CFP pesquisa atuação da Psicologia na execução penal

O grupo de trabalho Psicologia e Sistema Prisional, do Sistema Conselhos de Psicologia, lançou, nesta quinta-feira (17), questionário dirigido a profissionais da Psicologia que atuam na execução penaln nos poderes Executivo e Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública, em suas esferas federal e estadual.

O questionário, que pode ser acessado no endereço http://www2.cfp.org.br/consultapublica/2018/prisional/, busca levantar os fazeres de profissionais que atuam no sistema. A iniciativa, fruto das ações do colegiado da Assembleia das Políticas da Administração e das Finanças (Apaf), foi elaborado segundo metodologia do Centro de Referência Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop).

O prazo para preenchimento do questionário expira em 17 de julho. Os dados serão utilizados na elaboração de referências técnicas para atuação de profissionais da área no sistema prisional.

Para Márcia Badaró, do Conselho Federal de Psicologia (CFP), o levantamento vai permitir fazer um mapeamento de profissionais que trabalham no sistemaprisional e em outros órgãos que atuam na execução penal, como o Tribunal de Justiça, Central de Penas Alternativas, Centrais de Monitoramento Eletrônico, Defensorias Públicas e Ministério Público. Badaró destaca que a última pesquisa sobre o tema data de 2007, mas tratou somente do sistema prisional. “Hoje, a Psicologia ocupa outros espaços da execução penal e precisamos conhecer quais suas práticas e em que condições os profissionais estão trabalhando. A proposta é que a pesquisa subsidie estratégias do Sistema Conselhos de Psicologia, principalmente tendo em vista que os profissionais são, em sua maioria, contratados temporariamente e sem conhecimento da área.”

A conselheira também destaca que o questionário ajudará aos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) a se aproximarem de seus públicos prioritários e conhecer sua realidade de trabalho e seus dilemas ético-profissionais no cotidiano do trabalho. “Vai auxiliar também a ampliar o diálogo da Psicologia com o Judiciário, inclusive sobre as demandas relacionadas à produção de laudos e pareceres em detrimento de ações de cuidado com a saúde integral das pessoas presas”. O diálogo da Psicologia com o Judiciário é uma demanda da Apaf e também do último Congresso Nacional De Psicologia (CNP), realizado em junho de 2016, em Brasília.

Questionário
A participação na pesquisa é voluntária e consiste em responder um questionário on-line, composto por questões fechadas e abertas. As perguntas permitem traçar o perfil sociodemográfico de profissionais da área que atuam na execução penal. Dados pessoais ou quaisquer informações que possam gerar identificação não serão fornecidas em hipótese alguma, assegurando a confidencialidade e a privacidade dos que fizerem parte da pesquisa.

O documento deverá ser respondido individualmente e remetido diretamente ao CFP. É garantido o direito de abandonar a pesquisa a qualquer momento, sem nenhuma penalização ou prejuízo ao sigilo das informações fornecidas.

Acesse o questionário sobre a atuação de profissionais da Psicologia no sistema prisional brasileiro.

Diálogo digital: avaliação psicológica compulsória

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai realizar, ao vivo, no site www.cfp.org.br, nesta quinta-feira (14), a partir das 16h, novo Diálogo Digital. O tema é avaliação psicológica compulsória.

Este ano, o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi), que completa 15 anos em 2018, é a plataforma informatizada de avaliação de instrumentos desenvolvido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) para avaliar a qualidade técnico-científico de testes psicológicos. Outra função é divulgar informações sobre as condições do uso profissional de instrumentos psicológicos à comunidade e aos profissionais da área.

Também em 2018, a Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP) realizou a revisão da Resolução CFP n° 002/2003, levando para aprovação em plenário à  Resolução 09/2018, que regulamenta a Avaliação Psicológica e está em consonância com os avanços vivenciados pela área de avaliação psicológica e revela os esforços conjuntos coordenados pelo CFP e CRPs, com o apoio da categoria e das entidades científicas da área.

Essa norma foi elaborada a partir da sistematização de consultas públicas realizadas em 2016, da compilação das contribuições dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) e também com a participação das entidades científicas em avaliação psicológica, como o Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (Ibap) e a Associação Brasileira de Rorschach e Métodos Projetivos (Asbro).

Para o debate desta quinta-feira (14), algumas questões envolvendo a avaliação psicológica compulsória estarão em debate:

1. Quais são os maiores desafios da avaliação psicológica no contexto de concursos públicos?

2. Quais são alguns dos investimentos que estão sendo feitos no campo da pesquisa?

3. Qual a proposta de aprimoramento da prática hoje realizada no Brasil?

Participe do Diálogo Digital do CFP. O evento, realizado na sede do CFP, em Brasília, será transmitido ao vivo via site, Facebook e Youtube.

Você também pode enviar perguntas pelas redes sociais do CFP (https://www.youtube.com/watch?v=rDtpOtECji4, https://www.facebook.com/events/1895021777464134/ e https://twitter.com/cfp_psicologia) com a hashtag #DialogosCFP. Questionamentos também podem ser transmitidos para o e-mail comunica@cfp.org.br.

Conheça participantes

Cristiane Faiad

Psicóloga, mestre e doutora pela Universidade de Brasília (UnB). Professora-adjunta do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho (PST) e do Programa de Pós Graduação (PSTO) da UnB. Coordenadora do curso de graduação em Psicologia. Coordenadora do Grupo Perfil de Pesquisa em Avaliação Psicológica no Contexto de Segurança Pública e Privada. Atuou por 14 anos como responsável técnica em avaliações psicológicas de concursos.

Eduardo Moita

Presidente do Conselho Regional de Psicologia do Piauí (CRP-21, PI). Graduado em Psicologia pela Faculdade Santo Agostinho de Teresina. Experiência em Psicologia do Trânsito.

Fabián Marin Rueda

Conselheiro do CFP, psicólogo e doutor em Psicologia. Professor e coordenador do programa de pós-graduação stricto sensu em Psicologia da Universidade São Francisco (SP).

Renan Junior

Mestre e doutorando em Psicologia. Professor e pesquisador em Psicologia do Trânsito na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), do Mato Grosso do Sul. Membro do Conselho Estadual de Trânsito de MS. Representante do CFP na Câmara Temática de Saúde e Meio Ambiente no Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Ex-assessor de Psicologia do Trânsito do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) MS, entre 2010 e 2015.

I Mostra de Experiências de Luta e Resistência no Suas

O Fórum Nacional de Trabalhadoras e Trabalhadores do SUAS (FNTSuas) vai promover a I Mostra de Experiências de Luta e Resistência no Sistema Único de Assistência Social (Suas) – “SUAS Resiste!” –, no segundo semestre de 2018, em Belém (PA). A proposta é contribuir com a disseminação de experiências, que podem inspirar novas estratégias em diferentes localidades no território nacional, a partir da troca de saberes. Pretende, ainda, ser mais uma forma de educação permanente de profissionais do Suas.

As inscrições de trabalhos para a mostra, aberta para a todos os públicos do Suas, podem ser feitas até 20 de julho, por meio do correio comunicacao.fntsuas@gmail.com

Leia o edital FNTSuas – Mostra Suas Resiste!

 

 

Conapir debate enfrentamento às desigualdades raciais

O enfrentamento ao racismo e a promoção da igualdade racial no Brasil é o que une lideranças e representantes da sociedade civil, governos municipais, estaduais e federal na IV Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (IV Conapir), que ocorrerá, dias 27 a 30 de maio, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília (DF). O Conselho Federal de Psicologia (CFP) faz parte da comissão organizadora do evento, representado pela conselheira Célia Zenaide.

A quarta edição do Conapir terá como tema “O Brasil na década dos afrodescendentes: reconhecimento, justiça, desenvolvimento e igualdade de direitos”. Há, ainda, quatro subtemas e 12 eixos ou grupos de trabalhos com diversos assuntos que permeiam a realidade das populações negra, quilombola, cigana, judaica, árabe e palestina.

Como o enfrentamento ao racismo e à desigualdade racial permeia a prática profissional da Psicologia, o CFP solicita aos profissionais da área que participarão do Conapir o preenchimento de um formulário para promover o contato entre os que atuam ou militam no campo da igualdade racial.

Conapir

A cada quatro anos, a conferência reúne representantes da sociedade civil e do governo para dialogar sobre as políticas públicas para o enfrentamento do racismo no Brasil. As discussões da IV Conapir serão orientadas por quatro subtemas: do reconhecimento dos afrodescendentes; da garantia de justiça aos afrodescendentes; do desenvolvimento dos afrodescendentes e discriminação múltipla ou agravada dos afrodescendentes.

Tema e subtemas são norteados pelo Plano Plurianual 2016-2019 e pelo Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Planapir), que buscam consolidar a transversalidade das políticas para a população negra e de superação do racismo.

Retratos da Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social

Representantes da Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social (Conpas) e dos Conselhos Regionais de Psicologia se encontraram, dias 11 e 12 de maio, em Brasília, na sede do Conselho Federal de Psicologia (CFP), para fazer um balanço da Campanha de Combate ao Preconceito contra Usuárias e Usuários do Sistema Único de Assistência Social (Suas) nos estados e também monitorar as atividades planejadas para 2018. Na reunião, que contou com  representantes de 20 Conselhos Regionais de Psicologia e teve como propósito estreitar o diálogo com os regionais, iniciou-se, ainda, o planejamento da Mostra de Práticas de Psicologia no Suas, prevista para 2019.

 

 

 

 

GT Políticas para Mulheres inicia atividades nesta sexta-feira (11)

O grupo de trabalho (GT) Políticas para Mulheres, criado pela Assembleia de Política, Administração e Finanças (Apaf), reúne psicólogas de todas as regiões do país. A proposta do grupo é sistematizar informações, produzir documentos, referências e formas de enfrentamento da violência contra a mulher, a partir da Psicologia, em interseção com os feminismos.

O GT foi criado para discutir as políticas do Sistema Conselhos de Psicologia e produzir estratégias e subsídios sobre a questão da violência contra as mulheres, incluindo o feminicídio. No Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na mesma década, foi registrado um aumento de 190,9% na vitimização de negras, índice que resulta da relação entre as taxas de mortalidade branca e negra. Para o mesmo período, a quantidade anual de homicídios de mulheres brancas caiu 9,8%, saindo de 1.747 em 2003 para 1.576 em 2013. Do total de feminicídios registrados em 2013, 33,2% dos homicidas eram parceiros ou ex-parceiros das vítimas.

“O encontro reúne psicólogas de todas as regiões do país. Elas trazem contribuições das discussões da categoria em suas regiões”, explica a conselheira Sandra Spósito, do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

A psicóloga Alessandra Almeida, do CRP da Bahia (CRP-03), falou sobre a importância histórica e política do grupo: “Nós, mulheres de uma maneira geral, e psicólogas em especial, estamos saudando uma dívida antiga que a ciência Psicologia tem conosco”. Ela também lembrou que os índices de representação política das mulheres brasileiras são os menores dentro da América Latina e do mundo.

Além do CFP, o GT é composto por representantes dos seguintes Conselhos Regionais de Psicologia: 3 (Bahia), 8 (PR), 15 (AL), 16 (ES), 18 (MT) e 20 (AM, RR, AC e RO).

Contra a inclusão do Sistema Socioeducativo no Susp

16 de maio. Este é o novo prazo para que os defensores da socioeducação e das políticas destinadas à infância e à juventude pressionem os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. Na data, os senadores voltam a discutir o PLC 19/2018, que disciplina a organização e o funcionamento dos órgãos de segurança pública, cria a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS) e institui o Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) considera a inclusão do Sistema Socioeducativo no Susp uma ameaça à consolidação do campo socioeducativo e das políticas destinadas à infância e à juventude. Qualquer medida legislativa que busque retirar a gestão do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo da pauta de direitos humanos da criança e do adolescente e sua vinculação direta com o Susp deve ser combatida.

Outras entidades, como a Comissão Permanente da Infância e da Juventude do Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH), o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e o Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (FNDCA) também condenaram a inclusão do Sistema Socioeducativo no PLC 19/2018.

O GNDH, vinculado ao Conselho Nacional de Procuradores Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados, do Distrito Federal e Territórios e da União (CNPG), declarou em nota ser lamentável que estejam tentando com a proposição “travestir uma política essencialmente de direitos humanos em política de segurança pública”.

Também em nota, o Conanda reforçou a necessidade de diferenciar o atendimento ao adolescente que pratica ato infracional dos adultos que cometem infrações penais. Marcos normativos internacionais e nacionais propõem que ao adolescente ou jovem em cumprimento de medida socioeducativa, sejam aplicadas medidas de responsabilização, “mas também propõe a oferta de uma proposta de atendimento pedagógica socioeducativa adequada à condição de pessoa em desenvolvimento”.

A declaração do FNDCA tem o mesmo tom. A entidade declarou acreditar em um Sistema de Garantia de Direitos no qual o processo de responsabilização do adolescente possa adquirir um caráter educativo, “com o objetivo de reinstituir direitos, interrompendo a trajetória infracional e promovendo [sua] inserção social, educacional, cultural e profissional“.

Assim como o CFP, o GNDH, o Conanda e o FNDCA, várias entidades são contrárias ao PLC 19/2018. Leia a nota pública coletiva sobre o PLC 19/2018 assinada por 13 delas. Pressione o seu senador. Ligue ou escreva para ele. Acesse a lista de senadores da CCJ.

Justiça Federal de Goiás extingue ação contra Resolução CFP 01/2018

Extinto o processo sem julgamento de mérito. Essa foi a sentença que o juiz federal Juliano Taveira Bernardes, da 4ª Vara Cível da Seção Judiciária de Goiás, proferiu na tarde de ontem (3), em Goiânia, sobre a ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal em Goiás contrária à Resolução 01/2018 do Conselho Federal de Psicologia (CFP). A norma, que orienta os profissionais da Psicologia a atuar, no exercício da profissão, de modo que as travestilidades e transexualidades não sejam consideradas patologias, foi publicada em 29 de janeiro pelo CFP, após aprovação por unanimidade pelos delegados da Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia, que reúne representantes de todos os conselhos regionais e do federal.

Dois dias após sua publicação, o Ministério Público Federal em Goiás instaurou procedimento preparatório para apurar eventual ilegalidade da resolução. O CFP, então, apresentou sua justificativa, encaminhando nota técnica ao Judiciário, na qual explica que a Resolução 01/2018 responde a demandas científicas, profissionais e jurídico-constitucionais que há uma década vêm sendo debatidas no âmbito da autarquia, “impulsionando-a a exercer o seu poder normativo conferido pela Constituição de 1988 com vistas a vedar práticas profissionais que possam constituir atos discriminatórios no exercício da profissão”. O CFP também explica que “’as terapias de conversão, reversão, readequação ou reorientação de identidade de gênero das pessoas transexuais e travestis’ constituem ato discriminatório que viola a plena afirmação e reconhecimento da dignidade da pessoa transexual, ao considerar a livre expressão da sua sexualidade uma patologia que pode ou deve ser curada”. Destaca, ainda, que é função institucional normatizar a profissão no Brasil, por meio do Sistema Conselhos.

Em abril, o MPF ajuizou a ação civil pública e, em 28 de abril, o CFP protocolou sua manifestação na Justiça Federal de Goiás. Em 2 de maio, em audiência com o juiz Juliano Taveira Bernardes, a Gerência Jurídica do CFP reafirmou a inadequação da ação civil pública como instrumento processual para fazer o controle da constitucionalidade da Resolução.

Sentença

Em sua sentença de 3 de maio, o juiz afirmou que a Resolução CFP 01/2018 não é semelhante à Resolução CFP 01/1999, alvo de questionamentos no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Tratam-se de duas resoluções “formal e materialmente diversas”, sentenciou o magistrado. “A primeira resolução cuida da questão das práticas homoeróticas e da patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas. A segunda versa, especificamente, sobre tratamento de pessoas transexuais e travestis, incluindo, na dicção do CFP, questões relativas a ‘transexualidades’ e ‘travestilidades’”.

Resolução CFP 01/2018

A Resolução CFP 01/2018 determina que, em sua prática profissional, psicólogas e psicólogos devem atuar de forma a contribuir para a eliminação da transfobia e orienta, ainda, que não favoreçam qualquer ação de preconceito e nem se omitam frente à discriminação de pessoas transexuais e travestis.

A norma impede o uso de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação e veda a colaboração com eventos ou serviços que contribuam para o desenvolvimento de culturas institucionais discriminatórias.

Entenda o caso

O que diz a Resolução 01/2018?

A norma orienta os profissionais da Psicologia a atuar, no exercício da profissão, de modo que as travestilidades e transexualidades não sejam consideradas patologias. Foi publicada em 29 de janeiro pelo CFP, após aprovação por unanimidade pelos delegados da Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia, que reúne representantes de todos os conselhos regionais e do federal.

A Resolução CFP 01/2018 é igual à Resolução CFP 01/99?

Não. Tratam-se de duas resoluções “formal e materialmente diversas”, conforme a sentença do juiz federal Juliano Taveira Bernardes. “A primeira resolução cuida da questão das práticas homoeróticas e da patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas. A segunda versa, especificamente, sobre tratamento de pessoas transexuais e travestis, incluindo, na dicção do CFP, questões relativas a ‘transexualidades’ e ‘travestilidades’”.

 

O CFP pode publicar uma resolução relacionada às questões das transexualidades e travestilidades?

Sim, é competência do Conselho Federal de Psicologia normatizar a profissão e a Resolução 01/2018 responde a demandas científicas, profissionais e jurídico-constitucionais que há uma década vêm sendo debatidas no âmbito da autarquia. As terapias de conversão, reversão, readequação ou reorientação de identidade de gênero das pessoas transexuais e travestis constituem ato discriminatório que viola a plena afirmação e reconhecimento da dignidade da pessoa transexual, ao considerar a livre expressão da sua sexualidade uma patologia que pode ou deve ser curada.

CFP aprova nova resolução sobre avaliação psicológica

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) aprovou por unanimidade, na Assembleia de Política, Administração e Finanças (Apaf) de dezembro de 2017, resolução que estabelece diretrizes para a realização de avaliação psicológica no exercício profissional e revoga as Resoluções n° 02/2003, nº 06/2004 e n° 05/2012 e as Notas Técnicas n° 01/2017 e 02/2017.

A aprovação da Resolução 09/2018, que regulamenta a Avaliação Psicológica está em consonância com os avanços vivenciados pela área de avaliação psicológica e revela os esforços conjuntos coordenados pelo CFP e CRPs, com o apoio da categoria e das entidades científicas da área.

Sua publicação coincide com os 15 anos do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi) e com a necessidade de avaliação dos estudos normativos dos testes que foram avaliados quando de sua criação.

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O Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi), que completa 15 anos em 2018, é a plataforma informatizada de avaliação de instrumentos desenvolvido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) para avaliar a qualidade técnico-científico de testes psicológicos. Outra função é divulgar informações sobre as condições do uso profissional de instrumentos psicológicos à comunidade e aos profissionais da área.

O gerenciamento do Satepsi é feito pela Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica, formada por especialistas com experiência e produção científica na área. A tarefa desse grupo é analisar e emitir pareceres sobre os testes psicológicos encaminhados ao CFP, com base nos parâmetros definidos em resolução. Além disso, a comissão decide, em casos de dúvidas, se determinado teste é ou não psicológico, orienta as editoras, de forma a garantir que o acesso aos testes seja exclusivo à categoria, e fornece orientações sobre o uso dos testes em diferentes contextos e finalidades.

Para comemorar os 15 anos do sistema, estão previstas a publicação de um número especial da revista “Psicologia Ciência e Profissão”, que será lançada no V Congresso Brasileiro de Psicologia, a reformulação do site e a revisão dos documentos da área.

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