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Tag Archives: Fórum Social Mundial 2018

Justiça memória e reparação. Marcus Vinicius presente

Posted on 20 de março de 2018 by Luana Spinillo
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“Dos desafios que Marcus Vinicius apontou para a Psicologia, boa parte foi respondida.” Assim, o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Rogério Giannini, abriu a homenagem a Marcus Vinicius, no dia 16, durante o Fórum Social Mundial (FSM 2018), em Salvador. Uma das provocações deixadas por Marcus foi o da classe compreender para quê e a quem serve a Psicologia.

O vice-reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Paulo Cesar Miguez de Oliveira, complementou que a luta pelos direitos humanos no Brasil foi fortalecida pela figura de Marcus Vinicius. “Com suas contribuições e intervenções, ele era uma figura de proa na Psicologia”.

A psicóloga e professora da UFBA Ilka Bichara também lembrou que as histórias trágicas de Marcus e Marielle Franco, concretizadas pela cultura “da bala”, devem servir para se estabelecer um outro marco civilizatório. Para ela, o Brasil é um país que tem culturas muito trágicas: do estupro, do feminicídio, seja na favela ou nas cidades, grandes ou do interior. “As estatísticas são de vozes caladas todos os dias.”

A filha de Marcus, Natália Oliveira, representou a família, e emocionou todos ao comparar sua experiência de perda como filha em relação às filhas de Marielle. “Que nos façam acreditar na justiça, por que sabemos que sem isso é impossível seguir.”

“Lugar de louco é ocupando todos os espaços”

A representante da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila) Marta Elisabete de Souza contou que Marcus se tornou uma grande liderança e articulador de propostas e intervenções que viabilizaram o movimento. Ela citou as criações da Comissão Nacional da Reforma Psiquiátrica no Conselho Nacional de Saúde e da Lei Paulo Delgado. Falou, ainda, de sua participação na criação da Caravana da Cidadania, na organização dos usuários, na Marcha dos Usuários e na redação da Carta de Bauru.

Além de defensor da luta antimanicomial, Marcus Vinícius era crítico e corria riscos. Para ele, era possível, numa democracia, fazer a loucura caber entre nós e na sociedade. ‘Pra gente lutar, a gente tem que colocar o corpinho’, dizia ele. “Ele acreditava na capacidade dos usuários e psicólogas”, afinal ‘Lugar de louco é ocupando todos os espaços’.

Para Ana Bock, representante do Instituto Silvia Lane, idealizado e criado por Marcus Vinícius, é cada vez mais difícil falar sobre ele. “Todos sabemos como é difícil falar de uma pessoa plural como ele era”. Marcus, segundo Ana Bock, tinha grande capacidade de fazer análises de conjuntura. “Ele conseguia captar as contribuições que as pessoas tinham a dar. Era capaz de melhorar sínteses e pensamentos.”

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Sem democracia, não existe política pública de saúde mental

Posted on 20 de março de 2018 by Luana Spinillo
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Sem democracia, não existe política pública de saúde mental. Esse foi o consenso entre todos os debatedores do seminário “Alterações na política nacional de saúde mental e os impactos na luta antimanicomial”, promovido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) e pela Comissão Intersetorial de Saúde Mental do Conselho Nacional de Saúde (CNS/CISM). As discussões ocorreram, dia16 de março, na Tenda Marcus Vinícius, montada no Fórum Social Mundial (FSM 2018), em Salvador (BA).

A vice-presidente do CFP, Ana Sandra Fernandes, fez a mediação do debate, que lembrou os 30 anos da luta antimanicomial e os retrocessos na área com as novas medidas do atual governo. A resolução da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) de dezembro de 2017 – que estabeleceu novas diretrizes para a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) – foi duramente criticada pelos participantes, por desfigurar a política de saúde mental e afrontar as diretrizes da política de desinstitucionalização psiquiátrica, prevista na Lei 10.216/2001.

“Direta ou indiretamente, a nova política propõe retroagir no tempo. No tempo do desrespeito a todos os direitos, no tempo da violência no trato, do cerceamento da liberdade, do enclausuramento, no tempo da invalidação como modo de vida, do silenciamento imposto pelo enfadonho monólogo da razão, o tempo do abandono e da negligência, da infantilização e da tutela”, criticou a psiquiatra, psicóloga e membro da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila), Miriam Abou-Yd.

Retrocessos

Na mesma linha, o membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH), Leonardo Pinho, ressaltou que as medidas anunciadas pelo atual governo violam a Constituição Federal e que os retrocessos não estão ocorrendo apenas na saúde. “São passos para trás em direitos já conquistados pelo povo.”

Pinho destacou como medida mais extrema dos retrocessos a aprovação da Emenda Constitucional no 95, que congela investimentos públicos nas áreas sociais por 20 anos. “Ao rasgar a Constituição de 88, criaram regressividade na democracia brasileira e diminuíram sua intensidade. E sem democracia não há política de saúde pública universal, não há um processo de reforma psiquiátrica.”

Entre as políticas de saúde mental atingidas pelos retrocessos está a política de redução de danos relacionada ao uso de drogas. É o que afirmou o representante da Associação Brasileira de Redução de Danos (Aborda), Domiciano Siqueira. Na sua avaliação, a política de redução de danos só é possível dentro do ideal dos direitos humanos.

A presidente da Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi), Shirlene Queiroz, enfatizou os avanços na política de saúde mental na última década, interrompidos com as últimas decisões governamentais. “A 4ª Conferência Intersetorial de Saúde Mental sinalizava que não bastavam apenas Caps ou residências. Vislumbramos aquilo que a gente dizia há 30 anos, que para erradicar internação em hospital psiquiátrico era preciso ter serviços e oportunidades de cuidado. Começamos, então, a trabalhar com a rede de atenção psicossocial, mas, a partir de 2016, a rede de atenção psicossocial começa a ser desmontada.”

Resistência

Os debatedores também falaram de resistência. Domiciano Siqueira lembrou que “é no recrudescimento que a gente acorda” e Leonardo Pinho garantiu: “Vai ter muita resistência. Violam a democracia, mas estamos resistindo, porque 30 anos de luta não podem ser apagados com uma canetada”. Shirlene Queiroz completou, afirmando que para calar um, será preciso calar todos nós, “porque o nosso grito vai ecoar ontem, hoje e sempre”. Por sua vez, Miriam Abou-Yd destacou que, enquanto o autoritarismo é um dos componentes típicos da lógica manicomial, “a delicadeza, a coerência, o respeito e a democracia são exigências essenciais e inevitáveis na construção e sustentação de uma política de saúde mental”.

Sistema prisional

A atuação da Psicologia no sistema carcerário também foi tema de debate na Tenda Marcus Vinícius, durante o seminário “Sistema Prisional: perspectivas no enfrentamento à violação de direitos”.

O conselheiro Pedro Paulo Bicalho, do CFP, destacou que, se na década de 1970, a maioria da categoria atuava na área clínica, agora mais de 60% estão nas políticas públicas. “A pergunta que a gente se faz é: será que a nossa formação hoje também contempla essa interface da Psicologia com as políticas públicas?”.

Alfredo Assunção, doutorando em Psicologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destacou o impacto das privatizações e da terceirização no aumento dos casos de violação de direitos no sistema prisional e questionou qual seria o motivo de o Brasil insistir na privatização de penitenciárias, mesmo com exemplos de fracasso em todo o mundo.

A conselheira Marcia Badaró, também do CFP, fez um recorte do encarceramento feminino e apresentou sua experiência de 32 anos como psicóloga no sistema prisional, cuja população carcerária feminina cresceu 698%, em 16 anos. Badaró contou que, do total das mulheres presas, 80% são mães ou responsáveis principais ou únicas pelos cuidados de filhas e filhos. Ela mostrou que o encarceramento feminino gera outras graves consequências sociais. “Na minha experiência esse era o maior problema: os filhos que ficaram na rua. Enquanto em uma unidade prisional masculine, os presos ficam mais preocupados com o andamento de seus processos, na unidade feminina, as perguntas são para saber onde e como estão os filhos. Essa angústia é enorme para as mulheres. Além disso, 45% delas têm menos de 25 anos, 57% são pardas e 53% têm menos de oito anos de estudo. Além disso, 43% ainda não tiveram seus casos julgados e estão em prisão provisória”.

Badaró lembrou, ainda, que há legislações no país que permitem substituir a prisão preventiva pela prisão domiciliar em caso de mulher grávida, ou que preveem o regime domiciliar para presas provisórias que sejam gestantes ou que tenham filhos pequenos. Mas reforçou que, na maioria dos casos, essas legislações não são efetivadas.

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Racismo e intervenção militar foram destaques nesta quinta, no FSM

Posted on 16 de março de 2018 by Rodrigo Farhat
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Marielle, presente! A execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi o foco principal de diversas mesas de debate na manhã desta quinta-feira (15), no Fórum Social Mundial (FSM 2018). O Conselho Federal de Psicologia (CFP) também pautou a discussão em suas atividades nas Tendas Marcus Vinícius e Direitos Humanos. Marielle foi assassinada a tiros na Região Central do Rio na noite de quarta-feira (14). Entre cartazes e vozes clamando por justiça, grande parte dos participantes do FSM aderiram ao ato que homenageou Marielle Franco, durante à tarde.

Na Tenda Marcus Vinícius, o seminário do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas do CFP (Crepop) debateu as subjetividades negras em contexto de desmonte de políticas públicas. A coordenadora do Crepop, conselheira Clarissa Guedes, fez a mediação da conversa, que teve participação da conselheira Célia Zenaide e dos representantes do Instituto Amma Psique e Negritude, Emiliano Camargo David, e da Marcha Mundial de Mulheres, Gabriela Silva.

O frio assassinato da vereadora Marielle Franco foi assinalado por todos. “Ontem, perdemos um pouco a esperança. Foi tão assustador, mas precisamos ter esperança, acreditar que vamos conseguir mudar essa situação. Essa é a nossa forma de homenagear Marielle, permanecendo na luta”, afirmou Clarissa Guedes. Nas palavras de Célia Zenaide: “Ontem, mais uma de nós tombou, e depois de passar uma noite chorando, hoje estou aqui para resistir e para falar da subjetividade negra. Nós sobrevivemos. Nós estamos resistindo há mais de 500 anos”.

Destacando o que o CFP tem feito na resistência aos desmontes das políticas públicas que afetam fortemente a população negra, Zenaide afirmou que o CFP busca trabalhar suas pautas de forma a transversalizar a temática da negritude, da questão racial e do racismo. E lembrou que mais de 70% da população atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelo Sistema Único de Assistência Social (Suas) é negra. “O CFP está resistindo ao momento de ódio e de desmonte pelas quais passamos na nossa sociedade.”

Em tom de resistência, Emiliano Camargo ressaltou que, para a população negra, os desmontes nas políticas públicas não são novidades. “A população negra vivencia desmontes nas esferas públicas e de políticas públicas há séculos, antes mesmo de terem esse nome. E nós resistimos e sobrevivemos a todos esses desmontes, inclusive ao maior deles, se é que é possível chamar de desmonte, que foi a escravidão transatlântica. Nesse sentido, as demais raças estão vivendo um devir negro no mundo, porque passaram a vivenciar algo que o povo negro conhece há séculos.”

Gabriela Silva enfatizou que vidas negras importam e relacionou o genocídio da população negra com a intervenção no Rio de Janeiro. “Não tem como falar de subjetividade negra sem falar do genocídio, do racismo estrutural e de Estado que matam jovens negros todos os dias. Tornar-se negro é uma conquista, uma luta para se entender enquanto sujeito, porque a alienação social do negro começou com a alienação social do escravo, não enquanto sujeito de direito, mas enquanto coisa.”

Riscos e desastres

A discussão sobre “Riscos e desastres: a Psicologia e o direito à cidade e à cidadania” foi mediada pela conselheira Marisa Alves, coordenadora do grupo de trabalho Riscos e Desastres do CFP.

Para Theofilo Gravinis, membro da Comissão de Direitos Humanos do CFP, a Psicologia precisa se aproximar desse campo de conhecimento, inclusive para debater a formação dos profissionais que atuam mais diretamente em riscos e desastres. “Nós trabalhamos com a dor do outro, mas com a nossa dor também. Não entrar em contato com ela é mudar de profissão. Sentir-se superior à loucura do outro, ao sofrimento do outro, é não se reconhecer como sujeito, é não se reconhecer como profissional da Psicologia.”

O seminário contou também com as participações de Augusto Coaracy e Adriana Marino, ambos da Clínica Aberta de Psicanálise da Praça Roosevelt, em São Paulo, e de Conceição Pereira, também do GT de Riscos e desastres do CFP.

Direitos Humanos, violência no campo e intervenção militar

O documentário “Intervenção na cidade: militarização do medo”, produzido pelo CFP, em parceria com o Conselho Regional do Rio de Janeiro (CRP/RJ), foi exibido na tenda Direitos Humanos, no final da manhã. O filme traz o olhar de doze profissionais da Psicologia sobre os efeitos produzidos pela intervenção militar na cidade.

Na tenda, o presidente do CFP, Rogério Giannini, abriu a discussão sobre o processo de intervenção militar como forma de controle da sociedade. Ele alertou que “esses processos não são isolados” e que devem ser acompanhados com cautela.

Fabiana Severo, da Defensoria Pública da Comissão Nacional de Direitos Humanos, afirmou que o assassinato de Marielle Franco demonstra e escancara o Estado de Exceção no qual estamos vivendo. “Devemos dar o nome adequado a essa intervenção, que está legitimando e agravando toda violência institucional no Rio de Janeiro”. Ela disse, ainda, que nada justifica a violência institucional, pois a intervenção é uma ruptura que só vem “para dizimar e silenciar as vozes”.

Violência no campo

No seminário sobre violência no campo, criminalização e resistência, Carlos Moura, da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP/CNBB), lembrou que o FSM é um espaço de reflexão sobre a injustiça, realidade que, cada vez mais, se aprimora em criminalizar os movimentos sociais. “Hoje, existem projetos de leis, portarias e discursos que buscam cercar esses movimentos”.

Euzamara de Carvalho, do setor de Direitos Humanos do Movimento dos Sem Terra (MST), falou sobre a insegurança jurídica e sobre como enfrentar o Estado de Exceção. “Quem confia hoje na lei? Ela vai assegurar nossos direitos? Qual o nosso lugar de luta e de defesa?” Para ela, “é tempo de luta de classes e de acirramento de conflitos”, no campo e em todos os lugares.

Gilberto Vieira, membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH), falou sobre a causa indígena e lembrou que, no dia 15 de fevereiro de 2018, em Passo Fundo, houve violação de direitos, quando indígenas foram expulsos de seu território e foram morar próximos às rodovias do Rio Grande do Sul.

André Carneiro Leão, da Defensoria Pública Federal, explicou o papel da instituição. “Temos um pé no Estado e outro na sociedade”. Segundo ele, a ouvidoria tem o dever institucional de defender as pessoas que não podem contratar um advogado.

O conselheiro Paulo Maldos lembrou os 30 anos da Constituição Cidadã como um período de extrema riqueza do campo no Brasil – “Foi crescimento da participação social” –, mas reafirmou que a violência, o terror e o Estado de Exceção estão evidenciados pelos assassinatos de jovens lideranças populares: “O assassinato de Marielle Franco é um triste fato”.

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Violência contra LGBTs, luta antimanicomial, guerra às drogas e olhar negro

Posted on 15 de março de 2018 by Rodrigo Farhat
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A diversidade de bandeiras do Fórum Social Mundial 2018 está refletida nas Tendas Marcus Vinícius e Direitos Humanos, organizadas pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) e parceiros no campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia, em Salvador.

No dia 14, na tenda Marcus Vinícius, os participantes do seminário sobre “Direitos Humanos e Psicologia: ações de enfrentamento à violência e à discriminação da população LGBT” falaram sobre as resoluções 01/99 e 01/18, de combate à discriminação e violência contra a população LGBT.
No debate sobre a luta antimanicomial, mostrou-se que a lógica que movimenta as comunidades terapêuticas é a do capital, já que os usuários são geradores de lucro para instituições privadas, às quais mantém pessoas privadas de liberdade sem um devido projeto terapêutico singular.

Na tenda Direitos Humanos não foi diferente e as discussões giraram em torno da relação entre a guerra às drogas, o genocídio da juventude negra e o encarceramento em massa. A discussão sobre o olhar negro no retrocesso da política brasileira atual mostrou como o Estado mínimo, especialmente na área da saúde, interfere diretamente na vida da população negra.

Unificação de pautas

Ematuir Costa, representante da Comissão dos Direitos Humanos do CFP (CDH-CFP), falou sobre as resoluções 01/99 e 01/18, que estabelecem normas de atuação para profissionais da Psicologia em relação à orientação sexual e em relação às pessoas transexuais e travestis. “A gente conseguiu unificar uma pauta e agora precisamos seguir unidos para garantir direitos de grupos vulneráveis.”

A presidenta do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-MG) Dalcira Ferrão, afirmou que, por meio da conduta profissional em relação ao tema, a categoria precisa entender “que faz parte da agenda dessa luta”.

Outro representante da CDH-CFP, Theófilo Gravinis, traçou um panorama da causa LGBT e falou sobre o combate à discriminação e a violência diária sofridos por homens e mulheres trans. “Por isso, devemos buscar a efetivação das políticas públicas dirigidas a esses grupos.”

A procuradora Débora Duprat, do Ministério Público Federal (MPF), lembrou, ainda, a decisão histórica do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a alteração do registro civil de pessoas trans, independentemente da cirurgia de transgenitalização.

Comunidades terapêuticas

Leo Pinho, integrante do Mecanismo de Combate à Tortura, contextualizou a atuação da instituição em relação ao usuário e à política de combate às drogas no Brasil. “Os usuários são geradores de lucro para os hospitais privados, sendo esse o interesse que movimenta a lógica das comunidades terapêuticas”.

O presidente do CFP, Rogério Giannini, disse que as comunidades terapêuticas são um duplo engano: “Nem são comunidades, tampouco terapêuticas. São uma apropriação de clínicas com caráter religioso.” Ele relatou que o grupo que realizou as inspeções está elaborando um relatório muito complexo sobre o tema.

A procuradora Débora Duprat falou da diversidade e lembrou a Constituição de 88. Comentou, ainda, a Lei 10216, que trata de saúde mental.

Juventude negra e encarceramento em massa

O debate sobre “Guerra às drogas, genocídio da juventude negra e encarceramento em massa” teve mediação do conselheiro Pedro Paulo Bicalho e da coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do CFP, Ana Luiza Castro.

Miriam Abou-Yd, da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial, falou sobre a busca da sociedade por fórmulas de felicidade, que “investe em estratégias de alienação”. Marlon Weichert, procurador regional da República do Ministério Público Federal, apontou a perseguição sistemática da população negra no Brasil. “A violência é um elemento estrutural no Brasil, historicamente. No país, o outro é sempre visto como objeto e não como sujeito de direito.” Lúcio Costa, psicólogo do Mecanismo Nacional de Combate e Prevenção à Tortura, disse que a guerra às drogas é um projeto racista. Paulo Vanucchi, da TV dos Trabalhadores (TVT) e ex-ministro dos Direitos Humanos, apontou saídas ao monopólio da comunicação e a psicóloga Jesus Moura lembrou que o racismo no Brasil é instituído e está presente em todos os lugares. “Por isso, a população negra nasce vítima de violência, sendo maioria no sistema prisional.”

O olhar negro

A representante do CFP na mesa sobre o olhar negro no retrocesso da política brasileira atual, conselheira Célia Zenaide, fez o recorte da Psicologia sobre o tema e destacou como o racismo estrutural e estruturante prejudica a saúde mental da população negra. “O desmonte da Lei da Reforma Psiquiátrica e outros retrocessos nas políticas de saúde nos atingem diretamente, porque a população negra é a maioria dos usuários nas unidades básicas de saúde.”

Zenaide lembrou as ações do CFP de combate ao racismo, como a Resolução CFP nº 18/02, que estabelece normas de atuação para profissionais da área em relação a preconceito e discriminação racial, e a cartilha de Referências Técnicas para Psicólogas(os) sobre Relações Raciais, que faz um mapeamento sobre o racismo no Brasil e busca contribuir para qualificar a atuação profissional no que diz respeito à diversidade racial e ao sofrimento psíquico advindo do racismo.

Jupiara Castro, membro da Comissão de Políticas de Promoção da Equidade do Conselho Nacional de Saúde (CNS), destacou que o olhar negro sobre uma política pública da sociedade não é uma política apenas para o povo negro, mas para toda a população brasileira, já que os negros são a maioria da população. Também participaram do debate Maria Inês Barbosa, representante da Organização Panamericana de Saúde (Opas), Magali Almeida, professora da UFBA, e a jornalista Valéria Lima, do Ile Aiyê.

Saiba mais sobre o FSM 2018 e acompanhe a cobertura do encontro.

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Diversidade e luta pela democracia marcam abertura do FSM

Posted on 14 de março de 2018 by Rodrigo Farhat
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A diversidade se encontra no Fórum Social Mundial. Foi exatamente isso que mostrou a marcha de abertura de sua 13ª edição, em Salvador (BA), nesta terça-feira (13). Diferentes povos, culturas, realidades e vivências se encontraram nas ruas da capital baiana, em uma caminhada que saiu do bairro do Campo Grande em direção à Praça Castro Alves. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou do ato de abertura.

A presença do CFP no Fórum Social Mundial é para discutir o próprio campo de atuação da Psicologia, em especial na área das políticas públicas, explicou a conselheira Marcia Badaró, que acompanhou a marcha. Por isso, destacou Badaró, as tendas Marcus Vinicius e Direitos Humanos vão abordar temas que fazem parte da prática profissional da Psicologia. “Uma pesquisa do Dieese de 2016 revelou quais são os espaços de atuação dos psicólogos brasileiros: 60% estão nos espaços das políticas públicas. Por isso, temos que nos comprometer com uma Psicologia que envolva todos os compromissos sociais. O Fórum Social Mundial é o espaço de discussão das políticas públicas, é o espaço da população, das nossas reivindicações por uma sociedade melhor, por um mundo melhor. Por isso, a Psicologia tem que estar presente nesses espaços de construção social e política.”

Para o conselheiro Pedro Paulo Bicalho, o FSM mostra que é possível viver em uma sociedade solidária e sem medo. “E isso para a Psicologia é fundamental, porque sabemos o quanto o medo nos paralisa, nos despotencializa. Sabemos que o medo é um afeto que é muito trabalhado por psicólogas e psicólogos nas mais diferentes políticas. Estar aqui, nesse momento, é fundamental até mesmo para que nesse coletivo que se constrói aqui nós possamos renovar nosso sentimento de esperança e nossos sentimentos de luta coletiva.”

Quem também representou o CFP na abertura do Fórum foi a conselheira Junia Lara, que atua na Secretaria de Orientação e Ética do CFP. Em sua opinião, a diversidade e o respeito à diferença que existem no FSM servem de referência para a Psicologia. “Na ética de considerarmos todos os povos, todas as culturas. Por isso a Psicologia está presente no respeito à ética da diferença”.

Fórum Social Mundial homenageia Marcus Vinicius

Entre os dias 13 e 17 de março, o CFP terá um espaço próprio para encontro de estudantes e profissionais da Psicologia: a Tenda Marcus Vinícius, em homenagem ao militante histórico da luta antimanicomial, brutalmente assassinado em 4 de fevereiro de 2016, Marcus Vinícius de Oliveira. No local, serão debatidos os temas da Psicologia e sua relação com a luta pela democracia e pelos direitos humanos.

Saiba mais sobre o FSM 2018 e acompanhe a cobertura do encontro.

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CFP participa de audiência sobre o caso Marcus Vinícius

Posted on 14 de março de 2018 by Rodrigo Farhat
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“Não tem uma dia sequer no qual não pensamos em Marcus Vinicius”. Foi assim que o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Rogério Giannini, acompanhado de uma comitiva, abriu a audiência pública junto ao secretário de segurança pública do Estado da Bahia, Maurício Teles Barbosa, nesta terça-feira (13), em Salvador (BA).

A coordenadora da Comissão dos Direitos Humanos do CFP (CDH/CFP), Ana Luiza Castro, o conselheiro Paulo Maldos, a psicóloga Carla França, também da CDH/CFP, a ex-presidente do CFP Ana Bock e, representando a família de Marcus Vinícius, Marcos Ferreira, do Instituto Sílvia Lane, estavam entre os participantes da reunião.

O encontro, realizado a pedido do CFP, foi para abrir o diálogo para melhorar o entendimento de como o inquérito sobre a morte do psicólogo Marcus Vinicius de Oliveira Silva está sendo conduzido pela justiça. A luta do CF é para que este caso, ora individual, represente a luta por justiça de toda a sociedade brasileira e a afirmação do compromisso do Estado com a promoção de cidadania.

De acordo com o secretário, a segurança pública tem cumprido seu papel na apuração dos fatos e diligências, que indicam crime de mando. Além disso, nesse momento, a instrução processual é cabível para acelerar o andamento do caso, além de seu encaminhamento ao Ministério Público Federal (MPF). Ainda segundo o secretário, não houve, por parte da polícia, paralisação nas investigações. “Nossos delegados querem resolver esse inquérito o mais rapidamente possível.”

Ao final do encontro, o presidente do CFP enfatizou que a “sensação é de acolhimento”, e que o papel da autarquia foi o de se colocar como interessado, em nome da sociedade e da Psicologia.

Fórum Social Mundial homenageia Marcus Vinicius

Entre 13 e 17 de março de 2018, o CFP terá um espaço próprio para encontro de estudantes e profissionais da Psicologia: a Tenda Marcus Vinícius, em homenagem ao militante histórico da luta antimanicomial, brutalmente assassinado em 4 de fevereiro de 2016, Marcus Vinícius de Oliveira Silva. No local, os temas da Psicologia e sua relação com a luta pela democracia e pelos direitos humanos serão debatidos.

Saiba mais sobre o FSM 2018 e acompanhe a cobertura do encontro.

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