Representantes das Comissões Eleitorais do Sistema Conselhos de Psicologia participam de encontro nacional 

Nos dias 22 e 23 de janeiro, Brasília/DF recebeu o 1º Encontro Nacional das Comissões Eleitorais do Sistema Conselhos de Psicologia, evento inédito que marca os preparativos  das eleições para os Conselhos Regionais (CRPs) e a consulta nacional para o Conselho Federal (CFP), que ocorrerão entre 23 e 27 de agosto.

O evento reuniu 70 participantes, entre presidentes das Comissões Regionais Eleitorais (CREs) e representantes dos Conselhos Regionais, para um intensivo treinamento sobre as diretrizes e procedimentos eleitorais, conforme estabelecido pela Resolução CFP nº 10/2024.

Com uma agenda marcada pelo compartilhamento de informações sobre o processo eleitoral deste ano, a reunião buscou preparar as lideranças regionais para lidar com as especificidades do processo, reforçando a importância das práticas de equidade e representatividade no Sistema Conselhos de Psicologia.

Participantes tiveram acesso a orientações detalhadas sobre o sistema de inscrição de chapas, ações afirmativas e aos processos de heteroidentificação. O encontro contou com a colaboração da Comissão Eleitoral Regular (CER), da Comissão Especial Eleitoral (CEE) e da Comissão Eleitoral de Ações Afirmativas e Heteroidentificação (CAAH), com o objetivo garantir que o processo eleitoral de 2025 transcorra de forma inclusiva e transparente.

O conselheiro do CFP e presidente da CER, Rodrigo Acioli destacou a importância do momento formativo, de modo a conferir eficiência nos trabalhos que ajudarão a conduzir as etapas eleitorais, fortalecendo o processo democrático e a transparência das ações junto à categoria. “Nós temos essa missão de organizar o processo eleitoral e assegurar sua qualidade”.

A presidente da CEE, Marisa Helena Alves, falou sobre o funcionamento da comissão  responsável pela Consulta Nacional e pelo suporte às Comissões Regionais Eleitorais na inscrição de chapas federais, entre outros.

A psicóloga coordenadora da CAAH, Edireusa Fernandes Silva, ressaltou que as ações afirmativas e heteroidentificação nas eleições refletem o compromisso do Sistema Conselhos de Psicologia com a inclusão e a equidade, em um processo continuamente aprimorado.

Sistemas e infrações

Infrações e sanções também estiveram entre os destaques do encontro, com apresentação da Gerência Jurídica do CFP sobre as Comissões Eleitorais e o aprimoramento das suas decisões diante do tema.

O segundo dia (23) do treinamento foi reservado aos aspectos técnicos de uso da plataforma para a inscrição, destacando a importância da acessibilidade em sites e sistemas, com ênfase nos produtos desenvolvidos para as eleições. Também foi apresentado como serão organizadas as equipes de apoio no CFP e o que está sendo preparado na área de auditoria, que será externa ao CFP, para assegurar  segurança, uniformidade e eficiência na condução das eleições.

Novidade

Este ano, o processo eleitoral garante a realização simultânea dos Congressos Regionais de Psicologia (COREPSIs), com os 24 regionais trabalhando durante o mesmo final de semana em todo o país. Essa iniciativa é inédita e fortalece a integração e o alinhamento entre os Conselhos Regionais, em prol de um processo eleitoral organizado e harmônico, assegurando que todas as etapas sejam conduzidas  de forma simultânea, para evitar exclusões ou desigualdades no processo.

Vale lembrar que, durante a realização do COREPSIs, encerra-se o prazo para as inscrições de chapas (e-chapas.cfp.org.br) para as eleições dos Conselhos Regionais e para a Consulta Nacional para o Conselho Federal.

As Comissões Regionais Eleitorais (CREs) e a Comissão Eleitoral Especial (CEE) serão responsáveis pelo recebimento das inscrições, que deverão ser realizadas exclusivamente pelo Sistema E-Chapas, no período de 18 de fevereiro a 22 de março de 2025, até às 23h59 (horário de Brasília), durante a realização dos Congressos Regionais de Psicologia (COREPSIs).

Conheça as comissões envolvidas no processo eleitoral

Comissão Eleitoral Regular (CER): composta por conselheiras(os) federais, atua como instância de orientação sobre o Regimento Eleitoral e recurso em disputas relacionadas às chapas concorrentes nas eleições regionais;

Comissão Eleitoral Especial (CEE): formada por psicólogas(os) não conselheiras(os) federais, é responsável pela Consulta Nacional e pelo suporte às Comissões Regionais Eleitorais na inscrição de chapas federais, além de apreciar requerimentos;

Comissão de Ações Afirmativas e Heteroidentificação (CAAH): composta preferencialmente por psicólogas(os), avalia a elegibilidade de candidaturas, nas questões  de ações afirmativas e heteroidentificação, e emite pareceres para subsidiar decisões das demais comissões;

Comissão Regional Eleitoral (CRE): integrada por psicólogas e psicólogos não conselheiras(os) regionais, é responsável pela condução do processo eleitoral em sua jurisdição e pelo processamento de requerimentos das chapas concorrentes.

Acesse a íntegra da Resolução CFP nº 10/2024, que estabelece o regimento eleitoral, e fique por dentro de todos os detalhes do processo.

Acompanhe também os canais oficiais do Conselho Federal de Psicologia para mais informações sobre as eleições dos CRPs e a consulta nacional para o CFP.

Confira a galeria de imagens do 1º Encontro Nacional das Comissões Eleitorais do Sistema Conselhos de Psicologia | Flickr

Matérias relacionadas:

Eleições 2025: fique por dentro do regime eleitoral do Sistema Conselhos de Psicologia

CFP consolida 10 propostas no campo da Psicologia Ambiental para a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente

Na quinta-feira (24), o Conselho Federal de Psicologia (CFP) consolidou propostas da Psicologia brasileira para a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), que será realizada em maio deste ano, em Brasília (DF), com o tema “Emergência Climática: o desafio da transformação ecológica”.

O documento foi elaborado durante a Conferência Livre de Psicologia, Justiça Ambiental e Meio Ambiente (assista aqui e aqui) que reuniu centenas de profissionais da Psicologia de todo o país. 

O diálogo resultou em duas propostas para cada um dos cinco eixos temáticos a serem debatidas durante a 5ª CNMA e também na eleição de Alessandra Almeida – vice-presidenta do CFP e coordenadora dos grupos de trabalho Psicologia Ambiental e de Riscos e Emergências e Desastres – como delegada na Conferência Nacional.

O presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, destacou a importância de a Psicologia referendar a 5ª CNMA e produzir narrativas de enfrentamento aos discursos negacionistas sobre emergências ambientais e do clima. “Nós, profissionais da Psicologia, também construímos saúde mental na articulação com as discussões sobre o enfrentamento à crise climática”, ressaltou.

A Conferência Livre de Psicologia, Justiça Ambiental e Meio Ambiente foi acompanhada por 1.130 perfis, recebeu 869 inscrições e registrou nominalmente a participação de 240 pessoas, sendo 94% de representantes da sociedade civil (profissionais da Psicologia, estudantes, povos e comunidades tradicionais) e 6% de atores governamentais.

Além do presidente e da vice-presidente do CFP, contribuíram com os diálogos as conselheiras federais Nita Tuxá e Fabiane Fonseca, e as(os) profissionais da Psicologia e pesquisadoras(es) Adria Lima e Thiago Siqueira.

Propostas da Psicologia

Os cinco eixos temáticos que têm norteado as atividades municipais, estaduais, distrital e livres, preparatórias à 5ª CNMA, versam sobre mitigação, adaptação e preparação para desastres, justiça climática, transformação ecológica, governança e educação ambiental.

As propostas do Conselho Federal de Psicologia relacionadas ao eixo Mitigação, incluem desenvolver estratégias nas Redes de Atenção à Saúde que integrem saúde mental e sustentabilidade, dialogando com saberes tradicionais e promovendo práticas sustentáveis como formas de autocuidado e cuidado ambiental. Também busca reorientar sentimentos individuais de impotência e ansiedade climática em ações coletivas que reforcem a promoção da saúde mental e o enfrentamento da crise climática e do racismo ambiental.

No eixo Adaptação e Preparação para Desastres, o CFP destaca a valorização da Psicologia na Gestão de Riscos, Emergências e Desastres, ampliando a atuação intersetorial nas políticas públicas e promovendo resiliência comunitária e suporte emocional no contexto de desastres socioambientais.

As propostas da autarquia sobre Justiça Climática incluem elaborar políticas públicas que reconheçam a ligação entre proteção ambiental e bem-estar psicossocial, além de dialogar com saberes de diversas comunidades afetadas pelo modelo de desenvolvimento capitalista.

No eixo Transformação Ecológica, o Conselho destaca a expansão da atuação de psicólogas e psicólogos em políticas públicas voltadas à agroecologia e soberania alimentar, e a incorporação da Psicologia da Mobilidade Humana nas políticas de descarbonização. 

Já no eixo Governança e Educação Ambiental, o CFP propõe investimentos em políticas ambientais e a presença ampliada de profissionais da Psicologia em contextos de emergências e crises, promovendo diálogo com autoridades e formação continuada.

Leia a íntegra do texto contendo as propostas.

A Psicologia e o direito fundamental à educação

Neste 24 de janeiro, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) destaca a educação de qualidade como um direito fundamental e o papel da Psicologia na promoção de uma educação plural, inclusiva e emancipadora.

Para apoiar esse desafio, o CFP tem mobilizado esforços para assegurar a efetiva implementação da Lei 13.935/2019, que estabelece a presença de profissionais da Psicologia e do Serviço Social nas redes públicas de educação básica em todo o país.

Um grupo de trabalho criado pelo MEC – e que contou com participação do CFP e de outras entidades da área, como a ABRAPEE, a ABEP e a FENAPSI – esteve reunido ao longo de 2024 para sistematizar subsídios e recomendações à implementação da lei. O resultado final será apresentado no próximo dia 7 de fevereiro, em atividade que contará com a presença do Conselho Federal de Psicologia.

Você sabia?

Ao menos 754 milhões de jovens e adultos em todo o mundo não possuem habilidades básicas de alfabetização (Dados: Unesco, 2025).

No marco do Dia Internacional da Educação, data criada pelas Nações Unidas, o Conselho Federal de Psicologia destaca a importância da educação para o desenvolvimento humano, o acesso à saúde e para a quebra de ciclos de pobreza.

Profissionais da Psicologia desempenham papel fundamental nesse desafio, apoiando os processos de ensino-aprendizagem, PREVENINDO problemas no desenvolvimento integral, por meio do fortalecimento das relações interpessoais no ambiente escolar, da proteção social e do estímulo à participação familiar e comunitária.

Para fortalecer esse compromisso, desde 2019 a Lei 13.935 passou a garantir a presença de profissionais da Psicologia e do Serviço Social nas escolas da Educação Básica de todo o país.

Diante dos desafios ainda enfrentados no cumprimento dessa obrigação legal, em 2024 o Ministério da Educação criou um grupo de trabalho, com participação do CFP, para estabelecer orientações relacionadas à efetiva implementação da Lei.

Além do Conselho Federal de Psicologia, o colegiado reuniu especialistas, gestores públicos, entidades da educação e de áreas correlatas ao tema com o objetivo de sistematizar subsídios e recomendações.

O resultado desse trabalho será apresentado no próximo dia 7 de fevereiro, em atividade promovida pelo MEC e que contará com participação do CFP e outras entidades representativas da frente de mobilização, incluindo a ABRAPEE, a ABEP e a FENAPSI.

Quer saber mais?

Acompanhe nossas redes sociais e fique por dentro!

Acesse também: psicologianaeducacao.cfp.org.br

Psicogia e combate à intolerância religiosa

No marco do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) reafirma seu compromisso ético, científico e político com a defesa da liberdade de crença e de respeito à diversidade religiosa.

Como define o próprio Código de Ética Profissional, o exercício da Psicologia exige o enfrentamento a toda e qualquer forma de discriminação, estigmatização ou preconceito – inclusive, de caráter religioso. 

Atento à importância do tema, o CFP publicou a Resolução 7/2023. A normativa  orienta que psicólogas e psicólogos devem atuar segundo os princípios éticos da profissão, pautando seus serviços com base no respeito à singularidade e à diversidade de pensamentos, crenças e convicções dos indivíduos e grupos, de forma a considerar o caráter laico do Estado e da Psicologia como ciência e profissão.

De acordo com a Resolução CFP, psicólogas e psicólogos devem observar a dimensão da religiosidade e da espiritualidade como elemento formativo das subjetividades e das coletividades; bem como os contextos históricos e culturais dos saberes dos povos originários, comunidades tradicionais e demais racionalidades não-hegemônicas presentes nos contextos de inserção profissional. 

No exercício da Psicologia, também devem ser respeitadas as vivências a-religiosas, agnósticas e ateístas de indivíduos e grupos e ficam vedadas a psicólogos e psicólogas no exercício profissional praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão à crença religiosa. 

Quer saber mais sobre o tema? Acesse a íntegra da normativa e fique por dentro!

Psicóloga é eleita nova presidente do Conselho Nacional de Saúde

A psicóloga vice-presidente da FENAPSI, Fernanda Lou Sans Magano, foi eleita nova presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) para o triênio 2024-2027. 

O CNS é uma instância colegiada, deliberativa e permanente do Sistema Único de Saúde (SUS), integrante da estrutura organizacional do Ministério da Saúde. O órgão é responsável por fiscalizar, acompanhar e monitorar as políticas públicas de saúde nas suas mais diferentes áreas em todo o país, levando as demandas da população ao poder público.

Para o Conselho Federal de Psicologia, o protagonismo da profissão nesse espaço central de controle social denota a relevância da Psicologia e de seus profissionais para as políticas públicas de saúde. Nesse sentido, o CFP tem participação ativa em comissões e espaços estratégicos do CNS, inclusive na Comissão Intersetorial de Saúde Mental (CISM), coordenada pelo conselheiro federal Gabriel Henrique Figueiredo e pela ex-conselheira Marisa Helena Alves.

“A nomeação de uma profissional da Psicologia para presidir o Conselho Nacional de Saúde reforça esse papel estratégico que nossa profissão historicamente ocupa nas ações de controle social e aprimoramento das políticas e serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde, por meio do CNS. Ter a Psicologia à frente desse importante órgão de controle social marca esse reconhecimento à relevância e contribuições de nossa ciência e profissão”, destaca o presidente do Conselho Federal de Psicologia, Pedro Paulo Bicalho. 

Fernanda Magano ressalta que essa é a primeira vez que a Psicologia, como representante do segmento de trabalhadoras e trabalhadores do SUS, alcança a possibilidade de estar na presidência do CNS e destaca esse  como resultado de uma construção coletiva junto às demais profissões regulamentadas da Saúde Coletiva.

“Alcançar hoje este espaço se deve à importância do posicionamento ético, político e científico da Psicologia, bem como da dedicação de entidades de representação, como a FENAPSI e o Conselho Federal de Psicologia, que ao longo dos anos têm preconizado uma formação e atuação crítica e contextualizada de seus profissionais voltada para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde”, explica a nova presidente do CNS.

Fernanda Magano e os demais integrantes da nova mesa diretora do CNS tomaram posse no dia 20 de dezembro de 2024, durante a 78° Reunião Ordinária do colegiado. 

Representatividade

A psicóloga é representante do segmento dos trabalhadores pela Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi) e acumula uma trajetória no CNS. Atuou como conselheira desde 2018, integrou a mesa diretora do CNS de 2021 a 2024, sendo reconduzida agora à mesa diretora e à presidência, de 2024 até 2027.

Magano é a segunda mulher que assume a presidência do Conselho Nacional de Saúde desde a sua criação, há 87 anos. “Destacar a questão de gênero é importante, pois no curso da história brasileira as mulheres sempre tiveram que lutar para não serem deixadas às margens dos processos de elaboração das políticas públicas, o que resulta em enfraquecer a democracia”, explica a presidente do CNS.

Diversidade e  inclusão 

A nova presidente eleita do CNS afirma que o colegiado tem papel fundamental para garantir e assegurar o direito ao acesso à saúde pública para toda sociedade. “Seu funcionamento é importante para garantir que as diretrizes e normas estabelecidas pelo Sistema Único de Saúde sejam cumpridas pelos governos”, explica. Ela ainda destaca a diversidade e a inclusão como pilares fundamentais do SUS, além da importância da representação de diferentes segmentos no conselho e o papel histórico de lideranças. 

A presidenta também celebra a nova composição da mesa diretora do CNS, que inclui representantes de diversos movimentos sociais e segmentos, como mulheres negras, trabalhadoras rurais e ativistas de saúdesimbolizando a pluralidade e o compromisso com os princípios do SUS. Além disso, reconhece o trabalho das equipes do CNS e das entidades parceiras, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que têm apoiado as iniciativas do conselho, o que reforça o papel do CNS como referência internacional em controle social, com destaque para o diálogo e a união na luta pela saúde pública, pela democracia e pelos direitos sociais no Brasil.

Psicologia na Saúde Pública

A inserção da Psicologia na Saúde Pública ocorreu em 1990 com a regulamentação do SUS pela Lei 8.080/1990, que estabelece os princípios da universalidade e integralidade. Para Fernanda Magano, a profissão tem papel importante na defesa do SUS, na luta pela mudança das políticas de saúde mental, com ênfase na Atenção Psicossocial e no respeito aos direitos humanos.

“Seguimos no projeto coletivo de um país justo, inclusivo e democrático, com a importante presença da Psicologia sendo referência para todas as esferas do controle social no mundo, especialmente a partir das contribuições da Resolução de participação social aprovada na 77º Assembleia Mundial da Saúde”, explica Magano.

CFP discute mudanças climáticas e saúde mental em ação preparatória à 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realiza, na quinta-feira (23), a Conferência Livre de Psicologia, Justiça Ambiental e Meio Ambiente. A atividade será um espaço de debate e controle social para refletir sobre a interseção entre saúde mental, justiça social e desafios ambientais.

Destinada a pesquisadoras(es), estudantes e profissionais da Psicologia, e aberto ao público mediante inscrição, a conferência livre começa às 15h, com transmissão em tempo real pelo YouTube do CFP. O encontro também poderá garantir uma representação de delegada(o) para a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (5ª CNMA).

Com uma perspectiva crítica, a conferência livre pretende dialogar sobre os impactos psicológicos das mudanças climáticas e o agravamento das desigualdades sociais causadas por crises ambientais. Também abordará o papel da Psicologia na construção de alternativas sustentáveis. As discussões serão sistematizadas e encaminhadas à 5ª CNMA.

A vice-presidente do CFP, Alessandra Almeida, que conduzirá a atividade, destaca a importância de promover reflexões sobre a intersecção de políticas públicas com o exercício científico e profissional da Psicologia no campo dos desastres e emergências ambientais. “Ao fortalecer o compromisso com os direitos e a justiça climática, a conferência livre irá elaborar propostas para orientar ações da categoria em defesa de políticas públicas integradas, enfatizando a necessidade de promover um futuro ecologicamente equilibrado e socialmente justo”, pontua.

Conferência Nacional

A Conferência Livre de Psicologia, Justiça Ambiental e Meio Ambiente atende ao chamado da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, um processo participativo que ocorrerá em maio deste ano. O evento promoverá diálogos para enfrentar os problemas relacionados às mudanças climáticas, com destaque para territórios e populações vulneráveis.

Com o tema Emergência Climática: o desafio da transformação ecológica, os debates prévios à 5ª CNMA, realizados em âmbitos municipais, estaduais e livres, abordarão cinco eixos temáticos: mitigação, adaptação e preparação para desastres, justiça climática, transformação ecológica, governança e educação ambiental.

Serviço

Conferência Livre de Psicologia, Justiça Ambiental e Meio Ambiente
Data: 23 de janeiro
Horário: das 15h às 18h
Transmissão: Canal oficial do CFP no YouTube
Inscrições neste link

Nota de Pesar – Rubén Ardila

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) expressa publicamente pesar pelo falecimento do psicólogo colombiano Rubén Ardila. 

Ardila se graduou em Psicologia pela Universidade Nacional da Colômbia (1964) e posteriormente doutorou-se em Psicologia Experimental pela Universidade de Nebraska, Lincoln, Estados Unidos (1969). 

Reconhecido por suas importantes contribuições na área, Rubén desenvolveu pesquisas em Psicologia Comparada, Psicologia Experimental, Psicobiologia, Psicologia Social, Psicologia da Paz, Psicologia da Aprendizagem, Psicologia da Ciência, História da Psicologia, Formação em Psicologia, Psicologia Organizada e Psicologia Internacional.

A trajetória de Rubén Ardila tem como marca a história da Psicologia em duas vertentes: protagonista e narrador. Por um lado,  participou da história profissional da Psicologia, que começa com a organização dos primeiros programas de formação, na metade do século XX. Por outro lado, foi um autor interessado em dotar a Psicologia na Colômbia e na América Latina de uma identidade histórica – deixando um importante legado de relatos históricos sobre os antecedentes da Psicologia na região.

CFP é eleito para compor o Conselho Nacional dos Direitos Humanos

Na terça-feira, 10 de dezembro, data de celebração do Dia Internacional dos Direitos Humanos, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) tomou posse no Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) para o biênio 2024-2026. Este é o sexto mandato do CFP no colegiado, instituído pela Lei nº 12.986/2014.

O Conselho Nacional de Direitos Humanos é um órgão do Estado brasileiro, de composição paritária entre poder público e sociedade civil e que tem por finalidade a promoção e a defesa dos direitos humanos no Brasil por meio de ações de controle social. O foco está na prevenção, proteção e reparação relacionadas a condutas e situações de ameaça ou violação desses direitos, assegurados na Constituição Federal e em tratados e atos internacionais ratificados pelo Brasil.

Além do Conselho Federal de Psicologia, foram eleitas entidades da sociedade civil com reconhecida atuação no campo da saúde mental, dos direitos das mulheres, da população negra, da classe trabalhadora, dos povos das águas e do campo e na promoção do acesso à justiça.

Durante o biênio, o CFP será representado pela indígena psicóloga e conselheira federal Nita Tuxá. A conselheira pontuou que a participação contínua do CFP no Conselho Nacional dos Direitos Humanos demarca o compromisso social e político da categoria com a defesa de direitos e a promoção da dignidade.

A representante do CFP também ressaltou a diversidade de vozes integrantes do coletivo na representação da Psicologia. “Que tenhamos nos horizontes do nosso fazer, do nosso viver e existir enquanto pessoas, enquanto categoria, o direito de todas as humanidades”, destacou.

Tuxá assume a representação da Psicologia no colegiado após mandato do CFP exercido pela conselheira e vice-presidente, Alessandra Almeida, que representou o Conselho Federal de Psicologia no biênio 2022-2024.

Os novos integrantes do CNDH foram empossados pela ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, que também foi empossada como uma das representantes do Poder Executivo.

Durante a solenidade, a ministra  assinou o decreto de convocação da Conferência Nacional de Direitos Humanos, cujas etapas locais ocorrerão ao longo de 2025 e, a nacional, em dezembro do mesmo ano. Essa será uma das principais ações do CNDH no próximo ano e o CFP, em conjunto com os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs), mobilizará a participação de psicólogas e psicólogos.

Composição do CNDH biênio 2024-2026

No campo da sociedade civil, são eleitas nove organizações titulares para o mandato de dois anos e outras duas têm assento permanente: o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos estados e da União (CNPG). As representações buscam assegurar a representatividade de raça e etnia, de gênero e geracional.

Além do Conselho Federal de Psicologia, para o biênio 2024-2026 foram eleitas as entidades da sociedade civil e dos movimentos sociais: Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME), a Central Única dos Trabalhadores (CUT Brasil), o Centro de Desenvolvimento Sustentável e Direitos Humanos (CEDS/DH), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (GAJOP), o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), o Movimento Negro Unificado (MNU) e a União Brasileira de Mulheres (UBM).

A representação do poder público inclui a Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público Federal (MPF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de órgãos do Poder Executivo, como o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Justiça e a Polícia Federal. O Poder Legislativo será representado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

CFP e CRPs realizam segunda edição do ano da APAF e colocam em debate importantes temáticas da Psicologia 

O Sistema Conselhos de Psicologia, composto pelo Conselho Federal (CFP) e os 24 Conselhos Regionais (CRPs), realiza nesta semana, nos dias 14 e 15 de dezembro, a última edição do ano da APAF – a Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças.

O encontro reunirá na capital federal representantes de todos os conselhos de Psicologia do país para debater importantes questões sobre a atuação profissional da categoria.

Política de orientação e fiscalização; atuação frente à diversidade sexual e de gênero; exercício profissional da(o) psicóloga(o) como orientadora(or) e supervisora(or) de estágios; avaliação psicológica; e enfrentamento ao capacitismo estão entre as temáticas em destaque.

Também devem ser discutidos durante a Assembleia, o Programa de Ações Afirmativas, Inclusivas e Reparatória, ação aprovada pelo pleno da APAF em 2023; e o plano de trabalho do Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) para 2025; além de aspectos administrativos.

Todos os diálogos serão transmitidos em tempo real pelo canal do YouTube do Conselho Federal de Psicologia, a partir das 9h.

Saiba mais

A Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF) foi criada em 1996 como espaço democrático de debate sobre os principais aspectos da formação e do exercício profissional de psicólogas e psicólogos em todo o território nacional.

Instância deliberativa do Sistema Conselhos de Psicologia, a APAF é realizada ordinariamente, duas vezes ao ano, reunindo integrantes do CFP e dos Conselhos Regionais de Psicologia.

APAF – PERÍODO DA MANHÃ – 14/12/2024

APAF – PERÍODO DA TARDE – 14/12/2024

APAF – PERÍODO DA MANHÃ – 15/12/2024

APAF – PERÍODO DA TARDE – 15/12/2024

Psicologia e justiça social: Prêmio Virgínia Bicudo celebra práticas antirracistas

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realizou no dia 21 de novembro a cerimônia de congratulação do Prêmio Profissional Virgínia Bicudo, que reconhece iniciativas antirracistas no campo da Psicologia voltadas à promoção da igualdade racial. A atividade ocorreu durante o Seminário “Resistências Brasis: Relações Étnico-Raciais e o Fazer Psicológico”, na sede do CFP, em Brasília/DF.

Em sua segunda edição, o prêmio foi dividido em duas categorias: experiências individuais, voltadas a ações promovidas por psicólogos e psicólogas, e experiências coletivas, destinadas a grupos e organizações. Ao todo, foram avaliados 27 trabalhos: seis deles premiados e quatro receberam menções honrosas. Os eixos orientadores variaram entre temas como raça e identidade étnico-racial, violência, modos de resistência e racismo intergeracional. 

O presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, destacou que o Prêmio Virgínia Bicudo representa  um estímulo a toda a Psicologia brasileira, composta por mais de 548 mil profissionais. “Queremos que este prêmio inspire novas práticas e que se torne parte de um calendário de premiações consolidado na Psicologia brasileira”, declarou. Ele enfatizou ainda a necessidade de garantir diversidade territorial entre os trabalhos inscritos, reforçando o compromisso com uma representação nacional inclusiva.

O prêmio Virgínia Bicudo também dialoga com outras iniciativas recentes, como o Prêmio João W. Nery e o Prêmio Sylvia Leser de Mello, que abordam práticas profissionais inovadoras em Psicologia. Para Bicalho, o legado de Virgínia Bicudo, assim como de outros nomes da Psicologia, se traduz em sementes para práticas transformadoras. “Virgínia deixou um caminho visível e concreto para que outras gestões continuem a construir novos prêmios e ações,” afirmou.

Para a  vice-presidenta do CFP, Alessandra Almeida, coordenadora desta edição da premiação, a iniciativa foi pensada como uma ferramenta de reparação histórica, que fortalece o papel da Psicologia no enfrentamento do racismo, ao garantir uma ciência e profissão que se reconheça e se proponha a ser antirracista. “A prática política da Psicologia brasileira é diversa nos corpos que a produzem. Isso, para nós, é fundamental”.

A Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP (CDH/CFP),  idealizadora do prêmio, participou ativamente no processo de avaliação dos trabalhos. A atual coordenadora da CDH/CFP, Andreza Costa, reforçou o papel das instituições em reconhecer os saberes de comunidades históricas. “Não é que os líderes quilombolas ou indígenas precisem dessa validação, mas as instituições têm a responsabilidade de reconhecer e reparar historicamente,” afirmou. Para Andreza, o Prêmio Virgínia Bicudo é uma iniciativa que destaca a Psicologia como ferramenta de resistência e transformação social, alinhando práticas inovadoras com uma postura antirracista.

Confira a galeria de imagens da premiação.

Conheça todos os trabalhos premiados e os contemplados com menção honrosa:

Trabalhos Premiados

– Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial  

  Título: PORQUÊ TEM CORES DIFERENTES: Práticas Educativas e a Constituição da Identidade/Subjetividade da Criança Negra  

  Autora Principal: Janaina Cassiano Silva  

  Autores: Rafaela Renero dos Santos  

  Região: Centro-Oeste

– Eixo: Modos de Resistência Antirracista: Antimanicomial, Cultural, Religioso  

  Título: Aquilombamento como Experiência Terapêutica entre Estudantes Universitários(as) Negros(as)  

  Autor Principal: Thiago da Silva Laurentino  

  Autores: Mayara Cristina Alves da Silva, Elaine Jéssica de Souza Lira, Mariana Moreira Costa do Carmo, Wesley Ribeiro Costa Meneses, Viviane Aline Marcolino De Lima  

  Região: Nordeste

– Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial  

  Título: Narrativas Ancestrais como Dispositivos em Saúde Mental: Diálogos em Pretuguês com Iyá, Lélia Gonzalez  

  Autora Principal: Tess Rafaella Lobato de Oliveira  

  Região: Norte

– Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial  

  Título: Relatos de Experiências em Psicologia e Relações Raciais no Sudeste Maranhense: e o Etno Esporte  

  Autor Principal: Fábio José Cardias Gomes  

  Região: Nordeste

 

– Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial  

  Título: Terapêutica Afropindorâmica: Resgate de Nossa Originalidade e Caminhos de Cura à Subjetividade Colonizada  

  Autor Principal: Rodrigo Moreira Costa  

  Autora: Kêa Costa  

  Região: Sudeste

– Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial  

  Título: Mulheres, Psicólogas e Negras: A Atuação de Edna Roland  

  Autora Principal: Camila Rodrigues Francisco  

  Região: Sudeste

Trabalhos com Menção Honrosa:

– Eixo: Interseccionalidades  

  Título: Censo Psicossocial: Uma Formação Interventiva, Antimanicomial e Antirracista  

  Autor Principal: Daniel Duba Silveira Elia  

  Autores: Lucas Moura Santos Silva, Priscila Marques Niza de Oliveira, Bruno Lopes Lima, Erika Rodrigues Silva, Jessica Taiane da Silva, Rachel Gouveia Passos  

  Região: Sudeste

– Eixo: Interseccionalidades  

  Título: Saúde Mental e Povos Tradicionais Ciganos: Uma Vivência em Grupo  

  Autora Principal: Raquel Freire do Amaral  

  Região: Sudeste

– Eixo: Geracional: Racismo na Infância, Juventude e Envelhecimento  

  Título: Racismo e Representatividade na Constituição da Identidade de Crianças e Adolescentes Negras em Acolhimento Institucional  

  Autora Principal: Carolina da Silva Nascimento  

  Região: Sudeste

– Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial  

  Título: Tecnologias de Enquadramento: Você Já Assistiu a Alguma História que Lembrasse a Sua?  

  Autora Principal: Denise Queiroz Costa da Luz  

  Região: Sudeste

Sobre a premiação

O Prêmio Profissional Virgínia Bicudo “Práticas para uma Psicologia Antirracista” foi instituído por meio da Resolução CFP nº º 9, de 28 de maio de 2022. Seu texto prevê que a premiação seja permanente no âmbito do CFP e  realizada anualmente. A premiação da primeira edição  ocorreu  no mesmo ano, durante o Seminário Nacional que celebrou os 25 Anos da Comissão de Direitos Humanos do CFP, integrando a agenda de celebrações dos 60 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil.

Sobre Virgínia Bicudo

Virgínia Leone Bicudo foi uma pioneira na Psicologia e na luta pelas relações raciais no Brasil. Primeira mulher negra a integrar o plenário do CFP e a redigir uma tese sobre relações raciais no país, Virgínia Bicudo deixa um legado de promoção de práticas psicológicas inclusivas e antirracistas, inspirando a premiação que leva seu nome e reconhece iniciativas de profissionais que trabalham pela equidade e pela diversidade no campo da Psicologia.