltiplos determinantes, resultado de uma complexa interação de fatores.

Um desafio, portanto, que extrapola intervenções estritamente individuais e que demanda ações e políticas que favoreçam o bem-estar físico, psíquico e social, assim como a qualidade de vida das coletividades.

É sob essa perspectiva que, desde 2020, o Conselho Federal de Psicologia promove a campanha “Saúde Mental de Janeiro a Janeiro”, que busca evidenciar a necessidade de um cuidado integral e contínuo para a saúde física e psíquica de todas as pessoas.

Uma abordagem da Psicologia permanente e integrada em todos os níveis de cuidados à saúde mental é caminho essencial para desmitificar, prevenir e salvar vidas!

CFP alerta para riscos de proposta de uso de inteligência artificial em saúde mental no SUS

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou nesta sexta-feira (5) nota de posicionamento sobre o programa “e-Saúde Mental no SUS”, recentemente anunciado pelo governo federal. A iniciativa prevê o uso de uma plataforma digital voltada ao diagnóstico e suporte ao tratamento na atenção primária à saúde.

Na manifestação, o CFP ressalta que mudanças dessa natureza exigem cautela técnica, segurança jurídica e ampla construção coletiva, envolvendo profissionais, gestoras(es), pesquisadoras(es) e usuárias(os).

O Conselho Federal de Psicologia afirma que a atuação de psicólogas e psicólogos é essencial e insubstituível no cuidado em saúde mental, mesmo com o avanço das tecnologias baseadas em inteligência artificial (IA). 

Entre os pontos destacados pelo CFP, estão a impossibilidade de delegar a algoritmos funções como aliança terapêutica, manejo de crises e avaliação de riscos; os limites da IA diante das dimensões sociais, históricas e culturais do sofrimento psíquico; a proteção de direitos e a importância do sigilo e da ética profissional; e a necessidade de ampliar equipes multiprofissionais no Sistema Único de Saúde, em vez de adotar a tecnologia como solução paliativa.

O documento também cita experiências internacionais em que o uso de IA em saúde foi restringido ou suspenso, como na Itália, na Austrália e no Reino Unido, e reforça a necessidade de regulação rigorosa para evitar riscos à qualidade do cuidado e à privacidade.

No Brasil, o CFP aponta que softwares dessa natureza devem ter aprovação prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), conforme a RDC 657/2022, e que o país ainda precisa avançar em marcos regulatórios específicos para a área da saúde mental.

O Conselho Federal de Psicologia enfatiza ainda que não se opõe ao uso de tecnologias, mas rejeita projetos que desconsiderem fundamentos éticos, científicos e jurídicos, além da participação social. Para o CFP, o fortalecimento do SUS deve se basear no investimento em pessoas e na ampliação das equipes de saúde, tendo a Psicologia como dimensão central do cuidado em saúde mental.

Leia a nota pública na íntegra.

Psicologia na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), em parceria com o Conselho Nacional de Saúde (CNS), promoveu a Conferência Livre: Saúde Integral de Todas as Mulheres, pelo Direito ao Bem-Viver.

O encontro reuniu profissionais, pesquisadores e estudantes para discutir os principais desafios da área, construir propostas e escolher representantes da Psicologia e da Saúde para a Conferência Nacional.

A atividade resultou na eleição de três delegadas titulares e três suplentes representantes da Psicologia para a etapa nacional da Conferência. Além disso, também foram elaboradas propostas e moções que serão encaminhadas à 5ª CNPM.

Descolonizar corpos e territórios: reconstruindo existências Brasis

A coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do CFP, Andreza Costa, convida a refletir sobre os caminhos plurais da Psicologia por meio do projeto Giros Descoloniais, uma das ações que integra a Campanha Nacional de Direitos Humanos.

O vídeo relembra quatro encontros com comunidades negras, indígenas, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência, onde a Psicologia atravessa territórios historicamente invisibilizados, promovendo escuta, presença e diálogo com comunidades que constroem saberes de cuidado e bem-viver.02

A Psicologia e as existências lésbicas

Neste 29 de agosto, Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, o Conselho Federal de Psicologia, comprometido com a diversidade sexual e de gênero e seus atravessamentos étnico-raciais, reafirma o compromisso ético-político da Psicologia brasileira com a promoção da dignidade e da saúde integral dessa população.

Atuar para o enfrentamento a toda forma de preconceito, de violência e de exclusão é um princípio ético de psicólogas e psicólogos, expresso em um conjunto de normativas que orientam o fazer profissional.

Entre essas diretrizes está a Resolução CFP nº 01/1999, pioneira ao estabelecer parâmetros de atuação relacionados à orientação sexual, e a Resolução CFP nº 08/2020, que trata das especificidades da atuação profissional frente às violências de gênero.

Mais recentemente, em 2023, o CFP também publicou as Referências Técnicas para atuação profissional em políticas públicas para a população LGBTQIA+. O material amplia as possibilidades de atuação da Psicologia e fortalece a luta pelo respeito e pela visibilização das existências lésbicas.

Como parte das ações que marcam o mês da visibilidade lésbica, o CFP participou, na última terça-feira (26), do evento “O Psicólogo na atenção à Maternidade Lésbica e outras questões da Lesboafetividade”, realizado no Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IP-UFRJ). A atividade integrou as comemorações pelo Dia da Psicóloga e pelo Mês da Visibilidade Lésbica, e teve como objetivo promover o debate sobre práticas psicológicas comprometidas com a diversidade sexual e de gênero.

Também neste mês de agosto, durante a Conferência livre Saúde integral de todas as mulheres, pelo direito ao bem viver, promovida pelo CFP, foi elaborada uma moção sobre saúde sexual de mulheres lésbicas, que seguirá para apreciação durante a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (CNPM), a ser realizada entre 29 de setembro e 1º de outubro deste ano, em Brasília/DF.

Conteúdo especial para as psicólogas e psicólogos que fazem nossa ciência e profissão

No mês que celebra a Psicologia brasileira, o CFP preparou um conteúdo especial para as psicólogas e psicólogos que fazem nossa ciência e profissão.

Além de uma série com lançamentos ao longo de todo o mês de agosto, um vídeo homenagem celebra o papel e o fazer da Psicologia nos seus mais diversos campos. O conteúdo está disponível aqui nas nossas redes e também foi exibido em canais de TV aberta e em uma ampla ação de mídia nas redes sociais.

Para fechar esse momento de celebração, o ator Lázaro Ramos vai compartilhar com seus seguidores e o CFP um depoimento pessoal sobre a importância da Psicologia para a saúde mental.

Celebre com a gente esse cuidado que transforma!

 

A Psicologia brasileira é a maior do mundo!

A Psicologia brasileira é a maior do mundo. E não é apenas em números: é em presença, impacto e transformação.

Neste 27 de agosto, celebramos o Dia da Psicologia reconhecendo o trabalho de mais de meio milhão de profissionais que atuam em todas as regiões do país. São psicólogas e psicólogos que estão nas clínicas, nas escolas, nas organizações, nos hospitais, no esporte, na justiça e nos mais diversos serviços e políticas públicas.

Porque Psicologia é cuidado que transforma.

Uma homenagem do Conselho Federal de Psicologia.

Chatbot, IA, algoritmo… afinal, o que é tudo isso?

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) tem se dedicado a refletir sobre os desafios e as possibilidades da Inteligência Artificial no cotidiano de psicólogas e psicólogos, assim como a repercussão dessas tecnologias na saúde mental da população.

Este é o início de uma série especial que pretende dialogar mais diretamente com profissionais da Psicologia e o conjunto da sociedade sobre esse tema tão importante e já presente em nosso cotidiano.

Siga com a gente e fique por dentro!

Chatbot | Apoio psicológico ou cilada?

Fique atento: o uso de chatbot como suposto apoio psicológico pode te levar a sérios riscos.

O que parece escuta pode ser apenas simulação, e o que parece conversa pode ser somente cálculo.

Os chatbots com inteligência artificial podem simular uma conversa acolhedora. Mas atenção: aparência de escuta não é cuidado psicológico.

O uso da IA para autodiagnóstico e cuidado terapêutico é perigoso, pois pode adiar a procura pelo auxílio profissional adequado.

Confira as dicas do Conselho Federal de Psicologia!

Psicoterapia é feita com pessoas

Fique atento!

O uso de chatbots para supostamente “cuidar” da saúde mental tem sido cada vez mais comentado.

No entanto, é importante saber: usar chatbots como mecanismo de terapia pode parecer inofensivo, mas existem riscos reais que você precisa conhecer.
Lembre-se que terapia não é apenas conversa: é um processo de escuta atenta, reflexão conjunta e vínculo ético entre dois humanos. Cuidar da saúde mental envolve presença, não apenas respostas.

Este post integra a série especial sobre Psicologia e Inteligência Artificial, que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) tem publicado para dialogar com profissionais e o conjunto da sociedade sobre os desafios e as possibilidades da IA e seu impacto na saúde mental da população.