PL das 30 Horas da Psicologia volta à pauta e categoria faz pressão pela votação do projeto

Amanhã, 5 de julho, a comitiva da Psicologia promete mais um dia intenso de mobilização junto a parlamentares da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados sobre o PL das 30 Horas (PL 1.214/2019). A proposição está na pauta de votações do colegiado e pode ser votada na reunião de amanhã, às 13h.

A presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Ana Sandra Fernandes, estará na Câmara para dialogar com cada deputada e deputado sobre a importância da aprovação do projeto. Ela será acompanhada de uma comitiva de psicólogas e psicólogos do Conselho Federal e de entidades representativas da profissão.

Para fortalecer e envolver toda a categoria nessa mobilização, o Conselho Federal de Psicologia lançou na sexta-feira (1º) um site especial sobre o PL das 30 Horas. Além de apresentar um panorama geral da tramitação do projeto, a página permite o envio direto de mensagem aos parlamentares da CTASP, reforçando a relevância dessa pauta para psicólogas e psicólogos. O objetivo é alcançar o maior número de congressistas em defesa da aprovação do Projeto de Lei 1214/2019.

Audiência pública debaterá o projeto
Na última semana, mesmo sem a proposição estar na pauta, as entidades da Psicologia travaram um embate para garantir que entidades representativas da categoria possam estar presentes à audiência pública que vai debater o projeto das 30h no âmbito da Comissão.

Foi protocolado pelo deputado Tiago Mitraud (NOVO/MG) um requerimento para a realização da audiência apenas com a participação de entidades representativas de hospitais e sem nenhum representante de psicólogas e psicólogos. A partir de uma ação firme e rápida, as entidades da Psicologia se articularam com a deputada Erika Kokay (PT/DF) e o deputado Rogério Correia (PT/DF) e conseguiram incluir a presença de representantes da profissão no evento.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), a Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi), o Sindicato dos Psicólogos de São Paulo (SindPsi/SP), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), a Confederação Nacional de Trabalhadores na Saúde (CNTS), e representantes dos Conselhos Regionais de Psicologia do Distrito Federal (CRP/DF) e de Minas Gerais (CRP/MG) serão convidados a participar desta audiência pública, que ainda não tem data definida.

Mobilização da categoria
Para que o projeto da jornada de até 30 horas para a Psicologia avance no Congresso Nacional é fundamental o diálogo constante da categoria com os parlamentares que compõem a CTASP, solicitando que compareçam à sessão de votação e apoiem a aprovação do projeto.

Acesse o site das 30h e participe desta mobilização: site.cfp.org.br/psicologia30horas

Implantação da plataforma tecnológica de gestão avança nos Conselhos Regionais

A plataforma tecnológica que vai integrar a gestão dos dados cadastrais, financeiros, de processos e de fiscalização no Sistema Conselhos já está em uso por mais da metade dos Conselhos Regionais de Psicologia. Atualmente, são 15 CRPs que migraram seu banco de dados e passaram a integrar o Sistema de Gestão Cadastral, Financeiro, Processos e Fiscalização (BRC).

O BRC será a principal plataforma de sistemas dos Conselhos Regionais, sendo responsável pela emissão de boletos e pela gestão de cadastros de psicólogas e psicólogos. No âmbito federal, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) também utiliza do sistema para formar a base nacional de profissionais da área, e a previsão é que o BCR esteja implantado em todos os regionais até o fim do ano.

A supervisão da plataforma BRC é de responsabilidade do Grupo de Trabalho (GT) em Tecnologia da Informação do Sistema Conselhos de Psicologia, que tem proposto soluções tecnológicas para todos os regionais.

A coordenadora do GT de TI, a conselheira Norma Cosmo, explica que a implantação de uma plataforma totalmente ‘web’ era uma demanda antiga da categoria e dos regionais e que agora está em avançado processo de implantação.

“Há muito tempo que todo o Sistema Conselhos desejava que a movimentação de todos os serviços fosse feita pela plataforma web. Quando o BRC estiver consolidado, psicólogas e psicólogos irão comprovar como o Sistema Conselhos de Psicologia evoluiu para o uso de plataformas mais ágeis e rápidas”, pontua.

O Gerente do Setor de Desenvolvimento de Sistemas do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Leomar Santana, informa que o BRC é um sistema inovador para os Conselhos Regionais, dada ser uma plataforma totalmente digital, com ferramentas disponibilizadas na internet e que não requerem a compra de programas ou de grande infraestrutura tecnológica.

“É um sistema 100% online. Os Conselhos Regionais não precisarão comprar licenças de uso. A ideia é padronizar o sistema para que fique igual para todos os CRs, sejam pequenos, médios ou grandes”, aponta.

No fim de maio, o Grupo de Trabalho esteve reunido com a empresa Datainfo, contratada para prover os serviços da plataforma BRC para o Sistema Conselhos. Na ocasião, foram encontradas soluções para o cumprimento do contrato. A empresa informou que passou por uma reestruturação, com a substituição de gestores do projeto e com a ampliação da equipe de suporte técnico.

Com esses incrementos, a contratada promete melhorar a resposta aos chamados técnicos vindos dos Regionais e o acompanhamento da implantação da plataforma BRC. Também foi tratada a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Implantação da plataforma BRC

Em 2019, o Sistema Conselhos de Psicologia assinou contrato para implantar uma nova plataforma de informática para realizar a gestão cadastral, financeira, processual e de fiscalização em todos os Conselhos Regionais, o chamado sistema BRC.
Inicialmente, o BRC foi implantado em cinco regionais. Recentemente, a plataforma chegou a mais dez regionais, alcançando mais da metade do Sistema Conselhos. A previsão é que o BRC esteja implantado em todos os 24 CRPs até o fim deste ano.

O Grupo de Trabalho também se dispôs a auxiliar os Regionais que não dispõem de profissionais de tecnologia em seus quadros funcionais para a implantação da plataforma.

O GT de Tecnologia da Informação
Composto por representantes do CFP e dos CRPs 1 (DF), 4 (MG), 5 (RJ), 6 (SP), 7 (RS), 8 (PR) e 15 (AL) e de técnicos, o Grupo de Trabalho de TI foi criado em 2017, pela Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (Apaf), para propor as melhores soluções em tecnologia de informação para o Sistema Conselhos. De forma diferente dos outros grupos de trabalho, este GT tem composição diferenciada, pois, além dos conselheiros indicados pelo e pelos CRPs, também é formado por técnicos da área de TI.

Dentre as tarefas do GT, estão o desenvolvimento do novo sistema cadastral financeiro; a adequação à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD); a elaboração do Plano Nacional da Informação; implantação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) e Sistemas Administrativos nos CRPs, tais como a digitalização e informatização dos documentos dos cadastros de profissionais da Psicologia em todos os Conselhos Regionais.

No mês do Orgulho LGBTI+, CFP reforça engajamento histórico na defesa dos direitos à diversidade sexual e às identidades de gênero

No mês do Orgulho LGBTI+, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) ampliou a participação em atividades de conscientização e para reforçar o respeito e igualdade na promoção dos direitos humanos e da dignidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexo.

Nos dias 18 e 19 de junho, foi realizado um importante seminário de debates sobre políticas públicas para a população de travestis e transexuais. Foi a IV Ação Transada, atividade organizada pela Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (REDTRANS BRASIL), em São Paulo.
Na edição deste ano, foram apresentados dados do Censo Trans, um perfil socioeconômico da população de mulheres travestis e transexuais.

O CFP foi representado nas duas atividades da IV Ação Transada pela integrante da Comissão de Direitos Humanos (CDH/CFP), Jaqueline Gomes de Jesus, que destacou o engajamento histórico dos Conselhos Federal e Regionais na defesa dos direitos da população LGBTI+, na luta contra a patologização das identidades trans. Jaqueline também ressaltou a parceria do Sistema Conselhos para o empoderamento das pessoas e sua organização coletiva.

No segundo dia, a representante do CFP compôs uma mesa sobre saúde mental da população trans ao lado da vereadora da cidade de Carnaúba dos Dantas, Thabatta Pimenta, primeira mulher trans eleita no Rio Grande do Norte.

O Censo Trans foi iniciado em junho de 2017 e concluído em março de 2020. Foram visitados locais estratégicos mapeados pelas filiadas da Redtrans nos estados, identificados como os principais pontos de trabalho sexual de mulheres travestis e transexuais.

De acordo com a Redtrans, a pesquisa foi realizada, em sua maior parte, juntamente às ações de prevenção e educação entre pares locais desenvolvidas pelas nossas filiadas e com amostras significativas. Após reuniões no período de pandemia para tabulação destes dados, firmamos parceria através de convênio com o Fundo Positivo, possibilitando nossa organização, tanto na tabulação destes dados como agora, na apropriação das nossas filiadas.

A Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil é uma ONG comprometida com a luta por políticas públicas e pelo bem estar da população Trans do Brasil.

Participação em eventos
Em abril, o CFP participou, na cidade de Ilhéus, na Bahia, do VII Encontro Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros. Promovida pelo Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (Fonatrans), a edição deste ano abordou o tema “Quais vidas negras importam?”.

A conselheira Alessandra Almeida representou o Conselho Federal no evento, que debateu questões como, organização em rede e atuação política, Transfeminismo, Saúde Mental. A conselheira destacou as resoluções editadas pelo Conselho Federal de Psicologia (veja abaixo).

Atuação do CFP
Atento a seu compromisso com a saúde mental e ao dever ético de proteção da dignidade humana, o CFP tem empreendido defesa inconteste da Psicologia para a promoção do respeito à liberdade, à diversidade sexual e às identidades de gênero.

Em 1999, o Conselho Federal publicou a Resolução Nº 1, trazendo normas de atuação para as psicólogas e psicólogos em relação à temática da orientação sexual. Mais de uma década depois, o Estado brasileiro lançou a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (2013), que realça a necessidade de atenção ao cuidado desta população.

Sob essas diretrizes, em 2018 o CFP lança a Resolução Nº 1, que orienta a atuação profissional de psicólogas(os) no Brasil para que travestilidades e transexualidades não sejam consideradas patologias. O entendimento depois viria a ser consolidado pela Organização Mundial da Saúde, que em 2019 reconhece que a transexualidade não é doença.

Em 2019, diante dos estigmas e das violações no contexto da chamada “cura gay”, o Conselho Federal de Psicologia lança o relatório Tentativas de Aniquilamento das Subjetividades LGBTQI, com o registro de histórias reais de sofrimento em razão dessa prática ilegal. Também foi de grande importância a Resolução CFP 08/2020, que estabelece normas de exercício profissional da psicologia em relação às violências de gênero.

Em maio deste ano, mais uma vez o CFP dedica atenção ao tema, com a publicação de uma nova normativa, agora sobre o papel de psicólogas e psicólogos para eliminar todas as formas de violência, preconceito, estigmatização e discriminação em relação às bissexualidades e demais orientações não monossexuais.

CFP é selecionado para compor câmaras temáticas do Conselho Nacional de Trânsito

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) foi selecionado para compor duas câmaras temáticas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A indicação foi feita em portaria publicada no Diário Oficial da União no dia 8 de junho. As nomeações são para um mandato de dois anos e referem-se ao biênio 2022/2024.

O CFP será representado na Câmara Temática de Saúde para o Trânsito (CTST) pela conselheira Losiley Alves Pinheiro; e na Câmara Temática de Gestão e Coordenação do PNATRANS (CTPNAT) pela conselheira Alessandra Santos de Almeida. O PNATRANS é o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito. Ainda foram nomeadas as psicólogas Janaína Sant’Anna Barros da Silva (CTST) e Izabela Gaspar Fontes (CTPNAT), como suplentes.

As câmaras temáticas são órgãos técnicos, estabelecidos pelo Código Brasileiro de Trânsito (CBT) e vinculados ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Elas são formadas por especialistas em trânsito e têm como objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento técnico sobre assuntos específicos para as decisões do Conselho.

De acordo com o CBT, as câmaras temáticas são constituídas por especialistas representantes de órgãos e entidades executivos da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, em igual número, pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito. As câmaras também são compostas por especialistas representantes dos diversos segmentos da sociedade relacionados com o trânsito.

Todos são indicados de acordo com regimento específico, definido pelo Contran, e designados pelo ministro ou pelo dirigente máximo do Sistema Nacional de Trânsito.

Outras(os) psicólogas(os) nas Câmaras Temáticas
Dentre as representantes de segmentos da sociedade relacionados com o trânsito, a Associação Brasileira de Psicologia de Tráfego (Abrapsit), integrante do Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (Fenpb), também foi selecionada para a Câmara do PNATRANS, tendo indicado Fábio Henrique Vieira de Cristo Silva (titular) e Zuleide Oliveira Feitosa (suplente).

Como representante de órgãos e entidades executivos dos Estados e do Distrito Federal, a psicóloga Juliana Guimarães, diretora da Abrapsit, será a titular do Detran de Pernambuco na Câmara de Saúde para o Trânsito.

Atuação no tema
Ao longo dos últimos anos, o Conselho Federal de Psicologia tem publicado diversas orientações sobre o assunto.

Em novembro de 2018, lançou para a categoria as Referências Técnicas para Atuação em Políticas Públicas de Mobilidade Humana e Trânsito. Mais recentemente, em 2019, publicou a Resolução CFP 01/2019 que institui normas e procedimentos para a perícia psicológica no contexto do trânsito.

Comissão de Trabalho pode votar PL das 30 Horas nesta terça

A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados pode apreciar nesta terça-feira (21) o Projeto de Lei 1214/2019, conhecido como PL das 30 Horas da Psicologia. A reunião da comissão terá início às 9h30 e a matéria é o 20º item da pauta de votações.

O PL 1214/2019 propõe fixar em até 30 horas semanais a jornada de trabalho da(o) psicóloga(o). Na CTASP, o parecer do deputado relator é pela aprovação do projeto e prosseguimento da tramitação.

Representantes do Conselho Federal de Psicologia (CFP), da Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi), de Conselhos Regionais de Psicologia e do Sindicato das Psicólogas do DF estarão na CTASP para incidir junto aos parlamentares.

Na semana passada, o projeto estava previsto para ser votado pela CTASP, no entanto, foi retirado da pauta a partir de requerimento de um parlamentar do Partido Novo. Como foi a segunda retirada de pauta, a matéria não pode mais receber essa manobra regimental e pode ser votada na reunião de amanhã.

Análise pela CFT
Atendendo a requerimento do deputado Tiago Mitraud (NOVO/MG), o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PL/AL), determinou que o PL 1214/2019 também seja analisado pela Comissão de Finanças e Tributação (CFT). O projeto continua sob a forma de apreciação conclusiva nas comissões da Câmara dos Deputados, já tendo sido na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF).

Mobilização da categoria
Para que o projeto avance no Congresso Nacional é fundamental a mobilização de toda a categoria, dialogando com os parlamentares de cada estado que compõem a CTASP para que compareçam à sessão de votação e apoiem a aprovação do projeto.

Também é importante que psicólogas e psicólogos de unidades da federação sem representantes na CTASP estabeleçam diálogo com seus parlamentares para que estes possam influenciar positivamente na votação do PL das 30 Horas.

CFP entrega na Câmara dos Deputados moção em defesa da jornada de até 30 horas para psicólogas(os)

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) entregou a parlamentares da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (14), moção em defesa da jornada de até 30 horas semanais para as psicólogas e psicólogos. O documento foi assinado durante o 11º Congresso Nacional da Psicologia (CNP), realizado de 2 a 5 de junho, em Brasília, e que constitui a instância máxima de deliberação do Sistema Conselhos de Psicologia.

Proposta pelo CFP, a moção solicita o apoio de deputadas(os) federais e senadoras(es) à aprovação do Projeto de Lei 1214/2019, que estabelece a definição da jornada de trabalho da categoria em até 30 horas semanais.

A moção busca demonstrar à classe política a importância das(os) profissionais da Psicologia terem uma carga de trabalho de até 30 horas, considerando as dificuldades inerentes ao exercício da profissão, que lida diretamente com problemas relacionados aos cuidados com a saúde, tornando-se insalubres jornadas extenuantes de trabalho.

O texto também ressalta que a Psicologia é um campo que conta com mais de 440 mil profissionais em todo o país, sendo a definição da jornada semanal de até 30 horas uma demanda permanente da categoria.

Além da entrega simbólica do documento aos parlamentares, uma comitiva com representantes do Conselho Federal de Psicologia, dos Conselhos Regionais de Psicologia do DF e do PR, da Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi) e do Sindicato das Psicólogas e Psicólogos do DF esteve no Congresso Nacional ao longo desta manhã para mobilizar o apoio de deputados e deputados à aprovação do PL das 30 Horas da Psicologia.

PL tem votação adiada para a próxima 3a feira
Estava previsto para ser votado na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, o projeto de lei que estabelece a jornada semanal de 30 horas para psicólogas(os) (PL 1214/19). No entanto, o projeto foi retirado da pauta de votação a partir de requerimento de um parlamentar do Partido Novo.

Segundo acordo de procedimento entre os membros da comissão, o projeto deve ser reincluído na pauta de votações para a reunião da próxima terça-feira (21).

O Projeto de Lei 1214/2019 propõe alterar a Lei nº 4119/1962 para fixar em até 30 horas semanais a jornada de trabalho da(o) psicóloga(o). Atualmente esta lei, que dispõe sobre os cursos de formação em Psicologia e regulamenta a profissão, não estabelece regras sobre o expediente das(os) profissionais.

O PL tem relatório favorável à aprovação apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT/MG). No parecer, o parlamentar defende o estabelecimento da carga horária reivindicada pela categoria. “Sem dúvida alguma que se trata de um labor desgastante e que merece, quanto à sua duração, o devido equacionamento”, pontua.

O projeto tem regime de tramitação conclusiva pelas comissões. Em novembro de 2021, o texto foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) e seguiu para apreciação da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP). Em caso de aprovação na CTASP, o PL seguirá para a última análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Para que o projeto avance no Congresso Nacional é fundamental a mobilização de toda a categoria, dialogando com os parlamentares de cada estado que compõem a CTASP para que compareçam à sessão de votação e apoiem a aprovação do projeto

Também é importante que psicólogas e psicólogos de unidades da federação sem representantes na CTASP estabeleçam diálogo com seus parlamentares para que estes possam influenciar positivamente na votação do PL das 30 Horas.

Veja, abaixo, a íntegra da Moção em Defesa das da jornada de até 30 horas semanais para as psicólogas(os):

Somos mais de 424.000 profissionais no Brasil e o CFP, os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) e a FENAPSI estão em constante diálogo com as psicólogas e psicólogos de todas as regiões do País e a demanda pela definição da jornada de trabalho em até 30 horas semanais é permanente.

Segue as razões pelas quais solicitamos o apoio de Vossa Excelência ao Projeto:

  • Os profissionais da Psicologia, em seus vários campos de atuação, sejam eles da área pública ou privada, estão sujeitos a doenças sérias devido ao contexto de sofrimento no trabalho. Lidar com diferentes ordens de estresse, ansiedades, luto, morte, depressão, agressividade, compulsões, transtornos, dificuldades de aprendizagem e muitos conteúdos substancialmente difíceis, que demandam enormes cuidados, são apenas exemplos. O saldo dessa exaustiva e inapropriada jornada de trabalho é, evidentemente, negativo: o esgotamento emocional, a perda do interesse em trabalhar, oscilações de humor e uma sorte de problemas psicossomáticos.
  • A promoção da qualidade de vida por meio da redução da jornada de trabalho, está intrinsecamente ligada à alta expectativa de vida, ao acesso à cultura e ao desenvolvimento dos povos. Para mais, a jornada de trabalho reduzida permite ao profissional dispensar mais tempo para constantes qualificações que, consequentemente, refletem na melhoria da qualidade do serviço oferecido. A redução beneficiará, portanto, a população brasileira.
  • Mensurações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) indicam que a diminuição de horas de trabalho aumenta a eficiência e, portanto, a produtividade dos trabalhadores. Na mesma pesquisa a OIT afirma que, a despeito dos contra-argumentos que afirmam erroneamente que a redução da jornada de trabalho aumenta os custos para os empregadores, há ganho real na receita por hora trabalhada, além de fazer com que a entrada de bens de capital seja mais atraente.
  • Seria impreciso afirmar que a aprovação do projeto produziria prejuízos aos usuários de serviços de saúde, sejam eles da rede pública ou privada, visto que essa já é a prática da maioria das profissões da área de saúde, como a Medicina, Odontologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Serviço Social. A redução também contribuirá para pacificação entre legislações municipais e estaduais, que exigem jornadas de trabalho distintas para os profissionais da Psicologia.
  • A luta por até 30 horas semanais está inteiramente situada no empenho pela valorização do SUS, pela defesa da saúde do povo brasileiro, pela proteção da integralidade e qualidade do atendimento aos usuários assegurados pela Carta Magna, no respeito às decisões de instância democráticas, como as Conferências Nacionais de Saúde que legitimam a reivindicação em nível municipal e estadual. Assim, não se trata apenas de um pleito da categoria, mas da própria saúde e, em nome dela, é que erigimos essa campanha.

PL das 30 Horas pode ser votado pela Comissão de Trabalho na 3a feira

Está na pauta de votação da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP), da Câmara dos Deputados, o projeto de lei que estabelece a jornada semanal de até 30 horas para profissionais da Psicologia (PL 1214/2019). A matéria pode ser analisada na terça-feira (14), em reunião que terá início às 9h30.

Na semana passada, a reunião da CTASP foi cancelada pelo presidente do colegiado devido a casos de Covid-19 entre os servidores da comissão. Na sessão de amanhã (14), a análise do PL 1214/2019 consta como 38º item da pauta. O projeto tem relatório favorável à aprovação apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT/MG).

Representantes do Conselho Federal de Psicologia, da Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi), do Conselho Regional de Psicologia do DF e do Sindicato das Psicólogas do DF estarão na CTASP para incidência junto aos parlamentares presentes.

Para que o projeto avance no Congresso Nacional é também fundamental a mobilização de toda a categoria, dialogando com os parlamentares de cada estado que compõem a CTASP para que compareçam à sessão de votação e apoiem a aprovação do projeto (Acesse a lista dos parlamentares que integram a CTASP).

Também é de importante que psicólogas e psicólogos de unidades da federação sem representantes na CTASP estabeleçam diálogo com seus parlamentares para que estes possam influenciar positivamente na votação do PL das 30 Horas.

Saiba mais:
Categoria reivindica jornada de 30 horas para profissionais da Psicologia
30 Horas da Psicologia: Comissão de Trabalho pode votar projeto na terça-feira (24)
Posicionamento conjunto em defesa da jornada de 30 horas para psicólogas e psicólogos

Comissão da Câmara dos Deputados aprova parecer favorável à jornada semanal de até 30 horas para a Psicologia
CFP articula agenda de ações estratégicas junto ao Congresso Nacional
Deputada visita o CFP e se compromete com projetos de interesse da Psicologia
Diretoras(es) dos Sistema Conselhos encontram-se com relator do PL das 30 Horas da Psicologia

Comissão Intersetorial do Conselho Nacional de Saúde alerta para o impacto da violência de Estado na saúde mental da população

A Comissão Intersetorial de Saúde Mental (CISM) do Conselho Nacional de Saúde (CNS) – coordenada pela conselheira Marisa Helena Alves, do Conselho Federal de Psicologia – publicou nota acerca da violência de Estado como produtora de sofrimento psíquico.

A manifestação foi elaborada na reunião do colegiado do último dia 30, em apoio à moção de repúdio do CNS sobre a violência policial aplicada na intervenção do Estado no Complexo da Penha (RJ) e no caso de Genivaldo de Jesus Santos, em Sergipe.

Na nota, a CISM aprofunda questões inerentes ao impacto da violência de Estado na saúde mental da população. Para a comissão intersetorial, são observados problemas como racismo e dependência econômica, dentre outros, em todos os cenários em que a violência de Estado está presente.

“Destacamos que está em curso uma política de tortura e extermínio contra pessoas com transtorno mental, as populações negras, em situação de rua, povos tradicionais e indígenas, LGBTQIAP+, pessoas com deficiência, mulheres, migrantes e todos/as/es aqueles/as que ousam, apesar de tudo, resistir e afirmar sua existência”, salienta a CISM.

A nota prossegue afirmando que o projeto de governo reforça o cenário de violações, com o desmonte das políticas públicas, “a negação do direito de ir e vir, a asfixia da palavra e da expressão do seu estado emocional e da sua indignação”.

A Comissão Intersetorial de Saúde Mental é uma das 19 comissões intersetoriais do Conselho Nacional de Saúde que acompanham e fiscalizam as ações e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.

5ª Conferência Nacional de Saúde Mental
Durante a reunião da CISM, também foi destacada a necessidade de cobrar do Ministério da Saúde uma posição sobre o financiamento da etapa nacional da 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental (CNSM), que será realizada de 8 a 11 de novembro, em Brasília. A Conferência é o maior evento participativo da área no Brasil e será organizada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e realizada pelo Ministério da Saúde.

A CISM foi instituída em 1999, pelo Conselho Nacional de Saúde, para acompanhar a Política Nacional de Saúde Mental, fornecendo subsídios ao CNS na área e garantindo o fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAP). As ações da Cism buscam garantir a continuidade do modelo de atenção em saúde mental na perspectiva da desinstitucionalização e das diretrizes da reforma psiquiátrica brasileira (Lei 10.216/2001).

Leia, abaixo, a íntegra da nota do CISM

Nota da Comissão Intersetorial de Saúde Mental contrária a violência de estado como produtora de sofrimento mental

6 de junho de 2022/

A Comissão Intersetorial de Saúde Mental (Cism) vem a público manifestar apoio a moção de repúdio nº 006, de 26 de maio de 2022, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que trata da violência policial aplicada na intervenção do Estado no Complexo da Penha, na comunidade Vila Cruzeiro no Rio de Janeiro e no caso de Genivaldo de Jesus Santos, em Sergipe. Salientamos que além de todos os considerandos apresentados na Moção é necessário explicitar algumas questões inerentes ao impacto da violência de Estado na Saúde Mental da população.

Em todos os cenários em que a violência de Estado está presente observa-se que o público a quem é dirigida tem cor, classe social e raça. Destacamos que está em curso uma política de tortura e extermínio contra pessoas com transtorno mental, as populações negras, em situação de rua, povos tradicionais e indígenas, LGBTQIAP+, pessoas com deficiência, mulheres, migrantes e todos/as/es aqueles/as que ousam, apesar de tudo, resistir e afirmar sua existência.

A desigualdade social mantida pela atual política econômica garante que os ricos fiquem cada vez mais ricos e aprofunda a exclusão social das pessoas mais vulnerabilizadas, restringindo o acesso a direitos e à cidadania. Ao mesmo tempo, o projeto de governo reforça o cenário com o desmonte das políticas públicas, a negação do direito de ir e vir, a asfixia da palavra e da expressão do seu estado emocional e da sua indignação. A morte de Genivaldo de Jesus Santos por asfixia dentro de um camburão da polícia rodoviária federal ocorreu exatamente dois anos após o assassinato do George Floyd, em situação semelhante.

A atual conjuntura de violação dos direitos humanos, com a morte de Genivaldo e da chacina no Rio de Janeiro, exposta nos meios de comunicação, mostra à sociedade que é preciso ficar atenta sobre o silenciamento dos corpos e a militarização do Estado que decide quem pode viver e quem deve morrer.

A Cism destaca também o posicionamento do atual presidente de República que deslegitima a relevância do lugar da psiquiatra Nise da Silveira, mulher cuja importância no processo de humanização do tratamento das pessoas com sofrimento e/ou transtornos mentais se deu antes mesmo dos movimentos da Reforma Psiquiátrica Brasileira e da Luta Antimanicomial no Brasil.

Caracterizado por agenciar atualmente mais repressão contra a população, o governo federal representa um Estado de exceção, promovendo a contrarreforma psiquiátrica por meio de uma série de medidas normativas e administrativas e de profundas mudanças na estrutura de financiamento da política nacional de saúde mental, álcool e outras drogas.

Portanto, nesse contexto de violência de Estado na comunidade Vila Cruzeiro e contra Genivaldo Jesus dos Santos, violências impetradas pelo Estado, que impactam a saúde mental da população, a Cism se solidariza aos familiares e amigos/as, e convida a sociedade a refletir quais os mecanismos de enfrentamento e políticas públicas que possam reduzir as desigualdades sociais e violências, a fim de termos uma vida digna e uma convivência social civilizatória.

Comissão Intersetorial de Saúde Mental

60 Anos da Psicologia: Correios lançam selo personalizado e carimbo comemorativo

Para homenagear os 60 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil, os Correios lançaram um selo personalizado e um carimbo comemorativo em alusão à data. O lançamento ocorreu durante a sessão solene que homenageou o aniversário de seis décadas da Psicologia, realizada em 13/5 no Plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados.

A presidente do Conselho Federal de Psicologia, Ana Sandra Fernandes, e o superintendente dos Correios no Distrito Federal, Arnaldo Luís Marques dos Santos, fizeram o ato de obliteração do selo, que representa pressionar a estampa especial com o carimbo personalizado. O selo está impresso em uma cartela branca denominada Olho de Boi, em alusão ao primeiro selo brasileiro, emitido em 1843.

A arte desta emissão filatélica faz referência ao tema da campanha dos 60 Anos da Psicologia, como ciência e profissão, e traz o tema “Uma história para construir o futuro” impresso ao lado da logomarca do CFP. Os selos personalizados serão utilizados pelo Conselho Federal em suas correspondências oficiais e em ações institucionais e não serão comercializados.

60 anos da Psicologia
A Psicologia chegou ao país no início do século XX. No entanto, foi regulamentada como profissão a partir da publicação da Lei nº 4.119, em 27 de agosto de 1962, pelo presidente João Goulart. Em 1971, por meio da Lei nº 5.766, foram criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia – que constituem o Sistema Conselhos de Psicologia.

Atualmente, são mais de 440 mil psicólogas e psicólogos em todo o território nacional, o que faz do Brasil o país com o maior número de profissionais da Psicologia em todo o mundo. A atuação está nas clínicas, nas políticas públicas da saúde, da assistência social, no sistema de justiça, na segurança pública, no trânsito, nos esportes e em todos os contextos de cuidado à saúde mental.

Eleições da Psicologia 2022: apresentadas as pré-candidaturas à Consulta Nacional do CFP

A Consulta Nacional para a gestão 2022/2025 do Conselho Federal de Psicologia (CFP) deverá ter duas chapas concorrentes. O anúncio foi feito neste domingo (5), no encerramento do 11º Congresso Nacional da Psicologia (CNP), a instância máxima de deliberação do Sistema Conselhos.

As duas pré-candidaturas anunciadas foram a Frente em Defesa da Psicologia Brasileira (com Pedro Paulo Gastalho de Bicalho como cabeça de chapa e candidato a presidente); e Toda Psicologia: Ética, Plural e Democrática (com Tássio de Oliveira Soares como cabeça de chapa e candidato a presidente).

As pré-candidaturas seguem para a fase de homologação pela Comissão Eleitoral Especial. Assim que forem tornados públicos os pareceres de admissibilidade das inscritas, a composição das chapas e respectivos números serão divulgados para a categoria.

Eleições do Sistema Conselhos
As eleições do Sistema Conselhos de Psicologia serão realizadas de 23 a 27 de agosto de 2022, unicamente na modalidade on-line, pelo site oficial do processo eleitoral. O voto é secreto, pessoal, intransferível e obrigatório – sendo facultativo somente para psicólogas(os) com idade a partir de 65 anos. Psicólogas(os) inadimplentes e que estejam com restrição de direitos não poderão votar.

A(o) eleitora(or) deverá votar pelo site oficial das eleições, das 8h do dia 23 de agosto até às 17h do dia 27 de agosto, por meio de dispositivo eletrônico de sua escolha. A apuração será realizada no dia 27 de agosto de 2022, na sede do Conselho Federal de Psicologia, em Brasília, com acesso restrito às pessoas credenciadas.

A conferência dos votos será realizada por meio do sistema de contagem eletrônico, que poderá ser acompanhada por fiscais das chapas que concorrem à Consulta Nacional. Os votos on-line, devidamente registrados no sistema eletrônico de votação, serão considerados válidos.

Será vencedora a chapa que obtiver o maior número de votos válidos, independente do percentual que esse número represente em relação ao total de votos apurados. Os membros do Conselho Federal de Psicologia serão eleitos pela Assembleia dos Delegados Regionais e serão empossados em sessão solene dentro do período de 30 (trinta) dias que antecede o término do mandato da atual gestão.

A participação de todas(os) as(os) psicólogas(os) nesse processo democrático é de fundamental importância para o futuro da Psicologia. É o voto das(os) psicólogas(os) que definirá as(os) responsáveis por conduzir as ações e políticas relacionadas à profissão nos próximos três anos, com base nas deliberações do 11º Congresso Nacional da Psicologia (CNP).