Fenpb lança livro com registro inédito sobre histórico de entidades nacionais da Psicologia

Celebrar a trajetória histórica da Psicologia enquanto profissão e,  sobretudo, testemunhar a diversidade, pluralidade e unidade da Psicologia brasileira. Esse é o principal objetivo da obra Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira: O Fenpb e suas histórias. O livro foi lançado durante o 6º Congresso Brasileiro: Psicologia Ciência e Profissão (CBP), fruto do esforço da reunião de entidades científicas, acadêmicas, profissionais e estudantis que compõem o Fórum das Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira, o Fenpb.

Os textos que compõem os 25 capítulos do exemplar traçam um resgate histórico do Fórum das Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira desde a sua criação, abordando os desafios enfrentados para consolidar e manter seu funcionamento. Esse registro inédito foi publicado com o apoio do Conselho Federal de Psicologia.

“O Fenpb tem realizado nos últimos anos um importante trabalho, no esforço de tornar a Psicologia cada vez mais uma ciência e profissão comprometida com a ética, com a democracia e, principalmente, com a garantia dos direitos humanos em nosso país”, destaca Ana Sandra Fernandes, presidenta do XVII Plenário do CFP, no prefácio da obra.

O livro reúne ainda informações sobre a trajetória de cada entidade da Psicologia que colaborou com a obra, desde sua emergência, institucionalização e desenvolvimento de seu próprio campo, área ou especialidade, até os desafios contemporâneos e perspectivas futuras. 

Conheça o livro Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira: O Fenpb e suas histórias

Saiba mais sobre o Fórum das Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (Fenpb).

APAF finaliza o ano com a aprovação de importantes medidas para o Sistema Conselhos de Psicologia

O Sistema Conselhos de Psicologia – composto pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) e os 24 Conselhos Regionais – esteve reunido nos dias 16 e 17 de dezembro durante a Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia (APAF).

O pleno aprovou importantes medidas no âmbito do Sistema Conselhos de Psicologia, como resoluções, recursos orçamentários, atividades de grupos de trabalho, entre outros encaminhamentos institucionais.

Entre os resultados está a aprovação da proposta orçamentária do Conselho Federal de Psicologia para o exercício de 2023, além da aprovação das minutas de nota técnica sobre constelação familiar e da resolução sobre laicidade e Psicologia. O coletivo também validou o plano de trabalho do Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop) para o próximo ano e acolheu os resultados da campanha nacional “Racismo é coisa da minha cabeça ou da sua?”, realizada desde 2020 pelas Comissões de Direitos Humanos dos Conselhos Regionais e Federal de Psicologia.

Confira abaixo os principais destaques:

Em defesa das mulheres
Representantes do CFP e dos 24 Conselhos Regionais de Psicologia aprovaram uma Carta Compromisso em Defesa dos Direitos das Mulheres. Fruto das reflexões e diálogos promovidos durante o “Germinário Mulheres, Psicologia e Enfrentamento às Violências”, o manifesto é constituído por 22 pontos que destacam a relevância de temas como direito à vida de mulheres e crianças, direitos sexuais e reprodutivos, participação política e garantia de acesso e permanência aos espaços de representação e constituição da Psicologia como ciência e profissão.

Fundo de Seções

Uma nova resolução a ser publicada em breve cria o Programa de Manutenção Administrativa e de Desenvolvimento das Seções de Base Estadual. A estratégia pretende oferecer suporte à manutenção administrativa e às atividades de fiscalização, orientação e disciplina do exercício profissional, bem como ao desenvolvimento organizacional e político das Seções dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs), localizadas nas unidades federativas onde não estão estabelecidas as sedes.

Na prática, a iniciativa garante que o recurso financeiro chegue à Seção de forma regular e previsível, possibilitando que a gestão consiga planejar e desenvolver suas atividades de forma permanente.

Anuidades

Uma minuta de resolução que altera as regras para o estabelecimento de descontos nas anuidades praticadas pelo Sistema Conselhos também foi aprovada pelas(os) integrantes da APAF. O objetivo é atualizar a política de descontos, isenções e parcelamentos incidentes nas anuidades.

As mudanças vão impactar diretamente a categoria, fazendo ainda com que o Sistema funcione de forma mais equilibrada, abrangendo os grandes e os pequenos CRPs.

Sistema de Justiça

Uma minuta de nota técnica acerca das demandas do Sistema de Justiça a psicólogas(os) que atuam em serviços do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e do Serviço Único de Saúde (SUS) também foi anuída pela pleno da APAF. De acordo com o documento validado, muitas destas demandas chegam de modo impositivo, seja por via de intimações judiciais ou por ameaças de penas por descumprimento de ordem judicial. Diante disso, a nota técnica apresenta um conjunto de orientações à categoria, como, por exemplo, a recomendação de que, quando solicitadas, as informações devem ser prestadas a partir do campo de atuação da(o) psicóloga(o), de modo a evitar que a falta de retorno possa caracterizar desobediência, uma vez que a requisição é uma determinação ou ordem da autoridade.

Saiba mais

A Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF) foi criada em 1996, durante o II Congresso Nacional da Psicologia (CNP),como instância deliberativa do Sistema Conselhos de Psicologia.

A Apaf se reúne, ordinariamente, duas vezes por ano. Pode haver reuniões extraordinárias mediante convocação do CFP ou por solicitação de dois terços dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs).

A Assembleia é composta por até três representantes do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e por conselheiros de todos CRPs, cujo número de representantes varia de um a três, conforme o número de profissionais inscritas(os) no regional. As reuniões poderão ainda contar com a presença de convidadas(os), que terão direito de voz somente no ponto de pauta para o qual foram convocadas(os), porém, sem direito a voto.

Entre suas principais atribuições, estão:

– aprovar o regimento interno do CFP e seu próprio regimento;
– aprovar o orçamento do CFP;
– apreciar a prestação de contas do CFP;
– fixar parâmetros para cobrança de anuidades;
– aprovar o Regimento Eleitoral;
– deliberar sobre intervenção nos CRPs;
– acompanhar a execução das deliberações do Congresso Nacional da Psicologia (CNP);
– deliberar sobre questões de interesse da entidade, da categoria e do Sistema Conselhos nos âmbitos político, administrativo e financeiro;
– operacionalizar as deliberações do Congresso Nacional da Psicologia (CNP);
– aprovar o temário, eixos e regulamento do CNP.

Acompanhe ao vivo a APAF de dezembro de 2022

A Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia (APAF) acontece nesta sexta (16) e sábado (17). Os dois dias da reunião serão transmitidos em tempo real, a partir das 9h, pelo site e redes sociais (Youtube e facebook) do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Esta é a última APAF realizada durante o XVIII Plenário do Conselho Federal de Psicologia (2019-2022).

Realizada pelo menos duas vezes ao ano, a Assembleia do Sistema Conselhos é composta por conselheiros federais e regionais de Psicologia. O CFP tem até três delegados e o número de representantes regionais varia de um a três, dependendo da quantidade de profissionais inscritos no CRP.

A APAF foi criada durante o II Congresso Nacional da Psicologia (CNP), em 1996, como instância deliberativa do Sistema Conselhos de Psicologia. Entre suas atribuições está a tomada de decisões que influenciam as ações na gestão do Sistema Conselhos e também deliberações acerca de ações estratégicas para a Psicologia e para a sociedade.

AO VIVO APAF – Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças – 16/12/2022 – Manhã

AO VIVO APAF – Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças – 16/12/2022 – Tarde

AO VIVO APAF – Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças – 17/12/2022 – Manhã

AO VIVO APAF – Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças – 17/12/2022 – Tarde

CFP sedia reunião do Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) sediou, em Brasília, a 192ª Reunião Ordinária do Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde (FCFAS) – entidade que reúne 14 profissões e que tem como missão resguardar o direito à vida por meio da promoção do exercício ético e legal dessas profissões.

Ao longo de dois dias de diálogos, as Comissões de Educação, de Orientação e Fiscalização, de Assuntos Parlamentares, além do Plenário do FCFAS, debateram temas relevantes para o fortalecimento dessas profissões e para o direito à saúde no Brasil.

Entre os destaques, esteve a elaboração de uma carta compromisso em defesa do direito à saúde para ser apresentada a candidatos a cargos eletivos em âmbito federal e estadual.

O documento reúne um conjunto de nove diretrizes que visam manter e aprimorar o Sistema Único de Saúde (SUS), com a participação ativa da sociedade civil, bem como para o efetivo cumprimento dos direitos assegurados pela Constituição Federal de 1988.

“O objetivo é que essas diretrizes sejam incorporadas aos programas de governo da Presidência da República e aos dos governos estaduais, bem como pelos representantes no Senado Federal e na Câmara dos Deputados”, detalha o conselheiro Rodrigo Acioli, representante do Conselho Federal de Psicologia no FCFAS.

Durante a abertura da atividade, no momento intitulado “Espaço do Presidente”, a presidente do Conselho Federal de Psicologia, Ana Sandra Fernandes, destacou os desafios no campo da saúde – intensificados no contexto da pandemia da Covid-19 – e da necessidade de um compromisso ético-político de defesa do SUS.

Ana Sandra Fernandes também reafirmou a presencialidade como condição indispensável para a formação de qualidade em Psicologia. “Há um caráter relacional da identidade profissional de psicólogas e psicólogos, que não pode prescindir do contato sensível, do compartilhamento e do confronto de ideias, assim como de concepções e experiências de vida”, reforçou.

Reuniões Plenária e das Comissões

Outro importante tema debatido pelo FCFAS foi a necessidade de reconhecimento formal de Tecnólogos em Radiologia como profissionais da área da saúde. A Comissão de Educação do FCFAS destacou a importância de inclusão dessa categoria na portaria interministerial MEC/MS nº 7 de 16 de setembro de 2021, que dispõe sobre a estrutura, organização e funcionamento da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS) e institui o Programa Nacional de Bolsas para Residências Multiprofissionais e em Área Profissional da Saúde.

Durante o encontro as entidades do FCFAS também destacaram, no âmbito dos trabalhos da Comissão de Orientação e Fiscalização, a necessidade de que sejam construídos caminhos comuns para os processos éticos em todos os conselhos profissionais da área da saúde.

Além da 192ª reunião, promovida em 18 de agosto, o Conselho Federal de Psicologia também sediou a 190ª reunião do FCFAS, em junho deste ano.

Sobre o FCFAS – O Fórum dos Conselhos Federais da Área de Saúde (FCFAS) é organização criada com o objetivo de reunir os Conselhos Federais de Saúde, em forma colegiada, para debaterem pautas voltadas aos profissionais que representam.

Participam do FCFAS o Conselho Federal de Psicologia, Biologia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutricionistas, Odontologia, Serviço Social e Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia

Assembleia Legislativa de Sergipe agracia CFP com Medalha da Ordem do Mérito Parlamentar

Na quinta-feira (25), a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) celebrou os 60 anos da regulamentação da Psicologia no país com uma sessão solene, em Aracaju. Na ocasião, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) foi agraciado com a outorga da Medalha da Ordem do Mérito Parlamentar, a maior honraria do Poder Legislativo sergipano. A presidente do CFP, Ana Sandra Fernandes, recebeu a comenda em nome da autarquia.

A honraria é concedida a pessoas físicas ou jurídicas que contribuem para o engrandecimento do estado de Sergipe e do Poder Legislativo ou Mérito Excepcional. A comenda é aprovada pelo Conselho da Ordem do Mérito Parlamentar, composto por deputadas(os), membros da Mesa Diretora, líderes da bancada dos partidos que tenham representantes na Assembleia Legislativa e pelo último ex-presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe.

Ana Sandra destacou as transformações pelas quais a Psicologia passou em 60 anos e analisou que, atualmente, a profissão encontra-se em situação diferente à da época de sua regulamentação.

“A Psicologia brasileira, no seu surgimento, é muito diferente da Psicologia como nós conhecemos hoje. Ela surgiu numa perspectiva bastante elitista, mas a história do nosso país a transformou numa profissão que tem radical compromisso com as camadas populares desse país, com enfrentamento ao racismo, machismo, sexismo, à homotransfobia, bem como o enfrentamento a todas as formas de opressão, preconceito e discriminação, que causam tanto sofrimento psíquico quanto sofrimento físico”, apontou.

O deputado estadual Iran Barbosa (PSOL) congratulou a Psicologia pelas seis décadas de regulamentação e destacou a importância e o trabalho das(os) profissionais. ”Por mais homenagens que façamos, no cenário que nós estamos vivendo, é muito pouco para reconhecer a contribuição que a Psicologia tem dado nos mais variados setores da nossa história”, destacou.

O presidente do Conselho Regional de Psicologia de Sergipe (CRP-19), Naldson Melo Santos, também destacou a importância da Psicologia para a sociedade brasileira. “Já tínhamos essa convicção. No entanto, na pandemia da Covid-19, essa convicção ficou evidenciada”, pontuou. Naldo também citou que a categoria vai continuar lutando pela pauta antimanicomial e pela implantação da Lei 13.935/2019, que estabelece a inclusão de profissionais da Psicologia e do Serviço Social na rede pública de educação básica.

Para a psicóloga, ativista dos direitos humanos e representante da Psicologia Preta em Sergipe, Eleonora Vaccarezza, a profissão tem atuado sob uma perspectiva mais abrangente, com maior diversidade e com aproximação das pautas sociais. “Que bom poder hoje estar contando essa história da Psicologia a partir de uma outra perspectiva, que não necessariamente a que vem sendo difundida tão largamente: a perspectiva branca, europeia e ocidental”, afirmou.

Sessão Solene no Acre destaca compromissos da Psicologia com os direitos humanos e com a saúde mental no país

Os compromissos da Psicologia com os direitos humanos e com a saúde mental foram destacados na Assembleia Legislativa do Acre (ALEAC) em sessão solene que celebrou os 60 anos de regulamentação da profissão, promovida na quinta-feira (1º). A solenidade foi realizada a partir de sugestão do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e da Seção Acre do Conselho Regional de Psicologia da 24ª Região (CRP-24), e contou com a presença de conselheiros federais e regionais, profissionais e universitários de Psicologia e membros do Ministério Público estadual.

A conselheira do CFP Losiley Alves Pinheiro destacou a importância da Psicologia, ao longo de seis décadas, em áreas diversas de atuação, como
educação, esporte, tráfego, justiça, segurança pública, assistência social e saúde. “Ao longo de 60 anos, a Psicologia tem contribuído para a promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas, das famílias, de grupos e de instituições, se fazendo presente nos mais variados espaços”, destacou.

A conselheira federal também analisou a transformação da Psicologia nos primeiros 60 anos de sua regulamentação. “A Psicologia se inicia como uma profissão elitista, positivista e punitivista. E, hoje, se constitui como uma profissão comprometida com os direitos humanos e com toda a sociedade brasileira, com todas as pessoas, independente de sua condição econômica e social”, pontuou.

Debates
A deputada Meire Serafim (União Brasil) apontou que as(os) profissionais da Psicologia têm um papel relevante na vida das pessoas. Para a parlamentar, psicólogas e psicólogos são essenciais na busca do acolhimento do ser humano. “Dos anos 1960 até 2022, a área da Psicologia cresceu muito no país e tem ganhado cada vez mais destaque, visto que nunca se falou tanto sobre saúde mental”, afirmou.

A vice-presidente do CRP-24, Luciana de Carvalho Rocha, defendeu que a categoria no Acre tenha o seu próprio conselho regional como forma de garantir a identidade da Psicologia acreana. Ela afirmou que a criação do CRP-24 trouxe muitos avanços para a profissão no estado, mas argumentou que, embora sejam muito próximos, Acre e Rondônia têm as suas diferenças. “O Acre tem uma forma muito específica de fazer Psicologia e a gente merece ter também o nosso conselho”, defendeu.

A estudante do curso de Psicologia da Universidade Federal do Acre (UFAC) Kassia Geovana Ferreira Costa, analisou que, no passado, a Psicologia se colocou como instrumento de opressão e de reprodução de violências e de discriminações diversas. Ela pontua que, atualmente, a categoria busca contribuir para a construção de uma Psicologia acessível e que promova a saúde mental e o bem-estar da sociedade. “E é por isso que hoje defendemos e prezamos tanto pela formação ética e comprometida com a defesa irrestrita dos direitos humanos”, defendeu.

O membro da Comissão Gestora do CRP-24 Deandrison de Oliveira Amaral destacou a atuação da Seção Acre do Conselho Regional, desde o desmembramento realizado em 2019. Ele informa que a seccional visitou todos os municípios acreanos para orientar sobre a atuação profissional e como as publicações do CFP e do CRP podem auxiliar as(os) psicólogas(os). “Demonstrarmos, dentro dos parâmetros legais que nos compete, que desejamos ser parceiros das psicólogas, apresentando nossos canais de comunicação e atendimento para que a categoria se sinta acolhida quando tiverem suas dúvidas”, explicou.

Para a presidente da Comissão de Direitos Humanos do CRP-24, Márcia Aurélia dos Santos, a Psicologia assumiu um compromisso ético-político, apesar de ter sido atravessada por uma ditadura militar e tantos outros movimentos que trouxeram mais dor e sofrimento à população numa tentativa de aniquilação da subjetividade. “Nosso compromisso como psicólogas, psicóloges e psicólogos é com a dignidade da vida e os direitos humanos, sendo necessário denunciar as negligências sociais e contribuir para o enfrentamento de qualquer prática que diga o contrário”, apontou.

O procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Acre, Danilo Lovisaro, que é filho de psicóloga, prestou homenagem à categoria. “Tenho uma admiração tremenda pela Psicologia, inclusive porque é uma questão afetiva. Não é somente uma questão de reconhecer, de fato, a importância da Psicologia, que todos nós obviamente reconhecemos. A Psicologia faz parte do nosso dia a dia, inclusive dos profissionais do Direito”, reconheceu.

A procuradora da Justiça do Ministério Público do Acre, Patrícia Rêgo, destacou que a saúde mental é o tema da sociedade da pós-modernidade assolada por crises sobrepostas. “Uma crise sanitária, uma crise de direitos humanos, uma emergência climática global, uma crise econômica que afeta todos e todas nós. Daí, a relevância absoluta do profissional de saúde mental, do profissional da Psicologia”, apontou.

No fim da solenidade, profissionais foram reverenciados com certificados pelos relevantes trabalhos realizados na Psicologia no estado.

O CRP-24
O Conselho Regional de Psicologia da 24ª Região (CRP-24) foi criado em 2019 para abranger os estados do Acre e de Rondônia. Estes estados, anteriormente, faziam parte do CRP-20, juntamente com os estados do Amazonas e Roraima. A sede do novo CRP-24 fica em Porto Velho (RO), com uma seção no Acre, na capital Rio Branco.

Cerimônia na Assembleia Legislativa do Piauí marca 60 anos da Psicologia no Brasil

A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), em Teresina, realizou no dia 18 de agosto, uma sessão solene em comemoração aos 60 anos da regulamentação profissional da Psicologia no Brasil. A vice-presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Anna Carolina Lo Bianco, participou da solenidade em que o Conselho Regional de Psicologia do Piauí (CRP-21) reconheceu a atuação de psicólogas e psicólogos com a honraria Psicóloga Monise Gomes Serpa.

Citando a história e as questões de territorialidade, Anna Carolina destacou que só a partir do contexto histórico é possível compreender os desafios da Psicologia no estado.

“Essas questões nos mostram como demandas pontuais e localizadas, envolvendo as reivindicações da categoria, têm que ser postas em contexto para entendermos que os nossos desafios ultrapassam o objetivo mais imediato e estarão sempre voltados para uma sociedade mais ampla, que é extremamente sofrida e crivada pelas desigualdades”, avaliou.

A vice-presidente do CFP falou também sobre o compromisso da entidade com a profissão. “O que nos faz estar frente ao fato crucial de que há conquistas a serem feitas e é responsabilidade do Conselho Federal de Psicologia oferecer um suporte ético, científico e profissional para que o exercício da Psicologia seja o exercício da justiça social”, pontuou Anna Carolina.

Debates

Já a presidente do CRP-21, Juliana Barbosa Dias Maia, falou sobre o histórico da profissão no estado, ressaltando fatos como a implantação de cursos de graduação e o aumento do número de psicólogas e de psicólogos em atividade.

“Na medida em que a profissão ganhou espaço, houve também uma descentralização dos cursos de graduação. Porém, há a oferta de apenas dois cursos em instituições públicas no estado”, contextualizou.

Juliana destacou a importância do CRP nos debates sobre conquistas profissionais. “O Conselho se engaja nas lutas por melhorias para a categoria, como a situação da carga horária no estado. Estamos em busca de outras demandas, como o piso salarial e a luta por espaço nos concursos públicos. O Poder Legislativo tem sido um importante aliado nas lutas da Psicologia”, disse.

Proponente da sessão, o deputado estadual Fábio Novo (PT) falou sobre a importância do cuidado com a saúde mental no período da pandemia da Covid-19. “A volta à normalidade só será possível com políticas públicas, tanto no âmbito federal, quanto estadual e municipal. Essas políticas devem ser fortalecidas. Fortalecer a Psicologia, sem sombra de dúvidas, é fortalecer também a nossa sociedade”, destacou o parlamentar.

O presidente da Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh), Ítalo Rodrigues, representando a governadora Regina Sousa, também ressaltou a relevância do trabalho das(os) psicólogas(os) durante a pandemia, dizendo que o Governo do Piauí reconhece e valoriza o trabalho das(os) profissionais da Psicologia.

Reconhecimento

Ainda durante a sessão, o CRP-21 agraciou psicólogas(os) e personalidades que deixaram suas marcas na história da Psicologia piauiense com a medalha “Psicóloga Monise Gomes Serpa”.

A honraria reconhece as(os) profissionais que contribuíram para a Psicologia nos aspectos do crescimento, destaque, conquistas de espaços, aprimoramento, aquisição de direitos, valorização profissional, cientificidade da prática, bem como as(os) que tenham se destacado nos campos assistenciais e acadêmicos.

A comenda leva o nome de Monise Gomes Serpa, psicóloga que desempenhou um importante papel em prol da expansão e visibilidade da Psicologia no Piauí. Monise foi coordenadora da seção piauiense do CRP-11, que abrangia os estados do Ceará, Maranhão e Piauí; antes da criação do CRP-21, em 2013, com desmembramento do regional.

Com informações da Assembleia Legislativa do Piauí e do CRP 21.

Assembleia Legislativa do Ceará homenageia 60 anos de regulamentação da Psicologia no Brasil

Em mais um momento de reconhecimento da importância da Psicologia como profissão no Brasil, foi a vez de psicólogas e psicólogos do Ceará acompanharem a sessão solene alusiva aos 60 anos da regulamentação dessa ciência e profissão. A homenagem aconteceu na sexta-feira (19), na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), em Fortaleza.     

A presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Ana Sandra Fernandes, foi homenageada na solenidade e apontou que as mulheres representam cerca de 85% do total de profissionais inscritas nos Conselhos Regionais de Psicologia. Ana Sandra também destacou mulheres influentes da história do Ceará, entre elas, Maria da Penha, principal nome da luta contra a violência doméstica no Brasil.    

Nágela Evangelista, presidente do Conselho Regional de Psicologia do Ceará (CRP-11), assinalou que a profissão surgiu em uma época marcada pela violação de direitos e ataques à democracia. Ela ressaltou ainda a impossibilidade de dissociar a atuação profissional de uma atuação política, uma vez que a profissão deve contribuir para a eliminação de quaisquer formas de discriminação, exploração e violência.

O deputado estadual proponente da sessão, Renato Roseno (PSOL), falou que o cuidado na Psicologia encontra-se nos sistemas SUS e SUAS, no sistema educacional, no sistema de privação de liberdade e na psicologia organizacional, entre outros campos.  

Já o coordenador-geral do Sindicato das(os) Psicólogas(os) do Ceará (Psindce), Jheymison de Lima Silva, reiterou a importância de uma Psicologia politizada e atuante no combate a todas as formas de discriminação. 

Além da presidente do CFP, o evento homenageou também a psicóloga e governadora do estado do Ceará, Izolda Cela; as psicólogas Nágela Evangelista (presidente do CRP-CE), Wedja Josefa Granja da Costa, Teresa Cristina Monteiro de Holanda, Alana Mabda Leite Gomes, Rosa Maria Prudêncio, Ângela de Alencar Araripe Pinheiro; e o psicólogo Anderson Moraes Pires.  

Regulamentação da profissão

A Psicologia chegou ao Brasil no início do século XX. No entanto, foi regulamentada como profissão a partir da publicação da Lei nº 4.119, em 27 de agosto de 1962, pelo presidente João Goulart. Em 1971, por meio da Lei nº 5.766, foram criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia – que constituem o Sistema Conselhos de Psicologia.

Celebrações pelo Brasil

Ao longo de todo este ano têm sido realizadas por casas legislativas nas cinco regiões do país sessões solenes para celebrar o sexagenário da Psicologia. As reuniões nas Assembleias e Câmaras Municipais realçam as contribuições da Psicologia à sociedade e seus desdobramentos históricos nas últimas seis décadas. 

Com Informações da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará

Psicólogas(os): saiba como gerar a sua senha para votar

Foi encaminhado,  no sábado (20), a todos as(os) profissionais com email registrado no Cadastro Nacional de Psicólogos um link para a geração de senha que possibilita participar das eleições para os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) e para a Consulta Nacional do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Ao clicar no link, a(o) usuária(o) poderá criar a senha de votação.

Para votar

A votação será realizada unicamente na modalidade on-line, entre os dias 23 e 27 de agosto, por meio do site eleicoespsicologia.org.br. Cada psicóloga(os) só poderá votar fazendo uso de sua senha pessoal e intransferível. 

Para votar, as psicólogas(os) também precisam estar com a anuidade em dia junto ao seu CRP, além dos demais requisitos previstos no regimento eleitoral.

Caso a(o) psicóloga(o) esteja com o e-mail e o celular desatualizados, deverá procurar um Ponto de Apoio à Votação entre os dias 23 a 27/08/2022.

Colégio Eleitoral e Chat

Para quem quiser conferir se está apta(o) a votar este ano, já pode fazer a consulta no Colégio Eleitoral por meio do site eleicoespsicologia.org.br. Ao entrar no site, selecione o Regional de atuação, clique em “Colégio Eleitoral”, digite o número do CPF e confirme.

Se o seu nome não constar ali, consulte o Conselho Regional de Psicologia em que você está inscrita(o) para verificar a existência de problemas em seu registro ou débitos. Do ponto de vista financeiro, é considerada(o) em dia quem pagou as anuidades  do exercício 2021, e anuidades anteriores . Quem constatar que está em dívida, poderá negociar o parcelamento com o próprio Regional até o dia 26 de agosto de 2022.

Além desta ação, a(o) psicóloga(o) poderá ligar no 0800-555 2756 ou utilizar o chat, localizado no canto inferior direito do site das Eleições 2022, e solicitar resposta quanto às dúvidas sobre o sistema de votação.

 

CFP reforça posicionamento contrário ao financiamento de comunidades terapêuticas com recursos públicos

A certificação de comunidades terapêuticas como entidades beneficentes, constante na Lei Complementar nº 187/2021, foi tema de diálogo durante a 308º reunião ordinária do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) no dia 21 de julho. O Conselho Federal de Psicologia (CFP), que possui representação no CNAS, esteve entre as(os) participantes.

A normativa, que também regula os procedimentos referentes à imunidade de contribuições à seguridade social, inclui as comunidades terapêuticas no rol de instituições dotadas de pessoa jurídica de direito privado e sem fins lucrativos – ao lado de entidades das áreas de Assistência Social, Saúde e Educação. Na prática, a Lei Complementar nº 187/2021 permite que recursos públicos da área possam ser direcionados às comunidades terapêuticas.

“Não restam dúvidas de que as comunidades terapêuticas não são serviços da política de Assistência Social”, ressaltou a psicóloga Simone Cristina Gomes, que representa o CFP no Conselho Nacional de Assistência Social.

Simone Gomes destacou que, além de não realizarem um serviço no âmbito da Assistência Social, da Educação ou da Saúde, as comunidades terapêuticas se contrapõem ao princípio da autonomia, tão importante para as(os) usuárias(os) do Sistema Único de Assistência Social. “A partir do momento em que se colocam essas medidas asilares características dessas instituições, fere-se o princípio da autonomia, que é uma das seguranças que se busca nos serviços tipificados do SUAS”, reforçou

Violações de direitos

Para dialogar sobre o assunto junto às(aos) conselheiras(os) do CNAS, esteve presente Fernanda Magano, representante do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Magano frisou as constantes violações verificadas em algumas comunidades terapêuticas, práticas que apresentam similaridades com os antigos hospitais psiquiátricos. Entre elas, a falta de convivência familiar e comunitária, o uso de trancas nas portas, a existência de quartos de contenção e a imposição de crenças religiosas.

A respeito da Lei Complementar nº 187/2021, Magano pontuou que a implementação de um processo próprio de Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS) no âmbito do Ministério da Cidadania – relacionado a entidades atuantes na redução da demanda de drogas – constitui uma instância própria, resultando em uma atuação desvinculada da previsão legal e da política de Assistência Social.

Além disso, alertou, a Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (SENAPRED), órgão ligado ao Ministério da Cidadania, passaria a acumular diversas atividades e funções com significativa relevância estratégica para os processos de cadastro, acesso ao financiamento público, fiscalização e obtenção de CEBAS pelas comunidades terapêuticas – comprometendo a imparcialidade e a transparência de todo o fluxo desses processos, e dificultando portanto a fiscalização, o monitoramento e a avaliação das instâncias de controle social na área da Saúde.

A associação desses fatores, na avaliação de Fernanda Magano, denuncia a tendência de ampliação do financiamento público de comunidades terapêuticas e dos convênios e parcerias público-privadas entre Estado e organizações privadas, em detrimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). “As distorções criam arbítrios que ferem as legislações e, pior, a vida das pessoas”, pontuou a representante do Conselho Nacional de Saúde.

Maynar Patricia Vorga Leite, conselheira vice-presidente do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRP-07) e que também acompanhou a reunião, destacou a laborterapia e o preconceito que permeiam as relações dentro das comunidades terapêuticas.

“Algo que pouco se fala a respeito das comunidades terapêuticas é que elas funcionam a partir do racismo estrutural e da segregação de classes. Se a gente entra nas comunidades terapêuticas vê, assim como nas prisões, proporcionalmente muito mais pessoas negras e pobres”, afirmou.

Após o debate, as(os) conselheiras(os) do CNAS aprovaram a elaboração de um documento contrário à inscrição de comunidades terapêuticas nos conselhos de Assistência Social, prerrogativa que as tornaria aptas à captação de recursos públicos. Simone Cristina Gomes participou da construção do posicionamento, aprovado pelo pleno do CNAS. Acesse a íntegra do Parecer do CNAS sobre o tema.

A Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (SENAPRED), do Ministério da Cidadania, também foi convidada a participar do diálogo, mas não houve a participação de representantes da pasta.

Relatório de inspeção

Em 2017, uma inspeção nacional conjunta realizada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), o Ministério Público Federal (MPF) e o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT) identificou práticas violadoras de direitos em comunidades terapêuticas.

Ao todo, foram vistoriados, de forma simultânea, 28 estabelecimentos nos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal. Privação de liberdade, trabalhos forçados e internação de adolescentes estão entre as violações identificadas à época pela equipe.

A coleta de informações envolveu vistorias dos espaços físicos, entrevistas com usuários, direção e equipes de trabalho, além da análise de documentos das instituições – voltadas especialmente à internação de usuários de drogas, embora novos públicos venham sendo incorporados, conforme apontaram as vistorias.

Acesse a íntegra do Relatório da Inspeção Nacional em Comunidades Terapêuticas.