Resolução CFP que reconhece que identidades trans não são patologias completa 5 anos

A normativa do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que orienta os profissionais da Psicologia a atuarem de modo que as identidades trans não sejam consideradas patologias completa cinco anos. Para celebrar o aniversário da Resolução CFP nº 01/2018, o CFP vai realizar na segunda-feira (30), às 16h, uma live para o lançamento do Prêmio João W. Nery “Práticas de Promoção de Cuidado, Respeito e Dignidade das Pessoas Trans”.

O evento, que remete ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado anualmente em 29 de janeiro, também terá uma roda de conversa sobre a história, pontos estratégicos e desafios da resolução lançada em 2018 pelo CFP.

A Resolução CFP 01/2018 determina que, em sua prática profissional, psicólogas e psicólogos devem atuar de forma a contribuir para a eliminação da transfobia e orienta, ainda, que não favoreçam qualquer ação de preconceito e nem se omitam frente à discriminação de pessoas transexuais e travestis.

Para o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, a Resolução 01/2018 é um documento histórico que faz da Psicologia brasileira uma importante aliada às lutas trans.

“Esta normativa do Conselho Federal representa um marco na luta por visibilidade e despatologização das identidades trans. O conteúdo da Resolução foi o resultado de uma série de debates e estudos no âmbito do Sistema Conselhos de Psicologia para proporcionar importantes considerações ético-políticas acerca da transexualidade e da travestilidade”, aponta.

Também em alusão ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, o Conselho Federal de Psicologia vai anunciar a criação do Prêmio João W. Nery “Práticas de Promoção de Cuidado, Respeito e Dignidade das Pessoas Trans”.

A premiação leva o nome do psicólogo que, nos anos 1970, após realizar sua cirurgia de redesignação sexual, foi impedido de seguir exercendo a profissão – e se tornou um ativista na luta pelos direitos das pessoas trans. O prêmio busca identificar, valorizar e divulgar estudos e ações de psicólogues(as)(os), coletivos, grupos e organizações que envolvam a Psicologia como prática profissional de promoção do cuidado, do respeito e da dignidade dessa população.

Além de pessoas trans que integram e colaboram com as gestões de Conselhos de Psicologia de todo o país – incluindo a primeira psicóloga travesti a presidir um Conselho profissional, Céu Cavalcanti -, o evento contará com a participação de Symmy Larrat (secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania); Keila Simpson (Associação Nacional de Travestis e Transexuais – ANTRA); Jovanna Baby (Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros – FONATRANS); Dan Kaio Lemos (Instituto Brasileiro de Transmasculinidades – Ibrat) e Jaqueline Gomes de Jesus (Associação Brasileira de Estudos da Trans-Homocultura – ABETH).
Participe!

A Resolução

A Resolução 01/2018 impede o uso de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação e veda a colaboração com eventos ou serviços que contribuam para o desenvolvimento de culturas institucionais discriminatórias.

A norma tem o objetivo de impedir o uso de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação e veda a colaboração com eventos ou serviços que contribuam para o desenvolvimento de culturas institucionais discriminatórias.

A live em celebração aos cinco anos da Resolução CFP nº 01/2018 e de lançamento do Prêmio João W. Nery será transmitida pelas redes sociais do CFP (YouTube, Instagram, Facebook e Twitter), às 16h da próxima segunda-feira, dia 30.

CFP premiado por combate à transfobia

Dentro das comemorações do Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou, na noite desta segunda-feira (29), da IV Semana da Visibilidade Trans Hanna Suzart e recebeu o prêmio “Parceiros do combate à Transfobia em 2017″, pela Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (RedTrans Brasil). A premiação ocorreu no Ministério dos Direitos Humanos, em Brasília.

O conselheiro Pedro Paulo Bicalho representou o CFP na cerimônia, destacando a publicação, no Dia da Visibilidade Trans, da Resolução CFP 01/2018, que orienta os profissionais da Psicologia a atuar, no exercício da profissão, de modo que as travestilidades e transexualidades não sejam consideradas patologias. “A democracia brasileira possui uma dívida histórica com a população trans que precisa ser reparada. A Psicologia brasileira também tem uma dívida histórica. Somos muito orgulhosos por termos, há 19 anos, uma resolução que afirma que a homossexualidade não é desvio, não é patologia, não é perversão. Mas essa resolução é relativa à orientação sexual e não à identidade de gênero. Neste dia 29, fizemos essa reparação, ao promulgarmos uma resolução que fala diretamente sobre as questões de identidade de gênero”, explicou Pedro Paulo na cerimônia.

O evento contou, ainda, com o lançamento de duas cartilhas, uma sobre saúde do homem trans e outra com informações importantes sobre pessoas travestis e transexuais, além da apresentação do novo site da Rede Trans Brasil.

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No Dia da Visibilidade Trans, CFP publica Resolução CFP 01/2018

CFP debate visibilidade trans e Resolução 01/99

No Dia da Visibilidade Trans, CFP publica Resolução CFP 01/2018

No Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais (29/1), o Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou a Resolução CFP 01/2018, que orienta os profissionais da Psicologia a atuar, no exercício da profissão, de modo que as travestilidades e transexualidades não sejam consideradas patologias.

A resolução tinha sido aprovada, por unanimidade, na Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças (Apaf) de dezembro de 2017, que reúne delegações da categoria.

A resolução determina que, em sua prática profissional, psicólogas e psicólogos devem atuar de forma a contribuir para a eliminação da transfobia e orienta, ainda, que não favoreçam qualquer ação de preconceito e nem se omitam frente à discriminação de pessoas transexuais e travestis. Na prática, a nova norma complementa a Resolução 01/99.

A norma recém-aprovada impede o uso de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação e veda a colaboração com eventos ou serviços que contribuam para o desenvolvimento de culturas institucionais discriminatórias.

Diálogos Digitais Visibilidade Trans

No mesmo dia, o CFP promoveu o debate online sobre visibilidade trans, transmitido em tempo real pelas redes sociais da entidade.

Mediado pelo conselheiro Pedro Paulo Bicalho, o debate contou com a participação de Symmy Larrat, Alessandra Ramos, Adriana Sales, Tathiane Araújo, Leonardo Luiz da Cruz Lima, Suzana Konstantinos Livadias, Céu Cavalcanti e Ludymilla Santiago, além da participação do público.

Reveja o Diálogo Digital sobre Visibilidade Trans:

 

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No dia 29 de janeiro, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai promover debate online sobre visibilidade trans e a Resolução 01/99 do CFP, que orienta os profissionais da área a atuar nas questões relativas à orientação sexual. A data foi escolhida por ser o Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais, que marca a luta pelos direitos humanos, pelo respeito à identidade de gênero e em busca do direito à vida sem preconceito e discriminação.

O debate, mediado pelo conselheiro Pedro Paulo Bicalho, terá a participação de Symmy Larrat, Alessandra Ramos, Adriana Sales, Tathiane Araújo, Leonardo Luiz da Cruz Lima, Suzana Konstantinos Livadias e Céu Cavalcanti.

Você também pode participar do debate, programado para às 16h, enviando perguntas pelas redes sociais do CFP (Youtube, Facebook e Twitter) com a hashtag #VisibilidadeTrans ou pelo e-mail comunica@cfp.org.br.

Profissionais devem contribuir para eliminar transfobia e não podem ser omissos frente à discriminação

Na Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças (Apaf) de dezembro de 2017, as delegações da categoria decidiram publicar resolução regulamentando a atuação de profissionais da Psicologia em relação às pessoas travestis e transexuais. Na prática, a nova norma complementa a Resolução 01/99.

A Resolução CFP 01-2018 orienta os profissionais da Psicologia a atuar, no exercício da profissão, de modo que as travestilidades e transexualidades não sejam consideradas patologias. A resolução determina que, em sua prática profissional, psicólogas e psicólogos devem atuar de forma a contribuir para a eliminação da transfobia e orienta, ainda, que não favoreçam qualquer ação de preconceito e nem se omitam frente à discriminação de pessoas transexuais e travestis.

A norma recém-aprovada impede o uso de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação e veda a colaboração com eventos ou serviços que contribuam para o desenvolvimento de culturas institucionais discriminatórias.

Conheça os debatedores

Adriana Sales possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Mato Grosso e mestrado em Educação pela UFMT. Atualmente, é professora na Secretaria de Estado de Educação, lotada na Superintendência de Formação dos Profissionais de Educação. Ativista social do movimento trans brasileiro desde 1998, secretária para assuntos internacionais da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e militante para as causas das travestis e transexuais no contexto escolar.

Alessandra Ramos Makkeda é integrante do Conselho Estadual LGBT do Rio de Janeiro, assessora LGBT do GT do Sistema Penitenciário. É tradutora, ativista e assessora parlamentar na Câmara dos Deputados.

Céu Cavalcanti é psicóloga doutoranda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e integrante da Comissão de Gênero do CRP-02 (PE).

Leonardo Luiz da Cruz Lima é professor de Educação Física e é um dos coordenadores do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT-DF). Cuida dos assuntos relacionados à saúde na entidade.

Ludymilla Santiago é formada em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Militante do Movimento de Travestis e Transexuais do Brasil, integrante do Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros do Brasil (FONATRANS). Ludymilla também faz parte da ANAVTrans, ANTRA e Rede Afro LGBT. É conselheira do Conselho Distrital de Segurança Pública do Distrito Federal (CONDISP) pela Rede Afro LGBT e Gestora Pública da Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do GDF (SEDESTMIDH).

Suzana Konstantinos Livadias é psicóloga, coordenadora do Espaço Trans, mestranda do programa de pós-graduação em Saúde Coletiva PPGSC/UFPE, pesquisadora de autismo ligada à Associação Preaut.

Symmy Larrat é presidenta da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT). Foi coordenadora nacional LGBT do governo federal e coordenadora do Programa Transcidadania da Prefeitura de São Paulo.

Tathiane Araújo é conselheira Nacional de Saúde (CNS) e representa a Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (RedTrans Brasil) no Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT).

Confira as programações regionais:

CRP-PR
Janeiro Lilás – Visibilidade Trans: Ação local de distribuição de flyer no Litoral paranaense e no evento do Transgrupo Marcela Prado, no dia 29 de janeiro, em Curitiba/PR.

CRP-RJ
Confira a programação

CRP-MG
Confira a programação

CRP-ES
Seminário de Orientação sobre Atendimento Psicológico a pessoas Trans
Dia 31 de janeiro, às 14 h, em Vitória/ES.

CRP-PE
Dia 5/02, a partir das 18h30, no auditório da Sede do CRP-02, no Recife-PE. Palestrantes: Suzana Konstantinos Livadias, Céu Cavalcanti e o estudante de psicologia Daniel Brandão

Rede Trans
IV Semana da Visibilidade Trans Hanna Suzart
De 29/01 a 2/02

Antra
V Semana Nordestina da Visibilidade Trans
De 28/01 a 3/02, em Pernambuco