“Não tem uma dia sequer no qual não pensamos em Marcus Vinicius”. Foi assim que o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Rogério Giannini, acompanhado de uma comitiva, abriu a audiência pública junto ao secretário de segurança pública do Estado da Bahia, Maurício Teles Barbosa, nesta terça-feira (13), em Salvador (BA).
A coordenadora da Comissão dos Direitos Humanos do CFP (CDH/CFP), Ana Luiza Castro, o conselheiro Paulo Maldos, a psicóloga Carla França, também da CDH/CFP, a ex-presidente do CFP Ana Bock e, representando a família de Marcus Vinícius, Marcos Ferreira, do Instituto Sílvia Lane, estavam entre os participantes da reunião.
O encontro, realizado a pedido do CFP, foi para abrir o diálogo para melhorar o entendimento de como o inquérito sobre a morte do psicólogo Marcus Vinicius de Oliveira Silva está sendo conduzido pela justiça. A luta do CF é para que este caso, ora individual, represente a luta por justiça de toda a sociedade brasileira e a afirmação do compromisso do Estado com a promoção de cidadania.
De acordo com o secretário, a segurança pública tem cumprido seu papel na apuração dos fatos e diligências, que indicam crime de mando. Além disso, nesse momento, a instrução processual é cabível para acelerar o andamento do caso, além de seu encaminhamento ao Ministério Público Federal (MPF). Ainda segundo o secretário, não houve, por parte da polícia, paralisação nas investigações. “Nossos delegados querem resolver esse inquérito o mais rapidamente possível.”
Ao final do encontro, o presidente do CFP enfatizou que a “sensação é de acolhimento”, e que o papel da autarquia foi o de se colocar como interessado, em nome da sociedade e da Psicologia.
Fórum Social Mundial homenageia Marcus Vinicius
Entre 13 e 17 de março de 2018, o CFP terá um espaço próprio para encontro de estudantes e profissionais da Psicologia: a Tenda Marcus Vinícius, em homenagem ao militante histórico da luta antimanicomial, brutalmente assassinado em 4 de fevereiro de 2016, Marcus Vinícius de Oliveira Silva. No local, os temas da Psicologia e sua relação com a luta pela democracia e pelos direitos humanos serão debatidos.
Saiba mais sobre o FSM 2018 e acompanhe a cobertura do encontro.
A resolução determina que profissionais da Psicologia, em sua prática profissional, devem atuar de forma a contribuir para a eliminação da transfobia – compreendida como todas as formas de preconceito, individual e institucional, contra as pessoas travestis e transexuais. Orienta, ainda, que as e os profissionais não favoreçam qualquer ação de preconceito e nem se omitam frente à discriminação de pessoas transexuais e travestis.
A norma recém-aprovada impede o uso de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação e veda a colaboração com eventos ou serviços que contribuam para o desenvolvimento de culturas institucionais discriminatórias.











































