Artigo trata da intervenção da Psicologia em universidade

Apresentar uma experiência profissional que faz uma avaliação crítica da intervenção em Psicologia em uma Instituição Federal de Ensino (IFE) na Amazônia Ocidental do Brasil. Essas e outras reflexões estão presentes no artigo “A Intervenção em Psicologia em uma Universidade na Amazônia Sul Ocidental”, redigido pela professora da Universidade Federal do Acre (UFAC) e ex-conselheira do CFP, Madge Porto. O artigo faz parte da edição 37.4 da revista Psicologia: Ciência e Profissão.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) publica artigos da revista no site e nas redes sociais – a versão eletrônica da Psicologia: Ciência e Profissão está na SciELO – para disseminar o conhecimento científico para a categoria e a sociedade.

De acordo com o artigo, a estratégia foi apresentar um projeto de trabalho no qual a ação principal seria a promoção à saúde, ao mesmo tempo que os relatórios das atividades desenvolvidas eram entregues sistematicamente, demonstrando a partir de resultados, como os níveis baixos de procura e níveis altos de evasão e de custo, que a proposta da gestão não seria a melhor estratégia.

A crítica da pesquisadora é de que atividades de promoção e prevenção em saúde, com trabalhos em grupo substancialmente, precisariam ser objetivo principal da intervenção em Psicologia em uma universidade. Segundo ela, uma política pública que quer intervir apenas nos sintomas e não nas causas destes apresenta-se como apoio ao desmonte das universidades públicas.

As ações propostas para cuidar da saúde dos servidores e servidoras e estudantes se tornam uma intervenção sem impacto significativo na instituição e que não contribuem para a afirmação da universidade gratuita, de qualidade, laica e socialmente referenciada, estando, assim, corroborando para o seu desmonte e, em curto prazo, possibilitar a privatização no lugar de efetivamente contribuir para a construção de uma educação de qualidade.

Em entrevista, Madge Porto conta mais detalhes do artigo:

O que a motivou a fazer a pesquisa sobre esse tema?

O que me motivou foi registrar uma experiência que se deu em um estado da Região Norte e que mostra a dificuldade de romper com modelos institucionais que se impõe mesmo depois de muitas tentativas de promover mudanças.

 

Quais os resultados que você destaca desse levantamento?

Gestores e gestoras da educação ainda pensando que o papel de psicólogas nas políticas de educação é “tratar” as alunas e alunos que têm “problemas”, como se não tivessem nenhuma responsabilidade e sem fazer nenhum tipo de auto-avaliação. Outra questão é a conduta de gestores e gestoras que chamam os profissionais especialistas, mas desconsideram os conhecimentos desses e impõem sua política.

Na sua opinião, quais tipos de contribuições a Psicologia pode dar para uma melhor qualidade da intervenção nas políticas públicas de educação superior?

A Psicologia tem uma importante contribuição nas políticas de educação superior em ações de promoção e prevenção em saúde mental de forma a oferecer possibilidades para que as e os estudantes possam cursar seus cursos da melhor forma por encontrarem apoio nos momentos difíceis como quando ingressantes ou concluintes ou em situações de conflito ou crise, de forma a não ter sua oportunidade de estudo limitada por qualquer tipo de sofrimento psíquico.

Leia na íntegra o artigo “A Intervenção em Psicologia em uma Universidade na Amazônia Sul Ocidental”

Ano da Formação em Psicologia

A Região Nordeste continua a série discussões preparatórias para o Encontro Nacional do Ano da Formação em Psicologia, marcado para maio de 2018, em Brasília. Este terceiro encontro acontecerá em Olinda (PE), no dia 7 de abril, na Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho).

O objetivo dos encontros regionais é produzir e eleger propostas para a etapa nacional. As propostas são componentes das diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação em Psicologia que deverão nortear a formação profissional.

As inscrições são gratuitas e deverão ser feitas pela internet. Informações poderão ser obtidas exclusivamente pelo Facebook, no endereço: https://www.facebook.com/events/1190878781049296/

 

Convite das conselheiras do Nordeste

As conselheiras Ana Sandra Fernandes, Clarissa Guedes e Andrea Esmeraldo, todas oriundas da Região Nordeste, abordam a importância dos encontros do Ano da Formação em Psicologia.

A vice-presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Ana Sandra Fernandes, aborda a importância dos encontros preparatórios destacando que tipo de psicólogas e psicólogos nós queremos e que Psicologia a categoria quer para a sociedade brasileira. “Então é um ano muito importante para que a gente possa discutir a formação, as diretrizes curriculares nacionais. Portanto, psicólogos e estudantes, procurem seus conselhos regionais, os sindicatos, participem desta discussão”, ressalta.

A conselheira Clarissa Guedes destaca que os encontros são momentos importantes para a profissão, no sentido de repensar a formação em Psicologia. “Convido, especialmente, para que a gente possa refletir nossa atuação nas políticas públicas, que é o campo onde nós mais atuamos, e, muitas vezes, não faz parte das discussões nas salas de aula e nas universidades”, reforça.

A conselheira Andrea Esmeraldo também reafirma a importância do pensar a Psicologia brasileira, da formação, da construção da psicóloga e do psicólogo como profissionais. “Faço esse convite para dialogarmos sobre a realidade brasileira, das políticas públicas, em especial, da assistência social. Incluir a Assistência Social e o fazer profissional desta política nesses currículos na nossa formação como psicólogas”, complementa.

 

Confira os vídeos das conselheiras:

Ana Sandra Fernandes:

Clarissa Guedes:

Andrea Esmeraldo:

 

Acompanhe o cronograma dos próximos encontros regionais

Sul – Santa Catarina – 14 de abril

Sudeste – São Paulo – 21 de abril

Mobilizar docentes, estudantes e profissionais

A proposta do Conselho Federal de Psicologia, da Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (Abep) e da Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi), coordenadores do processo nacional, é mobilizar docentes, estudantes e profissionais para construir propostas para as novas diretrizes.

As propostas elaboradas durante os encontros regionais serão colocadas, sob consulta pública, nos sites do CFP, da Abep e da Fenapsi até 20 de maio. O resultado final da consulta será publicado no dia 10 de junho e as contribuições serão submetidas ao Ministério da Educação (MEC) no dia 30.

 

Saiba mais sobre o Ano da Avaliação em Psicologia.

Assista aos vídeos com depoimentos de profissionais da Psicologia convidando a categoria para participar dos encontros.

Edição 38.1 da Revista Psicologia: Ciência e Profissão está disponível

O primeiro número de 2018 da Revista Psicologia: Ciência e Profissão, edição 38.1, está disponível na plataforma SciELO e, em breve, chegará às bibliotecas das universidades e faculdades com cursos de Psicologia de todo o Brasil. O compromisso da PCP é promover diálogos entre prática profissional, formação e pesquisa, de forma a contribuir para a produção de conhecimento em Psicologia e para o enfrentamento dos desafios impostos pela conjuntura política e econômica do país.

Nesta publicação, a editora Neuza Guareschi aborda em seu texto “Ética, Política e Práticas Profissionais” que uma reflexão sobre ética, política e a prática profissional em Psicologia é extremamente oportuna e bastante associada à crise institucional pela qual passa o País. Ela destaca como exemplos o não respeito à diversidade, à diferença, ou de como a prática profissional precisa ser pensada para a alteridade e não para um seqüestro e tortura deste outro. Segundo ela, a decisão judicial sobre a Resolução no 001/1999 se encaixa nesse contexto.

Excelência

Editada desde 1979, a “Psicologia: Ciência e Profissão” é uma publicação científica de excelência internacional, classificada com a nota A2 no sistema Qualis de avaliação de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação. Atualmente, a revista está indexada nas bases da SciELO; Lilacs (Bireme); Clase; Latinex; PsycINFO; Redalyc; e Psicodoc.

Confira a edição 38.1.

Leia o editorial “Ética, Política e Práticas Profissionais”

Leia todas as edições da Revista Psicologia: Ciência e Profissão

 

6º Congresso Brasileiro de Saúde Mental está com inscrições abertas

Brasília receberá o 6º Congresso Brasileiro de Saúde Mental, entre os dias 30 de maio e 2 de junho. Organizado pela Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme), o encontro terá como tema “Agir para transformar: pessoas, afetos e conexões”. As inscrições com valores promocionais podem ser feitas até 31 de março pelo site do evento.

O 6º Congresso Nacional de Saúde Mental discutirá, entre outros pontos, as práticas adotadas na rede de atenção psicossocial, uma das principais conquistas da luta antimanicomial, que completará 40 anos em 2018.

A Abrasme, formada por profissionais das diversas áreas do conhecimento, como antropologia, filosofia, educação e saúde, busca o fortalecimento das entidades-membro e a ampliação do diálogo das comunidades técnicas e científicas e serviços de saúde com organizações governamentais e não governamentais e a sociedade civil.

O combate da Psicologia

A discussão sobre a Psicologia e o compromisso com a laicidade e o combate ao racismo, sexismo e LGBTfobia na América Latina pautou a atividade do Conselho Regional de Psicologia da Bahia (CRP-03), no dia 17, no Fórum Social Mundial 2018. O debate, de acordo com a vice-presidente do CRP-03, Alessandra Santos, buscou pensar como a Psicologia pode ser espaço de resistência no Brasil e na região.

O conselheiro Pedro Paulo Bicalho destacou o porquê de a Psicologia estar presente no Fórum Social Mundial 2018. Uma das justificativas, segundo ele, é o dado da pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de 2016, que mostra que 60,8% da categoria trabalha direta ou indiretamente com políticas públicas. “A Psicologia brasileira, neste momento, é uma Psicologia voltada para as políticas públicas. Estamos no Fórum Social Mundial, porque hoje trabalhamos com essa população, porque hoje são as políticas públicas é que nos empregam.”

Pedro Paulo fez ainda um contraponto: “Essa não é, talvez, a melhor maneira de responder a isso. Porque mesmo que ainda não estivéssemos majoritariamente atuando nas políticas públicas, estar aqui faria sentido”. Isso porque, a violência que se constrói sobre negros, mulheres e LGBTs não é produzida apenas em relação à lei, “ela é construída principalmente na relação com as formas subjetivas que nos constroem e por isso nós, profissionais da subjetividade, temos relação com isso.”

E completou: “A Psicologia tem muito o que pensar, o que construir e o que produzir de formas de enfrentamento. Se nós pensarmos a xenofobia, o estado não laico, o racismo, a LGBTfobia, tudo isso se constrói a partir dos processos de criminalização. Nós, psicólogas e psicólogos, temos tudo a ver com os processos que nos violentam, que nos colocam em uma forma de desigualdade. E por isso estamos aqui”.

CFP participa de encontro sobre Psicologia Escolar

Entre 18 e 20 de abril, a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (Abrapee) vai promover, na Universidade Estadual de Maringá (PR), o VII Encontro Paranaense de Psicologia Escolar e Educacional. O tema do evento é “Psicologia Escolar e Educação Especial: políticas públicas, fundamentos teóricos e intervenções práticas em prol do desenvolvimento humano”.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) será representado no evento pela conselheira Norma Cosmo. Convidada da Abrapee, Norma participará da abertura e de uma mesa-redonda. O convite ao CFP levou em consideração o trabalho desenvolvido pela autarquia na valorização e no fortalecimento da Psicologia Escolar e da defesa da educação de qualidade.

Inscrições para VIII Seminário de Direitos Humanos terminam dia 30

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai promover, dias 27 e 28 de abril, o VIII Seminário Nacional de Direitos Humanos – Psicologia e Democracia: nenhum direito a menos. As inscrições para o evento, que vai ocorrer na Escola Parque 308 Sul, em Brasília, DF, estão abertas até 30 de março.

Conferência, mesa temática, atividades culturais e homenagens integram a programação do seminário. No dia 27 de abril, após a abertura, o evento fará uma homenagem à psicóloga, historiadora e fundadora do Grupo Tortura Nunca Mais (RJ), Cecília Maria Bouças Coimbra, primeira coordenadora da Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP, em 1997.

A conferência de abertura será feita pela psicóloga Maria Rita Kehl, que teve forte atuação durante o regime militar. Foi editora do jornal “Movimento”, um dos mais importantes veículos da imprensa alternativa no período, e participou do grupo que criou o jornal “Em Tempo”, em 1978. 

As mesas de debate vão contemplar diferentes temas, como a guerra contra e entre os pobres, corpos em disputa, produção histórica de violação de direitos de mulheres, LGBTs e negros e negras, cidades e campos possíveis e o papel da mídia. A programação completa e o link para inscrições no seminário estão no site do VII Seminário Nacional de Direitos Humanos – Psicologia e Democracia: nenhum direito a menos.