Revista PCP faz balanço das atividades realizadas em 2024

O ano de 2024 foi de importantes marcos para a Revista Psicologia: Ciência e Profissão (PCP). Além da celebração dos 45 anos do periódico, a revista  publicou uma edição especial sobre  os 50 anos do Conselho Federal de Psicologia (CFP), realizou um Diálogo Digital e lançou um perfil próprio nas redes sociais, entre outras importantes atividades. 

Criada pela da Resolução CFP nº 26/1979, a Revista PCP é uma publicação científica de excelência internacional e tem como principal missão contribuir para a formação e aprimoramento contínuo de profissionais da Psicologia brasileira, bem como socializar o conhecimento psicológico produzido por quem pesquisa e/ou atua na área.

O periódico científico reúne artigos originais referentes à atuação profissional da(o) psicóloga(o), à pesquisa, ao ensino e à reflexão crítica sobre a produção de conhecimento na área da Psicologia.

A conselheira do CFP e editora da publicação, Neuza Guareschi, avalia que 2024 contribuiu  para a busca por uma qualificação permanente  para o periódico. “Buscamos uma melhor qualificação da revista, onde a gente fez uma revisão de vários pontos, que são pontos de informações para autores e para pareceristas, para poder qualificar a revista junto aos seus indexadores e, também, para seguir os princípios da ciência aberta”, destaca. 

Para 2025, a conselheira federal  destaca a internacionalização da Psicologia, por meio de convênios e intercâmbios firmados com vários colégios de psicólogos da América Latina. “Estamos programando um número especial sobre internacionalização e formação em Psicologia na América Latina, Caribe, Ibéria e, também, África. A proposta é contarmos com artigos de psicólogos, professores e pesquisadores de todos esses países do sul global, falando sobre a internacionalização da Psicologia, mas principalmente sobre a formação. Esse vai ser um número especial e a proposta é que seja lançado no Congresso Alfepsi (Associação Latino-americana para a Formação e Ensino da Psicologia), que vai ser realizado este ano no Brasil, em Maceió”.

Segundo a editora da PCP, além desse fascículo, há previsão de outra edição especial com foco na  interseccionalização das diferentes áreas do conhecimento da Psicologia, baseado nos resultados na edição da revista sobre os 50 anos do Conselho Federal de Psicologia. “Acho que no número dos 50 anos do CFP, a gente discutiu várias áreas políticas, funções do Sistema Conselhos, bem como o quanto, nas suas ações, avançou politicamente para toda a população brasileira. Hoje temos psicólogos em vários territórios, como quilombolas, como indígenas, mesmo na questão rural, ribeirinha, e também dentro de uma perspectiva da LGBTQIA+, assim como  na questão do capacitismo. Então, a partir de toda essa diversidade e essa questão interseccional que a gente vem trabalhando, há um material com bastante potencial para se produzir um número especial”, ressalta.

Números

Em 2024, dos 624 pedidos de submissão de artigos, a Revista Psicologia: Ciência e Profissão publicou um total de 67 artigos, entre os quais 51 do fluxo contínuo regular e 18 na edição especial dos 50 anos do Conselho Federal de Psicologia (CFP)

A revista também prosseguiu nas mudanças em sua página oficial no site do CFP, de modo a ampliar o acesso ao periódico para além da plataforma da SciELO e da Pepsic, onde estão alocados todos os textos da PCP publicados desde 1979.

Com o objetivo de discutir tendências, compartilhar conhecimentos e estabelecer parcerias estratégicas no campo da editoração científica, em novembro de 2024 a equipe da Revista participou do Abec Meeting 2024, realizado em São Paulo/SP.

Redes Sociais

 O ano de 2024 também foi marcado pelo lançamento dos canais oficiais da Revista PCP nas redes sociais Instagram e Facebook.

Desde fevereiro do ano passado, quando entrou no ar, a conta oficial da PCP no Instagram alcançou mais de 15 mil  seguidoras(es), e já representa a revista científica de Psicologia com mais seguidores do país. A página contou com quase 1 milhão de visualizações (904 mil). 

Saiba mais:

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Leia os artigos publicados pela PCP em 2024

Leia os artigos da edição especial da PCP sobre os 50 anos do CFP

CFP toma posse no Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente para o biênio 2025/2026

Em cerimônia realizada na terça-feira (11), em Brasília/DF, o Conselho Federal de Psicologia (CFP), representado pela conselheira Marina Poniwas, tomou posse na nova composição do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) para o biênio 2025/2026.

O Conanda é o principal órgão do Sistema de Garantia de Direitos da população infanto-juvenil, e a participação do CFP no colegiado ressalta o compromisso social, ético e político da Psicologia com a defesa dos direitos dessa população.

O presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, esteve presente à cerimônia e destacou que, pela segunda vez consecutiva, a Autarquia não somente integra a estrutura do Conanda como entidade da sociedade civil, mas também compõe sua diretoria.

“A Psicologia brasileira é uma histórica defensora dos direitos da criança e do adolescente. Faremos parte desse mandato por meio da presença constante e concreta da conselheira federal Marina Poniwas”, acrescentou Pedro Paulo Bicalho.

Em fevereiro de 2024, o Conselho Federal de Psicologia, representado pela conselheira Marina Poniwas, tomou posse como entidade presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e, nesta semana, foi eleito vice-presidente do órgão colegiado. Em 2020, o CFP também esteve à frente do Conanda.

A conselheira federal explicou que o objetivo desse novo ciclo de gestão é dar continuidade ao trabalho que a Psicologia brasileira vem desenvolvendo no colegiado.“Nossas pautas prioritárias são a desinstitucionalização de adolescentes que vivem em comunidades terapêuticas, a garantia da proteção e segurança de adolescentes no sistema socioeducativo e a proteção de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual”, ressaltou.

Além disso, pontuou Marina Poniwas, espera-se avançar na implementação das resoluções aprovadas em 2024, como a que discorre sobre a proteção de crianças e adolescentes em situação de orfandade no país.

Participação e controle social

Também no dia 11, o CFP recebeu a Reunião de Entidades da Sociedade Civil do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

O encontro reuniu o conjunto de representantes da sociedade civil para dialogar sobre o planejamento estratégico dessa nova composição eleita. 

Durante os diálogos, foram definidas as prioridades e perspectivas para a atuação desse coletivo junto ao Conanda.

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CFP divulga novo calendário para as etapas dos editais de Apoio e Patrocínio institucional

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O Conselho Federal de Psicologia (CFP) anunciou na sexta-feira (7) um novo calendário referente às etapas dos editais de Apoio e Patrocínio institucional, permitindo a submissão de projetos até 21 de fevereiro. 

A medida dá continuidade à estratégia lançada em 2024 com o objetivo de fortalecer a Psicologia como prática profissional e ampliar a oferta de atividades de formação relevantes à categoria.

Publicados em janeiro de 2025, os novos editais (Edital de Apoio Nº 02/2025 e Edital de Patrocínio Nº 01/2025) detalham os critérios para o patrocínio e apoio institucional promovidos pela Autarquia. De acordo com os regramentos, podem se inscrever instituições públicas e privadas, Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e instituições de ensino superior – desde que sem fins lucrativos.

As modalidades de  patrocínio e apoio buscam a realização de atividades, eventos ou projetos em parceria com o CFP que possuam relevância científica, profissional ou social para a Psicologia, bem como para temas relacionados à defesa dos direitos humanos.

Entenda as possibilidades de apoio

O CFP oferece dois tipos de fomento: Patrocínio (transferência de recursos financeiros) e Apoio Institucional (suporte técnico, como cessão de espaço físico ou materiais). Ambos  têm como objetivo promover atividades em parceria com o CFP, podendo ser nacionais ou internacionais, presenciais ou semipresenciais.

A seleção dos projetos é realizada com base na análise da relevância científica, profissional ou social para a Psicologia e a defesa dos direitos humanos. Além disso, as propostas devem garantir a inclusão de grupos diversos, como mulheres, populações negras e indígenas, pessoas com deficiência, pessoas surdas e da comunidade LGBTQIA+. Os projetos também precisam apresentar, necessariamente, um orçamento coerente e alinhar-se ao planejamento estratégico do CFP.

Toda atividade, evento ou projeto que receber apoio do Conselho Federal de Psicologia deverá apresentar contrapartidas. Entre elas, destacam-se a transmissão on-line do evento, a inclusão da logomarca do CFP na divulgação, bem como a presença de um representante da Autarquia na programação oficial. A diversidade nas mesas e painéis, além de garantir acessibilidade com tradução em Libras, legendas, audiodescrição e braille, também são exigências.

Saiba mais:

As inscrições estão abertas até 21/2/2025, com divulgação final dos resultados em 21/3/2025. A atividade, evento ou projeto selecionado deverá acontecer entre 1º de março de 2025 e 31 de dezembro de 2025.

Para o edital de Apoio, envie as propostas para editalapoio@cfp.org.br. No caso das solicitações de Patrocínio, as submissões devem ser dirigidas ao e-mail editalpatrocinio@cfp.org.br.

Acesse a íntegra dos editais e mais informações no site do CFP, na seção de Eventos.

Nota em apoio à pesquisadora Ligia Bahia

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) autarquia pública responsável por orientar, fiscalizar e disciplinar o exercício da Psicologia como ciência e profissão  e o Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (FENPB), que congrega um amplo conjunto de entidades da Psicologia, unem-se às manifestações de entidades científicas de saúde de todo o país no apoio e solidariedade à médica e pesquisadora Ligia Bahia.

Professora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ligia Bahia enfrenta um processo movido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em razão de críticas feitas à entidade sobre o desestímulo à vacinação contra a Covid-19 e o apoio do CFM ao uso infundado da cloroquina como tratamento para a doença.

Na ação, o Conselho Federal de Medicina exige indenização,  retratação pública e a remoção do comentário. As declarações feitas pela pesquisadora resguardam-se, no entanto, em um amplo conjunto de evidências científicas, bem como nas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Desde o início da pandemia da Covid-19, o CFP e o FENPB estiveram alinhados aos fundamentos da pesquisa científica nacional e internacional voltados à produção do conhecimento e da proteção à saúde integral.

Amparados pelos princípios científicos que regem o Código de Ética da profissão, o Conselho Federal de Psicologia  e o Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira expressam seu apoio e solidariedade à pesquisadora Ligia Bahia, e reafirmam a defesa intransigente contra o avanço de discursos negacionistas e da anti-ciência no Brasil.

CFP recebe 1º Seminário Nicolas Augusto e reafirma compromisso da Psicologia com a saúde mental e os direitos de pessoas trans e travestis

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) sediou na quinta-feira (30), em Brasília/DF, o 1º Seminário Nicolas Augusto: saúde mental das pessoas trans no Brasil, iniciativa da Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (Rede Trans).

Antes de dar início à mesa sobre dados e mecanismos de monitoramento do autoextermínio de pessoas trans e travestis no Brasil, o seminário prestou homenagem ao militante dos direitos humanos e integrante da Rede Trans, Nicolas Augusto, que morreu em setembro de 2024.

O encontro colocou em foco o avanço das visões conservadoras e fundamentalistas e os desafios no acesso digno e igualitário da população trans aos serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O diálogo contou com a participação do conselheiro do CFP Gabriel Figueiredo, que destacou o compromisso da Psicologia com os direitos dessa população e a participação da Autarquia em uma série de atividades no marco da visibilidade trans.

“Nós dialogamos sobre a atuação da Psicologia no Sistema Único de Saúde, a questão da laicidade do Estado e dos direitos da população trans que têm sido violados no Brasil e no mundo”, destacou o conselheiro federal.

O representante da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CDH/CFP), Alexander Oliveira, também participou do seminário, que reuniu movimentos sociais, especialistas e ativistas na defesa e promoção de direitos.

Semana de atividades

Tendo como marco o Dia Nacional da Visibilidade Trans, 29 de janeiro, o CFP também fez parte de agendas realizadas entre 25 e 27, dedicadas a reflexões sobre a garantia de direitos de pessoas trans e travestis, o respeito à diversidade de gênero e o enfrentamento à transfobia no Brasil.

Além de sediar o 1º Seminário Nicolas Augusto: saúde mental das pessoas trans no Brasil, o CFP, representado pela Comissão de Direitos Humanos (CDH), esteve presente no Encontro de Parlamentares Trans (EleiTrans), na II Marcha Nacional Pela Visibilidade Trans e nos seminários Representação e Representatividade TransPolíticas e Transmasculinidades Negras, ambos realizados na Câmara Federal.

Alexander Oliveira, representante da CDH/CFP, ressaltou que a Psicologia tem como compromisso ético estar integrada à defesa dos direitos humanos e pontuou que atuar nesses espaços deliberativos e construtivos é essencial para entender as especificidades da situação psicossocial da comunidade trans.

“Acompanhamos a agenda da Semana da Visibilidade Trans para entender as demandas das trans masculinidades negras, das travestis, dos homens trans e da comunidade trans em geral. Porque quando dialogamos sobre a comunidade trans, estamos falando de raça, de território, de negritude e entendendo todas essas interseccionalidades”, destacou.

Marcus Vinícius de Oliveira: legados para a Psicologia brasileira

Há nove anos, um ato bárbaro de  violência retirou  de forma trágica a vida de Marcus Vinícius de Oliveira, o Matraga, cuja trajetória foi marcada pela dedicação à ciência psicológica e à transformação social. 

Em 4 de fevereiro de 2016, Matraga foi brutalmente assassinado em Pirajuia, município de Jaguaripe (BA), uma região conhecida por conflitos agrários. As circunstâncias de sua morte ainda hoje não foram elucidadas.  

O psicólogo foi uma referência para a Psicologia brasileira, com significativa  contribuição em gestões do Conselho Federal  e em estudos e publicações acadêmicas, com impacto na formação de várias gerações de profissionais da Psicologia. 

Defensor incansável dos direitos humanos e da luta antimanicomial, Matraga teve importante contribuição   na luta pela reforma psiquiátrica e  proteção das pessoas em situação de vulnerabilidade. Para ele, a Psicologia não deveria ser apenas técnica, mas também um instrumento de mudança social. 

Com coragem e compromisso, Matraga desafiou a tensão entre ciência e política, comum na história da Psicologia brasileira, especialmente em períodos de repressão, como a ditadura militar. Com sua inquietude, buscou aliar a Psicologia à luta e transformação social, aliando o conceito de saúde à  promoção de equidade.  

Nove anos após esse trágico acontecimento, o CFP mantém o apelo por justiça e reafirma o legado de Marcus Vinícius de Oliveira para a Psicologia: uma prática coletiva e comprometida com a promoção e a defesa de direitos.

CFP lança prêmio profissional sobre avaliação psicológica e justiça social

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) lança nesta sexta-feira (31) a primeira edição do Prêmio Profissional Avaliação Psicológica e Justiça Social. A iniciativa pretende reconhecer profissionais da Psicologia que, por meio da avaliação psicológica, promovem a justiça social e contribuem para transformar a realidade de populações socialmente minorizadas, as quais enfrentam exclusão ou vulnerabilidade em aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais.

Podem se inscrever  psicólogas e psicólogos devidamente registradas(os) e adimplentes no Conselho Regional de Psicologia (CRP) de sua jurisdição, que tenham desenvolvido trabalhos tanto no exercício da prática psicológica quanto no campo acadêmico e no desenvolvimento de ferramentas de avaliação.

Os trabalhos inscritos deverão estar relacionados a temas que envolvem diretamente a justiça social e a avaliação psicológica, com foco na aplicação ética e crítica da profissão em contextos diversos: direitos humanos e diversidade; saúde mental e políticas públicas; educação e inclusão social; pessoas em situação de conflito ou violação de direitos; e justiça e sistema penal.

Conheça cada uma das categorias de boas práticas em Avaliação Psicológica e Justiça Social:

1 – Prática: relatos de experiências individuais ou coletivas da(o) psicóloga(o), envolvendo práticas profissionais, de ensino, de extensão, entre outras na área de avaliação psicológica e justiça social e/ou populações socialmente minorizadas;

2 – Pesquisa: relatos de pesquisa empírica sobre avaliação psicológica, envolvendo construtos relacionados à justiça social e/ou populações socialmente minorizadas;

3 – Testes Psicológicos: relatos de estudos psicométricos de instrumentos voltados para construtos relacionados à justiça social e/ou populações socialmente minorizadas.

Poderão concorrer trabalhos individuais ou coletivos. Não há restrição quanto à área de atuação, o que significa que profissionais de diferentes campos da prática profissional – como clínico, educacional, organizacional, social, dentre outros – podem submeter seus trabalhos.

Avaliação

Boas Práticas em Avaliação Psicológica e Justiça Social são aquelas que representam um avanço significativo no campo da Avaliação Psicológica, seja por meio da introdução de novos conceitos, ferramentas, fundamentos ou metodologias voltadas a populações socialmente minorizadas ou ao enfrentamento das desigualdades e injustiças sociais.

Os projetos inscritos serão avaliados por uma comissão técnica, composta por membros ad hoc indicados pelo Plenário do CFP, constituída por psicólogas(os). Será dada atenção especial ao respeito às normas éticas da profissão e à contribuição do trabalho para o avanço da Psicologia no contexto da justiça social.

Serviço

Prêmio Profissional Avaliação Psicológica e Justiça Social
Inscrições: de 10 de março a 6 de julho de 2025. Acesse o site para inscrições
Confira a íntegra do edital

Representantes das Comissões Eleitorais do Sistema Conselhos de Psicologia participam de encontro nacional 

Nos dias 22 e 23 de janeiro, Brasília/DF recebeu o 1º Encontro Nacional das Comissões Eleitorais do Sistema Conselhos de Psicologia, evento inédito que marca os preparativos  das eleições para os Conselhos Regionais (CRPs) e a consulta nacional para o Conselho Federal (CFP), que ocorrerão entre 23 e 27 de agosto.

O evento reuniu 70 participantes, entre presidentes das Comissões Regionais Eleitorais (CREs) e representantes dos Conselhos Regionais, para um intensivo treinamento sobre as diretrizes e procedimentos eleitorais, conforme estabelecido pela Resolução CFP nº 10/2024.

Com uma agenda marcada pelo compartilhamento de informações sobre o processo eleitoral deste ano, a reunião buscou preparar as lideranças regionais para lidar com as especificidades do processo, reforçando a importância das práticas de equidade e representatividade no Sistema Conselhos de Psicologia.

Participantes tiveram acesso a orientações detalhadas sobre o sistema de inscrição de chapas, ações afirmativas e aos processos de heteroidentificação. O encontro contou com a colaboração da Comissão Eleitoral Regular (CER), da Comissão Especial Eleitoral (CEE) e da Comissão Eleitoral de Ações Afirmativas e Heteroidentificação (CAAH), com o objetivo garantir que o processo eleitoral de 2025 transcorra de forma inclusiva e transparente.

O conselheiro do CFP e presidente da CER, Rodrigo Acioli destacou a importância do momento formativo, de modo a conferir eficiência nos trabalhos que ajudarão a conduzir as etapas eleitorais, fortalecendo o processo democrático e a transparência das ações junto à categoria. “Nós temos essa missão de organizar o processo eleitoral e assegurar sua qualidade”.

A presidente da CEE, Marisa Helena Alves, falou sobre o funcionamento da comissão  responsável pela Consulta Nacional e pelo suporte às Comissões Regionais Eleitorais na inscrição de chapas federais, entre outros.

A psicóloga coordenadora da CAAH, Edireusa Fernandes Silva, ressaltou que as ações afirmativas e heteroidentificação nas eleições refletem o compromisso do Sistema Conselhos de Psicologia com a inclusão e a equidade, em um processo continuamente aprimorado.

Sistemas e infrações

Infrações e sanções também estiveram entre os destaques do encontro, com apresentação da Gerência Jurídica do CFP sobre as Comissões Eleitorais e o aprimoramento das suas decisões diante do tema.

O segundo dia (23) do treinamento foi reservado aos aspectos técnicos de uso da plataforma para a inscrição, destacando a importância da acessibilidade em sites e sistemas, com ênfase nos produtos desenvolvidos para as eleições. Também foi apresentado como serão organizadas as equipes de apoio no CFP e o que está sendo preparado na área de auditoria, que será externa ao CFP, para assegurar  segurança, uniformidade e eficiência na condução das eleições.

Novidade

Este ano, o processo eleitoral garante a realização simultânea dos Congressos Regionais de Psicologia (COREPSIs), com os 24 regionais trabalhando durante o mesmo final de semana em todo o país. Essa iniciativa é inédita e fortalece a integração e o alinhamento entre os Conselhos Regionais, em prol de um processo eleitoral organizado e harmônico, assegurando que todas as etapas sejam conduzidas  de forma simultânea, para evitar exclusões ou desigualdades no processo.

Vale lembrar que, durante a realização do COREPSIs, encerra-se o prazo para as inscrições de chapas (e-chapas.cfp.org.br) para as eleições dos Conselhos Regionais e para a Consulta Nacional para o Conselho Federal.

As Comissões Regionais Eleitorais (CREs) e a Comissão Eleitoral Especial (CEE) serão responsáveis pelo recebimento das inscrições, que deverão ser realizadas exclusivamente pelo Sistema E-Chapas, no período de 18 de fevereiro a 22 de março de 2025, até às 23h59 (horário de Brasília), durante a realização dos Congressos Regionais de Psicologia (COREPSIs).

Conheça as comissões envolvidas no processo eleitoral

Comissão Eleitoral Regular (CER): composta por conselheiras(os) federais, atua como instância de orientação sobre o Regimento Eleitoral e recurso em disputas relacionadas às chapas concorrentes nas eleições regionais;

Comissão Eleitoral Especial (CEE): formada por psicólogas(os) não conselheiras(os) federais, é responsável pela Consulta Nacional e pelo suporte às Comissões Regionais Eleitorais na inscrição de chapas federais, além de apreciar requerimentos;

Comissão de Ações Afirmativas e Heteroidentificação (CAAH): composta preferencialmente por psicólogas(os), avalia a elegibilidade de candidaturas, nas questões  de ações afirmativas e heteroidentificação, e emite pareceres para subsidiar decisões das demais comissões;

Comissão Regional Eleitoral (CRE): integrada por psicólogas e psicólogos não conselheiras(os) regionais, é responsável pela condução do processo eleitoral em sua jurisdição e pelo processamento de requerimentos das chapas concorrentes.

Acesse a íntegra da Resolução CFP nº 10/2024, que estabelece o regimento eleitoral, e fique por dentro de todos os detalhes do processo.

Acompanhe também os canais oficiais do Conselho Federal de Psicologia para mais informações sobre as eleições dos CRPs e a consulta nacional para o CFP.

Confira a galeria de imagens do 1º Encontro Nacional das Comissões Eleitorais do Sistema Conselhos de Psicologia | Flickr

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CFP consolida 10 propostas no campo da Psicologia Ambiental para a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente

Na quinta-feira (24), o Conselho Federal de Psicologia (CFP) consolidou propostas da Psicologia brasileira para a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), que será realizada em maio deste ano, em Brasília (DF), com o tema “Emergência Climática: o desafio da transformação ecológica”.

O documento foi elaborado durante a Conferência Livre de Psicologia, Justiça Ambiental e Meio Ambiente (assista aqui e aqui) que reuniu centenas de profissionais da Psicologia de todo o país. 

O diálogo resultou em duas propostas para cada um dos cinco eixos temáticos a serem debatidas durante a 5ª CNMA e também na eleição de Alessandra Almeida – vice-presidenta do CFP e coordenadora dos grupos de trabalho Psicologia Ambiental e de Riscos e Emergências e Desastres – como delegada na Conferência Nacional.

O presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, destacou a importância de a Psicologia referendar a 5ª CNMA e produzir narrativas de enfrentamento aos discursos negacionistas sobre emergências ambientais e do clima. “Nós, profissionais da Psicologia, também construímos saúde mental na articulação com as discussões sobre o enfrentamento à crise climática”, ressaltou.

A Conferência Livre de Psicologia, Justiça Ambiental e Meio Ambiente foi acompanhada por 1.130 perfis, recebeu 869 inscrições e registrou nominalmente a participação de 240 pessoas, sendo 94% de representantes da sociedade civil (profissionais da Psicologia, estudantes, povos e comunidades tradicionais) e 6% de atores governamentais.

Além do presidente e da vice-presidente do CFP, contribuíram com os diálogos as conselheiras federais Nita Tuxá e Fabiane Fonseca, e as(os) profissionais da Psicologia e pesquisadoras(es) Adria Lima e Thiago Siqueira.

Propostas da Psicologia

Os cinco eixos temáticos que têm norteado as atividades municipais, estaduais, distrital e livres, preparatórias à 5ª CNMA, versam sobre mitigação, adaptação e preparação para desastres, justiça climática, transformação ecológica, governança e educação ambiental.

As propostas do Conselho Federal de Psicologia relacionadas ao eixo Mitigação, incluem desenvolver estratégias nas Redes de Atenção à Saúde que integrem saúde mental e sustentabilidade, dialogando com saberes tradicionais e promovendo práticas sustentáveis como formas de autocuidado e cuidado ambiental. Também busca reorientar sentimentos individuais de impotência e ansiedade climática em ações coletivas que reforcem a promoção da saúde mental e o enfrentamento da crise climática e do racismo ambiental.

No eixo Adaptação e Preparação para Desastres, o CFP destaca a valorização da Psicologia na Gestão de Riscos, Emergências e Desastres, ampliando a atuação intersetorial nas políticas públicas e promovendo resiliência comunitária e suporte emocional no contexto de desastres socioambientais.

As propostas da autarquia sobre Justiça Climática incluem elaborar políticas públicas que reconheçam a ligação entre proteção ambiental e bem-estar psicossocial, além de dialogar com saberes de diversas comunidades afetadas pelo modelo de desenvolvimento capitalista.

No eixo Transformação Ecológica, o Conselho destaca a expansão da atuação de psicólogas e psicólogos em políticas públicas voltadas à agroecologia e soberania alimentar, e a incorporação da Psicologia da Mobilidade Humana nas políticas de descarbonização. 

Já no eixo Governança e Educação Ambiental, o CFP propõe investimentos em políticas ambientais e a presença ampliada de profissionais da Psicologia em contextos de emergências e crises, promovendo diálogo com autoridades e formação continuada.

Leia a íntegra do texto contendo as propostas.

A Psicologia e o direito fundamental à educação

Neste 24 de janeiro, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) destaca a educação de qualidade como um direito fundamental e o papel da Psicologia na promoção de uma educação plural, inclusiva e emancipadora.

Para apoiar esse desafio, o CFP tem mobilizado esforços para assegurar a efetiva implementação da Lei 13.935/2019, que estabelece a presença de profissionais da Psicologia e do Serviço Social nas redes públicas de educação básica em todo o país.

Um grupo de trabalho criado pelo MEC – e que contou com participação do CFP e de outras entidades da área, como a ABRAPEE, a ABEP e a FENAPSI – esteve reunido ao longo de 2024 para sistematizar subsídios e recomendações à implementação da lei. O resultado final será apresentado no próximo dia 7 de fevereiro, em atividade que contará com a presença do Conselho Federal de Psicologia.

Você sabia?

Ao menos 754 milhões de jovens e adultos em todo o mundo não possuem habilidades básicas de alfabetização (Dados: Unesco, 2025).

No marco do Dia Internacional da Educação, data criada pelas Nações Unidas, o Conselho Federal de Psicologia destaca a importância da educação para o desenvolvimento humano, o acesso à saúde e para a quebra de ciclos de pobreza.

Profissionais da Psicologia desempenham papel fundamental nesse desafio, apoiando os processos de ensino-aprendizagem, PREVENINDO problemas no desenvolvimento integral, por meio do fortalecimento das relações interpessoais no ambiente escolar, da proteção social e do estímulo à participação familiar e comunitária.

Para fortalecer esse compromisso, desde 2019 a Lei 13.935 passou a garantir a presença de profissionais da Psicologia e do Serviço Social nas escolas da Educação Básica de todo o país.

Diante dos desafios ainda enfrentados no cumprimento dessa obrigação legal, em 2024 o Ministério da Educação criou um grupo de trabalho, com participação do CFP, para estabelecer orientações relacionadas à efetiva implementação da Lei.

Além do Conselho Federal de Psicologia, o colegiado reuniu especialistas, gestores públicos, entidades da educação e de áreas correlatas ao tema com o objetivo de sistematizar subsídios e recomendações.

O resultado desse trabalho será apresentado no próximo dia 7 de fevereiro, em atividade promovida pelo MEC e que contará com participação do CFP e outras entidades representativas da frente de mobilização, incluindo a ABRAPEE, a ABEP e a FENAPSI.

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