“Psicologia: Ciência e Profissão” sobre democracia está na SciELO

A edição especial da revista Psicologia: Ciência e Profissão sobre Psicologia e Democracia já está disponível na plataforma da SciELO. O novo número será distribuído, dias 8 e 9 de dezembro, no estande do Conselho Federal de Psicologia (CFP) no Encontro de Bauru, 30 anos de luta antimanicomial.

A edição amplia a visibilidade dos artigos vencedores do “Prêmio de Psicologia e Direitos Humanos: ditadura civil-militar e repercussão sobre a Psicologia como ciência e profissão”, promovido em dezembro de 2013. O concurso, que recebeu 52 artigos, buscou estimular análises sobre o regime autocrático e as possíveis implicações sobre a Psicologia.

O periódico especial, formado por 18 artigos, também será enviado para bibliotecas de universidades e faculdades que tenham cursos de Psicologia.

O conselheiro Pedro Paulo Bicalho, editor associado do periódico, explica que esta edição especial, apoiada incondicionalmente pela atual gestão do CFP, afirma que ciência e política são instâncias indissociadas. “Refletir e problematizar a relação que se constrói entre Psicologia e Democracia é responsabilidade para todos nós. Que as referências, aqui produzidas, materializem-se como instrumentos de luta e enfrentamento, em especial no momento político em que vivemos neste país”, reforçou.

Psicologia e democracia

Os artigos, avaliados segundo as normas editoriais da revista, foram editados pelos professores Fernando Lacerda Jr. e Domenico Uhng Hur, da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Domenico Hur crê na importância do tema, como o primeiro em um periódico científico do país a tratar integralmente a questão “Psicologia, ditadura democracia”. Segundo ele, a edição foca o passado e o presente. “É a Psicologia discutindo seu compromisso social e político com a sociedade e a história brasileiras, seus efeitos e o desejo de construção de uma sociedade mais justa e igualitária.”

Fernando Lacerda Júnior aponta que a história brasileira sempre foi marcada por enormes dificuldades na construção de uma sociedade democrática. Segundo ele, um país estruturalmente atravessado pela desigualdade social sempre terá dificuldades em assegurar direitos democráticos. Isso é ainda mais explícito hoje: assegurar os interesses econômicos de uma opulenta e minoritária elite no Brasil é motivação suficiente para violar a democracia e orquestrar um golpe parlamentar. A edição, “além de problematizar o que restou da ditadura, contém importantes reflexões sobre uma história de lutas e resistência que também é parte da Psicologia latino-americana e que pode nos inspirar em nossas intervenções nas lutas sociais de hoje.”

Leia a edição especial da revista Psicologia: Ciência e Profissão.

Psicologia participa da XI Conferência Nacional de Assistência Social

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio da Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social (Conpas), lançou na manhã desta quarta-feira (6/12), em Brasília, durante a XI Conferência Nacional de Assistência Social, a “Campanha de Combate ao Preconceito contra a Usuária e o Usuário da Assistência Social”. A ação foi construída em parceria com o Fórum Nacional de Usuárias e Usuários da Assistência Social (FNUSUAS).

As conselheiras do CFP Fabiana Itaci, Andréa Esmeraldo e Célia Zenaide apresentaram a identidade visual da campanha e a representante do FNUSUAS e vice-presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), Rosângela Maria Soares dos Santos, apresentou o primeiro vídeo da campanha, que busca provocar o debate sobre questões que perpassam diariamente a vida das pessoas que acessam os benefícios, programas e serviços da Assistência Social. A responsabilização individual pela situação de pobreza, a acusação de vagabundagem e visão de que a situação de vulnerabilidade social é resultado de escolhas são algumas delas.

O preconceito causa grande sofrimento psíquico, desconforto social, adoecimento e pode gerar segregação. Além disso, dificulta a busca pelos direitos socioassistenciais, que não são favor do governo, tutela da sociedade ou benevolência, mas proteção social assegurada pela Constituição Federal.

“A campanha foi construída a partir do princípio de unidade que orienta nossas ações”, explica a conselheira Fabiana Itaci, representante da Comissão Executiva da Psicologia na Assistência Social. Segundo ela, a campanha só se tornou possível e produzirá impacto a partir de parceria entre psicólogas e psicólogos, trabalhadoras e trabalhadores, usuárias e usuários do Suas.

Com o mote “O Suas é meu, o Suas é seu, o Suas é de quem tem direito”, também foram produzidos cartazes e folheto para serem distribuídos em todos os equipamentos de atendimento do Suas. O vídeo, já disponível no canal do CFP no Youtube, reúne 12 depoimentos de usuárias e usuários e também de profissionais do Suas.

Representantes de comunidades tradicionais, como quilombolas, ciganos, indígenas, deficientes físicos, usuárias e usuários da Assistência Social parabenizaram a parceria.

CFP participa de ato convocado pelo FNTSUAS

Na terça-feira (5), o CFP, como membro do Fórum Nacional de Trabalhadores da Assistência Social (FNTSUAS), participou das atividades da XI Conferência Nacional e Assistência Social, promovendo ações políticas em defesa da Assistência Social. Posicionou-se contra os ataques que o Suas tem sofrido devido ao corte de orçamento e contra a precarização das condições de trabalho no sistema.

O FNTSUAS divulgou carta, no mesmo dia, em protesto frente aos ataques impostos pelo Governo Federal, que resultam em redução de recursos para o Suas nos estados e municípios. Segundo o documento, ao reduzir drasticamente o financiamento da Assistência Social para 2018, torna-se inviável a execução dos serviços socioassistenciais e repassa aos estados e aos municípios a responsabilidade de manter os serviços sem o cofinanciamento firmado no pacto federativo, retirando recursos financeiros e profissionais da área.

Uma manifestação de profissionais e usuários do Suas, em frente ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães, encerrou o dia, demonstrando a insatisfação com o baixo investimento governamental na área da Assistência Social.

Acompanhe ao vivo a transmissão da XI Conferência Nacional de Assistência Social.

 

Encontro de Bauru: 30 anos de luta antimanicomial

O “Encontro de Bauru: 30 anos de luta antimanicomial” começa nesta sexta-feira (8), na Universidade Sagrado Coração, em Bauru/SP. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) estará presente nos dois dias do evento, integrado por rodas e conversa, programação cultural e ato público. Participam também integrantes dos movimentos organizados, pesquisadoras, estudantes e trabalhadoras da saúde mental.

Nesse sentido, o presidente do CFP, Rogério Giannini, explica a importância do encontro, frente aos retrocessos aplicados nas políticas de saúde mental. Giannini afirma que é preciso recusar o modelo da internação, manicomial e segregador. “Este é um momento difícil para o Brasil e para os trabalhadores da luta antimanicomial. Mas é a hora de reafirmarmos nossos princípios”, pontua.

Por uma sociedade sem manicômios

O Encontro de Bauru inaugura uma nova trajetória da Reforma Psiquiátrica brasileira. Em 1987, cerca de 350 trabalhadores de saúde mental ocuparam as ruas da cidade de Bauru/SP, empunhando cartazes pedindo por uma sociedade sem manicômios.

Em suma, essa foi a primeira manifestação pública organizada no Brasil pela extinção dos manicômios. Como resultado, na mesma oportunidade, foi publicado o Manifesto de Bauru.

Em síntese, esse documento denunciava que o Estado, o qual gerencia os serviços de saúde mental é o mesmo que impõe e sustenta os mecanismos de exploração e de produção social da loucura e da violência.

Serviço

Encontro de Bauru: 30 anos de luta por uma sociedade sem manicômios
Data: 8 e 9 de dezembro

Locais: Rodas de Conversas: USC (Universidade do Sagrado Coração). R. Irmã Arminda, 10-50, Jardim Brasil, Bauru, SP.

Programação Cultural: Parque Vitória Régia. Av. Nações Unidas, 25-25, Jardim Brasil, Bauru, SP.

Ato público: Praça Rui Barbosa. Centro, Bauru, SP.

Confira a programação completa do evento.

Saiba mais:

Psicologia presente nos 30 anos da Carta de Bauru

CFP se prepara para a 30ª edição do Encontro de Bauru

Instituto de Psicologia da USP publica moção de apoio à Resolução 01/99

A Congregação do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) aprovou por unanimidade moção de apoio à Resolução CFP 01/99, que estabelece normas de atuação para psicólogas e psicólogos em relação à questão da orientação sexual. O documento é assinado pela diretora da entidade, Marilene Proença Rebello de Souza, ex-conselheira do CFP.

Segundo o texto, aprovado no dia 23 de outubro de 2017, a congregação entende que, “contra a posição do juiz federal, defendemos e legitimamos a Resolução CFP 01/99, considerando que com ela o Conselho cumpre sua função de regular o exercício profissional e proteger a população que recorre às práticas psicológicas”. A moção de apoio declara, ainda, que o CFP “convida psicólogos (as) a usarem o conhecimento para combate discriminações e estigmas contra comportamentos ou práticas homoeróticas (…) convoca a agirem em direção contrária à atribuição de patologias às condutas homoeróticas. Por fim, (…) orienta os e as profissionais a não adotarem ações coercitivas para encaminhar homossexuais para tratamentos não solicitados”.

Leia aqui a moção de apoio na íntegra.

1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids

Primeiro de dezembro é o Dia Mundial de Luta contra a Aids, data de extrema importância para milhões de pessoas em todo mundo. Muitas dessas milhões de pessoas que vivem com HIV e aids (PVHA) ainda se envergonham, têm medo e se escondem devido ao preconceito e à falta de ações governamentais voltadas à conscientização de toda a população. É preciso olhar para quem vive com HIV e aids e enxergar as novas histórias que elas estão construindo.

A Psicologia brasileira vem desenvolvendo ações afirmativas para as pessoas que vivem com HIV e aids desde o início da epidemia. Temos atuado no processo de acompanhamento após o diagnóstico reagente para o HIV, na produção de publicações sobre a atuação da Psicologia na política de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (IST) e aids e na promoção de eventos em parceria com representantes da sociedade civil organizada.

De forma transversal, temos atuado também na luta ampla pela garantia dos direitos da população LGBT, pois, ainda em 2017, os gays, as pessoas que se identificam como homens que fazem sexo com outros homens (HSH), travestis e transexuais são consideradas pessoas em situação de maior vulnerabilidade à infecção pelo vírus HIV, constituindo segmento populacional chave para as ações de prevenção.

Segundo o Ministério da Saúde, de 1980 a junho de 2016, foram notificados no país 842.710 casos de aids, dos quais cerca de 65% em homens e 35% em mulheres. A média brasileira dos últimos cinco anos é de 41,1 mil novos casos por ano. Observa-se, ainda, que a parcela da população em que a taxa de infecção mais subiu foi entre os adolescentes e jovens de 15 a 24 anos de idade, principalmente os gays e HSH. Isso porque, de acordo com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a taxa de infectados explodiu entre 2006 e 2015 nas faixas de 15 e 19 anos (variação de 187,5%, com a taxa passando de 2,4 para cada 100 mil habitantes para 6,9) e de 20 a 24 (alta de 108%, passando de 15,9 para 33,1 infectados). Entre 25 a 29 anos, foi de 21%, com a taxa migrando de 40,9 para 49,5%.

Outro grande desafio é a prevenção à transmissão vertical do HIV, que se dá quando a mãe não é diagnosticada precocemente e não tem acesso à quimioprofilaxia, o que evitaria a transmissão para o recém-nascido.

Ainda que as taxas de infecção (ou ao menos as de detecção) tenham se elevado nos últimos anos, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) destaca o aumento significativo no acesso ao tratamento antirretroviral ao redor do mundo. Enquanto no ano 2000, apenas 685 mil pessoas vivendo com HIV tinham acesso ao tratamento, até junho de 2017, esse número já passava de 20,9 milhões de pessoas em todo o mundo.

O acesso ao tratamento antirretroviral, aliado a uma série de outras medidas e cuidados em saúde, possibilita que as pessoas que vivem com o vírus HIV não desenvolvam a aids, aumentando sua qualidade e sua expectativa de vida a padrões considerados similares ao da população que não possui o vírus. Além disso, é cada vez maior o percentual de pacientes, com boa adesão ao tratamento, que tem sua carga viral reduzida a níveis indetectáveis, situação na qual, segundo uma série de estudos recentes, não transmitiriam o vírus para outras pessoas mesmo que ocorresse o contato direto em relações sexuais. É nesse contexto que começam a ganhar visibilidade, nas redes sociais e na mídia, os chamados casais sorodiferentes (ou sorodiscordantes), compostos por uma pessoa com e outra sem o vírus. Além disso, é sempre importante lembrar que o HIV não é transmitido no beijo, no abraço, no suor, no compartilhar de talheres e muito menos num olhar direto, amoroso e sincero para as pessoas que vivem com HIV.

O direito à saúde é definido, no Artigo 12 do Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, como o direito de toda pessoa a desfrutar o mais elevado nível possível de saúde física e mental. Isso inclui o direito de todas as pessoas, incluindo pessoas vivendo com HIV e afetadas pelo vírus, à prevenção e ao tratamento de problemas de saúde, à tomada de decisões sobre sua própria saúde e ao tratamento com respeito e dignidade, sem discriminação.

Neste 1º de dezembro de 2017, a Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia convida psicólogas, psicólogos e toda a população a olhar, ouvir, respeitar e dar voz às pessoas que vivem com HIV e aids.

Podemos dialogar em nossos espaços de atuação e de formação sobre o sofrimento que ainda se configura para essas pessoas; promover o conhecimento e a conscientização sobre questões de sexualidade, identidade, gênero e práticas sexuais, combatendo o preconceito; refletir sobre o luto, suas muitas fases e também sobre as estratégias de vida; debater e promover a implantação de novos serviços e ações em políticas públicas específicas e preparadas para acolher a diversidade com que as pessoas se apresentam.

Enfim, podemos, por meio do acolhimento respeitoso que empodera, conscientiza e promove autonomia, olhar para o humano que muitas vezes é estigmatizado e se esconde, auxiliando essas pessoas a reafirmarem o protagonismo em suas jornadas.

Que viver com HIV e aids seja possível em toda a amplitude do conceito de vida e de gozo dos Direitos Humanos!

Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia

CFP apoia Articulação das Entidades Psicanalíticas Brasileiras

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) é a favor da reformulação de Projeto de Lei nº 174, de 2017, que tramita no Senado e que inclui em seu texto a Psicanálise como terapia naturista. De autoria do senador Telmário Mota (PTB/RR), o projeto pretende regulamentar o exercício da profissão de terapeuta naturista, nas modalidades de medicina oriental, terapia ayurvédica e outras terapias naturais. O problema é que inclui, erroneamente, no texto os termos “terapias psicanalíticas e psicopedagógicas”.

“Consideramos totalmente inadequada essa intenção de regulamentação, devido ao fato da Psicanálise se constituir num campo de conhecimento próprio, com conceitos, parâmetros e métodos próprios, não passíveis de regulamentação. O fundamental nesta situação é que a palavra seja dada aos psicanalistas e a suas instituições”, explica o conselheiro do CFP, Paulo Maldos.

De acordo com a psicanalista e representante do curso de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae no Movimento de Articulação das Entidades Psicanalíticas Brasileiras, Ana Sigal, o estudo e a prática da Psicanálise exige um saber estruturado com base em conhecimentos claramente estipulados, ou seja, “existe toda uma teoria, com cerca de 100 anos de existência”.

“Não temos crítica nenhuma sobre as demais terapias citadas no projeto, mas só não consideramos que elas tenham o mesmo nível epistemológico, a mesma base de conhecimento da Psicanálise”, explica a psicanalista.

Opine sobre a matéria no Senado – Os profissionais da Psicologia podem opinar sobre o PL nº 174/2017 a partir de uma enquete no site E-Cidadania.

Saiba mais
A Articulação das Entidades Psicanalíticas Brasileiras é um coletivo integrado por 17 instituições: Aleph-Escola de Psicanálise; Associação Psicanalítica de Porto Alegre (Appoa); Centro de Estudos Psicanalíticos de Porto Alegre (CEPdePA); Círculo Brasileiro de Psicanálise; Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro; Corpo Freudiano; Departamento de Psicanalise do Instituto Sedes Sapientiae; Escola Brasileira de Psicanálise; Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano; Escola Lacaniana de Psicanalise; Escola Letra Freudiana; Federação Brasileira de Psicanálise (Febrapsi); Formação Psicanalítica Instituto Sedes Sapientiae; Laço Analítico Escola de Psicanálise; Práxis Lacaniana/Formação em Escola; Sigmund Freud Associação Psicanalítica; e Tempo Freudiano Associação Psicanalítica.

Divulgado resultado final da chamada pública para eventos

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulgou o resultado final do Edital de Chamada Pública CFP n° 002/2017. A lista contém nomes de eventos (com códigos de identificação) para os quais serão concedidos auxílio financeiro, no formato de passagem aérea e/ou hospedagem, em território nacional.

Para mais informações sobre as próximas etapas do processo, acesse www2.cfp.org.br/editalevento/2018/

Abertas inscrições para concurso de especialista em Psicologia

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) recebe inscrições, até 20 de dezembro de 2017, para o concurso de provas e títulos para concessão do título de especialista em Psicologia. A concessão do título é regulada pelas Resoluções CFP nº 13/2007 e nº 03/2016.

O concurso, que será executado pelo Instituto Quadrix, terá três fases: prova objetiva, de caráter eliminatório; prova discursiva, de caráter eliminatório; e prova de títulos, de caráter classificatório. As especialidades contempladas no concurso são: Neuropsicologia; Psicologia Hospitalar; Psicologia Clínica; Psicologia Jurídica; Psicologia do Esporte; Psicologia Organizacional e do Trabalho; Psicologia do Trânsito; Psicologia Social; Psicologia em Saúde; Psicomotricidade; Psicologia Escolar/Educacional; e Psicopedagogia.

As provas objetiva e discursiva serão realizadas nas seguintes cidades: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Florianópolis (SC), São Luis (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).

O candidato deverá ser psicóloga(o) com mais de dois anos de inscrição em Conselho Regional de Psicologia, contínuos ou intermitentes, contados da data de realização das provas. Além disso, deve ter prática profissional na especialidade solicitada por, no mínimo, dois anos, de acordo com o art. 11 da Resolução CFP nº 13/2007.

As inscrições deverão ser feitas, via internet, até 20 de dezembro de 2017, no endereço http://www.quadrix.org.br. A taxa de inscrição, que custa R$ 150,00, pode ser paga até 21 de dezembro.

Saiba mais
Inscrições: 20/11 a 20/12/2017
Limite para pagamento da taxa de inscrição: 21/12/2017
Publicação sobre locais de provas: 29/01/2018
Aplicação das provas objetiva e discursiva: (previsão: turno da tarde) 4/2/2018
Publicação do gabarito da prova objetiva e do resultado preliminar da prova objetiva: 23/2/2018
Resultado final: 10/5/2018

Nota de repúdio do FPSP Ceará à chacina do Centro Mártir Francisca

Fortaleza, 13 de novembro de 2017.

Nós, do Fórum Popular de Segurança Pública do Estado do Ceará, repudiamos a bárbara execução de quatro adolescentes que cumpriam medidas socioeducativas no Centro de Semiliberdade Mártir Francisca, no bairro Sapiranga, na madrugada desse domingo, dia 12.

O fato de os jovens morarem em territórios dominados por facções ou mesmo pertencerem ou não a uma organização criminosa não pode se tornar um fator para a naturalização de suas mortes. Exigimos que o caso seja objeto de uma investigação rigorosa e que todas as providências legais e institucionais relativas ao caso sejam tomadas. Trata-se de um fato ainda mais grave pelas vítimas estarem sob a proteção do Estado, que deveria propiciar as condições e a segurança necessárias para que elas cumprissem as medidas socioeducativas, conforme prescreve o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

É sabido que muitos jovens já haviam relatado para o sistema de justiça as ameaças de possíveis violências contra os adolescentes custodiados na unidade socioeducativa. O juiz da Vara de Execução já havia notificado ao Estado os relatos e a importância de garantir a segurança dos adolescentes. Dessa forma, este episódio configura-se como uma tragédia largamente anunciada.

A chacina do Centro Mártir Francisca é mais um episódio da crise sistêmica envolvendo os nossos centros educacionais e uma prova cabal da insuficiência das políticas estaduais de atendimento às crianças e aos adolescentes em vigor.

Assinam esta nota os membros do FPSP Ceará abaixo descritos:

1. Cedeca Ceará
2. Comitê pela Desmilitarização
3. Mães do Curió
4. Mães do Socioeducativo
5. LEV – UFC
6. COVIO-UECE
7. VIESES-UFC
8. SEJUDH-UNILAB
9. Fórum de Luta Antimanicomial
10. Escritório Frei Tito
11. INEGRA
12. Ocupação Gregório Bezerra
13. CRP – 11
14. UJC
15. Unidade Classista
16. PCB
17. Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza
18. Fundação Marcos Bruin
19. Escritório de Direitos Humanos Dom Aloisio Lorsheider
20. Escritório Frei Tito
21. PSOL
22. Visão Mundial
23. MJPOP
24. Kizomba – Enegrecer
25. GRAB – Grupo de Resistência Asa Branca
26. Pastoral Carcerária
27. Cáritas Fortaleza
28. Centro de Cidadania e Valorização Humana
29. Centro Magis Inaciano da Juventude
30. Diretório Central dos Estudantil UNILAB
31. Núcleo de Estudos Sociais – NUPES/UECE
32. NADIJUS
33. CAJU-UFC
34. RUA
35. Marcha da Maconha
36. Marcha Mundial de Mulheres
37. Mandato Deputado Renato Roseno
38. Mandato da Vereadora Larissa Gaspar
39. MNU
40. DCE-IFCE
41. Associação Cearense dos Estudantes Secundaristas
42. Conselho Federal de Psicologia

CCAP discute mudanças na Resolução CFP n°002/2003

A Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP) do Conselho Federal de Psicologia (CFP) se reuniu neste sábado (11), em Brasília, com representantes dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) especialistas em avaliação psicológica para discutir aspectos relativos à normativa que substituirá a Resolução CFP nº 002/2003.

A conselheira Daniela Zanini disse que a reunião contou que a participação dos regionais foi ativa, “tanto em termos numéricos como em relação ao conteúdo das discussões”. Segundo ela, o diálogo extrapolou a proposta de resolução e apontou necessidades da área da avaliação psicológica que devem ser cuidadas pelo Sistema Conselhos.

O dispositivo ainda vigente define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos e revoga a Resolução CFP nº 025/2001.

A revisão da Resolução CFP n° 002/2003 foi elaborada a partir da sistematização de consultas públicas realizadas em 2016, da compilação das contribuições dos CRPs e também com a participação das entidades científicas em avaliação psicológica, como o Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (Ibap) e Associação Brasileira de Rorschach e Métodos Projetivos (Asbro).

O objetivo de revisão da resolução é torná-la mais adequada às necessidades de ordem ética, técnica e científica e alinhada com a dinâmica da produção científica de testes psicológicos e dar celeridade do fluxo de trabalho do Satepsi.

A proposta de atualização da Resolução CFP nº 002/2003 contempla os seguintes aspectos: diretrizes básicas para a realização de avaliação psicológica no exercício profissional do psicólogo; submissão e avaliação de testes ao sistema de avaliação de testes psicológicos – Satepsi; submissão ao Satepsi de versões equivalentes de testes psicológicos aprovados (informatizadas e não informatizadas); atualização de normas de testes psicológicos; atualização de estudos de validade de testes psicológicos; e justiça e proteção dos direitos humanos na avaliação psicológica.

A minuta com a proposta seguirá para apreciação da Assembleia das Políticas da Administração e das Finanças (Apaf), a ser realizada nos dias 16 e 17 de dezembro de 2017, em Brasília.