CFP realiza encontro com as Comissões Regionais de Análise de Registro de Psicóloga Especialista – CARPE

Aprimorar a Resolução CFP 23/2022, que institui condições para concessão e registro de psicóloga e psicólogo especialista, e a necessidade de estreitar o diálogo interno ao sistema conselhos e externo, principalmente, com o Ministério da Educação (MEC) foram os temas que balizaram o II Encontro Nacional da Comissão de Análise de Registro de Psicóloga(o) Especialista (CARPE).

Realizado nos dias 8 e 9 de agosto, o evento contou com a representação do CFP e de todos os 24 Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) e teve como encaminhamento o lançamento de documentos orientativos e informativos para a categoria sobre a Resolução CFP 23/2022. Também estiveram entre os pontos discutidos, a concessão de registros e a possibilidade de um encontro nacional regular com as CARPEs.

A agenda foi dividida em dois momentos. O primeiro contou com uma apresentação das(os) representantes e diálogo sobre os objetivos e a metodologia do encontro, bem como oficina com os representantes das CARPEs de todos os CRPs. Na sequência, as(os) participantes abordaram questões inerentes aos  processos administrativos, judicialização, a Psicologia do Tráfego e a Residência em Psicologia.

Durante a oficina, os CRPs destacaram questões como os fluxos para os trâmites dos processos de concessão de registro, o conceito de áreas correlatas quando da complementação da documentação de uma solicitação, o Manual de Orientação a ser publicado em breve, informações sobre o novo concurso de provas e títulos, a relação de documentação mínima para a concessão do registro, os chamados “estágios” no nível da pós-graduação lato sensu, as diferenças entre o  título e o registro de especialidades, principalmente em relação a áreas com certificação que não corresponde às áreas de especialidades do conselho.

Acerca da diferença entre título e registro de especialista, a conselheira Juliana Guimarães explicou que a Resolução CFP nº23/2022 é a normativa válida para a concessão de registros de especialidade profissional da psicóloga e do psicólogo – sendo  o reconhecimento em dada expertise, diferentemente da titulação acadêmica. A conselheira federal mencionou ainda que as áreas correlatas serão contempladas em documento técnico específico, auxiliando o processo de análise para a concessão.

A conselheira Juliana Guimarães apresentou ainda as diferenças entre a Psicologia do Trânsito e a Psicologia do Tráfego, existentes na Resolução CFP nº 23/2022. Esta mudança se deve ao fato de ser um campo de atuação mais abrangente que o anterior e incluir os vários meios de transporte. Além disso, foram abordadas as relações com as legislações do CONTRAN e DETRANs. Neste sentido houve ampla discussão e elucidações das implicações jurídicas sobre a Resolução e a concessão do registro de especialidades em Psicologia do Tráfego.

No último dia de atividades, conselheiro Jefferson Bernardes pontuou que as residências multiprofissionais e em área profissional da saúde foram criadas a partir da promulgação da Lei n° 11.129/2005 e são orientadas pelos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir das necessidades e realidades locais e regionais. Destacou ainda a contextualização histórica das Residências em Psicologia até a criação da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), por meio da Portaria Interministerial nº 1.077, de 12 de novembro de 2009. 

O conselheiro ressaltou ainda o entendimento comum de que as Residências em Psicologia abarcam o conhecimento teórico-metodológico e os dois anos de efetiva experiência profissional. Apresentou a minuta da Resolução que tratará sobre Residências em Psicologia e sobre a revogação das Resoluções que mencionam credenciamento de programas de Residências pelo CFP. Foi acordado encaminhamento para os Conselhos Regionais, após trâmites do CFP, para contribuições do referido documento.

Sobre as CARPEs

As Comissões de Análise para Concessão de Registro de Psicóloga(o) Especialista (CARPES) estão presentes no artigo 5º da Resolução CFP nº 23/2022. O documento ressalta que cada CRP deverá constituir uma CARPE, composta por, no mínimo, três membros efetivos e dois suplentes, cuja atribuição será analisar, em caráter consultivo, o requerimento de registro de psicóloga(o) especialista e a respectiva documentação.

O objetivo das CARPEs é analisar os requerimentos de registros de especialistas e, em caso de indeferimento, a(o) profissional pode solicitar recurso. Assim, o CFP, na condição de instância recursal, analisa o processo e devolve para o Regional demandante.

Não há essa comissão no âmbito do CFP. Os processos administrativos que julgam a concessão de registro são analisados pelos conselheiros efetivos do Plenário do CFP. No Conselho Federal, as(os) conselheiras(os) Juliana Guimarães e Jefferson Bernardes são as referências para orientação a respeito do tema especialidades.

Saiba mais:

Leia a íntegra da Resolução CFP 23/2022

Conselho Federal publica novas regras para obtenção de registro de especialista em Psicologia

Revista PCP publica edição especial sobre cinquentenário do CFP

Para marcar o cinquentenário  do Sistema Conselhos de Psicologia, a Revista Psicologia: Ciência e Profissão (PCP) publicou uma edição especial com 16 artigos. O material apresenta conteúdo que aborda aspectos da  institucionalização do Conselho Federal (CFP) e Regionais (CRP), bem como debates fundamentais para a história da Psicologia brasileira, como a reforma psiquiátrica e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). O material já está disponível na plataforma da SciELO e pode ser acessado neste link.

A revista contou com a colaboração de quem fez e faz o CFP,  em diferentes momentos e papéis na história da Autarquia. A democratização do Sistema Conselhos de Psicologia por meio do Congresso Nacional da Psicologia (CNP); as questões de ética e orientação da categoria; os desafios da avaliação psicológica; e o papel do Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP)  estão entre os destaques da obra. 

A Edição Especial marca ainda uma série de ações que a Revista PCP vem realizando para celebrar os 45 anos do periódico.

A conselheira federal e editora do periódico, Neuza Guareschi, explica que o número especial foi pensado a partir do projeto Memórias da Psicologia. “ Um documento que, certamente, vai ser acessado sempre que alguém precisar pesquisar ou saber alguma coisa da institucionalização do Sistema Conselho, mas, principalmente, do Conselho Federal de Psicologia, a partir  da regulamentação da profissão e de uma série de outras ações que essa instituição foi planejando, organizando e executando”, relata a conselheira.

Sobre a revista

Criada por meio da Resolução CFP 26/1979, a Revista Psicologia: Ciência e Profissão é uma publicação científica de excelência internacional, classificada com a nota A2 no sistema Qualis de avaliação de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação.

O periódico reúne artigos originais referentes à atuação profissional da(o) psicóloga(o), à pesquisa, ao ensino ou à reflexão crítica sobre a produção de conhecimento na área da Psicologia. Sua principal missão é contribuir para a formação profissional, bem como socializar o conhecimento psicológico produzido por quem pesquisa e/ou atua na área.

Saiba mais:

Acesse a íntegra da Edição Especial da Revista PCP – 50 Anos do CFP

Leia os artigos da Revista PCP publicados este ano.

Saiba como publicar na Revista PCP.

CFP promove diálogo sobre atuação profissional em avaliação psicológica na prevenção ao suicídio e cuidado à vida

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) promove na  quinta-feira (5), às 16h, o diálogo digital Atuação profissional em avaliação psicológica: suicídio e cuidado à vida. A live tem como objetivo aprofundar a discussão sobre a temática, contribuindo para aprimorar as práticas de prevenção ao suicídio.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é um problema de saúde pública de alcance global, com mais de 700 mil mortes registradas a cada ano. No Brasil, aproximadamente 14 mil casos são registrados anualmente, correspondendo a uma média de 38 suicídios por dia. 

“Essa atividade é um convite para que os profissionais da Psicologia se juntem a nós nessa reflexão essencial, buscando expandir conhecimentos e práticas em prol da saúde mental e do bem-estar”, convida o conselheiro federal Evandro Peixoto (CRP 02/16299), coordenador da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP/CFP), que fará a abertura do evento.

A psicóloga Daniela Zanini, membro da CCAP/CFP, será a mediadora da atividade. Entre as(os) convidadas, participam o psicólogo Makilim Nunes Batista, com experiência clínica em Psicoterapia Cognitiva-Comportamental, Avaliação Psicológica e Prevenção Psicológica; e a psicóloga Cibele Amaral, que também atua como roteirista, diretora e produtora cinematográfica de Brasília/DF.

As participantes debaterão a complexidade da avaliação psicológica em casos de ideação suicida, incluindo comportamentos e tentativas de auto-lesão. Além disso, abordarão formas de prevenção, analisando como fatores sociais, pessoais e culturais influenciam e podem ser compreendidos no contexto do suicídio.

Conheça as(os) participantes:

Daniela Zanini (CRP-09/003595)

Integrante da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do Conselho Federal de Psicologia (CCAP/CFP). Doutora em Psicologia Clínica e da Saúde pela Universidad de Barcelona (Espanha) e pós-doutora na mesma instituição. Professora da PUC-Goiás na graduação e pós graduação (mestrado e doutorado). Atua como psicóloga clínica e da saúde com ênfase em avaliação psicológica e intervenções em saúde.

Makilim Nunes Batista (CRP-06/47038)

Profissional com graduação em Psicologia pela Universidade São Judas Tadeu (1995), mestrado e docência na PUC-Campinas, doutorado pela UNIFESP (2001) e pós-doutorado pela Universidade do Algarve (Portugal, 2022). Possui mais de 25 anos de experiência em Psicoterapia Cognitiva-Comportamental. Ex-presidente do IBAP e membro de diversas entidades internacionais, com foco em Avaliação Psicológica, Tratamento e Prevenção Psicológica.

Cibele Amaral (CRP-01/20315)

Psicóloga, roteirista, diretora e produtora cinematográfica de Brasília com mais de 20 anos de experiência no mercado audiovisual nacional e internacional. Graduada em Artes Cênicas pela Accademia Internazionale di Teatro di Roma e em Psicologia pela Universidade Paulista, com formação em Roteirismo pela RAI. Responsável por diversos filmes premiados, como “Por que você não chora?” (2021) e “Rir Pra Não Chorar” (2022). Em 2024 e 2025, lançará novos filmes de longa-metragem e a série de TV “Réus”.

Série de debates

Essa será a segunda de três lives promovidas pela CCAP/CFP este ano. Foi realizada no dia 18 de julho atividade sobre Atuação profissional em avaliação psicológica: esporte olímpico e paraolímpico. O próximo e último debate da série está previsto para ocorrer em novembro, sobre atuação profissional relacionada à justiça social.

A Psicologia na saúde mental

O Conselho Federal de Psicologia destaca que o diálogo e cuidados sobre as questões relacionadas ao cuidado em saúde mental devem ser abordadas ao longo de todo o ano e não apenas em situações extremas.

Nesse sentido, desde 2020 a autarquia promove a campanha “Saúde Mental de Janeiro a Janeiro”, com o objetivo de colocar em evidência a necessidade do cuidado integral e contínuo para a saúde física e psíquica de todas as pessoas.

Serviço

Atuação profissional em Avaliação Psicológica: suicídio e cuidado à vida
Data: 5 de setembro
Horário: 16h
Transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Conselho Federal de Psicologia

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Concurso público CFP 2024: Conselho Federal de Psicologia divulga edital para provimento de vagas e cadastro de reserva

Foi publicado, nessa segunda-feira (2), pelo Instituto Quadrix, o Edital CFP nº 01/2024, que torna público o processo seletivo para o preenchimento de vagas e de formação de cadastro de reserva no âmbito do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

A iniciativa foi oficializada, conforme as atribuições legais e regulamentares da entidade, delegando ao Instituto Quadrix a organização do certame.

O processo seletivo para recompor o quadro de pessoal do CFP é medida essencial para fortalecer a entidade em suas funções de orientação, disciplina e fiscalização do exercício profissional da categoria em todo o território nacional.

As vagas disponibilizadas incluem as funções de Técnico Administrativo e Analista Técnico em diversas áreas como Psicologia, Tecnologia da Informação, Comunicação, Contabilidade, Licitações e Contratos, entre outras especialidades. As candidatas aprovadas serão contratadas sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com todos os direitos e obrigações previstos em lei, e lotados em Brasília/DF.

Etapas

As inscrições devem ser feitas exclusivamente de forma on-line, pelo site do Instituto Quadrix (www.quadrix.org.br), até às 23h do dia 9 de outubro de 2024, conforme o horário oficial de Brasília. As taxas de inscrição variam entre R$ 60 e R$ 65, dependendo do nível do cargo.

O processo seletivo contará com uma prova objetiva para todos os cargos, de caráter eliminatório e classificatório. Para os cargos de nível superior, haverá ainda uma prova discursiva e uma avaliação de títulos.

As provas objetivas e discursivas para os cargos de nível superior estão previstas para serem aplicadas no dia 1º de dezembro de 2024, enquanto as provas para os cargos de nível médio ocorrerão em 15 de dezembro de 2024, ambas no período da tarde. As etapas do concurso serão realizadas na cidade de Brasília/DF.

Os editais e comunicados referentes ao concurso serão divulgados no site oficial do Instituto Quadrix.

Acesse a íntegra do Edital CFP nº 01/2024.

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CFP firma contrato com empresa para a realização  de próximo concurso público

Nova resolução do CFP autoriza CRPs a prorrogarem o pagamento ou oferecer descontos de anuidade de profissionais atingidos por situações de emergências e desastres 

O Sistema Conselhos de Psicologia conta agora com uma política de tratamento das anuidades profissionais nas hipóteses de emergência ou estado de calamidade pública. A Resolução CFP 12/2024, publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 13 de agosto, foi construída em consonância com  a Lei Federal nº 12608/2012, que institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil.

A nova resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP)  – resultado dos trabalhos do “GT Anuidades – Isenção em Casos de Emergências e Desastres” já existente, que recebeu a demanda, da Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças (APAF), de maio, motivada pelo desastre que assolou o estado do Rio Grande do Sul e pela necessidade de uma resposta célere à categoria frente a situações dessa magnitude. À época, o pleno da APAF acordou que o produto do GT seria entregue antes das assembleias orçamentárias regionais, previstas para o mês de agosto, possibilitando que, a partir de 2025, os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) possam oferecer descontos a profissionais atingidos por emergências e calamidades públicas.

“A Resolução CFP nº 12/2024 possibilita mais autonomia para que os CRPs avaliem as situações emergenciais e de desastres em suas respectivas jurisdições, e, de acordo com os critérios objetivos estabelecidos na normativa, possam aplicar isenções, descontos e parcelamentos às anuidades”, destacou Célia Mazza de Souza, conselheira-tesoureira do CFP.

Emergências e Desastres

A Resolução CFP 12/2024 elenca quatro definições da Lei 12.608/2012, sendo elas acidente, desastre,  estado de calamidade pública e  emergência.

A normativa ressalta que, na hipótese de eventos que configurem a declaração oficial de emergência ou estado de calamidade pública pelas autoridades governamentais, ficam os CRPs da área de competência abrangida, independentemente de prévia autorização do CFP, autorizados a prorrogar o prazo para pagamento das anuidades ou parcelas que estejam a vencer, devidas pelas pessoas físicas ou jurídicas, que tenham domicílio legal ou profissional nas áreas geográficas acometidas.

Para isso, os Conselhos Regionais precisam também observar  os seguintes requisitos para a aplicação da prorrogação dos prazos de pagamento das anuidades: ter sido decretada situação de emergência ou estado de calamidade pública pela autoridade governamental competente; a repercussão do dano esteja dentro da área do domicílio legal ou profissional da pessoa física ou jurídica, de acordo com o seu registro perante o Conselho Regional de Psicologia; e seja atestado por órgão da Administração Pública Direta ou Indireta, o reconhecimento de afetação decorrente da situação de emergência ou estado de calamidade pública declarados.

Saiba mais:

Acesse a íntegra da Resolução CFP 12/2024

CFP é premiado durante a Conferência Nacional dos Conselhos Profissionais

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) foi condecorado com o prêmio Melhores Práticas Aplicáveis aos Conselhos Profissionais, na categoria Relatório de Gestão, exercício 2023. 

Representantes do CFP receberam a premiação durante a solenidade de abertura da 8ª Conferência Nacional dos Conselhos Profissionais, um dos principais encontros de gestores de autarquias públicas do país, realizado em Brasília, Distrito Federal, em 6 de agosto.

Para o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, a premiação reflete o empenho do XIX Plenário e da equipe de trabalhadoras e trabalhadores do CFP no fazer coletivo por uma gestão pública focada na qualidade e no profissionalismo. “O prêmio é resultado da dedicação das conselheiras e conselheiros que integram o XIX Plenário CFP, bem como de toda a equipe de trabalhadores da autarquia. Um reconhecimento a um trabalho coletivo e que tem buscado aprimorar cada vez mais a qualidade técnica, ética, científica e política da Psicologia”, destaca.

Relatório da Gestão do CFP

Anualmente o Conselho Federal de Psicologia publica relatório referente às ações realizadas pelo órgão ao longo do último ano. Em 2023, o CFP inovou na elaboração do documento, apresentando dados e estatísticas apoiado em metas e ações estabelecidas no Planejamento Estratégico da autarquia, com foco na governança e transparência das informações. 

O documento é resultado de uma série de investimentos feitos pelo CFP para aprimorar a estrutura de gestão e funcionamento da Autarquia, com o objetivo de cumprir com excelência sua missão institucional de regulamentar, orientar e fiscalizar a atuação dos mais de 530 mil profissionais da Psicologia em todo o país.

A partir das diretrizes dos órgãos de controle, o Relatório de Gestão CFP 2023 reúne dados sobre a missão institucional do Conselho, as normas e diretrizes que o regem, as atribuições das áreas, bem como seus canais de comunicação.  

As ações desenvolvidas ao longo de 2023 estão apresentadas a partir dos eixos estratégicos definidos no planejamento que orientou a atuação do órgão: Exercício da Profissão; Incidência Política; Articulação em Rede e Aprendizado/Desenvolvimento Institucional. As atividades estão sintetizadas nos objetivos estratégicos que integram cada um dos eixos, focando nas ações e resultados alcançados. 

Confira o Relatório de Gestão CFP 2023.

XIX Plenário CFP

A premiação ao CFP foi destaque durante a 28a Reunião Plenária, realizada nesta semana na sede da autarquia e que reuniu conselheiras e conselheiros. Durante o encontro, o presidente do CFP ressaltou a importância do prêmio como reconhecimento ao compromisso às conselheiras e conselheiros que integram o XIX Plenário.

“O prêmio demarca o resultado da dedicação de nossas 22 conselheiras e conselheiros, que ocupam aqui um cargo honorífico, e que precisa ser conciliado com as atribuições profissionais e a vida cotidiana de cada um e cada uma. É, portanto, e sobretudo, um trabalho de dedicação à Psicologia e de compromisso com a profissão. Um trabalho que tem sido realizado com irreparável empenho. Somos um Plenário que chega à metade de seu período de três anos de gestão com a íntegra de sua composição e em efetivo funcionamento. Que sigamos cada vez mais fortes na realização dessa missão institucional”.

Confira as conselheiras e conselheiros que integram o XIX Plenário CFP:

Alessandra Santos de Almeida 

Antonio Virgílio Bittencourt Bastos        

Carla Isadora Barbosa Canto

Carolina Saraiva

Célia Mazza de Souza  

Clarissa Paranhos Guedes    

Evandro Morais Peixoto       

Fabiane Rodrigues Fonseca  

Gabriel Henrique Pereira de Figueiredo

Ivani Francisco de Oliveira

Izabel Augusta Hazin Pires 

Jefferson de Souza Bernardes        

Juliana de Barros Guimarães         

Maria Carolina Fonseca Barbosa Roseiro        

Marina de Pol Poniwas         

Neuza Maria de Fátima Guareschi

Nita Tuxá   

Pedro Paulo Gastalho de Bicalho 

Raquel Souza Lobo Guzzo     

Roberto Chateaubriand Domingues

Rodrigo Acioli Moura  

Rosana Mendes Éleres de Figueiredo

Conselhos de Psicologia de todo o país se reúnem em Brasília para Encontro de Diretorias

Representantes do Conselho Federal (CFP) e de todos os 24 Conselhos Regionais (CRP) participaram, nos dias 3 e 4 de agosto, do Encontro de Diretorias do Sistema Conselhos de Psicologia, realizado em Brasília/DF.

Durante a abertura do evento, que teve como tema “Somos um Sistema”, Pedro Paulo Bicalho, presidente do CFP, destacou a importância do evento na perspectiva de construção colaborativa das responsabilidades quanto ao aprimoramento das ações do Sistema Conselhos, bem como a valorização desse trabalho coletivo, que tanto impacta na orientação e na fiscalização do exercício profissional da categoria.

“Nós ocupamos esse lugar porque acreditamos no poder transformador das nossas instituições e no modo como conseguimos transformar a Psicologia e, consequentemente, a própria sociedade”, destacou Bicalho.

O presidente do CFP também ressaltou a expressividade dessa ciência e profissão ao pontuar que o Brasil é o país com o maior número de psicólogas e psicologos do mundo, com cerca de 540 mil profissionais inscritos nos Conselhos Regionais – o que implica numa série de desafios, responsabilidade e potencialidades.

Bicalho reforçou a necessidade do planejamento na gestão pública e seu constante aprimoramento: “nós planejamos e redesenhamos o nosso planejamento por todo o tempo. E esse processo nunca finaliza, porque é algo em movimento, em construção”.

Diálogos

Durante a programação, as representações dos CRPs participaram de uma atividade de avaliação da gestão de cada Conselho Regional, abordando os maiores desafios enfrentados e os legados deixados pelas gestões anteriores.

Como parte da agenda, foram apresentadas as principais ações e resultados do Conselho Federal (CFP) frente a temas estratégicos, como a incidência no poder legislativo; o enfrentamento a situações de violência nas relações de trabalho; a formação em gestão pública no âmbito do CFP e dos CRPs; e o programa de ações afirmativas, inclusivas e reparatórias do Sistema Conselhos de Psicologia.

Foram destaques ainda as ações no campo da defesa dos direitos humanos; e a atualização de importantes sistemas institucionais.

Confira aqui as fotos da atividade.

CFP publica normativa que estabelece porte dos Conselhos Regionais de Psicologia

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou a Resolução nº 8/2024, que estabelece a classificação de porte dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRP) com base no percentual do número de psicólogas(os) inscritas(os) e ativas(os) em cada Conselho Regional de Psicologia em relação à base nacional.

O documento, publicado no Diário Oficial da União em 22 de julho, foi aprovado na primeira Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF) deste ano, realizada em maio.

Para a elaboração da norma, foi criado um Grupo de Trabalho (GT) da Assembleia das Políticas da Administração e das Finanças (APAF) de novembro de 2021, que solicitou subsídios aos 24 Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) para a formulação do documento. O conteúdo recebido foi sistematizado e orientou os estudos em relação ao porte dos CRPs, considerando aspectos como a participação nos programas e projetos no âmbito do Sistema Conselhos, autonomia administrativa e financeira e a equidade para o desenvolvimento das ações de orientação e fiscalização à categoria e sociedade.

A conselheira-tesoureira do CFP, Célia Mazza de Souza, explicou que a definição de porte dos CRPs é uma demanda antiga, proposta nas duas últimas edições do Congresso Nacional da Psicologia. “O Sistema Conselhos de Psicologia usava como referência de tamanho das instâncias regionais o Regimento Interno da APAF, que define, por número de inscritos na base dos conselhos regionais, o quantitativo de delegadas e delegados para a Assembleia. Assim, era necessária a definição de porte desses conselhos por meio de um normativo, para que os programas e convênios pudessem ser mais equânimes e de acordo com as diferenças entre os CRPs”.

A conselheira federal aponta ainda que, a partir da Resolução CFP nº 8/2024, existem importantes princípios a considerar para a definição da distribuição de apoios administrativos e financeiros aos conselhos regionais, distribuídos em seis níveis de porte: “desta forma, conseguiremos dar mais suporte aos CRPs menores, para que possam desenvolver suas atividades de orientação e fiscalização da categoria em condições mais igualitárias àqueles que já contam com uma estrutura maior. Queremos um Sistema Conselhos de Psicologia que funcione em harmonia e com igualdade de condições”.

Custeio do CFP para os Conselhos Regionais de Psicologia

A Resolução nº 8/2024 também destaca os percentuais de custeio pelo CFP, a serem aplicados para cada Conselho Regional de Psicologia, para programas e editais atuais.

Para os CRPs classificados no nível 1, o custeio do CFP será de 100% dos gastos relacionados aos programas orçamentários de transferência de recurso; para os classificados no nível 2, o custeio Federal será de 70%, cabendo aos Conselhos Regionais o custeio de 30%.

Para os futuros editais de convênios e programas esses percentuais são referenciais mínimos a seguir, podendo ser ampliados, bem como outros níveis poderão ser contemplados com subsídios do CFP.

Esses percentuais visam o rateio equitativo das despesas comuns do Sistema Conselhos de Psicologia entre os CRPs, a partir de 2025, e devem considerar as diretrizes estabelecidas na norma.

Acesse a íntegra da Resolução nº 8/2024.

CFP e outras entidades representativas da Psicologia e do Serviço Social apresentam recomendações ao MEC para garantir a presença dessas duas categorias profissionais na educação básica

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou, representado pela conselheira federal Raquel Guzzo, no dia 22 de julho – ao lado da Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP), a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), a Associação Brasileira de Psicologia Escolar (ABRAPEE), o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e a Federação Nacional dos Psicólogos (FENAPSI) – da 2ª Reunião Ordinária do Grupo de Trabalho (GT) que atua, no âmbito da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), para sistematizar subsídios e recomendações para a implementação da Lei nº 13.935/2019, que assegura a presença de psicólogas(os) e assistentes sociais na educação básica.

A reunião, realizada na sede do MEC, incorporou o seminário “Subsídios e Recomendações da Coordenação Nacional de Psicólogos e Assistentes Sociais na rede pública de Educação Básica para a implementação dos serviços de Psicologia Escolar e Serviço Social nas redes públicas de ensino”.

Na ocasião, o colegiado defendeu uma educação pública que reconheça a importância da inserção de psicólogas(os) e assistentes sociais nas escolas, conforme expresso na Lei nº 13.935/2019 e a defesa dos direitos humanos na educação.

Também expôs as especificidades do papel desempenhado pelas equipes multiprofissionais enquanto atores na promoção da saúde mental, no enfrentamento das desigualdades sociais e na proteção das(os) estudantes, familiares/responsáveis e toda a comunidade escolar.

Além disso, destacou a intersetorialidade como ponto fundamental, desde que implementada com atribuições objetivas; e reivindicou uma escola que atenda às necessidades do presente, valorize as diferenças e combata todas as formas de opressões, violências e preconceitos.

A coordenação nacional também distribuiu a cartilha Psicólogas e Assistentes Sociais na Escola: apoio cotidiano ao processo de escolarização, que aborda o histórico, as justificativas e as atribuições desses profissionais na Educação.

Próximas etapas

O cronograma de atividades do GT prevê mais quatro seminários, nos quais os demais órgãos e entidades do colegiado, composto por 19 integrantes titulares e seus respectivos suplentes, também apresentarão subsídios e recomendações sobre a temática.

Essas contribuições serão sistematizadas, analisadas e revisadas pelo GT, culminando no Seminário Nacional “Implementação dos Serviços de Psicologia e Serviço Social nas Redes de Ensino: Desafios e Possibilidades”, previsto para setembro deste ano.

24º CONGEMAS: CFP participa de encontro nacional de gestores da Assistência Social para discutir efetivação de direitos, ampliação de vagas e melhorias nas condições de trabalho

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou do 24º Encontro Nacional do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (CONGEMAS), realizado em São Paulo entre 10 e 12 de julho.

Com o tema “Sistema Único de Assistência Social e as diversidades sócio territoriais”, o encontro reuniu gestoras(es) e trabalhadoras(es) dos municípios brasileiros que atuam na efetivação da política de assistência social para diálogos sobre novas estratégias de superação das violações de direitos.

A psicóloga Simone Gomes, representante do CFP no Fórum Nacional de Trabalhadoras e Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (FNTSUAS), participou das atividades. 

Entre as temáticas abordadas no evento, destacam-se a oferta de proteção social às pessoas em situação de refúgio e migração e os desafios da efetivação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em territórios diversos cultural e territorialmente, como o Semiárido e a Amazônia legal.

Para Simone Gomes, a interlocução do CFP com gestoras(es) municipais SUAS, conselheiras(os) nacionais de Assistência Social e representações do governo federal merece destaque. “Foi importante estarmos no encontro para contribuir nas discussões e qualificar a atuação da Psicologia no SUAS, na defesa de um orçamento vinculado à política de assistência social e também na defesa das trabalhadoras e trabalhadores que ofertam proteção social nos territórios. O SUAS é a segunda maior área de inserção profissional da Psicologia e também a área com o maior índice de insegurança profissional, segundo dados do CensoPsi 2022. São os secretários municipais que realizam a contratação e a gestão administrativa da política, por isso essa interlocução é fundamental para ampliação de vagas e melhorias nas condições de trabalho”, avaliou. 

Participação e controle social

O Conselho Federal de Psicologia desempenha um papel ativo nas instâncias de participação e controle social das políticas de Estado, atuando como órgão consultivo em matérias relacionadas à ciência e profissão da categoria.

O Fórum Nacional de Trabalhadoras e Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (FNTSUAS) é um desses espaços de atuação estratégica para a Psicologia. De acordo com o Censo SUAS 2022, cerca de 30 mil psicólogas e psicólogos atuam na Política de Assistência Social em todo o país.

Para o CFP, o FNTSUAS e outros fóruns estaduais, regionais e municipais são espaços essenciais de intercâmbio de informação e articulação, fundamentais para a defesa dos direitos sociais e políticos de profissionais e usuárias(os) do SUAS.

O CFP também conta com a Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social (CONPAS), regulamentada pela Resolução CFP nº 7/2020, que desempenha um papel fundamental no contexto da assistência social. 

Suas atribuições incluem executar deliberações do CFP, propor a efetivação de propostas do Congresso Nacional da Psicologia, minutar projetos de regulamentação e fiscalização do exercício profissional da categoria nesse âmbito, fomentar a participação da Psicologia em comissões e fóruns, bem como sugerir estratégias para a Política Nacional de Assistência Social (PNAS) e subsidiar o CFP em questões relacionadas à temática.