Conselho Federal de Psicologia e UNOPS lançam orientações para apoio psicossocial pós-desastres

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) lançam, nesta sexta-feira (30), uma nota técnica e uma cartilha com diretrizes sobre saúde mental e apoio psicossocial comunitário no contexto da reparação de danos extrapatrimoniais. Os documentos, elaborados a partir do desastre socioambiental causado pela atividade mineradora da Braskem em Maceió, têm como objetivo subsidiar a atuação de psicólogas(os) em Organizações da Sociedade Civil (OSCs), coletivos e lideranças locais na reparação de danos morais coletivos. Confira os documentos na íntegra: cartilha e nota técnica.

A publicação dos materiais se dá no contexto do Programa Nosso Chão, Nossa História, operacionalizado pelo UNOPS em Maceió para a reparação dos danos morais coletivos causados pelo desastre socioambiental. “O desastre em curso evidencia a necessidade de um olhar ampliado para todo o Brasil. Alinhar essa perspectiva com profissionais da Psicologia, que estão na linha de frente atendendo as comunidades, é fundamental. Esses danos se repetem em diversas outras ocorrências pelo país e merecem a mesma atenção dada aos danos patrimoniais. Afinal, estamos falando de memória, relações sociais e afetividades”, destaca Bernardo Bahia, gerente de projetos do UNOPS.

Os documentos apresentam conceitos fundamentais, como danos extrapatrimoniais — também chamados de danos morais coletivos —, deslocamento forçado e o que significa a reparação desses impactos. Eles também orientam profissionais da área sobre a abordagem em contextos semelhantes, destacando a importância da convivência comunitária, do fortalecimento dos laços sociais e da participação social da população atingida na busca por soluções. As diretrizes também devem contribuir para as políticas públicas e a integração com o Programa.

“Com esse trabalho, damos um passo significativo no diálogo com a categoria, a sociedade e o Estado, avançando em modelos de desenvolvimento que impactam a vida das pessoas. Essas produções conjuntas se aprofundam nas ações de reconstrução e destacam a importância da organização comunitária para promover uma coletividade resiliente”, destaca Alessandra Almeida, vice-presidente do CFP e responsável pela pauta. “Os documentos também trazem orientações objetivas sobre deslocamento forçado, isolamento territorial e danos extrapatrimoniais, aspectos fundamentais que não estavam presentes em diretrizes anteriores. Esses conceitos e orientações são apresentados de forma nítida nos novos documentos, fruto da parceria com o UNOPS”, acrescenta.

Projetos de reparação em saúde mental coletiva

Voltado à reparação de danos morais coletivos causados pela mineração da Braskem em Maceió, o Programa Nosso Chão, Nossa História desenvolve iniciativas em várias frentes de atuação, entre elas, a de saúde mental comunitária, por meio de projetos executados por organizações da sociedade civil. Os documentos elaborados com o CFP servirão como referência para orientar essas ações, fortalecendo a atuação de profissionais da área no apoio às comunidades atingidas.

Atualmente, o Programa contempla quatro projetos voltados à temática, desenvolvidos por organizações de Maceió: Instituto Jarede Viana, Fundação Universitária de Desenvolvimento e Extensão e Pesquisa (FUNDEPES), Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão e Pesquisa de Alagoas e VERTEX. As iniciativas abordam temas como diagnóstico sobre saúde mental da população atingida, formação em apoio psicossocial comunitário, grupos de convivência e redes de apoio psicossocial.

“Em parceria com o CFP, o Programa Nosso Chão fortalece a atenção às comunidades atingidas, colocando em prática diretrizes essenciais para a promoção da saúde mental, o bem-estar e a resiliência das comunidades. Também reafirma a importância da participação da população atingida no processo de reparação. Além disso, a nota e a cartilha servem como referência para outras iniciativas voltadas a contextos de recuperação de desastres no Brasil”, destaca Renata Ferreira, coordenadora social do UNOPS.

Para Jefferson Bernardes, conselheiro do CFP e professor do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a parceria fortalece uma construção coletiva voltada para um contexto sensível e urgente. “A Psicologia historicamente participa dessas ações no país e entende que a verdadeira reparação ocorre por meio do diálogo, da escuta ativa e do respeito às necessidades das comunidades”, destaca.

Apoio psicossocial comunitário

De acordo com o Comitê Interagências da Organização das Nações Unidas (IASC), apoio psicossocial comunitário é uma abordagem que visa promover o bem-estar psicológico e social das pessoas dentro de suas comunidades, especialmente em contextos de vulnerabilidade, crises ou emergências. O IASC define que essa forma de apoio integra aspectos emocionais, sociais e culturais, buscando fortalecer a resiliência individual e coletiva, a autonomia e os laços comunitários.

Confira a íntegra dos documentos:

Cartilha
Nota técnica

CFP publica resolução que regulamenta a avaliação psicológica em concursos públicos

Foi publicada na última quinta-feira (22), no Diário Oficial da União (DOU), a nova resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que regulamenta a avaliação psicológica no âmbito dos concursos públicos. A normativa – que busca garantir mais  segurança para profissionais da Psicologia, candidatas(os) e sociedade em geral – revoga  a Resolução CFP 02/2016, que tratava da temática.

A Resolução CFP nº 08/2025 é fruto de deliberação da Assembleia das Políticas da Administração e das Finanças (APAF) do Sistema Conselhos de Psicologia, realizada em dezembro de 2019, que definiu um Grupo de Trabalho (GT) para a elaboração do documento. O material foi aprovado pelo pleno da APAF em dezembro do ano passado.

Para o conselheiro do CFP e coordenador da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP), Evandro Peixoto, a norma apresenta  importantes atualizações em relação à Resolução CFP 02/2016, objetivando mais segurança diante dos processos de avaliação psicológica em certames. O conselheiro federal destacou ainda que o GT realizou  um detalhado levantamento das principais denúncias recebidas pelos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) para orientar o trabalho de construção do documento.  “Essa resolução tem como objetivo fortalecer a ética, a imparcialidade e a qualidade das avaliações psicológicas, assegurando um processo mais justo e transparente nos concursos públicos”, ressalta Peixoto.

Entre as principais mudanças, estão a definição de procedimentos que garantem a legalidade das avaliações, a composição da banca de psicólogas(os) e as  regras mais detalhadas para a elaboração dos editais, bem como a escolha das técnicas psicológicas a serem aplicadas e a condução da entrevista devolutiva, prática fundamental para garantir transparência e o direito à informação ao candidato.

Saiba mais

Segundo a Resolução CFP nº 08/2025, a(o) profissional da Psicologia deve fundamentar a Avaliação Psicológica em concursos públicos e seleções de natureza pública em conformidade com as disposições do Código de Ética Profissional do Psicólogo, da Resolução CFP nº 31, de 15 de dezembro de 2022, da Resolução CFP nº 6, de 29 de março de 2019 e da Resolução CFP nº 1, de 30 de março de 2009, atentando-se ainda  à dignidade e aos direitos da pessoa humana, conforme a Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Ainda de acordo com o documento, os requisitos psicológicos devem ser identificados por meio do estudo científico do cargo, também denominado profissiografia ou análise profissiográfica. Esses requisitos psicológicos referem-se a características psicológicas necessárias para a atividade do cargo e a características psicológicas restritivas ou impeditivas para o exercício da função.

Além disso, as(os)  psicólogas(os) da Banca Examinadora do certame devem indicar no resultado a aptidão ou a inaptidão para o desempenho das funções de determinado cargo, fundamentada nos requisitos psicológicos previamente estabelecidos no estudo científico do cargo.

Confira a íntegra da Resolução CFP nº 08/2025

CFP realiza seminário nacional para debater diversidade e aproximação da Psicologia com comunidades historicamente marginalizadas

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio da Comissão de Direitos Humanos (CDH), promove nos dias 6 e 7 de junho, em Brasília/DF, o X Seminário Nacional de Direitos Humanos, com o tema Psicologia e Direitos Humanos: caminhos emancipatórios para (re)existências Brasis. O evento será presencial e gratuito, mas exige inscrição prévia. As vagas são limitadas, de acordo com a capacidade do espaço, e as inscrições estarão abertas até o preenchimento total.

Com o objetivo de aproximar a categoria científica e profissional das diversas realidades sociais do país, além de fortalecer a promoção de práticas mais inclusivas e representativas, a programação irá destacar a campanha nacional das Comissões de Direitos Humanos do Sistema Conselhos de Psicologia, com debates e vivências que valorizam as influências afropindorâmicas e latino-americanas na Psicologia.

O encontro também contará com mesas de diálogo sobre direitos e políticas públicas no cuidado em liberdade, culminando no pré-lançamento de um relatório nacional com dados inéditos sobre desinternação de pessoas com transtornos mentais em conflito com a lei nos manicômios judiciários de todo o país.

“Durante dois dias, vamos reunir especialistas e profissionais de diferentes áreas, ativistas e representantes de movimentos sociais para diálogos sobre como essa área do conhecimento e atuação é capaz de acolher a abordagem de comunidades que foram historicamente negligenciadas”, destaca o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho.

As pessoas interessadas também poderão acompanhar as atividades do Seminário em transmissão on-line, em tempo real, pelo canal do CFP no YouTube. As inscrições para esta modalidade também são necessárias.

Campanha CDH

Intitulada “Descolonizar corpos e territórios: reconstruindo existências Brasis”, a iniciativa das Comissões de Direitos Humanos do Sistema Conselhos de Psicologia para o biênio 2023-2025 busca valorizar a diversidade de histórias, identidades e territórios originários que compõem a sociedade brasileira, promovendo uma prática profissional e científica mais inclusiva e representativa.

Entre as ações, estão debates regionais intitulados Giros Descoloniais e o podcast Prosas Descoloniais. O objetivo é resgatar saberes historicamente marginalizados e aproximar a Psicologia da realidade social do país.

A campanha também reforça resoluções importantes da profissão que orientam a atuação frente à discriminação racial, violência de gênero e direitos da população LGBTQIA+, consolidando o compromisso da Psicologia com os direitos humanos e a diversidade.

Serviço

X Seminário Nacional de Direitos Humanos
Datas: 6 e 7 de junho
Horário: das 8h30 às 21h
Endereço: CRUB – Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras – SEPN 516, Conj D, Lote 09- Edifício Via Universitas – 4º Andar – Asa Norte – Brasília/DF
O local é acessível e inclusivo, haverá sala de descompressão e espaço para crianças.
Inscrições: O cadastro está disponível neste link, tanto para participação presencial (vagas limitadas à capacidade do espaço) quanto para acompanhar as atividades na modalidade virtual.

Conferência livre da Psicologia elege 10 pessoas delegadas para a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora

Na terça-feira (29 de abril), o Conselho Federal de Psicologia (CFP), em parceria com a Federação Nacional dos Psicólogos (FENAPSI) e a Sociedade Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho (SBPOT), realizou a 1ª Conferência Livre da Psicologia para a Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador (disponível aqui e aqui), com o objetivo de elaborar propostas e diretrizes para a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (5ª CNSTT) e eleger delegadas e delegados para sua etapa nacional.

O evento registrou mais de 2,3 mil inscrições, contando com 566 pessoas credenciadas e ampla participação de pesquisadoras(es), estudantes e profissionais da Psicologia na transmissão em tempo real. Ao final dos debates, foram eleitas 10 pessoas delegadas titulares e 10 suplentes para representar a categoria na 5ª CNSTT.

O conselheiro do CFP e mediador da conferência livre, Gabriel Figueiredo, destacou a importância da contribuição de profissionais, parceiras(os) e colaboradoras(es) para o fortalecimento da Psicologia no campo do trabalho. Enfatizou também a relevância da Psicologia para a promoção da saúde da população trabalhadora no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A contribuição de profissionais e estudantes presentes nos debates reforça que podemos e devemos acreditar no futuro da nossa profissão. A formação atual demonstra preocupação não apenas com os espaços de controle social e a democratização da Psicologia, promovida pelo Sistema Conselhos, mas também com a política de saúde e o fortalecimento do SUS”, afirmou o conselheiro federal.

A conferência teve abertura conduzida pelo presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, e contou com a participação de especialistas como Antônio Virgílio (conselheiro do CFP), Bruno Chapadeiro (colaborador do CFP), Fernanda Magano (CNS), Hugo Sandall (SBPOT), Leny Sato (USP), Luís Leão (UFF/CGSAT – Ministério da Saúde), Tamara Levy (FENAPSI) e Vânia Machado (FENAPSI).

Conferência Nacional

A 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, promovida pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e pelo Ministério da Saúde, será realizada em Brasília/DF, entre os dias 18 e 21 de agosto de 2025. O evento terá como tema “Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora como Direito Humano”.

O CFP integra o CNS, sendo representado pelo conselheiro Gabriel Figueiredo, além de participar da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora (CISTT) por meio do colaborador Bruno Chapadeiro. A CISTT desempenha um papel fundamental na assessoria das conselheiras e conselheiros de Saúde sobre temas relacionados à saúde da população trabalhadora no Brasil e na organização da 5ª CNSTT.

Além de ampliar o debate sobre o acesso à saúde pelo SUS, a conferência nacional abordará os impactos de longo prazo da Covid-19 nas condições de trabalho e saúde, além das possíveis mudanças na frequência e formas dos agravos à saúde, incentivando a busca por soluções coletivas.

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PePsic: CFP realiza seminário para debater a gestão e o processo editorial de periódicos científicos 

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realiza na próxima semana, nos dias 14 e 15 de maio, o seminário “Gestão dos periódicos científicos e o processo editorial”. A atividade é uma iniciativa do Comitê Gestor da Rede Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePsic) e contará com a participação de editores de periódicos científicos de Psicologia, além de representantes das instituições  que integram o Fórum das Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (FENPB).

O seminário contará com cinco mesas de debate que colocarão em diálogo questões relacionadas ao processo editorial,  às  diretrizes  para  as(os)  autoras(es), à indexação e seleção, ao processo de solicitação e à avaliação por pareceristas, além de desafios diversos no campo.

Neuza Guareschi, conselheira do CFP e coordenadora do Comitê Gestor PePsic, destaca que o evento pretende aproximar os editores de periódicos científicos de Psicologia, promovendo espaço de interlocução e troca de experiências. “O seminário dá sequência às  questões que a gente vem trabalhando junto com os editores de revistas científicas em Psicologia, no sentido de poder colaborar com os editores e com essas revistas para que possam se adequar e aprimorar os seus periódicos e, assim, atender determinadas exigências do portal e de alguns indexadores”, avalia a conselheira federal ao destacar ainda que durante a atividade será apresentado o trabalho que o Comitê Gestor do PePsic vem realizando na área.

Confira a programação

Dia 14  de maio de 2025

9h30 às 9h50 – Abertura/Boas vindas 

Participantes: Neuza Maria de Fátima Guareschi (CFP) e Antônio Virgílio Bittencourt Bastos (CFP).

10h às 12h – Mesa – Gestão dos periódicos científicos e o processo editorial.

Convidadas: Nancy Sánchez Tarragó (Universidade Federal de Rio Grande do Norte) e Sônia Maria Guedes Gondim (SBPOT).

14h às 15h20 – Sessão de debate 1: Desafios e questões relativas à linha editorial: foco, escopo e Corpo editorial.

Participantes: Katia Maheirie (Associação Brasileira de Psicologia Política – ABPP) e Marina Greghi Sticca (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto).

15h30 às 17h – Sessão de debate 2: Desafios e questões relativas às diretrizes para os autores: Orientações técnicas e éticas das submissões.

Participantes: Acácia Aparecida Angeli dos Santos (Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica – IBAP) e Rodrigo Lopes Miranda (Universidade Católica Dom Bosco).

Dia 15 de maio de 2025

9h às 10h30 – Sessão de debate 3: Desafios e questões relativas  à indexação: seleção e processo de solicitação.

Participantes: Thatiana Helena de Lima (Associação Brasileira de Editores Científicos de Psicologia (ABECIPSI) e Marilda Gonçalves Dias Facci (Universidade Estadual de Maringá).

10h50 às 12h30 – Sessão de debate 4: Desafios e questões relativas à avaliação por pareceristas: composição e formação.

Participantes: Mary Sandra Carlotto (Associação de Programas de Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP) e Ligia Carolina Oliveira (Universidade Federal de Uberlândia UFU).

12h30 às 13h – Encerramento

Participantes: Pedro Paulo Gastalho de Bicalho e Neuza Maria de Fátima Guareschi (Conselho Federal de Psicologia)

Saiba mais

Esse será o terceiro seminário realizado pelo Conselho Federal de Psicologia  desde a retomada da plataforma Pepsic, com a  publicação da Portaria CFP 07/2023, que institucionalizou o PePsic no âmbito do CFP  e criou o seu Comitê Gestor. 

Neuza Guareschi explica  que o Comitê Gestor do Pepsic realiza um mapeamento e levantamento de revistas científicas, por contatos individuais com cada editor. Segundo ela, nesta etapa o colegiado trabalha em questões mais específicas dos periódicos, como a ciência aberta, exigências de aprovação nos comitês de éticas, ferramentas de detecção de plágio e Inteligência Artificial (IA). Ainda nessa fase, o Comitê apresenta  a base de indexadores na América Latina e outros que os periódicos possam buscar. A ideia, destaca a conselheira federal, é “mostrar como visibilizar nossos periódicos e também qualificá-los ainda mais, principalmente dentro da rede PePsic, que tem alcance em todos os países da América Latina, Caribe, Bambuí, e também da África”.

Acesse a Rede PePsic neste link.

Serviço:

Seminário “Gestão dos periódicos científicos e o processo editorial”

14 e 15 de maio de 2025

Transmissão ao vivo pelo canal do CFP no YouTube

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Regulamentação da Psicoterapia é tema de reunião entre Conselhos de Psicologia de todo o país

Conselhos de Psicologia das cinco regiões do país se reuniram para alinhar uma ampla ação articulada voltada à regulamentação da prática da psicoterapia.

O encontro foi coordenado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) e teve como foco unificar a postura institucional do Sistema Conselhos e a construção de uma agenda amplificada de mobilizações para a aprovação de uma lei pelo Congresso Nacional.

Além de reforçar a importância do tema psicoterapia na agenda institucional e política dos Conselhos de Psicologia, o encontro também propiciou o alinhamento de informações e a construção de uma agenda unificada de ações e incidências na área, com foco na defesa das prerrogativas da profissão.

Agenda no Congresso Nacional

Já como parte dessa agenda coordenada, no próximo dia 22 de maio representantes dos Conselhos de Psicologia de todo o país virão a Brasília para uma série de encontros agendados pelo CFP com senadores e deputados no Congresso Nacional.

A agenda da comitiva inclui atividades junto à Frente Parlamentar Mista em Defesa da Saúde Mental, além de reuniões das diretorias de cada Conselho Regional com parlamentares de seu respectivo estado.

“O objetivo é reforçar a defesa da regulamentação da psicoterapia como um campo de atuação da Psicologia, a partir de uma ação coesa em termos de institucionalidade. Somos uma profissão com mais de meio milhão de profissionais, representada por 24 Conselhos Regionais. Uma profissão fortemente reconhecida pela sociedade e articulada com diversos segmentos institucionais, inclusive o Legislativo, sempre reconhecendo as atribuições de cada um. É essa força de ação e incidência que precisa ser reforçada junto aos parlamentares como mecanismo para fortalecer a pauta da regulamentação da psicoterapia como uma lei a ser aprovada pelo Congresso Nacional”, destacou o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho.

Plataforma de mobilização

Durante o encontro também foi anunciado que em breve será lançada pelo CFP a Plataforma de Mobilização Legislativa da Psicologia Brasileira. O portal é direcionado especialmente à categoria e vai reunir informações atualizadas em tempo real quanto às ações de incidência feitas pelo CFP junto aos mais diversos projetos de lei de interesse da categoria que tramitam no Congresso Nacional.

“A plataforma vai reunir informações e recursos de forma acessível, permitindo à categoria conhecer o processo legislativo, as dinâmicas e características da composição da Câmara e do Senado. Será também um espaço facilitado para a incidência direta da categoria junto a parlamentares, mobilizando a força da profissão na aprovação de pautas importantes”, destacou o presidente do CFP.

Ação coletiva

A reunião promovida pelo CFP dá continuidade à construção coletiva sobre o tema que tem sido feita junto ao Sistema Conselhos de Psicologia. Em fevereiro deste ano, a regulamentação da psicoterapia também foi debatida com os Conselhos Regionais durante o I Congresso de Psicologia Clínica e Psicoterapia, realizada em São Paulo/SP. Na ocasião, foi apresentado o subsídio estratégico sobre o tema construído pelo CFP e que, atualmente, está sendo discutido com outros atores para então ser encaminhado à senadora Mara Gabrili (PSD/SP), atual relatora de proposições relacionadas ao tema no Senado Federal.

Também como parte dessa ação estratégica, o CFP esteve reunido com o Conselho Federal de Medicina (CFM). O diálogo buscou fortalecer a construção de forças favoráveis à efetiva aprovação de uma legislação na área, a partir de articulação com categorias profissionais que também serão impactadas pela medida.

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Dia Nacional dos Povos Indígenas

Neste 19 de abril, Dia Nacional dos Povos Indígenas, o CFP destaca o compromisso da Psicologia brasileira com a promoção da saúde integral, dos direitos e do bem-viver dessas comunidades.

Para fortalecer o fazer de seus profissionais nesse campo, o Conselho Federal de Psicologia publicou em 2022, com atualização em 2024, as Referências Técnicas para atuação de psicólogas(os) junto aos Povos Indígenas.

O conteúdo dialoga a prática da Psicologia a partir das especificidades dos diferentes modos de vida, ritos, culturas e territórios em que habitam os povos originários, com foco na promoção do cuidado integral.

A atuação da Psicologia junto aos povos indígenas esteve no foco dos debates de um conjunto de ações que o CFP conduziu como parte das atividades do Acampamento Terra Livre (ATL), maior assembleia indígena do país – realizada em Brasília/DF, nos dias 9 e 10 de abril, e que reuniu profissionais da Psicologia de diferentes regiões do país.

Leia a RT para atuação de psicólogas(os) junto aos Povos Indígenas.

CFP lança orientações à categoria  para a atuação profissional junto a  pessoas com deficiência

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realiza na próxima quarta-feira (23), a partir das 17h, uma live para marcar o lançamento de uma nova Resolução CFP n. 7/2025 que estabelece normas para o exercício profissional de psicólogas e psicólogos junto às pessoas com deficiência e para o enfrentamento ao capacitismo. 

Durante o diálogo, será apresentada também uma Nota Técnica CFP n. 12/2025 que abarca a mesma temática. As publicações reúnem diretrizes e subsídios para a atuação da Psicologia no campo da acessibilidade e da garantia de direitos.

O diálogo digital contará com a participação de representantes do Sistema Conselhos de Psicologia, profissionais da área e convidadas(os) com atuação no campo dos direitos das pessoas com deficiência. 

Na ocasião, o CFP será representado pelo presidente Pedro Paulo Bicalho (CRP 05/26077) e a conselheira federal Rosana Éleres Figueiredo (CRP 22/0688), que fará a mediação do debate. Também integram o diálogo  as psicólogas Marivete Gesser (CRP 12/01621) e Edireusa Fernandes Silva (CRP16/3016). Os documentos foram construídos pelo Grupo de Trabalho “Orientação: Atuação junto à Pessoa com Deficiência’ (GT) da Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF), composto pelo CFP e pelos Conselhos Regionais de Psicologia das regiões 01, 11, 12, 16, 17, 20 e 23. 

O GT foi criado em 2021 com o objetivo de propor uma resolução para o enfrentamento ao capacitismo e elaborar material técnico de orientação a psicólogas e psicólogos de todo o país. As publicações reforçam o posicionamento do CFP na defesa dos direitos humanos e da equidade nas práticas profissionais.

A Resolução estabelece princípios e deveres para a atuação de psicólogas e psicólogos junto às pessoas com deficiência, com base no modelo social da deficiência. O texto veda práticas discriminatórias e reforça o respeito à autonomia, ao protagonismo e à diversidade. Define ainda o uso do conceito de desenho universal e de adaptações razoáveis como diretrizes obrigatórias, além de prever o uso ético e acessível das Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs). 

A normativa também orienta que profissionais evitem reforçar concepções assistencialistas e assegurem acolhimento e escuta qualificada em todos os contextos de atendimento.

A Nota Técnica propõe diretrizes para uma atuação que considere o modelo social da deficiência, reconheça barreiras e desigualdades estruturais e respeite a diversidade de experiências. O texto aborda aspectos como acessibilidade, uso de tecnologias, avaliação psicológica, práticas éticas e atuação interdisciplinar, com base em legislações nacionais e convenções internacionais. O documento orienta a categoria sobre o exercício profissional junto às pessoas com deficiência e contribui para o fortalecimento de uma Psicologia comprometida com os direitos e com a participação social.

Serviço

Lançamento de documentos orientativos para a atuação profissional junto a pessoas com deficiência

Data: 23 de abril de 2025 (quarta-feira)

Horário: 17h

Transmissão ao vivo pelo canal do CFP no YouTube

Submissões de Trabalhos: 7º CBP

Você tem uma pesquisa ou uma experiência incrível para compartilhar? Então esta é a sua chance!

Submeta seu trabalho ao 7º CBP, compartilhe suas experiências e contribua para o desenvolvimento da Psicologia no Brasil.

As submissões já estão abertas, nas modalidades Pôster, Comunicação Oral e Mesa Redonda.

Confira no site as regras de submissão, envie esse post a colegas e convide as pessoas que podem submeter um trabalho junto com você!

Serviço:
7º CBP
19 a 22 de novembro de 2025
Universidade Católica de Brasília – Campus Taguatinga (DF)
www.7cbp.cbpsi.org.br

CFP defende papel fundamental da Psicologia na gestão de riscos psicossociais no trabalho

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulgou nesta terça-feira (15) uma nota pública na qual reafirma a indispensável atuação de psicólogas e psicólogos organizacionais e do trabalho nos processos de avaliação, promoção e gestão dos riscos psicossociais nos contextos laborais.

O posicionamento será tema de reunião do CFP com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – instituições que têm entre suas atribuições a fiscalização e a promoção de políticas na área.

A nota pública é divulgada ante os crescentes indicadores de adoecimento mental no trabalho, nos quais o absenteísmo e o afastamento são apenas algumas das graves implicações. O documento destaca a relevância da Psicologia no enfrentamento a esses desafios, bem como a capacidade técnica de seus profissionais na produção de insumos para práticas e modelos eficazes na mitigação e prevenção do problema.

Confira a íntegra do posicionamento.