Concurso público CFP 2024: Conselho Federal de Psicologia divulga edital para provimento de vagas e cadastro de reserva

Foi publicado, nessa segunda-feira (2), pelo Instituto Quadrix, o Edital CFP nº 01/2024, que torna público o processo seletivo para o preenchimento de vagas e de formação de cadastro de reserva no âmbito do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

A iniciativa foi oficializada, conforme as atribuições legais e regulamentares da entidade, delegando ao Instituto Quadrix a organização do certame.

O processo seletivo para recompor o quadro de pessoal do CFP é medida essencial para fortalecer a entidade em suas funções de orientação, disciplina e fiscalização do exercício profissional da categoria em todo o território nacional.

As vagas disponibilizadas incluem as funções de Técnico Administrativo e Analista Técnico em diversas áreas como Psicologia, Tecnologia da Informação, Comunicação, Contabilidade, Licitações e Contratos, entre outras especialidades. As candidatas aprovadas serão contratadas sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com todos os direitos e obrigações previstos em lei, e lotados em Brasília/DF.

Etapas

As inscrições devem ser feitas exclusivamente de forma on-line, pelo site do Instituto Quadrix (www.quadrix.org.br), até às 23h do dia 9 de outubro de 2024, conforme o horário oficial de Brasília. As taxas de inscrição variam entre R$ 60 e R$ 65, dependendo do nível do cargo.

O processo seletivo contará com uma prova objetiva para todos os cargos, de caráter eliminatório e classificatório. Para os cargos de nível superior, haverá ainda uma prova discursiva e uma avaliação de títulos.

As provas objetivas e discursivas para os cargos de nível superior estão previstas para serem aplicadas no dia 1º de dezembro de 2024, enquanto as provas para os cargos de nível médio ocorrerão em 15 de dezembro de 2024, ambas no período da tarde. As etapas do concurso serão realizadas na cidade de Brasília/DF.

Os editais e comunicados referentes ao concurso serão divulgados no site oficial do Instituto Quadrix.

Acesse a íntegra do Edital CFP nº 01/2024.

Notícia relacionada

CFP firma contrato com empresa para a realização  de próximo concurso público

Nova resolução do CFP autoriza CRPs a prorrogarem o pagamento ou oferecer descontos de anuidade de profissionais atingidos por situações de emergências e desastres 

O Sistema Conselhos de Psicologia conta agora com uma política de tratamento das anuidades profissionais nas hipóteses de emergência ou estado de calamidade pública. A Resolução CFP 12/2024, publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 13 de agosto, foi construída em consonância com  a Lei Federal nº 12608/2012, que institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil.

A nova resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP)  – resultado dos trabalhos do “GT Anuidades – Isenção em Casos de Emergências e Desastres” já existente, que recebeu a demanda, da Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças (APAF), de maio, motivada pelo desastre que assolou o estado do Rio Grande do Sul e pela necessidade de uma resposta célere à categoria frente a situações dessa magnitude. À época, o pleno da APAF acordou que o produto do GT seria entregue antes das assembleias orçamentárias regionais, previstas para o mês de agosto, possibilitando que, a partir de 2025, os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) possam oferecer descontos a profissionais atingidos por emergências e calamidades públicas.

“A Resolução CFP nº 12/2024 possibilita mais autonomia para que os CRPs avaliem as situações emergenciais e de desastres em suas respectivas jurisdições, e, de acordo com os critérios objetivos estabelecidos na normativa, possam aplicar isenções, descontos e parcelamentos às anuidades”, destacou Célia Mazza de Souza, conselheira-tesoureira do CFP.

Emergências e Desastres

A Resolução CFP 12/2024 elenca quatro definições da Lei 12.608/2012, sendo elas acidente, desastre,  estado de calamidade pública e  emergência.

A normativa ressalta que, na hipótese de eventos que configurem a declaração oficial de emergência ou estado de calamidade pública pelas autoridades governamentais, ficam os CRPs da área de competência abrangida, independentemente de prévia autorização do CFP, autorizados a prorrogar o prazo para pagamento das anuidades ou parcelas que estejam a vencer, devidas pelas pessoas físicas ou jurídicas, que tenham domicílio legal ou profissional nas áreas geográficas acometidas.

Para isso, os Conselhos Regionais precisam também observar  os seguintes requisitos para a aplicação da prorrogação dos prazos de pagamento das anuidades: ter sido decretada situação de emergência ou estado de calamidade pública pela autoridade governamental competente; a repercussão do dano esteja dentro da área do domicílio legal ou profissional da pessoa física ou jurídica, de acordo com o seu registro perante o Conselho Regional de Psicologia; e seja atestado por órgão da Administração Pública Direta ou Indireta, o reconhecimento de afetação decorrente da situação de emergência ou estado de calamidade pública declarados.

Saiba mais:

Acesse a íntegra da Resolução CFP 12/2024

CFP é premiado durante a Conferência Nacional dos Conselhos Profissionais

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) foi condecorado com o prêmio Melhores Práticas Aplicáveis aos Conselhos Profissionais, na categoria Relatório de Gestão, exercício 2023. 

Representantes do CFP receberam a premiação durante a solenidade de abertura da 8ª Conferência Nacional dos Conselhos Profissionais, um dos principais encontros de gestores de autarquias públicas do país, realizado em Brasília, Distrito Federal, em 6 de agosto.

Para o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, a premiação reflete o empenho do XIX Plenário e da equipe de trabalhadoras e trabalhadores do CFP no fazer coletivo por uma gestão pública focada na qualidade e no profissionalismo. “O prêmio é resultado da dedicação das conselheiras e conselheiros que integram o XIX Plenário CFP, bem como de toda a equipe de trabalhadores da autarquia. Um reconhecimento a um trabalho coletivo e que tem buscado aprimorar cada vez mais a qualidade técnica, ética, científica e política da Psicologia”, destaca.

Relatório da Gestão do CFP

Anualmente o Conselho Federal de Psicologia publica relatório referente às ações realizadas pelo órgão ao longo do último ano. Em 2023, o CFP inovou na elaboração do documento, apresentando dados e estatísticas apoiado em metas e ações estabelecidas no Planejamento Estratégico da autarquia, com foco na governança e transparência das informações. 

O documento é resultado de uma série de investimentos feitos pelo CFP para aprimorar a estrutura de gestão e funcionamento da Autarquia, com o objetivo de cumprir com excelência sua missão institucional de regulamentar, orientar e fiscalizar a atuação dos mais de 530 mil profissionais da Psicologia em todo o país.

A partir das diretrizes dos órgãos de controle, o Relatório de Gestão CFP 2023 reúne dados sobre a missão institucional do Conselho, as normas e diretrizes que o regem, as atribuições das áreas, bem como seus canais de comunicação.  

As ações desenvolvidas ao longo de 2023 estão apresentadas a partir dos eixos estratégicos definidos no planejamento que orientou a atuação do órgão: Exercício da Profissão; Incidência Política; Articulação em Rede e Aprendizado/Desenvolvimento Institucional. As atividades estão sintetizadas nos objetivos estratégicos que integram cada um dos eixos, focando nas ações e resultados alcançados. 

Confira o Relatório de Gestão CFP 2023.

XIX Plenário CFP

A premiação ao CFP foi destaque durante a 28a Reunião Plenária, realizada nesta semana na sede da autarquia e que reuniu conselheiras e conselheiros. Durante o encontro, o presidente do CFP ressaltou a importância do prêmio como reconhecimento ao compromisso às conselheiras e conselheiros que integram o XIX Plenário.

“O prêmio demarca o resultado da dedicação de nossas 22 conselheiras e conselheiros, que ocupam aqui um cargo honorífico, e que precisa ser conciliado com as atribuições profissionais e a vida cotidiana de cada um e cada uma. É, portanto, e sobretudo, um trabalho de dedicação à Psicologia e de compromisso com a profissão. Um trabalho que tem sido realizado com irreparável empenho. Somos um Plenário que chega à metade de seu período de três anos de gestão com a íntegra de sua composição e em efetivo funcionamento. Que sigamos cada vez mais fortes na realização dessa missão institucional”.

Confira as conselheiras e conselheiros que integram o XIX Plenário CFP:

Alessandra Santos de Almeida 

Antonio Virgílio Bittencourt Bastos        

Carla Isadora Barbosa Canto

Carolina Saraiva

Célia Mazza de Souza  

Clarissa Paranhos Guedes    

Evandro Morais Peixoto       

Fabiane Rodrigues Fonseca  

Gabriel Henrique Pereira de Figueiredo

Ivani Francisco de Oliveira

Izabel Augusta Hazin Pires 

Jefferson de Souza Bernardes        

Juliana de Barros Guimarães         

Maria Carolina Fonseca Barbosa Roseiro        

Marina de Pol Poniwas         

Neuza Maria de Fátima Guareschi

Nita Tuxá   

Pedro Paulo Gastalho de Bicalho 

Raquel Souza Lobo Guzzo     

Roberto Chateaubriand Domingues

Rodrigo Acioli Moura  

Rosana Mendes Éleres de Figueiredo

Conselhos de Psicologia de todo o país se reúnem em Brasília para Encontro de Diretorias

Representantes do Conselho Federal (CFP) e de todos os 24 Conselhos Regionais (CRP) participaram, nos dias 3 e 4 de agosto, do Encontro de Diretorias do Sistema Conselhos de Psicologia, realizado em Brasília/DF.

Durante a abertura do evento, que teve como tema “Somos um Sistema”, Pedro Paulo Bicalho, presidente do CFP, destacou a importância do evento na perspectiva de construção colaborativa das responsabilidades quanto ao aprimoramento das ações do Sistema Conselhos, bem como a valorização desse trabalho coletivo, que tanto impacta na orientação e na fiscalização do exercício profissional da categoria.

“Nós ocupamos esse lugar porque acreditamos no poder transformador das nossas instituições e no modo como conseguimos transformar a Psicologia e, consequentemente, a própria sociedade”, destacou Bicalho.

O presidente do CFP também ressaltou a expressividade dessa ciência e profissão ao pontuar que o Brasil é o país com o maior número de psicólogas e psicologos do mundo, com cerca de 540 mil profissionais inscritos nos Conselhos Regionais – o que implica numa série de desafios, responsabilidade e potencialidades.

Bicalho reforçou a necessidade do planejamento na gestão pública e seu constante aprimoramento: “nós planejamos e redesenhamos o nosso planejamento por todo o tempo. E esse processo nunca finaliza, porque é algo em movimento, em construção”.

Diálogos

Durante a programação, as representações dos CRPs participaram de uma atividade de avaliação da gestão de cada Conselho Regional, abordando os maiores desafios enfrentados e os legados deixados pelas gestões anteriores.

Como parte da agenda, foram apresentadas as principais ações e resultados do Conselho Federal (CFP) frente a temas estratégicos, como a incidência no poder legislativo; o enfrentamento a situações de violência nas relações de trabalho; a formação em gestão pública no âmbito do CFP e dos CRPs; e o programa de ações afirmativas, inclusivas e reparatórias do Sistema Conselhos de Psicologia.

Foram destaques ainda as ações no campo da defesa dos direitos humanos; e a atualização de importantes sistemas institucionais.

Confira aqui as fotos da atividade.

CFP publica normativa que estabelece porte dos Conselhos Regionais de Psicologia

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou a Resolução nº 8/2024, que estabelece a classificação de porte dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRP) com base no percentual do número de psicólogas(os) inscritas(os) e ativas(os) em cada Conselho Regional de Psicologia em relação à base nacional.

O documento, publicado no Diário Oficial da União em 22 de julho, foi aprovado na primeira Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF) deste ano, realizada em maio.

Para a elaboração da norma, foi criado um Grupo de Trabalho (GT) da Assembleia das Políticas da Administração e das Finanças (APAF) de novembro de 2021, que solicitou subsídios aos 24 Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) para a formulação do documento. O conteúdo recebido foi sistematizado e orientou os estudos em relação ao porte dos CRPs, considerando aspectos como a participação nos programas e projetos no âmbito do Sistema Conselhos, autonomia administrativa e financeira e a equidade para o desenvolvimento das ações de orientação e fiscalização à categoria e sociedade.

A conselheira-tesoureira do CFP, Célia Mazza de Souza, explicou que a definição de porte dos CRPs é uma demanda antiga, proposta nas duas últimas edições do Congresso Nacional da Psicologia. “O Sistema Conselhos de Psicologia usava como referência de tamanho das instâncias regionais o Regimento Interno da APAF, que define, por número de inscritos na base dos conselhos regionais, o quantitativo de delegadas e delegados para a Assembleia. Assim, era necessária a definição de porte desses conselhos por meio de um normativo, para que os programas e convênios pudessem ser mais equânimes e de acordo com as diferenças entre os CRPs”.

A conselheira federal aponta ainda que, a partir da Resolução CFP nº 8/2024, existem importantes princípios a considerar para a definição da distribuição de apoios administrativos e financeiros aos conselhos regionais, distribuídos em seis níveis de porte: “desta forma, conseguiremos dar mais suporte aos CRPs menores, para que possam desenvolver suas atividades de orientação e fiscalização da categoria em condições mais igualitárias àqueles que já contam com uma estrutura maior. Queremos um Sistema Conselhos de Psicologia que funcione em harmonia e com igualdade de condições”.

Custeio do CFP para os Conselhos Regionais de Psicologia

A Resolução nº 8/2024 também destaca os percentuais de custeio pelo CFP, a serem aplicados para cada Conselho Regional de Psicologia, para programas e editais atuais.

Para os CRPs classificados no nível 1, o custeio do CFP será de 100% dos gastos relacionados aos programas orçamentários de transferência de recurso; para os classificados no nível 2, o custeio Federal será de 70%, cabendo aos Conselhos Regionais o custeio de 30%.

Para os futuros editais de convênios e programas esses percentuais são referenciais mínimos a seguir, podendo ser ampliados, bem como outros níveis poderão ser contemplados com subsídios do CFP.

Esses percentuais visam o rateio equitativo das despesas comuns do Sistema Conselhos de Psicologia entre os CRPs, a partir de 2025, e devem considerar as diretrizes estabelecidas na norma.

Acesse a íntegra da Resolução nº 8/2024.

CFP e outras entidades representativas da Psicologia e do Serviço Social apresentam recomendações ao MEC para garantir a presença dessas duas categorias profissionais na educação básica

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou, representado pela conselheira federal Raquel Guzzo, no dia 22 de julho – ao lado da Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP), a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), a Associação Brasileira de Psicologia Escolar (ABRAPEE), o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e a Federação Nacional dos Psicólogos (FENAPSI) – da 2ª Reunião Ordinária do Grupo de Trabalho (GT) que atua, no âmbito da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), para sistematizar subsídios e recomendações para a implementação da Lei nº 13.935/2019, que assegura a presença de psicólogas(os) e assistentes sociais na educação básica.

A reunião, realizada na sede do MEC, incorporou o seminário “Subsídios e Recomendações da Coordenação Nacional de Psicólogos e Assistentes Sociais na rede pública de Educação Básica para a implementação dos serviços de Psicologia Escolar e Serviço Social nas redes públicas de ensino”.

Na ocasião, o colegiado defendeu uma educação pública que reconheça a importância da inserção de psicólogas(os) e assistentes sociais nas escolas, conforme expresso na Lei nº 13.935/2019 e a defesa dos direitos humanos na educação.

Também expôs as especificidades do papel desempenhado pelas equipes multiprofissionais enquanto atores na promoção da saúde mental, no enfrentamento das desigualdades sociais e na proteção das(os) estudantes, familiares/responsáveis e toda a comunidade escolar.

Além disso, destacou a intersetorialidade como ponto fundamental, desde que implementada com atribuições objetivas; e reivindicou uma escola que atenda às necessidades do presente, valorize as diferenças e combata todas as formas de opressões, violências e preconceitos.

A coordenação nacional também distribuiu a cartilha Psicólogas e Assistentes Sociais na Escola: apoio cotidiano ao processo de escolarização, que aborda o histórico, as justificativas e as atribuições desses profissionais na Educação.

Próximas etapas

O cronograma de atividades do GT prevê mais quatro seminários, nos quais os demais órgãos e entidades do colegiado, composto por 19 integrantes titulares e seus respectivos suplentes, também apresentarão subsídios e recomendações sobre a temática.

Essas contribuições serão sistematizadas, analisadas e revisadas pelo GT, culminando no Seminário Nacional “Implementação dos Serviços de Psicologia e Serviço Social nas Redes de Ensino: Desafios e Possibilidades”, previsto para setembro deste ano.

24º CONGEMAS: CFP participa de encontro nacional de gestores da Assistência Social para discutir efetivação de direitos, ampliação de vagas e melhorias nas condições de trabalho

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou do 24º Encontro Nacional do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (CONGEMAS), realizado em São Paulo entre 10 e 12 de julho.

Com o tema “Sistema Único de Assistência Social e as diversidades sócio territoriais”, o encontro reuniu gestoras(es) e trabalhadoras(es) dos municípios brasileiros que atuam na efetivação da política de assistência social para diálogos sobre novas estratégias de superação das violações de direitos.

A psicóloga Simone Gomes, representante do CFP no Fórum Nacional de Trabalhadoras e Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (FNTSUAS), participou das atividades. 

Entre as temáticas abordadas no evento, destacam-se a oferta de proteção social às pessoas em situação de refúgio e migração e os desafios da efetivação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em territórios diversos cultural e territorialmente, como o Semiárido e a Amazônia legal.

Para Simone Gomes, a interlocução do CFP com gestoras(es) municipais SUAS, conselheiras(os) nacionais de Assistência Social e representações do governo federal merece destaque. “Foi importante estarmos no encontro para contribuir nas discussões e qualificar a atuação da Psicologia no SUAS, na defesa de um orçamento vinculado à política de assistência social e também na defesa das trabalhadoras e trabalhadores que ofertam proteção social nos territórios. O SUAS é a segunda maior área de inserção profissional da Psicologia e também a área com o maior índice de insegurança profissional, segundo dados do CensoPsi 2022. São os secretários municipais que realizam a contratação e a gestão administrativa da política, por isso essa interlocução é fundamental para ampliação de vagas e melhorias nas condições de trabalho”, avaliou. 

Participação e controle social

O Conselho Federal de Psicologia desempenha um papel ativo nas instâncias de participação e controle social das políticas de Estado, atuando como órgão consultivo em matérias relacionadas à ciência e profissão da categoria.

O Fórum Nacional de Trabalhadoras e Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (FNTSUAS) é um desses espaços de atuação estratégica para a Psicologia. De acordo com o Censo SUAS 2022, cerca de 30 mil psicólogas e psicólogos atuam na Política de Assistência Social em todo o país.

Para o CFP, o FNTSUAS e outros fóruns estaduais, regionais e municipais são espaços essenciais de intercâmbio de informação e articulação, fundamentais para a defesa dos direitos sociais e políticos de profissionais e usuárias(os) do SUAS.

O CFP também conta com a Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social (CONPAS), regulamentada pela Resolução CFP nº 7/2020, que desempenha um papel fundamental no contexto da assistência social. 

Suas atribuições incluem executar deliberações do CFP, propor a efetivação de propostas do Congresso Nacional da Psicologia, minutar projetos de regulamentação e fiscalização do exercício profissional da categoria nesse âmbito, fomentar a participação da Psicologia em comissões e fóruns, bem como sugerir estratégias para a Política Nacional de Assistência Social (PNAS) e subsidiar o CFP em questões relacionadas à temática.

CFP disponibiliza ao Governo Federal recomendações sobre uso adequado de dispositivos digitais por crianças e adolescentes

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) entregou ao Governo Federal um material contendo diversas recomendações e orientações sobre o uso adequado de telas por crianças e adolescentes. As contribuições foram entregues, no fim de junho, ao Grupo de Trabalho criado pelo Governo Federal para elaborar um guia para uso consciente de telas e dispositivos digitais para essa faixa etária.

O grupo é coordenado pela Secretaria de Comunicação (SECOM) da Presidência da República e composto por representantes de sete ministérios, além de 20 integrantes da sociedade civil com reconhecida atuação no tema. Único conselho de classe, o CFP integra o GT a convite da SECOM, sendo representado pela conselheira-secretária Izabel Hazin, especialista na temática.

A conselheira explica que a necessidade da construção de um guia surgiu da constatação do quanto o uso de telas tem afetado crianças e adolescentes de diferentes maneiras. Os impactos mais comuns são observados no desenvolvimento, no comprometimento do sono, na alteração de imagem corporal, em transtornos de ansiedade e alterações nos padrões dos relacionamentos sociais.

“É um esforço que vem crescendo e que diz respeito à necessidade de orientação e da construção de políticas públicas que versem sobre orientar quanto ao tempo, conteúdo e contextos de uso de telas em função das diferentes etapas de desenvolvimento. O CFP tem contribuído e problematizado a importância de levar em consideração a diversidade brasileira, como aspectos da interseccionalidade, raça, gênero e presença de deficiência”, aponta Hazin.

A partir das discussões realizadas, o GT da SECOM disponibilizou uma biblioteca virtual com documentos e publicações de referência, tanto nacionais quanto internacionais.

Grupo de Trabalho CFP

Em complemento às ações realizadas no âmbito do GT da SECOM, o CFP constituiu um grupo de trabalho interno de orientação ao uso de telas, cuja atuação pretende também subsidiar uma publicação de referência à categoria com as considerações do ponto de vista da Psicologia.

O GT é composto pelas conselheiras Izabel Hazin, Raquel Guzzo e Marina Poniwas. Também integram o grupo Maíra Lopes Almeida, Gabriela Vescovi, Beatriz Sancovsky, Michael Jackson Oliveira de Andrade e Eduardo Miranda, pesquisadoras e pesquisadores especialistas no tema.

A conselheira Raquel Guzzo explica que as(os) psicólogas(os) que compõem o grupo de trabalho tentam identificar os efeitos para a saúde física e mental, assim como para a segurança de crianças e adolescentes, sem, no entanto, adotar uma visão proibicionista do uso de telas, aplicativos e produtos tecnológicos.

“Tirar da criança e do adolescente a possibilidade de aprender a lidar com as tecnologias de informação e comunicação é privá-las do direito de viver em um mundo no qual as telas, redes sociais e jogos virtuais existem. Então, é preferível enfrentar esse desafio do que dizer não”, aponta a conselheira.

Políticas de proteção

O Conselho Federal de Psicologia atua em diferentes espaços para contribuir na formulação de políticas de proteção e segurança de crianças e adolescentes em ambiente digital.

Recentemente, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que é presidido pela conselheira do CFP Marina Poniwas, publicou uma normativa sobre os direitos das crianças e adolescentes em ambiente digital. A Resolução 245/2024 atribui ao Poder Público, famílias, sociedade e às empresas a responsabilidade pela garantia e efetivação dos direitos de crianças e adolescentes em ambiente digital. 

Os objetivos da norma são combater a exclusão digital e estabelecer uma série de deveres e responsabilidades às empresas provedoras de serviços digitais, tais como: liberdade de expressão, direitos à privacidade e proteção de dados no ambiente digital; vedação ao uso comercial de dados; vigilância e monitoramento, dentre outros.

Para a conselheira Marina Poniwas, o uso excessivo de videogames, jogos on-line e redes sociais é um problema crescente de saúde pública, sendo fundamental avançar em processos de regulamentação.

“A conectividade excessiva e a falta de análise sobre os possíveis efeitos de conteúdos específicos produzidos para o público infantil e adolescente podem colocá-los em risco de violação de direitos, superexposição e hiperconsumo”, aponta.

Frentes de ação

Outra importante frente de trabalho na área está na política de classificação indicativa. Em janeiro, representantes do Conselho Federal de Psicologia tomaram posse no Comitê de Acompanhamento pela Sociedade Civil para a Classificação Indicativa. As psicólogas Ana Luiza de Souza Castro e Ana Paula Soares da Silva integram como titular e suplente o comitê, que é coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

O órgão é responsável pelo assessoramento destinado a formular propostas sobre a política pública de classificação indicativa, bem como pelos critérios para a classificação indicativa de obras audiovisuais, exposições, mostras de artes visuais, jogos e aplicativos.

O CFP também monitora a tramitação do Projeto de Lei 2.628/2022, que trata da proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital. O texto em tramitação no Senado propõe regras para redes sociais, sites, aplicativos, jogos eletrônicos, programas, produtos e serviços virtuais, como a criação de mecanismos para verificar a idade de usuárias(os).

O PL também estabelece a supervisão do uso da internet pelas(os) responsáveis e pretende obrigar provedores de internet e fornecedores de produtos a criar sistemas de notificação de abuso sexual e oferecer configurações mais eficientes para a privacidade e a proteção de dados pessoais.

Quer saber mais sobre o assunto? Acesse uma lista de documentos de diferentes entidades sobre a temática.

Manifestação do Instituto Alana ao PL 2.628/2022

Nota Especial da Sociedade Brasileira de Pediatria “Classind: o que é e como funciona a classificação indicativa brasileira”

Resolução Conanda Nº 245/2024 

Psicologia do Trabalho e das Organizações: CFP participa do XI CBPOT e lança documento com diretrizes na área para orientação da categoria

Entre os dias 16 e 19 de julho, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), do XI Congresso Brasileiro de Psicologia Organizacional e do Trabalho (CBPOT). O evento teve como objetivo fortalecer a Psicologia Organizacional e do Trabalho no país, bem como divulgar pesquisas científicas, programas de intervenção e relatos de experiências na área.

Organizado pela Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho (SBPOT), o congresso teve como tema “Futuro sustentável do trabalho: decente, digno e com igualdade” e buscou dialogar com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) sob a orientação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 8, que versa sobre o crescimento econômico inclusivo e sustentável para todas as pessoas.

Durante a cerimônia de abertura, Pedro Paulo Bicalho, presidente do CFP, ressaltou o apoio do Conselho Federal de Psicologia ao XI CBPOT, por dialogar com a atuação precípua da Autarquia de produzir orientações e incidir no funcionamento dos processos disciplinares da Psicologia.  

Bicalho apresentou a Nota Técnica CFP nº 18/2024, documento que apresenta orientações para o exercício profissional no campo da Psicologia do Trabalho e das Organizações (POT) e destaca, entre outros aspectos, a importância de aliar a conduta ética aos serviços prestados por psicólogas e psicólogos nessa área profissional.

“Os congressos fazem funcionar os nossos processos de orientação. Esse é um momento importante para a produção de orientações no campo das organizações do trabalho. Hoje somos uma categoria que se articula com políticas públicas, com a saúde do trabalhador e que, efetivamente, entende a responsabilidade de fazer Psicologia nesse que é o segundo país mais desigual do mundo”, pontuou o presidente do CFP.

Representado também pelo conselheiro Virgílio Bastos e pela conselheira Juliana Guimarães, o Conselho Federal de Psicologia integrou a programação oficial na condução e participação de mesas de debate sobre a dignidade no trabalho como promotora de saúde; os fatores de riscos psicossociais no trabalho; e o território da Psicologia da organização e do trabalho à luz do mais recente Censo da Psicologia Brasileira. 

O CFP integrou ainda o Encontro Nacional das Comissões de POT dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRP) e conduziu, junto com a Federação Nacional dos Psicólogos (FENAPSI) e a Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho (SBPOT), um ato público em defesa da jornada de até 30 horas para profissionais da Psicologia.

Acesse a íntegra da Nota Técnica CFP nº 18/2024.

Matéria relacionada:

CFP lança nota técnica para orientar a atuação da Psicologia no campo do trabalho e das organizações

 

Luta anticapacitista: CFP participa de 5ª Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência e destaca caminhos para efetivação dos direitos dessa população

Entre os dias 14 e 17 de julho, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou, em Brasília/DF, da 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (5ª CNPCD). Espaço marcado pela ampla participação social, o evento teve como objetivo discutir e articular propostas, estratégias e diretrizes para as políticas públicas na área, de modo a promover direitos e enfrentar desigualdades e todos os tipos de discriminação contra as pessoas com deficiências.

A perspectiva da Psicologia no enfrentamento ao capacitismo foi o fio condutor de diálogos propostos pela conselheira-secretária do CFP, Izabel Hazin, junto às(aos)  delegadas e delegados do encontro nacional, que prestigiaram o estande reservado ao Conselho.

No espaço, as(os) visitantes também tiveram acesso a publicações, cartilhas e revistas relacionadas ao tema da conferência deste ano: “Cenário atual e futuro da implementação dos direitos da pessoa com deficiência: construindo um Brasil mais inclusivo”.

“É importante relembrar que o enfrentamento ao capacitismo é uma das bandeiras centrais do Conselho Federal de Psicologia. Para reforçar o compromisso do CFP com a luta das pessoas com deficiência na garantia dos seus direitos, uma série de ações foram realizadas para salvaguardar a presença da Psicologia nesta conferência”, pontuou Izabel Hazin.

Contribuições da Psicologia

A conselheira destacou o encontro preparatório realizado pelo CFP para debater as propostas da categoria para a conferência nacional. Participaram dos diálogos conselheiros e conselheiras nacionais e regionais, assim como psicólogas(os) que atuam no governo federal e na Comissão Intersetorial de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência (CIASPD), todas(os) pessoas com deficiência.

Fruto desse encontro, um documento contendo a sistematização das contribuições da Psicologia sobre políticas públicas voltadas à atenção da pessoa com deficiência permeou as propostas apresentadas à 5ª CNPCD pela psicóloga e coordenadora da CIASPD, Vitória Ferreira.

Entre outros pontos, o conteúdo reúne propostas e indicativos de ações relacionadas à acessibilidade, inclusão no mercado de trabalho, educação inclusiva, investimentos em tecnologias assistivas e formação de intérpretes de Libras, dando ênfase à importância de políticas públicas que garantam a participação plena das pessoas com deficiência na sociedade.

Também foi tratada a questão da comunicação universal na perspectiva de superação das barreiras sensoriais, cognitivas e físicas, como o Desenho Universal da Aprendizagem (DUA) e a implementação de normas de acessibilidade digital.

Evento preparatório

Para reunir e sistematizar contribuições sobre políticas públicas voltadas à atenção da pessoa com deficiência, a partir do acolhimento, da inclusão e da escuta de psicólogas e psicólogos com deficiência, no dia 26 de junho, o Conselho Federal de Psicologia realizou o evento preparatório A Psicologia na 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência: construindo um Brasil mais inclusivo.

A atividade contou com a participação da vice-presidente da autarquia, Alessandra Almeida; da conselheira-secretária Izabel Hazin; da conselheira-tesoureira Célia Mazza, com a condução dos trabalhos pela conselheira Rosana Figueiredo.

Também foram convidadas(os) Ana Marques (CRP/SP), José Antônio Siqueira (CRP/ES), José Fernando Duarte (CRP/GO), Jucimara Bernardes (CRP/AM-RR), Luís Henrique Souza (CRP/RS), Maycon Pereira (CRP/RJ), Niveamara Barroso (CRP/CE), Rafael Carneiro (CRP/RS), Rafaela Olegário (CRP/RN), Raul de Paiva (SNDPD/SNDH/MDHC) e Vitória Bernardes (CIASPD/CNS).

Em um potente processo de escuta e troca, a atividade teve como resultado a consolidação de um documento inédito, contendo propostas de profissionais da Psicologia com deficiência, com contribuição de representantes dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRP) e de profissionais da Saúde, elencadas a partir de discussões sobre os cinco eixos temáticos da 5ª Conferência Nacional.

Realizado em formato híbrido, o encontro preparatório recebeu 3,5 mil inscrições e, até o fechamento desta matéria, contabiliza 2,8 mil visualizações no canal do CFP no YouTube.