Mesas-redondas abordam intervenções e avaliação no Esporte

As mesas temáticas do último dia de atividades do IX Congresso Internacional e XVI Congresso Brasileiro de Psicologia do Esporte e do Exercício (Conbipe) abordaram “Intervenções com atletas olímpicos e paraolímpicos” e “Validação e avaliação utilizando instrumentos psicométricos para o Esporte”.

O primeiro tema teve como palestrantes as professoras Lenamar Fiorese, da Universidade Estadual de Maringá (UEM); Marcia Walter, da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP); e Andressa de Silva Melo, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Fiorese falou sobre a preparação psicológica da seleção brasileira de ginástica rítmica. A pesquisadora observou que psicólogos de diversas equipes que disputarão os Jogos Olímpicos em agosto, no Rio de Janeiro, vêm se reunindo para avaliação e troca de experiências. Ela destacou o caráter multidisciplinar da equipe do país, que conta com psicóloga, fisioterapeuta, médico e nutricionista. Segundo explicou, a meta é chegar à etapa final e obter o 7º lugar.

A psicóloga ressaltou a importância do trabalho de acompanhamento às profissionais, diante da rotina de treinos e do planejamento para as atletas chegarem ao objetivo pretendido.  Segundo ela, a rotina é rígida, com controle nutricional, restrição ao uso de celular e redes sociais, estabelecimentos de metas diárias e individuais e psicometria.

Tríade

“Esportes Paralímpicos: da avaliação ao treinamento psicológico” foi o tema da psicóloga Marcia Walter, com foco em ações realizadas no Paraná. Ela apontou ser essencial a “tríade da Psicologia”: acrescentar, agregar e técnicas específicas para melhorar o contexto onde as pessoas vivem e realizam suas atividades físicas.

Marcia citou fatores que influenciam o desempenho no paraesporte, entre os quais: conhecer a deficiência e a modalidade esportiva, boa comunicação, corpo técnico capacitado e classificação funcional (elegibilidade para competir). Ela alertou que a Psicologia ainda não tem espaço para opinar sobre os tipos de classificações de atletas nas respectivas categorias.

Andressa Silva debateu sobre a ocorrência de lesões em competições paralímpicas. A fisioterapeuta defendeu a importância de uma equipe multidisciplinar na preparação das equipes. Citou o exemplo de um mundial de atletismo paralímpico na Nova Zelândia, onde ocorreram terremotos e não havia psicólogo (a) para acompanhar e orientar o grupo.

Após explanar sobre os vários tipos de deficiência e limitações funcionais,  Andressa Silva disse que ainda há  somente 13 artigos publicados que tratam sobre lesões com atletas paralímpicos em campo e associados à Psicologia do Esporte. Para ela, mais do que pesquisar e realizar os atendimentos clínicos, os (as) profissionais precisam circular no ambiente, conversar com os (as) atletas e realizar ações integradas com a equipe multidisciplinar.  A palestrante explicou ainda como fatores psicológicos afetam o processo de reabilitação e que tanto a Psicologia como a Fisioterapia contribuem nesse processo.

Validação e avaliação

Nos debates sobre validação e avaliação com instrumentos psicométricos, os participantes foram Cristiano Gomes, da UFMG, e Jonas de Paula, da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG).

Gomes abordou o tema “Contribuições da psicometria para os estudos em neuropsicologia cognitiva”, enfatizando a importância dessa técnica para a validação de testes. O professor utilizou exemplos como a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), justificando que foi a primeira a passar em teste mundial.

“Por via da psicometria os cientistas têm a oportunidade de questionar as suas próprias teorias, os seus próprios argumentos, os resultados até então encontrados, e as evidências construídas, assim como os instrumentos aplicados”, afirmou.

Ao tratar de “Instrumentos de avaliação de funções executivas”, Jonas de Paula mostrou os múltiplos modelos existentes e pontuou que não existe consenso sobre qual é o melhor. O professor citou os componentes estruturais como memória de trabalho (retenção de informações) e controle inibitório (interfaces com a cognição social e atenção), além de apresentar modelos de métodos neuropsicológicos.

Ele destacou a importância das funções executivas para a autonomia decisória e como forma de usar menos os instintos para as tomadas de decisões, como a elaboração de uma jogada. Para a Psicologia do Esporte, elogiou o Paradigma N-Back como ferramenta de avaliação.

Censo sobre a área da Psicologia do Esporte está em andamento no site do CFP. Clique para participar.

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Leia a cobertura do CFP sobre o Conbipe, encerrado no sábado (16):

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Conbipe se encerra com cerca de 500 participantes

Aproximadamente 500 profissionais, pesquisadores e estudantes de várias partes do Brasil e do mundo participaram do IX Congresso Internacional e XVI Congresso Brasileiro de Psicologia do Esporte e do Exercício (Conbipe), que teve como tema “Esporte Olímpico e Paralímpico – A contribuição da Psicologia do Esporte para o rendimento esportivo”. O evento se encerrou na noite do sábado (17).

O evento contou com o apoio do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e a participação do Grupo de Trabalho (GT) de Psicologia do Esporte da Assembleia das Políticas da Administração e das Finanças (APAF) do Sistema Conselhos de Psicologia.

A cerimônia de encerramento foi marcada pela apresentação do 14º Congresso Mundial de Psicologia do Esporte e do Exercício, que ocorrerá na cidade de Sevilla, na Espanha, de 10 a 14 de julho de 2017.

A primeira mesa temática da tarde discutiu “Psicologia do Esporte aplicada às lutas”. Os palestrantes foram os professores Afonso Machado, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Maicon Rodrigues, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), e Marco Túlio de Mello, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Machado tratou sobre “Agressão e ansiedade em esportes de luta”. O pesquisador destacou a participação do público presente, por meios midiáticos e reprodução social e a cultura, como forma de estímulo nos eventos, destacando as novas mídias como “exímias” propagadoras dos confrontos.  “Esse antecedente serve como excitação para aquilo que está chegando e pode ser um estimulador ou anestesiar, questão preocupante do ponto de vista psicológico para quem trabalha com os atletas”, alertou.

O pesquisador defendeu que o (a) psicólogo (a) deve buscar o lado humano dos atletas e aponta que é necessário aprender a “domar” a questão da competitividade. Ele ponderou que o profissional da Psicologia do Esporte não pode ter um conhecimento restrito ao tema, mas sim pensar a “Psicologia das multidões” (público, torcida), em uma atuação conjunta com atletas e dirigentes para se diminuir as tensões.

Idade Relativa

O efeito da idade relativa nos esportes de luta foi o tema debatido por Rodrigues. O professor da UFV iniciou explicando o conceito, que é a diferença entre indivíduos de uma corte anual que foram agrupados para uma mesma faixa etária. Ele listou diversas pesquisas mostrando que atletas que nasceram nos três primeiros meses do ano (janeiro, fevereiro e março) têm vantagens (físicas, psicológicas e motoras) em relação a outros que nasceram no mesmo ano, principalmente sobre aqueles de mesmo ano.

Para o pesquisador, é preciso pensar outros mecanismos para seleção de atletas de base como modificação das data de corte (em vez de critério anual), cotas de atletas em esportes coletivos, divisão por categorias por peso.

Por sua vez, Marco Túlio de Mello discorreu sobre interferências do sono no desempenho de atletas de judô. Mello iniciou sua fala abordando falácias sobre as horas de sono que necessitam ser feitas. Ele comentou sobre as dificuldades de conciliar uma melhor performance com família e um bom sono. Também ressaltou a importância do psicólogo do Esporte para orientar o atleta em alertar sobre como o uso excessivo do telefone celular ou tablets nos horários noturnos prejudicam as horas de sono, sem contar os diversos comprometimentos fisiológicos. Ao lembrar que algumas delegações deverão usar bloqueadores de sinal, ele prevê a participação dos (as) psicólogos para resolver outro problema: a abstinência de uso desses aparelhos.

Psicofisiologia

A Psicofisiologia em atletas olímpicos foi tema da última mesa temática do Conbipe. Os pesquisadores designados para discorrer sobre o tema foram Maurício Bara Filho, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Birgitt Keller, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Joyce Stefanello, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Marcelo Callegari, da Universidade São Judas Tadeu (USJT).

Bara Filho explanou sobre marcadores psicofisiológicos do voleibol. O pesquisador examinou características do jogo de voleibol e das variáveis que podem auxiliar o treinamento. Um dos pontos foi a dificuldade para o monitoramento individualizado dos atletas. Ele citou marcadores como o PSE e o TQR.

Keller destacou o overtraining em atletas olímpicos. Apontou a necessidade de se detectar o overreaching, uma etapa de estafa anterior ao sobretreino. A pesquisadora relatou fatores que causam overtraining, como frequência de treino, torcida, família, excesso de viagens.

A palestrante observou que os métodos mais apropriados para um programa de monitoramento do problema ainda estão sendo discutidos. Testes fisiológicos compreensivos, disse, não se têm mostrado mais eficientes do que os psicológicos. Ela concluiu pela necessidade de associação de parâmetros psicológicos em conjunto com avaliações fisiológicas, bioquímicas e/ou imunológicas, como base para um programa multidisciplinar.

Stefanello discorreu sobre “Estresse – Parâmetros biológicos e psicológicos em avaliação de atletas”. A professora lembrou que os atletas são submetidos aos mais elevados de exigências, físicas, técnicas, táticas e psicológicas. Também falou sobre os processos de avaliação e variáveis psicológicas que interferem no rendimento dos atletas, o seu grau de habilidade e as variáveis que os controlam.

Por fim, a participação de Callegari teve como focos “Aspectos psicofisiológicos na prescrição do treinamento esportivo no basquetebol”.

Todos os resumos dos trabalhos apresentados no evento serão publicados na Revista de Educação Física.

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Belo Horizonte sedia congressos de Psicologia do Esporte

Belo Horizonte será sede, desta quinta-feira (14) ao sábado (16), do IX Congresso Internacional e do XVI Congresso Brasileiro de Psicologia do Esporte e do Exercício (Conbipe). O tema será “Esporte olímpico e paraolímpico – a contribuição da Psicologia do Esporte para o rendimento esportivo”. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) é um dos apoiadores do evento e tem pesquisa sobre a área em andamento em seu site (leia mais abaixo e participe), junto com o Grupo de Trabalho (GT) da Assembleia das Políticas da Administração e das Finanças (APAF).

No Centro de Atividades Acadêmicas (CAD-1) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), durante três dias, especialistas do Brasil e do mundo discutirão pesquisas, tendências e práticas aplicadas à área.

O Conbipe é organizado pelo Laboratório de Psicologia do Esporte da UFMG e também conta, entre seus apoiadores, com a Associação Brasileira de Estudos em Psicologia do Esporte e do Exercício (Abepeex) e a International Society of Sport Psychology (ISSP).

Para a representante do CFP em Psicologia do Esporte no Coletivo Ampliado, Luciana Ferreira Ângelo, será uma oportunidade para atualização e encontro profissional enriquecendo experiências e incentivando projetos futuros com profissionais das Ciências do Esporte da África, do Brasil, da Europa, da Ásia e da América do Norte. “E para compartilhar, discutir e desenvolver conhecimento”, complementa.

Luciana espera ainda que o evento seja intenso. “Teremos representadas diferentes culturas e abordagens sobre essas ciências, especialmente a Psicologia do Esporte”, destaca. “Imagino que a contribuição possa ser teórica e prática com temas de interesse relacionados ao campo de trabalho e ética profissional.”

Clique aqui e confira todas as novidades do IX Congresso Internacional e do XVI Congresso Brasileiro.

Participe de censo sobre o tema

Um Censo da Psicologia do Esporte está aberto à participação no site do CFP. Foi elaborado pelo grupo de trabalho (GT) sobre o tema na Assembleia das Políticas da Administração e das Finanças (Apaf), a partir das demandas dos representantes dos Conselhos Regionais e de Grupos de Profissionais da área.

O objetivo é conhecer quem são, onde estão, qual a formação e as necessidades dos profissionais que atuam na área. Com os dados coletados, a autarquia e os profissionais poderão debater diretrizes e referências para o exercício profissional.

O questionário encontra-se neste endereço. Dados como formação acadêmica, áreas de atuação e condições do exercício profissional constam do Censo. O prazo para os (as) profissionais enviarem suas contribuições é até o dia 3 de maio.

 

CONPAS publica Nota Técnica 001/2016

A Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social (CONPAS) do Conselho Federal de Psicologia (CFP) elaborou e publicou a Nota Técnica nº 001/2016. O referido documento trata de “Orientações sobre documentos elaborados por psicólogas e psicólogos no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (SUAS)”.

Segundo o documento, a nota técnica tem por objetivo “explanar recomendações referentes à produção de documentos elaborados por psicólogas e psicólogos no SUAS, tema instigado por profissionais que atuam na política de Assistência Social, em interface com o Sistema de Garantia de Direitos (SGD), com suas dúvidas e questionamentos”.

O texto discorre ainda sobre “reflexões sobre o contexto da atuação profissional (normatização do SUAS) e o papel da Psicologia (como ciência e como profissão) nesse cenário, considerando as normativas existentes (CFP), em particular a Resolução CFP n.º 007/2003, e os seus limites e possibilidades de uso no contexto do SUAS”.

Clique aqui e leia a nota técnica.

CFP divulga resultado final do Prêmio Inclusão Social

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulga hoje (4), em seu site, o resultado final do prêmio Inclusão Social. A iniciativa é promovida pela Autarquia em parceria com o Laboratório de Estudos em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (LAPS) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). O prêmio contempla experiências de inclusão social de usuários e familiares em projetos econômico-sociais, Organizações Não Governamentais (ONGs) e em equipes interdisciplinares da Rede de Atenção Psicossocial de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, em diversas categorias, como arte, cultura, trabalho e economia solidária.

Os trabalhos enviados, de experiências individuais e coletivas, possibilitam recriar novas formas de relações sociais e de convívio com as diversidades.

Para Aparecida Rosângela Silveira, integrante de seleção do prêmio e da Comissão de Saúde do CFP, “o resultado da premiação revela que existem muitas iniciativas ricas em nosso território que são inspiradoras em direção à superação de um grande descompasso na Reforma Psiquiátrica Brasileira, em busca de inserção social e autonomia dos usuários. Os trabalhos inscritos apresentam qualidade e diversidade regional e, em função da riqueza deles, incluiu-se também a categoria – menção honrosa”, ressaltou.

Foram selecionadas as experiências coletivas e individuais de usuários e familiares nas categorias arte-cultura (música, teatro, literatura, artes plásticas e audiovisuais) e experiências interprofissionais ou intersetoriais com participação de psicólogas (os) na inclusão de usuários no trabalho. A premiação está prevista para o próximo 18 de maio, Dia Nacional de Luta Antimanicomial.

Clique aqui e confira o resultado final.

Comissão de Psicologia nas Emergências e Desastres realiza reunião no CFP

A Comissão de Psicologia nas Emergências e Desastres se reuniu nos dias 28 e 29 de março, na sede do Conselho Federal de Psicologia (CFP), em Brasília. A reunião foi a primeira do colegiado em 2016. No encontro, foram apresentadas as atividades realizadas nos estados onde ocorreram as oficinas sobre Gestão Integral do Risco e Desastres: da Prevenção à Recuperação. Na oportunidade, também foram informados os encaminhamentos e ações dos Conselhos Regionais em relação à temática.

Segundo Eliana Torga, coordenadora nacional da Comissão de Psicologia das Emergências e Desastres, a reunião foi bastante produtiva e, além dos temas acima elencados, ela destacou que está sendo elaborada pela comissão uma Nota Técnica e um Guia com Diretrizes sobre a atuação de psicólogos na Gestão Integral do Risco de Desastres.

Avaliação das Oficinas 

Ionara Rabelo, também  coordenadora nacional da Comissão de Psicologia das Emergências e Desastres, destacou que, na avaliação das Oficinas Regionais sobre Psicologia na Gestão Integral de riscos e desastres, percebeu-se a importância da aproximação com a realidade de cada estado, quais desastres mais ocorrem  e como psicólogas e psicólogos precisam se aproximar do sistema de Proteção e Defesa Civil para participar dos Planos de Contingência. “Tal fato pode contribuir para que (os/as) psis (psicólogos/as) entendam que, quanto mais trabalharem na prevenção e preparação para desastres, mais empoderam as comunidades, diminuem riscos e salvam vidas”, ressaltou.

Comissão de Psicologia de Trânsito realiza reunião no CFP

A Comissão de Psicologia de Trânsito do Conselho Federal de Psicologia (CFP) se reuniu no dia 18 de março para discutir o planejamento de atividades para 2016. Dentre as ações, está prevista a elaboração de uma Cartilha de Procedimentos Técnicos para a Avaliação Psicológica para Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Segundo a conselheira do CFP Viviane Moura de Azevedo Ribeiro, a cartilha objetiva trazer orientações técnicas de atuação sobre a avaliação psicológica no contexto do trânsito, e será um importante documento para nortear a categoria. Além dessa ação, o colegiado desenvolve também uma política de Psicologia do trânsito para o CFP, objetivando relacionar a Avaliação Psicológica no contexto do trânsito com as políticas públicas de Saúde e de Educação.

“Essa medida visa, assim, redefinir os processos de Avaliação Psicológica para a Carteira Nacional de Habilitação. É preciso redefinir os procedimentos na avaliação psicológica e o papel dos (as) psicólogos (as) no contexto do trânsito. Entendemos que é necessário valorizar a atuação dos profissionais da área e combater a desqualificação”, reforçou a conselheira.

OrientaPsi 

Viviane Azevedo também destacou a organização de um curso na plataforma OrientaPsi com temas variados no contexto do Trânsito e com a participação de profissionais e pesquisadores na área. Sobre os encaminhamentos, a conselheira afirmou que, para a elaboração da cartilha, vai ser realizada uma parceria com a Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP) do CFP, além da realização de um debate online para o lançamento do referido documento.

 

CCAP realiza reunião itinerante

A Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP) do Conselho Federal de Psicologia (CFP) realizou, no dia 17 de março, no Rio de Janeiro, a palestra Avaliação Psicológica: desafios éticos e técnicos no exercício profissional. O evento, gratuito e aberto a toda a categoria, pretendeu informar e esclarecer os profissionais da Psicologia a respeito de aspectos variados do processo avaliativo.

O coordenador da CCAP e conselheiro do CFP, João Alchieri, explicou que evento foi a primeira edição de uma série de atividades que serão disponibilizadas na plataforma OrientaPsi para colaboradores, fiscais e conselheiros de COE e COF, dos regionais, especificamente para discutir aspectos da fiscalização quanto a preceitos da Avaliação Psicológica.

Segundo ele, a atividade no Rio de Janeiro teve início com um curso para fiscais, sobre avaliação psicológica. “Oito horas foram presenciais e acontecerão mais 12 horas à distancia, no formato de aulas do OrientaPsi para formação continuada”, complementou. Alchieri explicou que a temática sobre Avaliação Psicológica possibilitou instrumentalizar os colegas dos Conselhos Regionais de Psicologia do Espírito Santo (CRP-16), Rio de Janeiro (CRP-05) e Minas Gerais (CRP-04) sobre os principais pontos e necessidades do Sistema Conselhos, especialmente da necessidade de retificação de resoluções que levam a dúvidas sistemáticas da categoria.

O referido evento é o primeiro de uma série de reuniões que a CCAP realizará de forma itinerante em cada uma das regiões brasileiras. Além da palestra, foi realizada uma atividade de formação interna para psicólogos (as) que integram os Conselhos Regionais de Psicologia da região Sudeste. Os próximos deverão ocorrer nas seguintes cidades: Belém – Região Norte (maio), Brasília – Região Centro-Oeste (julho), Salvador – Região Nordeste (agosto) e Florianópolis – Região Sul (setembro).

Palestra 

A palestra foi ministra pelos seguintes membros da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica: Elton Matsushima (A Formação Continuada como caminho para uma melhor Avaliação Psicológica no país), Neander Abreu (Neuropsicologia) e Cícero Vaz (Teste Projetivos). No dia seguinte, também na capital fluminense, a CCAP realizou sua reunião mensal, em que foram apreciadas relatorias da avaliação de instrumentos psicológicos, e foi finalizada Nota Técnica para uso de plataformas informatizadas de testes psicológicos.

CFP disponibiliza Portal da Transparência

Em obediência à Lei de Acesso à Informação – Lei nº 12.527/2011 – e aos princípios que regem a Administração Pública, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) desenvolveu o Portal da Transparência. O veículo possibilita o acompanhamento mensal de despesas com o quadro de funcionários (servidores efetivos e comissionados), conselheiros e colaboradores.Com essa medida, o CFP reafirma o compromisso firmado com a sociedade e o corpo de psicólogos (as) de dar publicidade e transparência às suas ações.

No referido site, o (a) psicólogo (a) pode acompanhar o acesso ao histórico de testes psicológicos regulamentados pela Autarquia, cadastramento de sites de profissionais da Psicologia, levantamento da base de quantos (as) profissionais atuam no País, quadro de funcionários (servidores efetivos,  funções gratificadas e comissionados), compras (contratos celebrados pelo CFP),  prestação de contas de exercícios anteriores, plenárias (atualizações em breve) e licitações.

Para a presidente do CFP, Mariza Monteiro Borges, esse é um mecanismo importante para adequar à administração pública para aquilo que não apenas os (as) psicólogos (as), mas como a sociedade civil exige dos administradores de recursos. “Como gestores de recursos públicos, nós temos a obrigação de prestarmos contas de nossas ações e, principalmente, de como usamos os recursos públicos na defesa da categoria e da própria sociedade”, ressaltou.

Clique aqui e acesse o Portal da Transparência do CFP.

Revista Psicologia: Ciência e Profissão está de cara nova

Você conhece a revista Psicologia: Ciência e Profissão (PCP)? O periódico de produção científica da Psicologia publicado pelo Sistema Conselhos está com novo visual e encontra-se no primeiro volume de sua 36ª edição. Foi publicado na plataforma SciELO neste mês e, nos próximos dias, será distribuído para as universidades e faculdades com cursos de Psicologia.

Para o editor do periódico, Roberto Moraes Cruz (conselheiro do Conselho Federal de Psicologia), as mudanças que vêm sendo realizadas na revista desde o ano passado visam adaptar a PCP às novas exigências da base de dados da SciELO, definidas em novembro de 2014, a fim de que mantenha sua classificação como Qualis A2 de produção científica e chegar ao selo Qualis A1 de excelência. As alterações se referem ao processo de editoração on-line, com automatização de procedimentos em diferentes formatos, dispositivos eletrônicos e de verificação de elementos textuais/bibliográficos, critérios mínimos de participação de editores associados, revisores e autores estrangeiros, e quantidade mínima de artigos a serem publicados anualmente, em português e inglês.

A Revista Psicologia: Ciência e Profissão é, reconhecidamente, um periódico de ampla repercussão na comunidade acadêmica e profissional da Psicologia. Nos últimos três anos, foram submetidos 877 artigos e relatos de experiência, com uma média anual de 292. Esses dados, que refletem a receptividade da Revista entre os seus interessados, indicam, também, a necessidade do trabalho diligente e cuidadoso na valorização dos artigos recebidos e no seu devido processo de avaliação.

Leia os artigos da PCP 36.1.

Confira a entrevista concedida pelo conselheiro Roberto Cruz na edição 112  do Jornal do Federal sobre as mudanças na revista Psicologia: Ciência e Profissão.