Inscrições prorrogadas: prêmio sobre inovação no exercício profissional

Foram prorrogadas até o dia 25 de setembro as inscrições para o Prêmio Profissional Práticas Inovadoras no Exercício da Psicologia. O objetivo da premiação é  identificar, valorizar e divulgar estudos e experiências de psicólogas(os) que se caracterizem como avanços inovadores em termos de produção de conhecimento nos diversos campos da Psicologia.

Os trabalhos poderão ser inscritos em uma das seguintes categorias de práticas profissionais: Experiências ou produtos derivados do trabalho profissional individual ou coletivo da(o) psicóloga(o); Experiências ou produtos derivados de trabalhos realizados em cursos de especialização ou de mestrado; e Experiências ou produtos derivados de trabalhos realizados em cursos de doutorado, pós-doutorado, bem como de projetos de pesquisa vinculados a grupos de pesquisa.

Com a premiação, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) visa fomentar a pesquisa e o desenvolvimento de modelos, procedimentos e técnicas envolvidos na atuação profissional que possam indicar caminhos para o aprofundamento da construção de conhecimento científico inovador e do compromisso social da Psicologia.

Inscrições

O edital com as informações sobre a premiação já foi publicado e as inscrições poderão ser feitas 25 de setembro, diretamente pelo site da premiação.

CFP participa de Conferência sobre Promoção à Saúde e Cuidados para População Gay na América Latina e Caribe

Mais de 120 ativistas, lideranças, acadêmicos e representantes estatais de 21 países da América Latina e do Caribe participaram da Conferencia Regional sobre promoción de la salud, derechos humanos y provisión de cuidados para hombres que tienen sexo con hombres (HSH) en América Latina y el Caribe, realizada no México, entre os dias 29 e 31 de agosto.

O diálogo contou com a participação do Conselho Federal de Psicologia (CFP), representado por Pedro Paulo Gastalho de Bicalho, conselheiro do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro com reconhecida atuação na defesa das resoluções que demarcam a ética profissional da Psicologia junto às orientações sexuais e identidades de gênero.

A conferência teve como foco central a saúde mental dessa população e foi organizada pela Red Latinoamericana GayLatino, a Oficina Regional de Onusida para América Latina y el Caribe (ONUSIDA), a Organización Panamericana de la Salud/ Organización Mundial de la Salud (OPS/OMS) e a AIDS Healthcare Foundation (AHF).

O representante do CFP abriu a mesa sobre Saúde Mental, Suicídio e Terapia de Conversão enfatizando que o Brasil possui o maior número de psicólogas e psicólogos do mundo (cerca de 440 mil profissionais) e que, neste ano, a profissão celebra 60 anos desde sua regulamentação no país.

Pedro Paulo Bicalho ressaltou a importância de resoluções criadas pelo Conselho Federal de Psicologia voltadas à promoção da dignidade e para o enfrentamento a discriminação e contra toda forma de opressão a populações LGBTI. Dentre elas, está a Resolução CFP nº 01/1999, que proíbe a chamada “cura gay”; a Resolução CFP nº 01/2018, que trata sobre a despatologização das pessoas travestis e transexuais; e a Resolução CFP nº 08/2022, que orienta as(os) psicólogas(os) a considerar a autodeterminação de cada sujeito em relação a sua orientação sexual e identidade de gênero.

“Essas são normativas muito importantes, com posicionamentos da Psicologia que têm influenciado a própria legislação brasileira”, destacou Pedro Paulo.

Acerca desse aspecto, o representante do CFP mencionou decisões do Supremo Tribunal Federal relacionadas à garantia de direitos de pessoas homossexuais, tais como o casamento homoafetivo, a adoção por casais homossexuais e a criminalização da homofobia – que, no Brasil, é prática análoga ao crime de racismo, com pena que pode chegar a até cinco anos de reclusão.

Ao ressaltar a importância da Psicologia brasileira na defesa e promoção de direitos das populações LGBTIs, Pedro Paulo Bicalho também destacou a publicação “Tentativas de Aniquilamento de Subjetividades LGBTIs”, lançada em 2019 pelo CFP. A obra traz uma compilação de relatos de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais que retratam os intensos sofrimentos ético-políticos e os processos de resistência decorrentes de diversas formas de violências, preconceitos, injustiças e exclusão.

CFP lança pesquisa sobre atuação de psicólogas(os) na política pública de atenção às pessoas com deficiência

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop), iniciou a pesquisa sobre a atuação de psicólogas(os) na política pública de atenção às pessoas com deficiência. O objetivo é subsidiar a elaboração de referência técnica para atuação na mesma política.

A pesquisa terá início com a etapa qualitativa nos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs). Profissionais interessadas(os) em participar das entrevistas – de forma presencial ou por videoconferência – devem preencher o formulário até o dia 30 de setembro.

O Crepop ressalta que a participação é voluntária e a realização das entrevistas dependerá da disponibilidade da equipe, de acordo com a agenda do Crepop no Conselho Regional de seu estado.

O questionário on-line será disponibilizado em breve. Fique atenta(o) aos canais oficiais do Conselho Federal de Psicologia.

Acesse as Referências Técnicas do Crepop.

Saiba mais sobre a Metodologia Crepop.

Eleições da Psicologia: saiba como justificar seu voto

As(os) psicólogas(os) que não registraram seus votos na Consulta Nacional ao Conselho Federal de Psicologia (CFP) e nas eleições para os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs), realizadas no período de 23 a 27 de agosto, terão que preencher formulário de justificativa. O prazo para esse procedimento é de 60 dias a contar do dia 28 de agosto de 2022.

Para justificar o voto, basta entrar no site das eleições em eleicoespsicologia.org.br, selecionar o seu Regional clicar no ícone “Justificar” que aparece no menu e, em seguida, preencher o formulário da página e finalizar registrando a justificativa.

Como o voto é obrigatório, a justificativa se faz necessária e foi estipulada no Regimento Eleitoral, em seu artigo 4º e § 2º, da Resolução CFP 05/2021,  definida pela Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças – APAF: “As psicólogas que não votarem deverão apresentar justificativa, entre os dias 28 de agosto de 2022 e 26 de outubro de 2022, no Site Oficial das Eleições, sob pena de aplicação de multa no valor R$ 3,51”.


Eleições 2022

A votação para escolher os novos plenários dos CRPs e do CFP ocorreu entre 23 a 27 de agosto de 2022, apenas na modalidade online. O total de psicólogas(os) votantes foi de 96.702 em todo o país. 

Psicólogas(os): saiba como gerar a sua senha para votar

Foi encaminhado,  no sábado (20), a todos as(os) profissionais com email registrado no Cadastro Nacional de Psicólogos um link para a geração de senha que possibilita participar das eleições para os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) e para a Consulta Nacional do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Ao clicar no link, a(o) usuária(o) poderá criar a senha de votação.

Para votar

A votação será realizada unicamente na modalidade on-line, entre os dias 23 e 27 de agosto, por meio do site eleicoespsicologia.org.br. Cada psicóloga(os) só poderá votar fazendo uso de sua senha pessoal e intransferível. 

Para votar, as psicólogas(os) também precisam estar com a anuidade em dia junto ao seu CRP, além dos demais requisitos previstos no regimento eleitoral.

Caso a(o) psicóloga(o) esteja com o e-mail e o celular desatualizados, deverá procurar um Ponto de Apoio à Votação entre os dias 23 a 27/08/2022.

Colégio Eleitoral e Chat

Para quem quiser conferir se está apta(o) a votar este ano, já pode fazer a consulta no Colégio Eleitoral por meio do site eleicoespsicologia.org.br. Ao entrar no site, selecione o Regional de atuação, clique em “Colégio Eleitoral”, digite o número do CPF e confirme.

Se o seu nome não constar ali, consulte o Conselho Regional de Psicologia em que você está inscrita(o) para verificar a existência de problemas em seu registro ou débitos. Do ponto de vista financeiro, é considerada(o) em dia quem pagou as anuidades  do exercício 2021, e anuidades anteriores . Quem constatar que está em dívida, poderá negociar o parcelamento com o próprio Regional até o dia 26 de agosto de 2022.

Além desta ação, a(o) psicóloga(o) poderá ligar no 0800-555 2756 ou utilizar o chat, localizado no canto inferior direito do site das Eleições 2022, e solicitar resposta quanto às dúvidas sobre o sistema de votação.

 

Sessão Especial na Assembleia Legislativa da Paraíba comemora os 60 anos da Psicologia

Diversas solenidades legislativas estão celebrando as seis décadas da promulgação da Lei que estabeleceu a Psicologia como ciência e profissão, comemoradas em agosto. Na manhã dessa quinta-feira (4), em João Pessoa, a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou uma sessão especial em celebração aos 60 anos da regulamentação da Psicologia. A solenidade foi realizada por proposição da deputada estadual Estela Bezerra (PT), a partir da iniciativa do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e do Conselho Regional de Psicologia da Paraíba (CRP-13).

A sessão recebeu profissionais da área, ex-presidentes do Conselho Regional, professoras e ativistas que relembraram as contribuições da Psicologia à sociedade e seus desdobramentos históricos nas últimas seis décadas. Também foram agraciadas(os) psicólogas(os) que atuaram pela profissão na Paraíba e no Brasil.

A presidente do Conselho Federal de Psicologia e ex-presidente do CRP-13, Ana Sandra Fernandes, analisou que, desde o seu reconhecimento como profissão, a Psicologia brasileira vem passando por um processo de ressignificação de uma perspectiva elitista para uma profissão que tem compromisso com as camadas populares.

“A Psicologia faz parte da vida de milhões de brasileiras e brasileiros, e por isso nosso compromisso com a diversidade e pluralidade, com a equidade e com o respeito às diferenças e aos diferentes. Nosso compromisso e respeito com a vida são compromissos dos quais não abrimos mão”, destacou.

Celebrações

A deputada Estela Bezerra apontou que a Psicologia trata da saúde mental do indivíduo, mas, principalmente, da coletividade. E creditou à atuação das psicólogas e dos psicólogos a mudança do tratamento da saúde mental no país.

“Se hoje no Brasil nós temos um sistema de saúde mental dissociado daquela chaga histórica que foi o período e o sistema manicomial, muito se deve ao ativismo dos profissionais de Psicologia. Por isso nós somos gratos a vocês pelo ativismo constante em demonstrar ao nosso país que saúde mental é um aspecto fundamental do desenvolvimento social, econômico e político”, pontuou a parlamentar.

A presidente do CRP da Paraíba (CRP-13), Silvana Barbosa Mendes Lacerda, destacou que a Psicologia já venceu muitas batalhas, mas que ainda há lutas pela frente. “A Psicologia busca o cuidado e, com cuidado, vem sendo construída como ciência e profissão”, pontuou. Ela alertou para as tentativas de retrocesso na luta antimanicomial no seu estado. “A Paraíba não pode se omitir contra as várias tentativas de retrocesso, o holocausto disfarçado de lugares de cuidado. O lugar de cuidado há de ser o lugar de liberdade. Não há cuidado sem liberdade”, alertou.

A primeira presidente do CRP da Paraíba, Maria Marques Rodrigues Sátiro, relembrou as histórias na construção do Conselho Regional desde o período em que psicólogas e psicólogos eram ligados ao CRP de Pernambuco. “Uma profissão que tem contribuído para o ser humano. Sobretudo em uma atitude eticamente humanizadora, integrativa e inclusiva, junto às pessoas e à sociedade”, afirmou.

Representando a Articulação Nacional de Psicólogas(os) Negras(os) e Pesquisadoras(es) (Anpsinep), Irismar Batista Lima afirmou que ao longo das últimas décadas a Psicologia tem ser fortalecido como espaço de atuação técnica, científica e política de promoção de cuidado à saúde da dignidade humana.

Ela contou que a Anpsinep atua há dois anos junto aos movimentos sociais preconizando uma conduta antirracista da profissão no Brasil. “Para comemorar o avanço da Psicologia, por completo, é necessário afirmar o crescimento e engajamento de uma Psicologia antirracista. Precisamos, enquanto psicólogas, psicólogos e psicóloges, nos nossos espaços, trazer para a discussão a questão da atuação junto à população negra, indígena e cigana”, ponderou.

A professora Iany Barros, da Comissão das Instituições de Ensino Superior da Paraíba, também fez um retrospecto da Psicologia no estado e ressaltou. “A Psicologia constrói um projeto que nos identifica e dá uma referência de vida”.

Também nessa perspectiva, a psicóloga e diretora da Divisão de Psicologia da Assembleia Legislativa da Paraíba, Durvalina Rodrigues Lima, ressaltou as contribuições da profissão para a população brasileira. “Sabemos o quanto a saúde mental interfere no comportamento individual e coletivo, e quanto – se não cuidada a tempo e de forma correta, com a colaboração de um profissional da Psicologia -, pode interferir drasticamente, com consequências impactantes, para o indivíduo e seu meio social”, destacou.

A Sessão Especial na ALPB em celebração aos 60 anos da regulamentação da Psicologia foi transmitida ao vivo pelos canais do CFP.

Sessão Solene da Câmara Legislativa do Distrito Federal celebra a Psicologia

Nesta segunda-feira (8), a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) realizou uma Sessão Solene para celebrar os 60 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil. A solenidade foi promovida a partir de proposição da deputada distrital Arlete Sampaio (PT) e levou ao plenário da Casa a discussão sobre o contexto atual e o futuro da Psicologia.

A conselheira do Conselho Federal de Psicologia (CFP) Izabel Hazin afirmou que as solenidades que têm sido realizadas pelo país para celebrar os 60 anos da profissão têm revelado o quanto a Psicologia é potente. “Uma Psicologia que cada vez mais é brasileira, e atende ao chamado da sua população em todos os espaços em que se faz necessário o cuidado e o desenvolvimento”, pontuou.

Debates

A deputada distrital Arlete Sampaio destacou que, ao longo destes 60 anos, a Psicologia se afirmou como uma profissão reconhecida da população brasileira e que desempenha um papel relevante na questão da saúde mental, na implantação da reforma psiquiátrica e trabalhando nos serviços substitutivos.

“É fundamental que tenhamos o reconhecimento ao trabalho das psicólogas e dos psicólogos em todos esses sistemas, além das clínicas particulares, do atendimento individual. A Psicologia afirmou seu espaço nas políticas públicas, assim como nos consultórios particulares”, apontou a parlamentar.

A deputada federal Erika Kokay (PT/DF) ressaltou que o país atravessa um momento difícil de um Estado em sua função social e de promoção de direitos. Para ela, a Psicologia tem desempenhado um papel de resistência, compromissada com a vida, a liberdade e com a democracia.

“Os profissionais de Psicologia, por meio das suas entidades, têm resistido a tudo isso. A resistência de psicólogas e de psicólogos que dizem que só se cuida em liberdade e que não se cuida se não for em liberdade”, afirmou.

Falando em nome do Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP-01), o psicólogo Rafael Gonçalves lamentou a desarticulação da reforma psiquiátrica nos últimos anos. “A gente tem visto um trabalho de forças que não estão nem aí para a construção de uma saúde mental e da integração necessária de políticas e serviços que isso exige”, destacou.

A diretora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Vanessa Soublin de Vasconcelos, ressaltou que o DF trabalha com um déficit de profissionais da Psicologia na atenção primária e que há necessidade de profissionais da Psicologia para compor a rede. “Profissionais que tem ações multiprofissionais, ações de clínica ampliada e que extrapolam em muito o que entendem da psicologia de atendimento clínico individual. É um trabalho diferenciado e que precisa ser feito para a população”, destacou.

A diretora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a psicóloga Fabiana Damásio, avaliou que a Psicologia deve continuar reafirmando o propósito da profissão do cuidado em todas as circunstâncias históricas, políticas e sociais do nosso país. “As diversidades que nos fazem mais fortes e fazem com que o cuidado seja reconhecido em todos os espaços”, afirmou.

A diretora da Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi), Fernanda Magano, lembrou que a Psicologia tem construído espaços com a sociedade brasileira e com o cuidado da população na defesa dos direitos humanos, das políticas públicas e de uma luta antimanicomial. “Os 60 anos da Psicologia são estes primeiros 60 anos de uma profissão que tem muito a contribuir com a realidade brasileira”.

Para o coordenador de Graduação do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), Domingos Sávio Coelho, a profissão tem o desafio de atuar nas frentes da inclusão, da diversidade e da equidade e lembrou da importância da presença das comunidades tradicionais. “É fundamental que as comunidades tradicionais tenham seus estudantes na universidade e a Psicologia tem muito a contribuir para este processo”.

A presidente do Sindicato dos Psicólogos do DF (SinPsi/DF), Tamara Levy, ressaltou que as(os) profissionais da Psicologia, que cuidam de pessoas, também precisam de cuidado. “Precisamos ocupar espaços políticos para nos fortalecer enquanto classe trabalhadora, enquanto profissionais da saúde”, defendeu.

Para a representante da Articulação Nacional de Psicólogas(os) Negras(os) e Pesquisadoras(es) (Anpsinep), Joyce Avelar, por estar inserida em um contexto social de desigualdades, a Psicologia tem o desafio de não reproduzir a lógica racista, classista, machista e LGBTfóbica presente na sociedade. “Nós precisamos insistir em criar no meio da Psicologia quilombos vivos. Nós lutamos por uma Psicologia enegrecida e que mantenha viva e saiba a importância das memórias e saberes afro e indígenas brasileiras. Lutamos pelo reconhecimento das nossas contribuições e potencialidades”.

A presidente do Conselho Regional de Serviço Social do DF (CRESS/DF), Karina Aparecida de Figueiredo, afirmou que a Psicologia tem sido grande parceira do Serviço Social ao longo das últimas décadas, ressaltando que pautas e lutas da Psicologia também fazem parte das lutas do Serviço Social. “Tem sido um caminho muito importante essa construção coletiva, principalmente, nesta conjuntura que a gente tem vivido”, reconheceu.

*Celebrações pelo Brasil
Ao longo de todo este ano têm sido realizadas por casas legislativas de todo o país sessões solenes para celebrar o sexagenário da Psicologia. As reuniões nas assembleias e câmaras municipais realçam as contribuições da Psicologia à sociedade e seus desdobramentos históricos nas últimas seis décadas. Até o momento foram realizadas treze solenidades em 12 cidades de 10 estados brasileiros.

CFP promove evento para celebrar os 60 anos da Psicologia. Participe!

Neste mês de agosto a Psicologia completa seis décadas desde que foi regulamentada como ciência e profissão no Brasil. Para celebrar esta importante trajetória, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) promove no próximo dia 12/8, em Brasília (DF), a partir das 18h30, a cerimônia “Psicologia 60 Anos: Uma História para Construir o Futuro”.

Unindo memória e arte, a atividade vai resgatar as transformações e avanços da Psicologia no Brasil a partir de sua regulamentação, em 1962. Desde o contexto da profissão diante da recém instalada ditadura civil-militar, às lutas para fazer da Psicologia uma profissão orientada pelo cuidado integral e a promoção da dignidade humana, cada vez mais presente nas políticas públicas.

“Será uma celebração em que profissionais e artistas usuários da rede de serviços de saúde mental, referenciados em suas práticas e corpos, apresentarão as tessituras que marcam a construção da Psicologia no Brasil. É o olhar da arte – que se mostrou tão essencial diante das dores vivenciadas com a pandemia da Covid-19 – mais uma vez trazido em sua dimensão humanizadora e como potência para conhecer e transformar a realidade”, destaca a presidente do CFP, Ana Sandra Fernandes.

A programação também vai homenagear as presidências de todos os Plenários do Conselho Federal de Psicologia ao longo desses 60 anos, em reconhecimento às contribuições para a constituição desta profissão que hoje conta com mais de 440 mil psicólogas e psicólogos em todo o Brasil.

“É o olhar a uma profissão que se constrói e reconstrói ancorada em um compromisso ético, científico e político. Uma Psicologia em movimento, atenta ao passado para construir o presente e projetar o futuro”, ressalta a presidente do CFP.

Transmissão em tempo real

A programação do evento será transmitida em tempo real pelas redes sociais do Conselho Federal de Psicologia. E você é nossa(o) convidada(o) especial.

Participe desta celebração!

CFP realiza treinamento das comissões eleitorais para as Eleições 2022

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) promoveu, durante os dias 4 e 5 de agosto, o Treinamento Eleitoral para capacitar as(os) representantes das Comissões Regionais Eleitorais (CRE) para o processo de votação on-line que ocorre entre os dias 23 e 27 de agosto.

Durante dois dias de atividades, as comissões puderam aprofundar conhecimentos sobre como funcionará o processo de votação on-line e contribuir com melhorias. O grupo também conheceu o regimento eleitoral e as normas do processo para as comissões. Também foi apresentado o sistema de votação, o manual de orientação e de instruções, bem como o detalhamento dos procedimentos administrativos. Também foi oferecido um treinamento na prática sobre como funciona a urna eleitoral.

Participaram da atividade as(os) presidentes das Comissões Eleitorais e pelo menos mais uma(um) funcionária(o) dos Conselhos Regionais. Além de aprender sobre o funcionamento da Consulta Nacional 2022, eles trouxeram  suas contribuições para implementarem melhorias para o próximo pleito eleitoral.

Eleições 2022

As eleições para o Sistema Conselhos de Psicologia ocorrem neste mês de agosto, durante os dias 23 a 27, apenas pela modalidade on-line pelo site eleicoespsicologia.org.br. Na página as(os) psicólogas(os) podem se manter informados sobre os processos, conhecer as chapas e tirar dúvidas sobre a forma de votação.

Para votar, é possível utilizar computador, tablet ou smartphone conectado à internet. Os Conselhos Regionais também disponibilizarão pontos de votação, também de 23 a 27 de agosto, de 8h às 17h, respeitando o fuso de cada região. O voto nos pontos de votação também será na modalidade on-line. 

Para votar, é preciso estar com os dados cadastrais atualizados – principalmente o endereço de e-mail ou número de celular. Também é necessário estar adimplente com a tesouraria em relação aos exercícios anteriores, até o dia 26 de agosto de 2022, ainda que sob a forma de parcelamento do débito, bem como em pleno gozo de seus direitos.

*Matéria atualizada em 16 de agosto de 2022.

Solenidades legislativas celebram a Psicologia pelo Brasil

Na sexta-feira (5), as assembleias legislativas de dois estados brasileiros realizaram atividades solenes para celebrar o aniversário de 60 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil.

Em Maceió, a Assembleia Legislativa de Alagoas promoveu um ato solene a partir da iniciativa do deputado estadual Léo Loureiro (Progressistas) em conjunto com o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e com o Conselho Regional de Psicologia de Alagoas (CRP-15).

Em seu pronunciamento, a presidente do CFP, Ana Sandra Fernandes, afirmou que as(os) profissionais expressam o compromisso ético-político da Psicologia brasileira pela eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência e opressão, e pela defesa inequívoca dos diretos humanos. Ela frisou que a Psicologia brasileira está comprometida com o combate contra o racismo estrutural, toda forma de preconceito e discriminação e contra as ameaças à democracia.

“Estamos cientes do papel da Psicologia como ciência e profissão na defesa da democracia, da dignidade humana, e da promoção do bem viver. Por isso, onde estivermos e onde for necessário, vamos defender a democracia junto ao povo brasileiro”, pontuou.

O deputado estadual Léo Loureiro (Progressistas) contou que tem relação particular com a Psicologia e afirmou que a ciência começa a ser democratizada para a população em geral. Ele também destacou o papel político social da profissão. “A Psicologia é uma ciência e uma profissão compromissada com as lutas e as transformações político-sociais do país, guiada pelo compromisso do fazer científico, ético e político”, contou o deputado.

A presidente do Conselho Regional de Alagoas (CRP-15), Zaíra Mendonça, contou da responsabilidade em fazer parte de uma profissão em um estado onde assolam problemas sociais. “Onde a profissão vem contribuindo de maneira significativa para os direitos humanos”, destacou.

O ex-presidente do CRP de Alagoas, Lourenço Leirias, disse almejar que a categoria seja mais politizada. “Devemos investir em um profissional explicitamente politizado para ter consciência da sua ciência, do papel da Psicologia na sociedade, e de em qual sociedade estamos caminhando”, afirmou.

A representante da Articulação Nacional de Psicólogas/os Negras/os e Pesquisadoras/es (Anpsinep) Marina Natalia Rodrigues disse que os 60 anos da regulamentação da profissão representam um momento histórico para a Psicologia brasileira e alagoana e desejou que a ciência possa ampliar seu alcance. “Que no futuro da Psicologia, a gente possa olhar para o passado e tornar a profissão disponível para todas, todos e todes”, pontuou.

O representante da Federação Nacional de Psicólogos (Fenapsi), Benedito Cedrim, lembrou a trajetória da profissão no estado alagoano e ressaltou que a Fenapsi tem o papel de proteger os profissionais de Psicologia nos diferentes locais de trabalho.

Sessão solene no Amapá

No mesmo horário, em Macapá, a Assembleia Legislativa do estado também celebrou os 60 anos da Psicologia no Brasil com uma sessão solene. O evento foi realizado por iniciativa do deputado estadual Paulo Lemos (Psol) a partir de proposição do CFP e do Conselho Regional de Psicologia do Pará/Amapá (CRP-10).

A vice-presidente do CFP, Anna Carolina Lo Bianco, destacou que a Psicologia trabalha não só pela saúde mental, mas pela qualidade de vida. “A gente tem uma missão, um compromisso que vai à frente, que é a luta por uma sociedade mais justa e mais inclusiva”, destacou.

O deputado estadual Paulo Lemos declarou que a Psicologia está recebendo o reconhecimento da população de forma tardia. “Nós tivemos que enfrentar uma pandemia para ver e reconhecer a importância de forma mais efetiva e mais ampla da Psicologia no atendimento às pessoas”, afirmou. Ele denunciou o estado precário do atendimento psicossocial no estado e os reflexos na população.

O diretor do CRP-10, Válber Luiz Farias Sampaio, destacou que os 60 anos da Psicologia representam pouco diante dos saberes produzidos para a humanidade. Disse que foram longos e árduos anos para estabelecer a psicologia no Brasil. “A Psicologia brasileira está para além de uma escuta de sofrimento. Está na construção mais justa e menos desigual”, afirmou.

Idianne Medeiros, vice-coordenadora da Comissão Gestora da Seção do Amapá do CRP-10, disse que a Psicologia passou por significativas transformações desde a sua regulamentação. Defendeu que as(os) profissionais estejam não somente nos consultórios. “A gente precisa estar nos diferentes espaços. Na assistência social, na saúde, na educação. Em todos os espaços é necessária uma psicóloga, um psicólogo atuando”.

A psicóloga Adriele Sussuarana, representante do movimento antimanicomial no Amapá, denunciou a situação da rede de atenção psicossocial no estado e que a referência para o cuidado psicossocial tem sido as comunidades terapêuticas. “Nós temos em nossa cidade apenas um CAPs AD, sucateado, que funciona de forma precária, em uma casa alugada”, afirmou.

Daniela dos Santos Azevedo, da Anpsinep, falou sobre os desafios que as(os) profissionais da Psicologia enfrentam para atuarem no estado e pediu por uma Psicologia para as pessoas que vivem na Região da Amazônia. Ela denunciou que o Amapá tem a pior rede de atenção psicossocial do país. “Que a gente possa esperançar a Psicologia implicada com os direitos humanos e politicamente engajada, e que possamos construir novas possibilidades”.