Direitos da infância e da adolescência: CFP é eleito para assumir a presidência do Conanda até 2024

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) foi eleito, por unanimidade, para assumir a presidência do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) – instância máxima de formulação, deliberação e controle das políticas públicas voltadas à infância e à adolescência. 

A eleição ocorreu nesta quinta-feira (14), durante a 321ª assembleia ordinária do colegiado. A eleição atende o critério de alternância entre governo e sociedade civil na presidência do colegiado. O CFP seguirá representado pela conselheira Marina Poniwas que, desde fevereiro, já atuava na condição de vice-presidente do Conanda.

Marina Poniwas reforçou o compromisso da Psicologia brasileira com a defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes, destacando que 2023 foi um período marcado pela reconstrução das políticas públicas. “Nós estamos trabalhando para fortalecer o Conanda cada vez mais. É esse o nosso objetivo. Que a gente possa ampliar os nossos espaços de diálogo com as outras organizações, movimentos, redes e coalizões. E que a gente também possa seguir nessa construção coletiva com os Conselhos Estaduais”, afirmou.

A conselheira apontou ainda algumas ações consideradas estratégicas, como a revisão do Plano Decenal dos Direitos da Criança e do Adolescente, a realização das caravanas temáticas, o fortalecimento das Escolas de Conselhos e a execução dos planos de metas das comissões do Conanda. “Além disso, estejamos sempre firmes na luta e no enfrentamento ao racismo, ao machismo e à LGBTfobia”, complementou.

A próxima reunião do Conanda está prevista para fevereiro de 2024.

12ª Conferência Nacional

Além da eleição para a presidência e a vice-presidência do Conanda, o colegiado também deliberou questões para os preparativos da 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, que será realizada entre 2 e 4 de abril de 2024, em Brasília (DF).

Inicialmente prevista para ocorrer em novembro de 2023, o adiamento foi necessário em virtude dos trâmites administrativos para a realização do evento, incluindo questões relacionadas ao deslocamento das delegações estaduais. Nessa direção, a mudança de data foi fundamental para garantir a ampla participação na etapa nacional da conferência.

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O Conselho Federal de Psicologia participa nesta semana de mais uma reunião do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).

Instância máxima de formulação, deliberação e controle das políticas públicas direcionadas à população infanto-juvenil, o Conanda tem na sua vice-presidência a conselheira federal do CFP Marina Poniwas.

A nova gestão do colegiado foi iniciada em fevereiro deste ano e cinco reuniões presenciais de trabalho já foram realizadas, com importantes deliberações a serem implementadas pelo poder público.

Entre elas, a estruturação de um Plano contra a Violência nas Escolas, bem como medidas voltadas ao combate à exploração sexual de meninas e meninos.

Quer ficar por dentro da participação do CFP no Conselho Nacional dos Direitos da Criança? Acompanhe as notícias sobre o tema aqui no site do CFP.

 

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No Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) esteve presente em uma série de atividades relacionadas ao tema, em Brasília/DF. A data de 18 de maio rememora o triste episódio da menina assassinada há 50 anos em São Paulo, vítima de diversas formas de violência. 

Atento ao compromisso ético-político da Psicologia de promover cuidado integral e proteção de direitos, o CFP se une às mobilizações da campanha Faça Bonito. A iniciativa busca estimular denúncias e fortalecer a implementação de políticas públicas para o enfrentamento ao problema. A ação é coordenada pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes, com apoio do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).

A conselheira do CFP e vice-presidenta do Conanda, Marina Poniwas, acompanhou, na manhã do dia 18, a cerimônia sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no Palácio do Planalto. 

Entre as autoridades presentes durante a solenidade, o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, reconheceu e lamentou em seu discurso a realidade violenta em que vive a maior parte das crianças e adolescentes do nosso país. “Infelizmente o Brasil aniquila sonhos, viola direitos e normaliza a violência que fere e mata crianças e adolescentes”. 

O ministro apresentou dados recentes sobre a violência sofrida por crianças e adolescentes brasileiros, coletados por meio do Dique 100: considerando os três primeiros meses deste ano, 400 mil crianças e adolescentes foram vítimas de violência no Brasil – entre elas, cerca de 17 mil sofreram violência sexual.

Ao publicizar essas informações, Silvio Almeida reiterou o compromisso do governo para reverter esse quadro. Entre as ações afirmativas de combate à violência de crianças e adolescentes, o Conanda foi lembrado como elemento fundamental nessa luta, como a manifestação desse “refazimento da democracia no Brasil”.  

Além disso, o ministro também elencou 13 medidas de enfrentamento à exploração sexual infantil, entre elas a criação da Comissão Intersetorial  Enfrentamento contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Serão investidos também cerca de R$ 2,5 milhões de reais em centros de atendimento integrados de atendimentos a crianças vítimas ou testemunhas de violência sexual e reformulação do Disque 100. O Ministério da Saúde também voltará a republicar o boletim epidemiológico sobre exploração sexual e abuso de crianças e adolescentes.

Sessão solene

Na tarde da quinta-feira (18), a conselheira do CFP e vice-presidente do Conanda, Marina Poniwas, participou de sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados, atividade alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Em seu discurso, a conselheira Marina Poniwas apontou o papel importante da Psicologia no fortalecimento dos sistemas de proteção e na conscientização da sociedade sobre o abuso e a exploração sexual. Ela destacou o quanto é importante “reconhecer as diversidades de todos os sujeitos” e seguir aprimorando os debates por meio do CFP e do Conanda, a fim de promover políticas de Estado que abarquem a defesa e a promoção de direitos, de todas as infâncias e juventudes.

Durante a atividade, também foi apresentado e assinado um protocolo de intenções do Executivo e Legislativo de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Também foi entregue o Prêmio Neide Castanha de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes. A iniciativa é uma realização do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, em parceria com a Comissão Intersetorial de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. A ação é uma homenagem a Neide Castanha, reconhecida defensora dos direitos humanos que dedicou parte de sua vida a lutar contra a violência a que são submetidas crianças e adolescentes no Brasil.

Ações do CFP

O CFP tem participado das discussões sobre o tema por meio do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), órgão deliberativo da política de promoção e defesa dos direitos da população infanto-juvenil brasileira.

O CFP também lançou em 2020 as Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na Rede de Proteção às Crianças e Adolescentes em Situação de Violência Sexual. Elaborado no âmbito do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), as referências têm embasamento no marco legal de proteção à infância e à adolescência no país. No mesmo ano, o CFP também publicou um caderno de artigos sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O conteúdo aponta desafios para a consolidação do ECA e traz reflexões para auxiliar na construção de práticas de proteção integral e promoção de direitos humanos. 

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O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) colegiado que conta com a participação do Conselho Federal de Psicologia (CFP)   promoveu, nos dias 19 e 20 de abril, sua 313ª Assembleia Ordinária. 

Entre as pautas em destaque, temas como o Plano contra a Violência nas Escolas e a apreciação de proposta de resolução sobre as atividades do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de maio). 

Com a publicação do Decreto no.11.473, o Conanda passou por recomposição, possuindo agora o maior número de conselheiros da história do colegiado. A legislação ainda determinou a paridade na representação governamental e da sociedade civil.

O Conselho Federal de Psicologia, representado pela conselheira  Marina Poniwas, que também é vice-presidenta do Conanda, participou dos dois dias de atividades destacando o papel da Psicologia e seu compromisso histórico com a proteção integral de crianças e adolescentes.

Na quarta-feira (19) o Conanda recebeu a primeira dama do Brasil, Janja Lula da Silva, e a ministra-interina do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Rita Oliveira. Também participaram do encontro as deputadas federais Érika Kokay (PT/DF) e Maria do Rosário (PT/RS), além de representantes de entidades como o Comitê de Participação de Adolescentes (CPA), o Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (FNDCA), o Instituto Alana e de órgãos do executivo, como os Ministérios da Educação e da Saúde.

Proteção e direitos da infância e juventude

Em sua fala, Janja Lula da Silva afirmou que participará ativamente do Conanda e incentivou a reflexão sobre de que forma a sociedade pode propor ações para resolver a questão da violência das escolas.

“Precisamos transformar a cultura do ódio em cultura da paz, sendo esse um trabalho e responsabilidade de cada um de nós. É necessário refazer essa trajetória e construir novos caminhos pela frente”. Janja também trouxe à discussão a importância da participação social e conscientização para eleição de conselheiros tutelares.

Após a fala da primeira-dama, a vice-presidente do Conanda, Marina Poniwas, destacou que o colegiado tem muitos desafios para a reorganização das políticas públicas para a infância. “Diante de toda essa situação que vivenciamos de desproteção social, agora é o momento, de juntos, sociedade civil e governo, e contando com a sua contribuição, primeira-dama, reconstruímos e criarmos um conjunto de políticas públicas para a infância como resposta do Estado a toda essa situação”, pontuou.

A ministra interina do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Rita Oliveira, também pontuou preocupação com a questão da violência nas escolas e afirmou que o MDHC está empenhado em desenvolver ações de combate ao problema. “Estamos muito entusiasmados em construir uma política pública para crianças e adolescentes e torná-la efetivamente uma política de Estado”. 

Psicologia no Conanda

Criado pela Lei nº 8.242/1991, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990) como o principal órgão do sistema de garantia de direitos para esta população.

O Conselho Federal de Psicologia foi eleito para a composição do órgão para o biênio 2023/2025, ocupando  a vice-presidência do colegiado – instância máxima de formulação, deliberação e controle das políticas públicas para a infância e a adolescência.

CFP assume a vice-presidência do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) foi eleito, por unanimidade, para a vice-presidência do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) – instância máxima de formulação, deliberação e controle das políticas públicas para a infância e a adolescência.

A eleição ocorreu nessa quarta-feira (15), durante a realização da 311ª assembleia do colegiado, no qual tomaram posse os integrantes do conselho para o biênio 2023/2025. O CFP estará representado na gestão pela conselheira Marina Poniwas.

Segundo Poniwas, a participação do CFP na vice-presidência do colegiado marca o compromisso histórico da Psicologia com a proteção integral de crianças e adolescentes. “Dando continuidade à sua luta em defesa da proteção e da garantia de direitos de meninos e meninas, mais uma vez Psicologia brasileira assume o compromisso de incidir diretamente no processo de reconstrução das políticas sociais no país, compreendendo crianças e adolescentes como prioridade absoluta”, destacou.

A conselheira pontuou que são intangíveis os desafios acarretados pela pandemia de Covid-19 e também pelo desmantelamento das políticas públicas para a infância, “sendo fundamental a retomada da participação social e, especialmente, a participação das próprias crianças e adolescentes, que precisam ser compreendidas como sujeitos de direitos”.

Para a representante do CFP, a Psicologia tem muito a contribuir com a agenda da infância e adolescência no país. “Tanto no exercício profissional – com o cuidado, a proteção e a garantia de direitos – como na participação em espaços de controle social para a construção de ações e políticas públicas”, ressaltou.

O Conanda no biênio 2023-2025

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, abriu os trabalhos da 311ª Assembleia do Conanda dando posse aos novos integrantes do colegiado. O secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves, foi eleito como presidente do conselho – que contará ainda com nove titulares e nove suplentes representando a sociedade civil, e o mesmo número de representantes pelo poder público.

O ministro destacou a prioridade absoluta do tema infância e adolescência para a pasta, bem como para todo o Governo Federal. “Crianças e adolescentes, vocês existem e são valiosos para nós”, disse em alusão ao discurso feito em sua posse no MDHC.

Silvio Almeida destacou que revogação do Decreto nº 10.003 – que esvaziou a participação da sociedade civil no Conanda – está entre as questões a serem enfrentadas.

Ao longo dos últimos anos, o Conanda sofreu com desmontes e enfraquecimento de sua estrutura. A defesa do efetivo funcionamento do colegiado mobilizou o Conselho Federal de Psicologia e um conjunto de outras entidades, que se uniram na campanha “Conanda Vive e Luta”. Após as mobilizações, o Supremo Tribunal Federal decidiu pela permanência da plena participação social no Conanda, em decisão publicada no âmbito da ADPF nº 622.

Bloco do Disque 100

Durante a solenidade de posse dos novos integrantes do Conanda foi lançada a campanha Bloco do Disque 100, marco de retomada do serviço de acolhimento de denúncias de violações de direitos humanos, coordenada pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos e apoio do colegiado.

Com o mote “a alegria é um direito fundamental”, a iniciativa tem como objetivo combater todas as formas de violações, em especial em defesa de crianças e adolescentes, pessoas idosas, pessoas com deficiências e pessoas LGBTQIA+, que podem passar por situações de vulnerabilidade durante o período carnavalesco.

Confira a lista de representações no Conanda

Sociedade civil

Titulares 

Conselho Federal de Psicologia – Marina Del Poniwas

Coletivo Mães na Luta – Elisa Tauáçurê da Silva Ferreira

Central de Educação e Cultura Popular – Edmundo Ribeiro Kroger

Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares – Antônio Lacerda Souto

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – Eloi Gallon

Central Única dos Trabalhadores – Marco Antônio Soares

Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares – Romero José da Silva

Fundação Abrinq – Marta Volpi

Inspetoria São João Bosco – Tatiana Augusto Furtado Gomes

Suplentes

Instituto Alana – Ana Claudia Cifali

Movimento Nacional de Direitos Humanos – Mônica de Alkmim Moreira Nunes

Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua – Maria do Socorro Araújo de Carvalho Sá

Federação Nacional das Associações Pestalozzi – Célia Regina Ribeiro de Freitas

Federação Brasileira de Associações Socioeducativas de Adolescentes – Rozangela Borota Teixeira

Associação de Pesquisadores e Formadores da Área da Criança e do Adolescente – Dayse Cesar Franco Bernardi

Instituto Fazendo História – Débora de Carvalho Vigenavi

Aldeias Infantis SOS Brasil – Sérgio Eduardo Marques da Rocha

União dos Escoteiros do Brasil – Carlos Frederico dos Santos

Governo Federal 

Ministérios dos Direitos Humanos e Cidadania –  Ariel de Castro Alves – titular/ Maria Luiza Moura Oliveira

Ministério da Educação – Tereza Santos Faria – titular/ Sandra Alves da Mata e Souza – suplente

Ministério da Saúde – Bruna Bragança Boreli Volponi – titular/ suplente aguardando indicação

Ministério do Trabalho e Emprego – João Victor da Motta Batista – titular/ Denis dos Santos Freitas – suplente

Ministério da Previdência Social – Evelinny Gonçalves Pereira Lopes – titular/ Alberto Lázaro de Sousa Júnior

Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome – Fabiane Macedo Borges – titular/ Danyel Iório de Lima – suplente

Ministério da Justiça e Segurança Pública – Jonata Carvalho Galvão da Silva – titular/ Daniela Ferreira dos Reis – suplente

Ministério da Fazenda – Ana Paula Guidolin – titular/ Lígia Toneto – suplente

CFP toma posse no Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participa, na próxima terça-feira (14), da solenidade de posse das(os) representantes que irão compor a gestão 2023-2024 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Conanda.

Em 2022, o CFP participou do pleito junto a organizações da sociedade civil para concorrer a uma das vagas no colegiado. O resultado da etapa de habilitação ocorreu em 18 de novembro e, a homologação, no dia 30 do mesmo mês. 

A conselheira Marina Poniwas será a responsável por representar a autarquia no Conanda. Especialista em Psicologia Jurídica, Marina Poniwas foi psicóloga do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e coordenadora da Proteção Social Especial de Média Complexidade, no município de Curitiba. Integrou também a Comissão de Direitos Humanos do CFP na gestão 2017/2019. Desde junho de 2014 atua como psicóloga do Tribunal de Justiça do Paraná, nas Varas de Infância e Juventude, Família e Juizado Especial Criminal do Fórum Descentralizado da Cidade Industrial de Curitiba. 

A solenidade de posse faz parte da 311ª assembleia ordinária do Conanda, e deve contar com a participação do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Sílvio Almeida. 

Consta ainda na programação a apresentação da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e da Secretaria Executiva do Conanda, bem como reuniões das(os) representantes da sociedade civil e do governo. Na sequência, a plenária definirá a presidência, a vice-presidência, as comissões permanentes e a mesa diretora do colegiado. Por fim, haverá a apresentação do Comitê de Participação de Adolescentes (CPA).

A cerimônia de posse acontece durante a 311ª assembleia ordinária, que segue até 16 de fevereiro. A atividade terá transmissão em tempo real pelo YouTube e Facebook do Conanda.

Sobre o Conanda

Criado pela Lei nº 8.242/1991, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/1990) como o principal órgão do sistema de garantia de direitos. 

O coletivo funciona por meio de gestão compartilhada, na qual representantes do governo e da sociedade civil definem, no âmbito do Conselho, as diretrizes para a Política Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes. Também cabe ao colegiado a fiscalização das ações executadas pelo poder público no que diz respeito ao atendimento de crianças e adolescentes pelas políticas públicas, bem como a gestão do Fundo Nacional da Criança e do Adolescente (FNCA).

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CFP em defesa do Conanda

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), mais uma vez, manifesta seu apoio em defesa da democracia e do Conselho Nacional dos Direitos de Crianças e Adolescentes (Conanda) e convida a categoria e sociedade a somar esforços para este fim. O CFP aderiu à nota em defesa do Conanda e pela rejeição ao Projeto de Lei nº 168, de 2021, que visa a alterar a competência normativa do Conanda.

O argumento do PL é de que a Constituição Federal de 1988 restringe o poder de legislar a representantes eleitas(os) pelo povo para esta finalidade. E esta não é a única ameaça ao Conanda. Desde 2019, o Conselho Nacional dos Direitos de Crianças e Adolescentes vem sofrendo graves ataques a seu funcionamento regular.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) presidiu o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) durante o ano de 2020. Comprometido com a atuação do Conanda, contribui ao longo dos anos com o processo de participação social e na elaboração de políticas públicas na promoção, proteção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

Leia a nota assinada pelo CFP em defesa do Conanda e pela rejeição do PL 168/2021

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CFP participa de eleição do Conanda para biênio 2021-22

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) realizou, no dia 27 de maio, a eleição das Organizações da Sociedade Civil de âmbito nacional para compor o órgão no biênio 2021-22. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou da eleição como entidade com direito a voto. O processo eleitoral foi realizado conforme edital e organizado pelo Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Conheça o resultado. A posse está prevista para o próximo mês.

Neste processo eleitoral, além do CFP, a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE) e o Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP) também participaram como entidades eleitoras, reafirmando o compromisso da Psicologia com a defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

A conselheira do CFP, Marina Poniwas, acompanhou a eleição do Conanda e para ela, participar deste processo é muito importante para a Psicologia e para o CFP, pois o Conanda é o espaço de construção e acompanhamento das políticas públicas para crianças e adolescentes. “A participação da sociedade civil é fundamental para que o Conselho cumpra o seu papel”, conclui Poniwas. 

Comprometido com a atuação do Conanda, o CFP tem contribuído ao longo dos anos com o processo de participação social e na elaboração de políticas públicas na promoção, proteção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes. Em fevereiro de 2020, o Conselho Federal foi eleito para assumir a presidência do Conanda.

O CFP tem atuado de maneira direta ou indireta acompanhando as ações do Conanda, por compreender a importância da participação nesses espaços de deliberação de Políticas Públicas, assim como os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) têm participado dos Conselhos Estaduais e Municipais de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente.

Para a ex-presidente do Conanda pelo Conselho Federal de Psicologia, a psicóloga e ex-conselheira do CFP Iolete Ribeiro, a realização dessa eleição é uma vitória, após tantas dificuldades no funcionamento do Conselho. “Foram tantos obstáculos criados pelo Governo, como a judicialização e o fato da gente ter encerrado a gestão em dezembro, e somente agora estar ocorrendo a eleição”.

Iolete Ribeiro lembrou que o órgão ficou cinco meses sem funcionamento, aguardando autorização para realizar a eleição, “num contexto de uma pandemia, onde direitos de crianças e adolescentes são cotidianamente violados”. Para ela, a eleição “significa que a sociedade civil está viva e articulada, dialogando, buscando unidade, apesar das diferenças e divergências de posicionamentos, mas se tem o objetivo comum que é a defesa pelo direito de crianças e adolescentes no país”.

A ex-conselheira do CFP enfatiza que a Psicologia está presente no Conanda e demais espaço de proteção das infâncias por assumir o compromisso de defesa de direitos humanos e entender “que não é possível manter neutralidade, por que se a gente defende a promoção da saúde, a promoção da dignidade das pessoas, as condições de vida se vinculam diretamente a essas circunstâncias”. 

Desmonte do Conanda

Em setembro de 2019, o governo federal publicou o Decreto nº 10.003/19, que retirava a participação social do Conanda. Na prática, a decisão esvaziava o Conselho, ao destituir os conselheiros eleitos e alterava o processo de escolha da presidência do colegiado, que passaria a ser feita por indicação do presidente da República.

Em resposta, organizações da sociedade civil protocolaram um mandado de segurança pedindo a restauração imediata dos mandatos dos conselheiros, eleitos democraticamente para o biênio 2019/2020, e o funcionamento adequado do Conselho.

Como resultado da mobilização a favor do Conanda, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional trechos do Decreto Presidencial 10.003. A decisão do STF é fruto da luta e articulação de 19 entidades, entre elas o CFP, que lançaram a campanha “Escute Esse Conselho” e foram ao Supremo para defender a continuidade do Conanda. Saiba mais sobre o assunto.

Em dezembro de 2020, após ter encerrado o mandato da última gestão eleita para o Conanda, houve inércia para publicação do edital no Diário Oficial da União chamando para novas eleições, mesmo o edital estando pronto e aprovado em plenária regular do Conanda. Sem gestão eleita para o biênio 2021/2022, até então, foram cinco meses sem funcionamento. Organizações da sociedade civil promoveram, em fevereiro deste ano, ato virtual “CONANDA Vive e Luta”, em que divulgaram a Carta Manifesto em Defesa do Conanda e da Eleição no Biênio 2021-2022.

O Conanda

Criado em 1991 pela Lei nº 8.242, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) foi previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente como o principal órgão do sistema de garantia de direitos. Por meio da gestão compartilhada, governo e sociedade civil definem, no âmbito do Conselho, as diretrizes para a Política Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes.

Além da definição das políticas para a área da infância e da adolescência, o Conanda também fiscaliza as ações executadas pelo poder público no que diz respeito ao atendimento da população infanto-juvenil.

A gestão do Fundo Nacional da Criança e do Adolescente (FNCA) é também outra importante atribuição do Conselho. É ele o responsável pela regulamentação sobre a criação e a utilização desses recursos, garantindo que sejam destinados às ações de promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes, conforme estabelece o Estatuto.

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Em apoio ao CONANDA

CFP assume representação no Conanda

A nova composição do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) tomou posse no dia 18 de março. A conselheira Iolete Ribeiro representará o Conselho Federal de Psicologia (CFP) no Conanda durante a próxima gestão, que atuará até 2020. Na gestão anterior do Conanda, o CFP era suplente.

Na mesma oportunidade, a conselheira do CFP também foi eleita pelas(os) demais integrantes do Conanda para representar o colegiado na Comissão Intersetorial de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes (CIEVSCA), no Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes.

Agora como titular, Iolete Ribeiro reafirma a importância de assumir essa representação, firmando o compromisso do CFP, que há anos atua nessa no Conanda, contribuindo com o processo de participação social e na elaboração de políticas públicas na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente. “A relevância histórica do Conanda é indiscutível”, enfatiza Iolete.

Adiamento e início das atividades do Biênio (2018-20)

O Conanda está ligado à Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Em fevereiro deste ano, as(os) Conselheiras(os) da Sociedade Civil do Conanda publicaram um manifesto, o qual o CFP é signatário, após o adiamento da 280ª Assembleia Ordinária do Conanda, que seria realizada de 19 a 21 de fevereiro. No manifesto, reafirmam a importância deste espaço deliberativo e reivindicam o respeito ao princípio constitucional que estabelece os direitos das crianças e dos adolescentes como prioridade absoluta. A justificativa dada pela Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente para o adiamento da Assembleia foram os altos custos das passagens aéreas, com o argumento de que tal adiamento não traria prejuízos para as atividades estabelecidas para o mês de fevereiro/2019.

Apenas nos dias 19 e 21 de março, essa nova gestão realizou a 280ª Assembleia Ordinária do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do adolescente, além de uma oficina de planejamento estratégico, com o objetivo de elaborar o planejamento bianual (2019-2020) das atividades do Conselho, no qual a sociedade civil e o governo federal trabalharão conjuntamente e de modo articulado.

Leia o manifesto na íntegra das(os) Conselheiras(os) da Sociedade Civil do Conanda.

Conanda divulga nota sobre PEC que propõe a redução da idade mínima de trabalho

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) recomendou, em nota, a rejeição, na íntegra, da PEC nº 18 de 2011, que propõe a autorização do trabalho de adolescentes partir dos 14 anos.  A Proposta de Emenda Constitucional está sendo analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, que debateu o assunto nesta terça (14). O Conselho Federal de Psicologia ocupa vaga de suplência no Conselho.

O Conanda destaca que o Brasil incorpora a doutrina da proteção integral de crianças e adolescentes (Lei 8069/90), que reconhece criança e adolescente como sujeitos de direitos em peculiar processo de desenvolvimento e também as Convenções 138 e 182 da Organização Internacional do Trabalho, que versam sobre trabalho infantil e a idade mínima para a admissão a emprego. O país ainda é signatário da Convenção dos Direitos da Criança da ONU-Organização das Nações Unidas.

Ainda, a nota insta as autoridades competentes a realizarem outras ações, como o estabelecimento de normativas que contribuam para que a Lei da Aprendizagem (Lei 10.097/00), “torne-se uma política pública de estado em todos os níveis” e que esta tenha como público prioritário os estudantes do ensino médio da rede pública, inclusive da educação de jovens e adultos.

De acordo com a Constituição, os jovens com 14 e 15 anos só podem trabalhar na condição de aprendizes, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452/43) fixa a jornada do aprendiz em até seis horas. O trabalho em regime parcial não pode ultrapassar 25 horas por semana, o que resulta em uma média de cinco horas diárias. A PEC está sendo analisada pela CCJ quanto à admissibilidade.

Veja, abaixo, a nota completa:

NOTA PÚBLICA SOBRE PEC 18 DE 2011

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA, órgão colegiado de caráter deliberativo e controlador das ações de promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente, integrante da estrutura básica da Presidência da República, previsto no art. 88 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 –  Estatuto da Criança e do Adolescente, criado pela Lei nº 8.242, de 12 de outubro de 1991 e regulamentado pelo Decreto nº 5.089 de 20 de maio de 2004, no uso de suas atribuições legais apresenta:

Considerando que desde 1990 o Brasil incorporou a doutrina da proteção integral de crianças e adolescentes, através da Lei 8069/90;

Considerando que a doutrina da proteção integral reconhece criança e adolescente como sujeitos de direitos em peculiar processo de desenvolvimento;

Considerando que o Brasil é signatário da Convenção dos Direitos da Criança da ONU-Organização das Nações Unidas;

Considerando que o Brasil é signatário da Convenção 138 e Convenção 182 Organização Internacional do Trabalho

Considerando que 34,1% da população brasileira tem idade entre 15 e 24 anos, segundo IBGE;

Considerando que jovens de 15 a 24 anos de idade representam o maior índice de desemprego no Brasil, o que corresponde aproximadamente a 45% da população desempregada, segundo IBGE e Ministério do Trabalho e Emprego.

Considerando, que de acordo com estudos elaborados neste segmento  quanto menor a renda do jovem, menores são as chances de ter acesso a um curso profissionalizante;

Considerando que a falta de acesso a cursos profissionalizantes diminuem as possibilidades de conquistar um emprego formal, resultando numa ocupação desqualificada no mercado de trabalho, sem qualquer proteção social e sem garantias de direitos trabalhistas e previdenciários.

Considerando que no cenário nacional existe  pouca oferta de capacitação das camadas mais jovens da população para o ingresso mercado de Trabalho de forma protegida.

Considerando que em  períodos de crescimento econômico e de diminuição do desemprego total, o  desemprego dos jovens não demonstra tendência à queda, ou pelo menos na mesma  proporção que para a população adulta.

Considerando que desemprego juvenil ameaça a integração social e o desenvolvimento socioeconômico dos adolescentes, tornando-os muito dependentes das políticas públicas e do auxílio familiar.

Considerando que processo de geração de empregos formais tem decrescido em comparação ao que vinha sendo registrado nos últimos anos.

Considerando que o desenvolvimento de políticas de emprego tornam mais fácil a integração dos adolescentes ao mercado de trabalho, especialmente pela criação do emprego formal, que garante direitos trabalhistas e previdenciários.

Considerando que na última década foram instituídos programas de emprego – nos três níveis de governo: federal, estadual e municipal – que tentam diminuir o desemprego juvenil  viabilizando o ingresso dos adolescentes no mercado de trabalho.

Considerando que esses programas são ainda em número reduzido e atendem apenas a uma parcela dos adolescentes sendo, portanto, pouco eficazes.

Considerando que  uma das principais políticas contra a falta de oportunidade de trabalho para os jovens, o Programa de Aprendizagem e o PRONATEC, privilegiam apenas os setores públicos e os Sistemas Nacionais de Aprendizagem na oferta de vagas com financiamento público.

Considerando que a Lei 10.097/00 inclui as Entidades sem Fins Lucrativos como ofertante de cursos de aprendizagem, aumentando a possibilidades de ofertas de trabalho para os jovens, sob o signo da doutrina da proteção integral.

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA, no exercício de sua atribuição de controle social das políticas públicas infanto-juvenis, recomenda a rejeição na Integra da PEC número 18 de 2011, instando as autoridade competentes nos poderes constituídos do Estado brasileiro, na forma do Artigo 227 da Constituição Federal de 1988 e da Lei 8069/90, adotarem as seguintes medidas:

  1. Estabeleçam normativas que contribuam para que a Lei 10.097/00, Lei da Aprendizagem, torne-se uma política pública de estado em todos os níveis;
  2. Que a mencionada lei 10.097/00 tenha como público prioritário os estudantes do ensino médio da rede pública, inclusive da educação de jovens e adultos;
  3. Que a política de profissionalização dos jovens contemple especialmente os beneficiários dos programas federais de transferência de renda;
  4. Que sejam alcançados por este política, estudantes que tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou em instituições privadas na condição de bolsista integral;
  5. Que os adolescentes agricultores, silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores recebam ações especiais de afirmação do direito ao trabalho protegido, respeitando suas particularidades sob o signo da diversidade;
  6. Que a política de promoção do trabalho protegido para os jovens tenham como premissa a atenção à pessoa com deficiência observadas as condições de acessibilidade e participação plena no ambiente educacional, tais como adequação de equipamentos, de materiais pedagógicos, de currículos e de estrutura física.
  7. Que a política de promoção do trabalho protegido contemple os adolescentes dos povos indígenas e comunidades quilombolas;
  8. Que a política pública de trabalho protegido para os jovens tenha como escopo os adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas e adolescentes sob medida  de proteção de acolhimento institucional.
  9. Incentivem à ampliação de vagas e à expansão da rede física de atendimento dos serviços nacionais de aprendizagem e das entidades sem fins lucrativos que executam aprendizagem, nos termos da lei 10.097/00; e
  10. Sejam envidados esforços para que a União incentive a transferência de recursos financeiros às instituições de educação profissional e tecnológica das redes públicas estaduais e municipais ou dos serviços nacionais de aprendizagem e para as entidades sem fins lucrativos que executam aprendizagem.

 Brasília, 14 de Julho de 2015 – 25° Aniversário do Estatuto da Criança e do Adolescente

ANGELICA GOULART

Presidenta do CONANDA