Comissões de Avaliação Psicológica do Sistema Conselhos de Psicologia se reúnem em Brasília para debater desafios na área

Representantes das Comissões de Avaliação Psicológica dos Conselhos de Psicologia de todo o país realizaram em Brasília/DF, nos dias 28 e 29 de março,  um encontro que debateu os avanços e desafios na área, destacando os diferentes contextos de atuação e a atualização de normas técnicas.

Pela primeira vez, profissionais da Avaliação Psicológica de todo o Sistema Conselhos de Psicologia se reuniram para trocar experiências e identificar os entraves da temática  com o propósito de projetar ações para o futuro da profissão.

O presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Pedro Paulo Bicalho, reforçou durante a solenidade de abertura a necessidade de fortalecer a atuação das  comissões de avaliação psicológica em todo o território nacional. Para ele, iniciativas como o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi) e as Comissões Consultivas em Avaliação Psicológica (CCAP) contribuíram para moldar o fazer da profissão no campo da Avaliação Psicológica no país. “São esses encontros que concretizam isso que nós temos tanto orgulho de mencionar, que trabalhamos em um Sistema Conselhos de Psicologia”, afirmou Bicalho.

Evandro Peixoto, conselheiro federal e coordenador da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP/CFP), observou  a diversidade de representações e a abrangência das diferentes áreas da Psicologia em torno da temática. Destacou ainda  a presença e a importância da avaliação psicológica em diversos contextos, como educação, trânsito, esporte e escolas. “Não há possibilidade de se sentir como um peixe fora d’água quando a gente fala de Avaliação Psicológica, porque justamente essa área tem esse espectro de horizontalidade”, pontuou o coordenador da CCAP. 

Diálogos

A programação do encontro teve início com uma mesa redonda sobre o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi), que explorou os desafios e avanços da área, bem como os procedimentos desse sistema. Ao longo do encontro, também foram discutidos tópicos como a avaliação psicológica em concurso público, a aplicação da avaliação para o manuseio de armas de fogo e a perícia psicológica no contexto do tráfego, com ênfase na segurança e na saúde mental. 

Juliana de Barros Guimarães, conselheira do CFP e especialista em perícia psicológica no trânsito, abordou as práticas de avaliação nesse contexto, considerando ainda  os impactos das decisões baseadas em avaliação psicológica para a segurança viária. 

Entre as(os) especialistas, também esteve presente Cristiane de Moura Faiad, que apresentou temas sobre avaliação psicológica em concurso público e para manuseio de arma de fogo, ao discutir aspectos técnicos e éticos nessas avaliações.

Durante os dois dias de atividades, as(os) participantes acessaram documentos de referência sobre as ações da CCAP, como a elaboração de pareceres, a atualização de documentos técnicos e normativos do CFP, a orientação para a categoria e para a sociedade sobre as normas relativas à avaliação psicológica, além de orientações jurídicas, por meio da Gerência Jurídica do CFP.

Comissão de Avaliação Psicológica (CCAP)

A realização desse encontro integra as ações planejadas da CCAP/CFP, como eventos de orientação para os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) sobre as demandas da avaliação psicológica e demonstra o compromisso contínuo da CCAP com a atualização da profissão, com a inclusão social e com o aprimoramento das práticas de avaliação psicológica em contextos diversos.

A CCAP/CFP desempenha um papel central na regulamentação da avaliação psicológica em diversas áreas, como concursos públicos, segurança e processos judiciais. Atualiza constantemente, ainda, os instrumentos e normativas no campo, garantindo que a profissão se adapte às necessidades atuais e aos avanços das pesquisas científicas.

Saiba mais sobre as ações da CCAP/CFP e o Satepsi em satepsi.cfp.org.br.

Acesse a galeria de imagens do evento.

Participe da I Mostra Nacional de Práticas Profissionais da RAPS

Inscreva seu relato de experiência, até 2 de maio, na I Mostra Nacional de Práticas Profissionais da RAPS. A iniciativa busca reconhecer práticas inovadoras que impactam os serviços e políticas de saúde mental, dando visibilidade ao trabalho das(os) profissionais que atuam nesses serviços.

A Mostra integra um conjunto de ações voltadas a fortalecer a atuação de profissionais da Psicologia nos serviços de saúde mental. A iniciativa também inclui um levantamento sobre os principais desafios para a efetivação do cuidado em liberdade, identificados por profissionais que atuam na RAPS.

As sete práticas vencedoras na categoria Relato de Experiência serão premiadas com R$ 2 mil cada. As três melhores Manifestações artísticas votadas receberão prêmios em dinheiro, com valores de R$ 500 até R$ 2 mil. O prazo para participar dessa modalidade vai até 27 de junho e é de responsabilidade dos respectivos Conselhos Regionais de Psicologia.

As práticas profissionais serão avaliadas em etapas regionais, realizadas pelos Conselhos Regionais em cada estado, com o apoio da Rede Crepop. As melhores práticas serão selecionadas para a Etapa Nacional, que acontecerá em Brasília/DF. A cerimônia de premiação dos trabalhos vencedores está prevista para o dia 5 de setembro de 2025, durante o 23o Encontro Nacional da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO), em Manaus (AM).

Acesse o edital, confira a retificação do edital e participe.

Dia Nacional dos Povos Indígenas

Neste 19 de abril, Dia Nacional dos Povos Indígenas, o CFP destaca o compromisso da Psicologia brasileira com a promoção da saúde integral, dos direitos e do bem-viver dessas comunidades.

Para fortalecer o fazer de seus profissionais nesse campo, o Conselho Federal de Psicologia publicou em 2022, com atualização em 2024, as Referências Técnicas para atuação de psicólogas(os) junto aos Povos Indígenas.

O conteúdo dialoga a prática da Psicologia a partir das especificidades dos diferentes modos de vida, ritos, culturas e territórios em que habitam os povos originários, com foco na promoção do cuidado integral.

A atuação da Psicologia junto aos povos indígenas esteve no foco dos debates de um conjunto de ações que o CFP conduziu como parte das atividades do Acampamento Terra Livre (ATL), maior assembleia indígena do país – realizada em Brasília/DF, nos dias 9 e 10 de abril, e que reuniu profissionais da Psicologia de diferentes regiões do país.

Leia a RT para atuação de psicólogas(os) junto aos Povos Indígenas.

CFP defende papel fundamental da Psicologia na gestão de riscos psicossociais no trabalho

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulgou nesta terça-feira (15) uma nota pública na qual reafirma a indispensável atuação de psicólogas e psicólogos organizacionais e do trabalho nos processos de avaliação, promoção e gestão dos riscos psicossociais nos contextos laborais.

O posicionamento será tema de reunião do CFP com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – instituições que têm entre suas atribuições a fiscalização e a promoção de políticas na área.

A nota pública é divulgada ante os crescentes indicadores de adoecimento mental no trabalho, nos quais o absenteísmo e o afastamento são apenas algumas das graves implicações. O documento destaca a relevância da Psicologia no enfrentamento a esses desafios, bem como a capacidade técnica de seus profissionais na produção de insumos para práticas e modelos eficazes na mitigação e prevenção do problema.

Confira a íntegra do posicionamento.

14 de abril: Dia Nacional de Luta pela Educação Inclusiva

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) reafirma o compromisso da Psicologia brasileira com uma educação verdadeiramente inclusiva e participativa, que garanta os direitos de crianças, adolescentes e adultos em toda sua pluriversidade.

O Dia Nacional de Luta pela Educação Inclusiva foi instituído em 2004 pelo Sistema Conselhos de Psicologia com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância de uma educação que valorize a pluriversidade e promova a participação e o acolhimento de todas as pessoas, em diferentes contextos, inclusive, no ambiente escolar.

A Psicologia continua a atuar pela construção de práticas educacionais inclusivas, participativas e contextualizadas, por meio de seus profissionais, luta, dia-a-dia, por uma educação que respeite todas as subjetividades e formas de existir.

Em breve, o Conselho Federal de Psicologia irá lançar dois importantes documentos de orientação à categoria acerca da atuação junto a pessoas com deficiência. Acompanhe nossas redes para não perder as novidades.

Regulamentação da Psicoterapia

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) se reuniu em 2/4 com representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), entre eles o 1° vice-presidente Emmanuel Cavalcanti, para tratar sobre regulamentação da psicoterapia.

Durante o encontro foi apresentada uma minuta de texto elaborada pelo CFP com sugestões para a qualificação das proposições legislativas sobre o tema em tramitação no Senado Federal.

As propostas tratam da regulamentação do exercício da psicoterapia, tema que envolve as áreas da Psicologia e da psiquiatria e, portanto, as competências dos respectivos conselhos profissionais.

Na ocasião, o CFM destacou a relevância da qualificação e da formação técnica tanto da Psicologia quanto da psiquiatria para o exercício da psicoterapia, e reforçou que essa é uma prática que deve ser exercida por profissionais devidamente habilitados, com formação adequada e respaldados por suas entidades de classe.

Regulamentação da psicoterapia

O encontro integra um conjunto de diálogos que o CFP tem promovido junto a diversos segmentos estratégicos com o objetivo de aprovar uma lei que regulamente a psicoterapia no Brasil. A iniciativa busca fortalecer a construção de forças favoráveis à efetiva aprovação de uma legislação na área, a partir de articulação com categorias profissionais que serão impactadas pela medida.

A construção desse diálogo está entre as deliberações feitas pela categoria durante o Congresso Nacional da Psicologia (CNP) – instância máxima de definição das diretrizes, políticas e ações que devem orientar a gestão da Psicologia como ciência e profissão.

Psicologia na saúde das trabalhadoras e trabalhadores

O CFP convida a categoria científica e profissional para a “1ª Conferência Livre da Psicologia para a Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador”, um espaço essencial para debater e construir propostas que farão parte da “5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (5ª CNSTT)”.

Com grupos de discussão sobre os eixos da 5ª CNSTT:

– Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora;
– As novas relações de trabalho e a saúde do trabalhador e da trabalhadora;
– Participação popular na saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras para o Controle Social.

Serviço:
1ª Conferência Livre da Psicologia para a Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador
29 de abril
as 13h às 18h
Ao vivo no YouTube do CFP
Gratuito e aberto ao público mediante inscrição.

Nota de Pesar: Iray Carone

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) lamenta o falecimento da psicóloga Iray Carone, referência nos estudos de Psicologia Social, relações raciais e teoria crítica no Brasil. 

Iray Carone foi docente e pesquisadora do Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). Ela introduziu no Brasil os estudos de Psicologia Social voltados às relações raciais e à indústria cultural, ao analisar a mídia e sua relação com a sociedade..

Formada em Psicologia, Carone obteve doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1975), com reconhecimento do título pela USP (1988). Realizou pós-doutorados na Universidade da Califórnia em Berkeley (1985), New School for Social Research (1989), Universidade Columbia (2001) e Universidade Nacional de Educação a Distância da Espanha (2010-2011).

Sua produção acadêmica abrange duas principais linhas de pesquisa: Psicologia Social e Teoria Crítica, com ênfase nas relações raciais no Brasil e nos estudos de Theodor W. Adorno sobre a indústria cultural; Epistemologia da Psicologia, com foco em paradigmas científicos e na função cognitiva da linguagem metafórica nas teorias psicológicas. 

Como professora da USP, sua abordagem crítica e interdisciplinar contribuiu para formar gerações com um pensamento crítico e engajado sobre a ciência e a profissão. Foi titular no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano da USP, onde lecionou disciplinas sobre metodologia crítica e teoria psicossocial. Entre 1998 e 2008, coordenou o programa de iniciação científica Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, na Universidade Paulista.

Ao tempo em que reconhece a importância desse  legado para a Psicologia e o conjunto da sociedade, o Conselho Federal de Psicologia se solidariza com a família e amigos de Iray Carone.

Psicologia e direito à Saúde Integral

Neste Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) reafirma o compromisso ético, científico e político da Psicologia brasileira com a defesa e a promoção da saúde em sua concepção integral.

O Código de Ética da Profissão aponta que “O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades”.

É sob esses pilares, que psicólogas e psicólogos desempenham papel fundamental na saúde mental como parte de um cuidado integral e que compreende cada pessoa em sua totalidade, com respeito às suas experiências, identidades e subjetividades.