Sistema Conselhos: CFP faz visita técnica à sede do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) esteve neste mês de maio em visita técnica à sede do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRP-07), em Porto Alegre. O encontro teve como foco o fortalecimento da articulação entre as instituições, reforçando o compromisso ético-político com as pautas fundamentais para a Psicologia brasileira.

Durante os diálogos foram discutidos o andamento do trabalho de comissões e outras frentes de ação. “O objetivo dessas visitas itinerantes é aproximar as instituições, criar canais de diálogo cada vez mais próximos, conhecer as realidades regionais e ajustar diretrizes de âmbito nacional”, destaca o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho.

Durante a manhã, as diretorias dos dois Conselhos se reuniram para alinhamento de pautas institucionais e administrativas. Na parte da tarde, os representantes do Plenário do CRP-07 juntaram-se ao encontro, trazendo relatos sobre o trabalho realizado no âmbito das Comissões e o mapeamento da categoria no estado a partir das informações disponibilizadas pelo  Sistema de Gestão Cadastral, Financeiro, Processos e Fiscalização (BRC).

Na oportunidade, o CRP-07 propôs sugestões de atualizações na ferramenta BRC destinada à emissão de boletos e gestão de cadastros de psicólogas e psicólogos a fim de atender às diferentes realidades dos profissionais do estado. 

O Regional também destacou a experiência da Comissão de descentralização do CRP-07, bem como a importância de fomentar a divulgação da Resolução CFP 06/2019, que estabelece regras para a elaboração de documentos escritos por psicólogas no exercício profissional.

“Nosso Conselho está prestes a completar 50 anos de existência, sendo fundamental que, juntos, olhemos para o passado para construir o presente e subsidiar o futuro das que virão”, ressalta a conselheira presidenta do CRP-07, Míriam Cristiane Alves. 

A visita institucional ao CRP-07 contou com a participação do presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho; da conselheira vice-presidente, Ivani Oliveira; da conselheira tesoureira, Célia Mazza; e da conselheira secretária, Izabel Hazin. Também participaram as conselheiras Neuza Guareschi e Marina Poniwas – representantes da Região Sul no Conselho Federal de Psicologia.

CFP participa da cerimônia de posse da nova gestão do CFESS

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) esteve na posse da nova gestão do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) para o triênio 2023-2026. A conselheira do CFP Obadeyì Saraiva acompanhou a cerimônia realizada em 15 de maio, Dia da(o) Assistente Social, em Brasília/DF.

Após a assinatura do termo de posse, a nova presidenta do CFESS, Kelly Melatti, agradeceu os presentes e afirmou que o Dia da/o Assistente Social é para ser comemorado, mas também para lembrar das lutas e desafios que se colocam no futuro. “A ciência e a democracia venceram o obscurantismo, mas isso não dissipa a importância das organizações da classe trabalhadora, para tensionar a correlação de forças na defesa da democracia e dos direitos sociais”, pontuou a conselheira.

Psicologia e Serviço Social: parceria histórica

A Psicologia e o Serviço Social têm uma contribuição histórica na participação e fortalecimento das políticas públicas no país.  No âmbito da Educação, além de auxiliar na elaboração de estratégias que garantam aprendizagem de qualidade para todas(os) as(os) estudantes (em uma perspectiva plural e inclusiva, considerando suas diferenças, desigualdades e dificuldades), a presença de profissionais dessas duas categorias visa a efetivação de direitos e políticas públicas tão essenciais às crianças em idade escolar.

Ao longo dos últimos 20 anos, a Psicologia e o Serviço Social estiveram mobilizadas para a promulgação da Lei nº 13.935/2019 – que garante a presença de psicólogas(os) e assistentes sociais na rede pública de educação básica.

As duas autarquias também têm atuado conjuntamente em outros temas mais recentes como a publicização da nota conjunta de posicionamento sobre estágio em pós-graduação em Serviço Social e Psicologia, publicada em abril deste ano pelo CFP, CFESS, Associação Brasileira de Ensino em Psicologia (ABEP) e Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS).

*Com informações da Comunicação do CFESS

No Conanda, CFP destaca importância de reconstrução das políticas públicas para a infância e juventude

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) colegiado que conta com a participação do Conselho Federal de Psicologia (CFP)   promoveu, nos dias 19 e 20 de abril, sua 313ª Assembleia Ordinária. 

Entre as pautas em destaque, temas como o Plano contra a Violência nas Escolas e a apreciação de proposta de resolução sobre as atividades do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de maio). 

Com a publicação do Decreto no.11.473, o Conanda passou por recomposição, possuindo agora o maior número de conselheiros da história do colegiado. A legislação ainda determinou a paridade na representação governamental e da sociedade civil.

O Conselho Federal de Psicologia, representado pela conselheira  Marina Poniwas, que também é vice-presidenta do Conanda, participou dos dois dias de atividades destacando o papel da Psicologia e seu compromisso histórico com a proteção integral de crianças e adolescentes.

Na quarta-feira (19) o Conanda recebeu a primeira dama do Brasil, Janja Lula da Silva, e a ministra-interina do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Rita Oliveira. Também participaram do encontro as deputadas federais Érika Kokay (PT/DF) e Maria do Rosário (PT/RS), além de representantes de entidades como o Comitê de Participação de Adolescentes (CPA), o Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (FNDCA), o Instituto Alana e de órgãos do executivo, como os Ministérios da Educação e da Saúde.

Proteção e direitos da infância e juventude

Em sua fala, Janja Lula da Silva afirmou que participará ativamente do Conanda e incentivou a reflexão sobre de que forma a sociedade pode propor ações para resolver a questão da violência das escolas.

“Precisamos transformar a cultura do ódio em cultura da paz, sendo esse um trabalho e responsabilidade de cada um de nós. É necessário refazer essa trajetória e construir novos caminhos pela frente”. Janja também trouxe à discussão a importância da participação social e conscientização para eleição de conselheiros tutelares.

Após a fala da primeira-dama, a vice-presidente do Conanda, Marina Poniwas, destacou que o colegiado tem muitos desafios para a reorganização das políticas públicas para a infância. “Diante de toda essa situação que vivenciamos de desproteção social, agora é o momento, de juntos, sociedade civil e governo, e contando com a sua contribuição, primeira-dama, reconstruímos e criarmos um conjunto de políticas públicas para a infância como resposta do Estado a toda essa situação”, pontuou.

A ministra interina do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Rita Oliveira, também pontuou preocupação com a questão da violência nas escolas e afirmou que o MDHC está empenhado em desenvolver ações de combate ao problema. “Estamos muito entusiasmados em construir uma política pública para crianças e adolescentes e torná-la efetivamente uma política de Estado”. 

Psicologia no Conanda

Criado pela Lei nº 8.242/1991, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990) como o principal órgão do sistema de garantia de direitos para esta população.

O Conselho Federal de Psicologia foi eleito para a composição do órgão para o biênio 2023/2025, ocupando  a vice-presidência do colegiado – instância máxima de formulação, deliberação e controle das políticas públicas para a infância e a adolescência.

Experiência da Psicologia brasileira no enfrentamento às práticas de conversão sexual é compartilhada com países da América Latina

O presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Pedro Paulo Bicalho,  participou de webinário promovido pela  Outright Internacional, organização que atua em todo o mundo para a promoção da inclusão e  igualdade de pessoas LGBTI+.

Intitulado Profissionais de saúde mental frente a práticas de conversão sexual, o diálogo reuniu representantes de organizações profissionais e acadêmicas do Brasil, México, Chile, Argentina e Venezuela.

A atividade destacou a experiência brasileira no enfrentamento às práticas de conversão sexual, especialmente por meio da Resolução 01/99, do Conselho Federal de Psicologia. A normativa determina que as orientações sexuais não-heteronormativas não são consideradas doenças, e por isso não podem ser curadas. A resolução também reconhece que tais orientações não são desvios, não sendo possível, portanto, serem “reorientadas”. 

“Com a publicação da Resolução CFP 01/99, há 24 anos não é permitido no Brasil exercer a profissão de psicólogas(os) aplicando práticas de ‘conversão sexual’. Acolher, escutar e acompanhar não é proibido. O que não é permitido é compreender as experiências LGBTI+ como doença ou desvio”, enfatizou o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho.

Para além da Psicologia

Ao abordar a experiência brasileira no tema, Pedro Paulo Bicalho destacou que a publicação da Resolução CFP 01/99 foi paradigmática para além do campo da Psicologia. “Outros profissionais, como do Direito, passaram a fazer uso da Resolução para embasar suas defesas, assim como magistrados e juízes também começaram a utilizá-la como referência de  jurisprudência para a garantia de direitos da população LGBTI+”.  

O presidente do CFP pontuou que no Brasil as conquistas legais da população LGBTI+ são muito recentes, tais como o direito ao casamento, assegurado a partir de 2011;  a adoção de filhos, em 2016; e a homofobia e a transfobia, consideradas crimes desde 2020, sendo equiparadas ao crime de racismo.

“Antes dessas conquistas recentes da população LGBTI+, a Resolução CFP 01/99, sozinha, mostrava sua força – não por acaso, passou a ser alvo dos mais diversos ataques. A partir de 2009 surgiram muitos processos jurídicos para anular a Resolução, com o argumento de que o CFP havia extrapolado suas funções legais”, ressaltou o presidente do Conselho Federal de Psicologia. 

A Resolução 01/99 segue ativa e inspira outras importantes normativas, como a Resolução CFP 01/18 sobre direitos da população de travestis e transexuais, garantindo que identidades de gênero sejam autodeclaradas (conquista do nome social) e não identificadas como doenças. “Também em 2018 o Conselho Federal de Psicologia publicou um livro sobre denúncias de violências sofridas pela população LGBTI, por meio de ‘terapias de conversão’, intitulado Tentativas de Aniquilamento de Subjetividades LGBTIs.

Pedro Paulo Bicalho destacou que, em maio de 2020, a Suprema Corte brasileira determinou a proibição de aplicação das terapias de conversão sexual por parte de qualquer profissional, e não somente por psicólogas(os). Assim, desde então esta é uma prática ilegal no país.

“Nós colocamos a Psicologia brasileira à disposição desta luta. Uma Psicologia que hoje conta com 440 mil profissionais registrados, sendo o Conselho Federal de Psicologia do Brasil o maior no mundo”.

CFP participa de cerimônia de relançamento do Programa Nacional de Segurança com Cidadania

No momento em que o país se articula para reconstrução de políticas públicas de proteção social, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou ontem (15) da cerimônia de relançamento do Programa Nacional de Segurança com Cidadania, o Pronasci II.

O presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, compôs a atividade que reuniu autoridades do governo, instituições da área da cidadania e da segurança pública, assim como organizações e movimentos sociais.

O foco do programa está no fomento às políticas de segurança pública com cidadania em territórios com altos indicadores de violência e com grupos sociais mais vulnerabilizados. A iniciativa também visa o fomento às políticas de cidadania por meio do trabalho e ensino formal e profissionalizante para presos e egressos do sistema prisional, bem como o apoio às vítimas da criminalidade. Os recursos também têm como objetivo implementar ações de combate ao racismo estrutural e a todos os crimes dele derivados, com ações afirmativas para a população negra aliadas ao enfrentamento da pobreza, da fome e das desigualdades.

Outra importante estratégia está no fortalecimento da estrutura de repressão aos crimes de gênero, com a implementação de 40 novas Casas da Mulher Brasileira, que são locais de acolhimento de mulheres em situação de violência doméstica. Há, ainda, previsão de edital para o fortalecimento de políticas de combate à violência contra as mulheres com foco nos municípios.

“As diretrizes do novo Pronasci dialogam fortemente com temáticas e áreas importantes de atuação profissional da Psicologia brasileira. Fortalecer a promoção do cuidado, da cidadania e da proteção integral são princípios que orientam o trabalho de psicólogas e psicólogos no campo das políticas públicas em todo o país”, destacou o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho.

*Com informações da Agência Brasil.

Confira os cinco novos artigos da Revista Psicologia Ciência e Profissão (PCP)

Mais cinco novos artigos da Revista Psicologia Ciência e Profissão (PCP) já estão disponíveis na plataforma da SciELO. Os textos abordam questões relacionadas à Psicologia do território; Gênero e Sexualidade; Psicologia Social; Psicologia da Saúde; e Relações Raciais.

O artigo “Por uma Pesquisa e Escrita Parafusos: Pulos, Rodopios e Invenções de Si”, de autoria das(os) pesquisadoras(es) da Universidade Federal de Sergipe (UFSE) Michele de Freitas Faria de Vasconcelos, Sandra Raquel Santos de Oliveira e Helmir Oliveira Rodrigues, destaca um método-pensamento de inventar modos de ver, dizer e narrar a partir daquilo que está ao nosso redor, engendrando a ideia de que este mundo não é um dado, mas um efeito de nossas práticas.

O texto “Educação Sexual: Dificuldades dos Pais de Jovens com Síndrome de Down”, elaborado pelos pesquisadores da Universidade de Pernambuco Monique Maria de Souza Baltar, Anna Carolina Silva Cavalcanti, Lygia Maria Pereira da Silva, Rui Gonçalves da Luz Neto, Hittalo Carlos Rodrigues de Almeida e Sandra Conceição Maria Vieira, busca conhecer as dificuldades e barreiras de pais na educação sexual de jovens com Síndrome de Down.

“(Sobre)viver na Rua: Narrativas das Pessoas em Situação de Rua sobre a Rede de Apoio” é um artigo que tem como objetivo analisar as narrativas das pessoas em situação de rua e sobre como é produzida sua rede de apoio. O texto é de autoria das seguintes psicólogas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul: Carolina Siomionki Gramajo, Rita de Cássia Maciazeki-Gomes, Priscilla dos Santos da Silva e Alice Monte Negro de Paiva.

As pesquisadoras da Universidade de São Paulo Ana Paula Chacon Ferreira e Elisa Maria Parahyba Campos escreveram o artigo “A Equipe de Saúde Diante do Paciente Não Aderente ao Tratamento”. O texto tem como objetivo refletir sobre os efeitos da não adesão ao tratamento para a equipe de saúde e sobre as ações/reações da equipe que podem causar essa não adesão.

Já o artigo “O Racismo Enraizado nas Famílias Inter-Raciais de São Paulo” avalia as percepções de suporte emocional, rejeição parental na infância e discriminação cotidiana entre pessoas brancas, pardas e pretas. O estudo reuniu 175 participantes, sendo 80% do gênero feminino. A autoria é das pesquisadoras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Renita de Cássia dos Santos Freitas e Sabrina Mazo D’Affonseca.

A previsão é de que até o final deste primeiro semestre de 2023 outros 42 textos sejam publicados pela Revista Psicologia: Ciência e Profissão. No ano passado, a PCP publicou um total de 95 artigos, abordando temas como  Relações Raciais, Psicologia Política, Relatos de Experiência, Psicologia na Assistência Social, Psicologia Clínica e Avaliação Psicológica – além de uma produção especial sobre os 60 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil. 

Sobre a PCP

Editada desde 1979 pelo Conselho Federal de Psicologia, a Revista Psicologia: Ciência e Profissão é uma publicação científica de excelência internacional, classificada com a nota A2 no sistema Qualis de avaliação de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação.

A criação da Revista PCP se deu no ano das comemorações do centenário do laboratório de Wundt, na Alemanha – instituído oficialmente em 1879 e considerado o marco da Psicologia como saber científico. 

É nesta perspectiva de ciência enquanto ação política, que a PCP reúne artigos originais referentes à atuação profissional da(o) psicóloga(o), à pesquisa, ao ensino ou à reflexão crítica sobre a produção de conhecimento na área da Psicologia. Sua principal missão é contribuir para a formação profissional da(o) psicóloga(o) brasileira(o), bem como socializar o conhecimento produzido por aqueles que pesquisam e/ou atuam na área. 

Atualmente, a revista está indexada nas bases da SciELO; Lilacs (Bireme); Clase; Latinex; PsycINFO; Redalyc; Psicodoc e Google Scholar.

Notícias relacionadas:

Leia os primeiros artigos de 2023 publicados pela revista PCP 

Leia os artigos de 2022 publicados pela revista PCP 

Saiba como publicar na revista PCP 

Leia toda a produção da PCP desde 1979

 

CFP realiza visita institucional ao Conselho Regional do Rio Grande do Sul

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou, na última quinta-feira (26), de visita técnica à sede do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRP-07). Integraram a comitiva, representando o CFP, o presidente da autarquia, Pedro Paulo Bicalho; a vice-presidenta, Ivani Oliveira; e a conselheira Neuza Guareschi. O grupo foi acolhido por Fabiane Konowaluk Santos Machado (presidente) e por Miriam Cristiane Alves (vice-presidente), além de funcionárias(os) do Regional.

Para Pedro Paulo Bicalho, encontros institucionais e visitas técnicas permitem criar canais de diálogo e melhorar a articulação ao aproximar o CFP dos Conselhos Regionais. “Ao conhecermos as realidades locais, podemos ajustar diretrizes em âmbito nacional”, destaca o presidente do CFP.

Durante a reunião, o Conselho Federal de Psicologia também ressaltou a importância de ações que contribuam para que os Regionais consigam atender a categoria cada vez melhor. Nesse sentido, Pedro Paulo citou como exemplo ações como a implementação de novas plataformas de gestão cadastral e financeira e a adoção do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) para a organização de processos e fluxos alinhados de trabalho. A viabilização da nova Carteira de Identidade Profissional (CIP) e sua versão digital, a e-CIP, também foi elencada entre as ações.

Ações para 2023

As(os) representantes do Conselho Federal também pontuam que, para 2023 estão previstas diversas ações em comemoração aos 50 anos do primeiro plenário do CFP. Também comemora 50 anos a constituição dos sete primeiros CRPs – entre eles, o do Rio Grande do Sul. De acordo com Pedro Paulo Bicalho, a proposta é contar a trajetória dos Conselhos e destacar de que forma contribuíram para mudar a história da Psicologia brasileira, evidenciando o que produziram e como fizeram a diferença para a profissão.

Fabiane Konowaluk agradeceu a presença dos representantes do CFP, reafirmando a importância dessa aproximação entre as duas instituições. “Queremos estar cada vez mais próximos, para que o Sistema Conselhos seja um processo democrático e que alcance o objetivo dessa gestão que, além da valorização, trata da visibilidade e do impacto social da nossa profissão.”

*Com informações da Comunicação do CRP-07 (RS)

 

CFP monitora projeto de lei que determina diretrizes para auxiliares de Psicologia

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), em conjunto com os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) de todo o país, está acompanhando atentamente o Projeto de Lei nº 2.892/2022, que determina diretrizes para auxiliares de Psicologia. A proposição legislativa pretende regulamentar uma nova categoria, que auxiliaria na aplicação e avaliação de testes psicológicos, sob a supervisão de um profissional da Psicologia.

A tramitação do PL teve início em 30 de novembro de 2022 e, desde então, o CFP está acompanhando diretamente o andamento do projeto na Câmara dos Deputados. No final do ano, antes do recesso parlamentar, a presidência da Casa, como de praxe, definiu o regime de tramitação e a forma de apreciação do projeto – que seguirá o trâmite ordinário, portanto, não será analisado em regime de urgência.

A tramitação do PL estava paralisada em razão do recesso parlamentar iniciado em 22 de dezembro. Com a retomada das atividades legislativas nesta quinta-feira (2/2), a proposição volta a tramitar em caráter ordinário e será objeto de discussão e deliberação de duas comissões permanentes, a de Seguridade Social e Família (CSSF) e a de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Ainda não há relator definido para a matéria.

Entenda a proposição

O PL 2.892/2022 pretende autorizar a atuação como auxiliar em Psicologia de agentes com formação técnica de profissão que seria regulamentada pela lei em questão – ou mesmo de outras formações técnicas já existentes, mas que também não dispõem de conhecimento específico da Psicologia.

Nesse sentido, as propostas contidas no PL 2.892/2022 comprometem os preceitos éticos e científicos da Psicologia, pois agentes sem a formação adequada teriam interferência no atendimento à saúde mental da população, sobrepondo-se aos profissionais já aptos e competentes para o desenvolvimento dessa função. Em se tratando de um exercício que é privativo, a Psicologia é uma profissão com qualificação específica, aspecto indispensável para um atendimento que assegure integridade física e psíquica.

Além dessa grave consequência, o PL ainda prevê a responsabilidade civil objetiva da(o) psicóloga(o) responsável por supervisionar o auxiliar. Assim, as(os) profissionais da Psicologia estariam responsáveis de forma direta e imediata, sem a necessidade de comprovação de culpa da(o) psicóloga(o), por eventuais danos materiais ou morais provocados pelos auxiliares.

O PL 2.892/2022 se alinha a uma série de projetos que objetivam fragilizar o exercício profissional da Psicologia e, por conseguinte, a prestação dos serviços que são fundamentais para a saúde mental da população brasileira. O CFP, portanto, envidará todos os esforços para impedir que essa e outras proposições análogas tenham êxito no Congresso Nacional.

Como parte de sua ação estratégica, o CFP está em articulação com as entidades da Psicologia para ação conjunta que visa impedir o andamento do PL nº 2.892 no Poder Legislativo. O objetivo é a rejeição do projeto ainda na Câmara dos Deputados, o que levará ao seu arquivamento.

Projetos de Lei no Congresso

Você sabia que o CFP conta com um setor dedicado ao monitoramento de proposições legislativas prioritárias para a Psicologia em andamento na Câmara dos Deputados e no Senado?

Atualmente, o CFP monitora por meio de sua Assessoria Parlamentar quase 400 proposições legislativas. No site do CFP, a(o) psicóloga(o) tem acesso à lista dos projetos de lei acompanhados pela Assessoria Parlamentar. Acesse no menu do site do CFP a área Legislação e, em seguida, clique em Projetos de Lei e outras Proposições.

Sistema Conselhos de Psicologia lança carta compromisso em defesa dos direitos das mulheres

O Sistema Conselhos de Psicologia lançou no sábado (17) uma Carta Compromisso em Defesa dos Direitos das Mulheres. O documento foi aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia e os 24 Conselhos Regionais de Psicologia de todo o país, reunidos durante a Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF).

A Carta é fruto das reflexões e diálogos promovidos durante o “Germinário Mulheres, Psicologia e Enfrentamento às Violências”, que compôs a programação do 6o Congresso Brasileiro: Ciência e Profissão (CBP), em novembro.

O manifesto é constituído por 22 pontos que destacam a relevância de temas como direito à vida de mulheres e crianças, direitos sexuais e reprodutivos, participação política e garantia de acesso e permanência aos espaços de representação e constituição da Psicologia como ciência e profissão.

De acordo com a conselheira Alessandra Almeida, o texto demarca o engajamento do Sistema Conselhos de Psicologia em pensar políticas para mulheres e o compromisso com a promoção da dignidade e a proteção de direitos.

“O germinário teve como pauta a construção de uma carta compromisso que fosse na direção de pensar políticas para mulheres. Estamos em um ponto da nossa história em que determinados debates não podem mais fugir às nossas tarefas – como é a questão do sexismo e da misoginia desse país, e como esses são temas que nos perpassam”, explica a conselheira.

Leia a carta na íntegra:

CARTA AO SISTEMA CONSELHOS DE PSICOLOGIA EM DEFESA DAS MULHERES

Carta construída, em 12 de novembro de 2022, durante o Germinário “Mulheres, Psicologia e Enfrentamento às Violências” e aprovada na APAF de 17 de dezembro de 2022;

O Sistema Conselhos de Psicologia, constituído por plenários plurais e diversos, vêm a público se posicionar em defesa das Mulheres e suas interseccionalidades. Defendemos os pontos abaixo:

1. Defender a vida de meninas e mulheres, cis, trans, travestis e outras pessoas não cis-gênero;
2. Defender os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e de outras pessoas com possibilidade gestativa;
3. Defender as políticas e programas de Saúde Mental para as mulheres;
4. Defender a participação das mulheres nas decisões políticas e espaços democráticos;
5. Defender a participação das mulheres como protagonistas em processos de manutenção da democracia;
6. Possibilitar uma maior participação de mulheres de representatividade diversas em eventos e solenidades do Sistema;
7. Viabilizar a realização de eventos voltados para a temática da mulher;
8. Ampliar a participação das mulheres de representatividades diversas do Sistema nos Conselhos de Controle Social, garantindo os debates dos direitos das mulheres;
9. Adotar medidas de enfrentamento ao feminicídio, às violências doméstica, política, física, psicológica, obstétrica, simbólica, moral e patrimonial;
10. Enfrentar o discurso de ódio, violência política e institucional e o cerceamento da liberdade de expressão de todas as mulheres;
11. Avançar na implementação de políticas institucionais que garantam a inclusão e participação de mães conselheiras nas representações e ações do Sistema;
12. Garantir acesso, acessibilidade e permanência de mulheres negras, indígenas, quilombolas, de povos tradicionais, com deficiência, trans e travestis nos Plenários do Sistema;
13. Promover políticas de acolhida às mulheres vítimas de violência que fazem parte do Sistema;
14. Ampliar políticas de ações afirmativas étnico-raciais no Sistema;
15. Garantir a paridade racial e de gênero na composição das diretorias do Sistema;
16. Enfrentar todas as formas de violência contra as mulheres, incluindo as violências, tais como: o gaslighting (manipulação psicológica), mansplaining (homem explica), manterrupting (homem interrompe), bropriating (homem se apropria); manspreading (homem se espalha), stonewalling (tratamento de silêncio);
17. Criar espaços de formação e letramento de gênero e racial no Sistema;
18. Defender e fazer conhecer as normativas que abordam as questões das mulheres e Psicologia;
19. Criar espaços para articulação entre as mulheres que compõe o Sistema;
20. Criar espaços de articulação para troca de experiências acerca da política voltada para a pauta de Mulheres, Gênero e Psicologia no Sistema Conselhos;
21. Priorizar a execução das deliberações do Congresso Nacional da Psicologia e COREPs, relativas a pauta das Mulheres de representatividade diversas, por exemplo: Negras, Indígenas, povos tradicionais, PCD, LBTQIA+;
22. Intervir nas encruzilhadas e interseccionalidades na ocupação do Sistema Conselhos, contemplando uma diversidade real de representatividade.

Sistema Conselhos de Psicologia

Saiba mais

CFP promove diálogo sobre Mulheres, Psicologia e Enfrentamento às Violências

16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres: CFP lança série especial de podcasts