Nota de Pesar: Alessandra Guató

É com profundo pesar que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) recebe a notícia do falecimento de Alessandra Alves de Arruda Guató, presidente da organização de mulheres indígenas Takiná, no estado do Mato Grosso.

Alessandra Guató desempenhou um papel de liderança na Terra Indígena Baía dos Guató/MT e destacou-se por suas contribuições à Psicologia como integrante do Grupo de Trabalho sobre Psicologia e Povos Indígenas do Conselho Regional de Mato Grosso (CRP-18).

Originária da aldeia Aterradinho, localizada em Barão de Melgaço (MT), Alessandra Guató, além de possuir graduação em Psicologia, era enfermeira e mestranda em antropologia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

A vida de Alessandra foi dedicada ao serviço em prol dos povos indígenas. Sua atuação em diversas instâncias de representação foi marcante, contribuindo de maneira significativa para a defesa dos direitos dos povos originários, com especial ênfase nas mulheres indígenas.

Alessandra participou ativamente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (CONDISI), integrou o Conselho Estadual de Educação Indígena e sua influência se estendeu até a Comissão Nacional de Educação Indígena, onde desempenhou um papel relevante no Ministério da Educação (MEC).

O CFP expressa suas condolências aos familiares, amigos e à comunidade indígena neste momento de luto. Alessandra Guató deixa um legado de luta e perseverança ancestral, que continuará a inspirar a todos nós.

Foto: reprodução

CFP participa do IX Congresso Internacional da Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos sobre Drogas

Brasília receberá, entre 15 e 18 de novembro, o IX Congresso Internacional da Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos sobre Drogas (ABRAMD): Ética na pluralidade dos Saberes e dos Fazeres sobre Drogas.

O evento reunirá, na Universidade de Brasília, profissionais, pesquisadoras(es) e formadoras(es) de diversas áreas e contextos de atuação (do Brasil e do mundo) que atuam nas políticas públicas e no setor privado na temática do uso de substâncias psicoativas. Entre os objetivos do encontro destacam-se ampliar conhecimentos e fortalecer a rede de profissionais comprometidas(os) com a ética e a pluralidade dos saberes e dos fazeres sobre drogas.

Nesse cenário, as(os) profissionais da Psicologia têm presença significativa nos serviços públicos de atendimento em contextos de uso de álcool e outras drogas e estão presentes em equipes de pesquisa e de formação acerca do assunto, consolidando a Psicologia como campo de atuação fundamental nas equipes e também na gestão pública.

Sendo assim, visando contribuir para um debate qualificado sobre diferentes dimensões que o tema apresenta como desafio à sociedade brasileira, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) integra a programação do congresso.

No dia 17 novembro, a conselheira Clarissa Guedes participará de mesa “Sistema Conselhos e as Comunidades Terapêuticas: notas para uma normatização”. No dia 18, integram a mesa “Contribuições da Psicologia para as Políticas Públicas sobre Drogas” as conselheiras Clarissa Guedes e Obadeyi Carolina Saraiva; o representante dos usuários dos Centros de Atenção Psicossocial no Distrito Federal, Kleidson Oliveira, e o supervisor clínico institucional pela Fundação Oswaldo Cruz de Brasília, Thiago Petra.

Saiba mais

Criada no ano de 2005, ABRAMD se tornou uma das protagonistas pelo avanço do debate em uma perspectiva científica, plural e ética nas diferentes instâncias da sociedade civil e em espaços de controle social. Atualmente, forma uma rede nacional, com ramificações regionais e temáticas, capaz de captar necessidades locais e incentivar construções coletivas inovadoras.

Serviço:

IX Congresso Internacional da Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos sobre Drogas
Data: 15 a 18 de novembro.
Local: Universidade de Brasília (UnB).
Inscrições até 15 de novembro.
Para mais informações, acesse congressointernacional2023.abramd.org.

Grupo de Trabalho sobre orientação e regulamentação do uso assistido de psicodélicos em contexto psicoterapêutico se reúne em Brasília

O Grupo de Trabalho (GT) de orientação e regulamentação do uso assistido de psicodélicos em contexto psicoterapêutico reuniu-se nos dias 28 e 29 de setembro, na sede do Conselho Federal de Psicologia (CFP), em Brasília/DF.

O colegiado foi criado neste ano e tem como objetivo a elaboração de um plano de trabalho institucional para debates e orientação sobre o uso assistido de psicodélicos em contexto psicoterapêutico, tendo como base estudos científicos, respeito à laicidade e às cosmovisões.

A criação do GT parte do reconhecimento de que o debate sobre o tema já vem ocorrendo no âmbito de outras profissões da saúde e no campo acadêmico. A proposta foi apresentada pelo Conselho Regional do Paraná (CRP 08) durante a Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF), em maio de 2023, e aprovada pelo CFP e os Conselhos Regionais de Psicologia de todo o país.

De acordo com a coordenadora do Grupo de Trabalho, a conselheira do CFP Carolina Roseiro, a reunião destacou a urgência em debater o tema para além do âmbito psicofarmacológico – que faz interface com a medicina, voltada para prescrição de substâncias. A proposta é situar o Sistema Conselhos de Psicologia na condição de constituir um posicionamento profissional e científico que também possa incidir em relação aos debates legais acerca da questão que estão ocorrendo, considerando o protagonismo das pessoas usuárias, na perspectiva da redução de danos e da gestão autônoma do uso terapêutico das substâncias.

“Para além disso, entendemos que tanto em relação às terapias assistidas quanto em relação às terapias integradas, a psicoterapia é protagonista nesse acompanhamento do uso de psicodélicos com fins terapêuticos”, complementa Roseiro.

Nessa perspectiva, destaca a coordenadora do GT,  a compreensão é de que, nesse momento, o tema precisa ser debatido no âmbito do Sistema Conselhos, visto envolver prerrogativas profissionais da Psicologia que precisam ser colocadas junto ao debate acadêmico, científico e na sociedade – inclusive no que se refere à legalidade.

“Para além da importância de discutir a fisiologia e os impactos de substâncias psicoativas no funcionamento da vida das pessoas, é fundamental debater aspectos relacionados ao acompanhamento terapêutico, que envolve questões acerca de métodos e técnicas e da ética da Psicologia”, pontua a representante do CFP.

Além do Conselho Federal de Psicologia, também integram o Grupo de Trabalho as (os) conselheiras (os) Anderson Nazareno Matos, do CRP 04 (MG); Fábio José Orsini Lopes, do CRP 08 (PR); Luis Wagner Dias Caldeira, do CRP 10 (PA/AP); Laeuza Lucia da Silva Farias, do CRP 15 (AL); Luis Ricardo de Moraes Rocha Santos, do CRP 22 (MA); Clivaldenha Marques de Souza, do CRP 24 (AC/RO); e o psicólogo especialista e colaborador ad hoc, Sandro Eduardo Rodrigues, da Associação Psicodélica do Brasil (APB).

Para além da terapia assistida

A área de estudos sobre Psicoterapia Assistida por Psicodélicos (PAP) tem emergido no campo da saúde mental no Brasil levando em conta o aumento de novas publicações de ensaios clínicos sobre o tema, especialmente quanto ao uso em indivíduos que enfrentam sofrimento mental.

No âmbito do Sistema Conselhos de Psicologia, o GT orientação e regulamentação do uso assistido de psicodélicos em contexto psicoterapêutico foi instituído com a proposta inicial de contemplar em suas discussões apenas a temática da terapia assistida.

Porém, ao longo das atividades de trabalho, o colegiado identificou a necessidade de discussões mais abrangentes. A proposta é que também sejam contempladas abordagens sobre o uso da cannabis e demais substâncias, considerando a variedade e diversidade de substâncias, dos seus efeitos psicoativos e das questões legais quanto ao uso, tendo em vista as terapias integradas, isto é, o acompanhamento terapêutico sem a prescrição da substância.  “Amplia-se o trabalho, portanto, para uma agenda comum com a redução de danos, com o debate das práticas integrativas e complementares e quanto à orientação voltada para a centralidade do processo psicoterapêutico”, destaca a conselheira.

Conheça a edição revisada das Referências Técnicas para atuação em políticas públicas de álcool e outras drogas.

 

Nota de pesar: José Glauco Bardella

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) lamenta o falecimento do psicólogo José Glauco Bardella, cuja trajetória se confunde com a da própria Psicologia no país. José Glauco atuou no movimento pela regulamentação da profissão no Brasil e deu importante contribuição para a profissionalização e desenvolvimento da Avaliação Psicológica no país.

Natural de Botucatu/SP, Bardella iniciou sua carreira profissional na Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), em São Paulo, no departamento de seleção e formação de pessoas. Também foi psicólogo do Departamento dos Institutos Penais do Estado (Dipe).

Em 1964, dois anos após a Psicologia ter sido regulamentada, Bardella já era um dos sócios do Centro de Psicologia Aplicada, um dos locais de seleção de pessoal e de distribuição de testes da cidade de São Paulo. Foi lá que criou tabelas distribuídas junto com os testes psicológicos, de forma gratuita. A iniciativa foi a base para a criação de empresa fundada por ele e demais sócios, em 1966, dedicada a testes psicológicos.

Ao destacar o legado deixado à Psicologia como ciência e profissão, o CFP se solidariza à família e amigos de José Glauco Bardella.

Consulta pública coloca em debate oferta de cursos na modalidade EaD e entidades da Psicologia defendem presencialidade nas graduações em Saúde

Diante do compromisso institucional de promover espaços de diálogo sobre questões que levem à qualificação dos serviços prestados pela categoria à sociedade, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) – em conjunto com a Associação Brasileira de Ensino em Psicologia (ABEP) e a Federação Nacional dos Psicólogos (FENAPSI) – convoca a categoria a participar da consulta pública aberta pelo Ministério da Educação (MEC) sobre a regulação da oferta de cursos superiores à distância.

As entidades defendem a presencialidade como condição essencial de qualidade na formação e no cuidado ofertado à população. O CFP, a ABEP e a FENAPSI destacam a importância de psicólogas e psicólogos contribuírem com a consulta, oferecendo sugestões em consonância com o que vem sendo defendido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS): a defesa da formação profissional em Saúde, unicamente presencial, admitindo nesta modalidade o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) em um percentual de até 20% da carga-horária total do curso –, desde que não sejam abrangidos, neste caso, disciplinas de caráter assistencial, práticas e estágios em qualquer campo da Psicologia, principalmente, na saúde.

O posicionamento do CFP, das demais entidades da Psicologia e das profissões de saúde articuladas no Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde (FCFAS) é contrário à modalidade em EaD para o curso de Psicologia, para todos os demais da área da saúde e para o Direito, e implica em respeitar o princípio da inseparabilidade entre teoria e prática.

“Temos, adicionalmente, a exigência de que a extensão se torne um componente curricular obrigatório, colocando o aluno em contato com problemas e desafios da comunidade local ou regional. Tudo isso constitui evidência de que a formação em Psicologia não pode ser predominantemente à distância e que o percentual de 20% é mais do que suficiente para familiarizar a(o) futura(o) profissional com as novas tecnologias e lhes dar acesso a conhecimentos que podem ser transmitidos dessa maneira”, explica o conselheiro do CFP Virgílio Bastos.

Estabelecida pela Portaria nº 1.838/2023 , a consulta pública ficará disponível até o dia 20 de novembro, por meio da plataforma Participa + Brasil.

Diretrizes Curriculares Nacionais

Em 23 de outubro, o Ministério da Educação homologou, por meio da Resolução CNE/CES Nº 1, as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia. O documento estabelece os princípios, os fundamentos, as condições de oferta e os procedimentos para o planejamento, a implementação e a avaliação dos cursos de Psicologia, no âmbito do Sistema de Educação Superior do país.

Um dos pontos tratados na consulta pública refere-se à necessidade de que as tecnologias digitais sejam utilizadas de forma crítica, reflexiva e ética, como recurso para acessar, disseminar e produzir conhecimento. O relatório aprovado pelo CNE e homologado pelo MEC deixa evidente a necessidade de que a natureza do exercício profissional em Psicologia e dos fenômenos com os quais a(o) profissional lida requer uma formação presencial. Isso também fica muito destacado quando se examina o amplo e complexo leque de competências profissionais a serem desenvolvidas ao longo do processo de formação. A maioria delas requer necessariamente a imersão em contextos de trabalho, em relações interpessoais ou grupais em que a interação face a face é indispensável.

Importante destacar que as as DCNs da Psicologia, recentemente homologadas pelo Ministério da Educação, prevêem estágios supervisionados básicos e específicos. Estes estágios devem estruturar-se em dois níveis: estágios do núcleo comum e estágios das ênfases curriculares. Dessa forma, a prática se distribui ao longo do percurso formativo e de toda a graduação, envolvendo todos os componentes curriculares, não existindo uma separação entre teoria e prática, como tradicionalmente se concebiam os currículos.

Grupo de Trabalho de Ensino a Distância

Foi instituído pelo MEC um grupo de trabalho específico para revisar a regulação da oferta de cursos de graduação EaD em Psicologia, Direito, Enfermagem e Odontologia, por meio da Portaria nº 668/2022, alterada pela Portaria nº 398/2023. O GT EaD encerrou suas atividades em junho de 2023 e gerou o Relatório do Grupo de Trabalho de Educação à Distância (GT EaD), divulgado em 29 de setembro, que embasou a realização da consulta pública sobre o EaD.

Para o subgrupo do GT destinado aos cursos de Psicologia – formado por integrantes do CFP, da ABEP e FENAPSI –, o relatório traz somente a descrição das atividades e apresenta a ideia equivocada de que a modalidade de ensino a distância é a evolução dos cursos de graduação.

Histórico de luta em defesa da presencialidade

O CFP, em parceria com ABEP e a FENAPSI, tem uma luta histórica pela valorização profissional, seja ao defender os princípios do código de ética e também ao reafirmar seu compromisso com a promoção da saúde e qualidade de vida da população.

Nesse sentido, é papel do Conselho Federal defender a formação de qualidade ética e técnica presencial, capaz de construir uma identidade profissional marcada pelo respeito às diferenças, pela compreensão das muitas vidas possíveis, pela empatia com o sofrimento e dos dilemas da vida, pela capacidade de compreender e dialogar com as muitas formas de ser e viver.

Confira a nota pública do CFP, ABEP e FENAPSI em defesa da presencialidade e contra a educação a distância na Graduação em Psicologia, divulgada em março deste ano, assinada por mais de 40 entidades da Psicologia.

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Psicologia se aprende com presença

Prevenção à violência nas escolas

Diante dos recentes ataques armados às escolas brasileiras, cuja violência traduz, sobretudo, a degradação e a desigualdade em um espaço público tão relevante como o ambiente escolar, reiteramos a urgência de atentar para um modo de atuação mais amplo, que contemple ações de prevenção, resposta e posvenção. Assim como um trabalho pedagógico focado na educação crítica da mídia e de combate à desinformação.

Diferentemente da psicóloga clínica, a psicóloga escolar intervém, de forma coletiva e em rede, nas atividades e projetos  de enfrentamento dos preconceitos e da violência na escola, orientando as equipes educacionais na promoção de ações que auxiliem na integração entre família, estudante e escola, e nas ações necessárias à superação de estigmas que comprometam o desempenho deles. Assim, é relevante destacar o papel que a Psicologia tem na escola, por promover e restaurar as relações interpessoais estabelecidas na comunidade escolar, na busca da construção de um ambiente democrático e que preserve e respeite direitos individuais e coletivos.

Uma vez que a violência é fenômeno multicausal, cuja repercussão não se circunscreve aos limites do espaço físico da escola, torna-se ainda mais preocupante seu impacto à vida e ao desenvolvimento saudável de crianças, adolescentes, jovens e todas as pessoas que frequentam as escolas. Nesse sentido, destacamos a relevância e pertinência da intervenção de profissionais da Psicologia dentro da escola, que não está reduzida à emissão de relatórios, diagnósticos psicológicos ou atendimentos clínicos. Ao contrário, a adequada qualificação profissional no ambiente escolar contribuirá para avaliar a complexidade do fenômeno e seu enfrentamento, buscando ultrapassar as perspectivas de perfil criminológico e patologização do convívio escolar.

É fundamental a implementação da Lei nº 13.935/2019, que determina que o Poder Público assegure o acompanhamento psicológico e socioassistencial a estudantes da rede pública de educação básica. Assim, é possível propor e implementar ações junto às equipes das instituições de ensino, a fim de realizar os objetivos educacionais e promover qualidade de vida da comunidade escolar. Ao assegurar a presença de psicólogas, como profissionais da educação, pela efetiva aplicação da lei, permite-se desempenhar uma função primordial em ações de prevenção à violência, associando a prática profissional à garantia de direitos e desenvolvimento humano e articulando as seguranças socioassistenciais em todos os níveis de complexidade e no trabalho em rede.

Por fim, a presença e a atuação da Psicologia e do Serviço Social no contexto escolar são fundamentais para a construção da justiça e igualdade sociais, em que prevaleça uma cultura de paz, livre de opressões, explorações, preconceitos e violências.

Referência: Nota Técnica CFP  nº 8/2023.

Conselho Federal de Psicologia

CDH se articula para lançamento de campanha nacional de Direitos Humanos

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Conselho Federal de Psicologia (CFP) se reuniu neste mês na sede do CFP, em Brasília/DF, para deliberar ações do colegiado com vista à promoção de direitos humanos em sua interface com a Psicologia.

Dentre os destaques está a realização de uma campanha sobre descolonialidade e Psicologia, que trará como enfoque as práticas de enfrentamento aos efeitos da colonização no exercício profissional da Psicologia.

O grupo também deliberou pela realização de uma nova inspeção nacional em Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico em todo o país. Em 2018, em parceria com outros órgãos do Poder Público, o CFP promoveu uma inspeção em 40 Hospitais Psiquiátricos, com o objetivo de verificar e analisar as condições de privação de liberdade das pessoas internadas, sobretudo a existência de violação de direitos.

A reunião da CDH/CFP também debateu a realização do Encontro Nacional das Comissões de Direitos Humanos dos Conselhos Regionais de Psicologia, previsto para os dias 22 e 23 de novembro, em Brasília/DF. O encontro terá como enfoque os desafios e potencialidades das Comissões de Direitos Humanos do Sistema Conselhos de Psicologia e ações ao longo da atual gestão.

“Como parte de suas atribuições institucionais, o coletivo que compõe a Comissão de Direitos Humanos do CFP se debruçou sobre importantes temas da agenda de promoção e defesa de direitos no país, atento às interseccionalidades dessas questões e a grupos e espaços mantidos na invisibilidade”, destacou Andreza Costa, coordenadora da CDH/CFP.

A Comissão de Direitos Humanos foi criada pelo Conselho Federal de Psicologia em 1997 e tem como objetivo mobilizar profissionais da Psicologia de todo o país na defesa dos direitos humanos como um desafio permanente da categoria.

Inspirados na experiência do CFP, a partir de 1998 todos os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) passaram a contar com suas próprias Comissões de Direitos Humanos, fortalecendo no âmbito do Sistema Conselhos a atuação da Psicologia em temas essenciais na proteção e garantia desses direitos. Mais informações sobre a CDH/CFP, acesse o site do Conselho Federal de Psicologia. 

*Conheça as(os) integrantes da CDH/CFP:*

Alessandra Santos de Almeida – conselheira (CRP 03/003642)
Nita Tuxá – conselheira (CRP 03/25213)
Andreza Cristina da Silva Costa – coordenadora (CRP03/28311)
Alexander Morais de Oliveira (CRP 10/07974)
Deivison Warla Miranda Sales (CRP 03/13271)
Emilly Mel Fernandes de Souza (CRP 17/4471)
Geni Daniela Nuñez Longhini (CRP 12/21795)
Giulia Natália Santos Mendonça (CRP 01/19100)
Marcelo Afonso Ribeiro (CRP 06/41667)
Mônica Valéria Affonso Sampaio (CRP 05/44523)
Paula Rita Bacellar Gonzaga (CRP 04/64619)
Rafael Ribeiro Filho (CRP 17/3227)
Rogério Giannini (CRP 06/53926)

Confira a galeria de fotos desta reunião da CDH.

CFP Divulga: I Congresso Brasileiro de Métodos Alternativos ao Uso de Animais

Preocupações com o uso de animais em pesquisa e educação ganham destaque à medida que avanços científicos revelam a capacidade desses seres de sentir dor e emoções.. Em resposta a esse cenário, o Centro Brasileiro para Validação de Métodos Alternativos (BraCVAM) e a prestigiada Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promovem o I Congresso Brasileiro de Métodos Alternativos ao Uso de Animais, entre 6 e 9 de novembro, na cidade do Rio de Janeiro.

O encontro tem como missão impulsionar discussões e avanços sobre novas técnicas e abordagens destinadas a substituir o uso de animais em pesquisas e na educação. Os tópicos incluem o Direito Animal, o financiamento para pesquisa em métodos alternativos e a criação de um repositório de métodos substitutivos na educação.

O evento contará com diversos palestrantes especialistas, como Thomas Hartung, Antônio Anax, Rodrigo De Vecchi, Thales Trèz, Bianca Marigliani, Luciene Ballotin, Marize Valadares, Arthur Henrique de Pontes Regis, Marcelo Salabert, Ekaterina Rivera, Sebastian Hoffmann e Edison Nakayama, que compartilharão percepções sobre as mais recentes técnicas e abordagens relacionadas ao tema.

Estudantes de graduação, pós-graduação e profissionais interessados no assunto poderão participar desta iniciativa. Inscreva-se por meio do site cbmalt.com.br.

Nota de pesar

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) declara profundo pesar pelo falecimento do assessor de Tecnologia da Informação e funcionário do Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-09) Leonardo Abdala Gomes, ocorrido nesta quarta-feira, 27 de setembro de 2023. 

Leonardo era funcionário do CRP-09 desde 16 de maio de 2019 e desempenhou suas funções com competência, dedicação e profissionalismo – contribuindo para o cumprimento da missão institucional do Sistema Conselhos de Psicologia.

Neste momento de luto, o CFP expressa suas condolências e solidariedade aos familiares e amigos de Leonardo, bem como aos membros do CRP-09.

Participe da pesquisa sobre perfil e prática profissionais de psicólogas(os) que atuam na área da Saúde

Participe da pesquisa Perfil e práticas profissionais de psicólogas(os) em serviços de saúde públicos e privados no Brasil. Promovida pelo Grupo de Trabalho Psicologia da Saúde em Instituições e na Comunidade da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP), a iniciativa tem o objetivo de identificar o perfil sociodemográfico e de formação dos profissionais da Psicologia; conhecer as práticas profissionais, as especialidades e os tipos de serviços onde trabalham, além da percepção acerca do trabalho em equipe multiprofissional.

A consulta é direcionada aos profissionais que estejam atuando em programas e(ou) instituições de saúde, tanto do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto de serviços privados. Também poderão participar docentes e(ou) pesquisadores que têm atuação em unidades de saúde, com supervisão de estágio ou residência.

Assim, vale lembrar que psicólogas(os) que trabalham com temas da área da  Saúde, mas exercem sua atuação como autônomos, ou exclusivamente em docência e pesquisa, não se enquadram nos critérios da amostra. 

Para participar e obter mais informações sobre a pesquisa, acesse o questionário online