Psicologia e Educação no combate às violências nas escolas: CFP integra grupo de trabalho do MEC para propor ações na área

No dia 28 de agosto, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou da reunião de instalação do Grupo de Trabalho Técnico (GTT) criado pelo Ministério da Educação (MEC) para enfrentar o bullying, o preconceito e a discriminação nas escolas.

Representado pelas conselheiras Raquel Guzzo (titular) e Marina Poniwas (suplente), o CFP integra o colegiado na condição de convidado permanente para, em colaboração, subsidiar o MEC na implementação de uma política educacional voltada ao tema.

Raquel Guzzo avalia que a retomada do tema na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (SECADI/MEC) “é um alívio para todas e todos que desejam um país humanizado e uma escola que, de fato, assuma a tarefa de desenvolver estudantes para a cidadania, sem violência e acompanhando seu processo integralmente”.

Instituído em julho deste ano, por meio da Portaria nº 614/2024, o GTT terá duração de 120 dias, prorrogáveis por igual período. Além de encomendar estudos voltados à temática, compete ao grupo promover conferências e seminários, bem como elaborar um relatório com as principais conclusões dos debates. O documento final irá incluir recomendações ao MEC, permitindo o desenho de programas e proposta de governança, além da avaliação e monitoramento das ações.

Contribuições na Educação

A Psicologia brasileira tem o compromisso ético, científico e político de promover bem-estar emocional, psicológico e social de cada pessoa. Entre as ações no campo da Educação, o Conselho Federal de Psicologia publicou em 2019 a edição revisada das Referências Técnicas para atuação de psicólogas(os) na Educação Básica, elaborada no âmbito do Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP). O documento aborda a educação básica como direito humano fundamental, em uma perspectiva crítica, pautada na diversidade humana e protagonista nos enfrentamentos a preconceitos, racismos, pobreza e distribuição de renda.

No mesmo ano, o CFP lançou a “Pesquisa Violência e Preconceitos na Escola”, que discute a contribuição da Psicologia para se pensar os fenômenos dos preconceitos e da violência no contexto escolar brasileiro.

Outra importante frente de ação está na luta pela efetiva implementação da Lei nº 13.935/2019, que assegura a presença de profissionais da Psicologia e do Serviço Social na rede pública de Educação Básica de todo o país.

 

 

Seminário refletiu sobre novos desafios nas políticas penais e atuação do Sistema Conselhos de Psicologia

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) organizou, nos dias 13 e 14 de setembro, o seminário “A Psicologia nas Políticas Penais: Temas Emergentes”. Realizado em Brasília/DF pelo Grupo de Trabalho do CFP sobre Psicologia e Políticas Penais, sob a coordenação da vice-presidente do CFP, Alessandra Almeida, o evento reuniu representantes dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRP) de todo o país para diálogos sobre como enfrentar os desafios contemporâneos da Psicologia nesse campo.

A abertura do seminário foi conduzida pelo presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho, acompanhado pela conselheira federal Clarissa Guedes, coordenadora nacional do Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), e pela coordenadora da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do CFP, Andreza Costa. 

Para Bicalho, é fundamental atualizar práticas profissionais, fortalecer o compromisso com as políticas públicas e criar novas diretrizes que atendam às necessidades das políticas penais. “A Psicologia no Brasil passou por mudanças significativas, mas a formação de psicólogas e psicólogos ainda precisa estar melhor alinhada com as demandas das políticas públicas nesse campo”, pontuou.

Saúde mental e sistema prisional

A conselheira Clarissa Guedes apresentou o trabalho do CREPOP na articulação entre a Psicologia e as políticas públicas para enfatizar a importância do atendimento psicossocial, da prevenção de violências por meio da promoção da saúde mental no sistema prisional, bem como das intervenções voltadas à ressocialização das pessoas privadas de liberdade.

Andreza Silva destacou a necessidade de revisar as referências utilizadas na prática clínica à luz dos direitos. A coordenadora da CDH relembrou a atual campanha de direitos humanos do Sistema Conselhos de Psicologia, “Descolonizar corpos e territórios: reconstruindo existências Brasis”, que busca dialogar sobre o trabalho da categoria em contextos diversos.

A mesa de diálogos sobre o estado inconstitucional do sistema prisional brasileiro, coordenada por Clarissa Guedes, recebeu o professor André Ribeiro Giambernardino (UFPR), a ativista Elaine Bispo da Paixão (Agenda Nacional pelo Desencarceramento), a perita Ana Valeska Duarte (Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura) e a secretária nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, Mayesse Pirizi.

Giambernardino reconheceu a complexidade do sistema penitenciário e o papel do CFP na promoção de práticas éticas. Elaine Bispo destacou a falta de profissionais da Psicologia e de assistentes sociais nas prisões e criticou a terceirização dos serviços. Ana Valeska Duarte trouxe a necessidade de fortalecer políticas públicas e a importância de uma atuação contínua dos estados. Mayesse Pirizi discutiu a interface entre a política penal e a Psicologia, apontando a urgência de reformular o sistema prisional e de criar um plano nacional com estratégias específicas.

Atuação da Psicologia

A programação também contou com a participação de Valdirene Daufemback (integrante do GT Psicologia nas Políticas Penais/CFP), Adriana Eiko Matsumoto (UNIFESP) e Salo de Carvalho (UERJ e/ UFRJ)  em diálogo sobre a qualificação do exame criminológico. .

Daufemback destacou o estudo solicitado pelo ministro Edson Fachin (MPF) ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o exame criminológico e sua implementação nas prisões, o qual revela que há cerca de 1.400 psicólogas e psicólogos em atuação nas unidades prisionais, porém sem perspectiva de novas contratações.

Adriana Eiko apontou a necessidade de combater práticas coloniais no exame criminológico, enquanto Salo de Carvalho criticou a nova Lei nº 1.484/2023, que reintroduz a obrigatoriedade desse exame para progressão de regime, questionando sua validade técnica e constitucional.

A integrante do GT de Psicologia nas Políticas Penais, Maynar Vorga, moderou a mesa sobre saúde mental no sistema prisional, em que problematizou o racismo estrutural e a precariedade das instituições psiquiátricas. Melina Miranda e João Mendes Júnior, ambos especialistas nessa área, abordaram a evolução na abordagem da saúde mental no sistema judicial com o advento da Resolução nº 487/2023 do CNJ, marco importante na política antimanicomial. Eles destacaram o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) e a importância da Lei nº 10.216/2001, a qual dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

Ao final da manhã, a conselheira vice-presidenta do CFP, Alessandra Almeida agradeceu a participação e contribuição dos membros do grupo de trabalho e destacou a relevância do seminário.

O segundo dia de atividades não foi transmitido e foi dedicado ao público interno e ao alinhamento de práticas no âmbito do Sistema Conselhos sobre o tema do seminário. Foram abordados o histórico das ações do CFP e CRPs em relação ao sistema prisional, os desafios da atuação da categoria, as questões de gênero e a articulação em torno de temas como plano de carreira para a categoria, exame criminológico e a regulamentação da polícia penal – com foco na resolução antimanicomial do CNJ (Resolução n° 487/2023) e no diálogo com o CREPOP/CFP.

Roraima sedia seminário sobre desafios e perspectivas da Psicologia contemporânea

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realiza, nos dias 3 e 4 de outubro, o seminário “Desafios e Perspectivas da Psicologia na Contemporaneidade”. O evento é voltado para profissionais e estudantes de Psicologia e será realizado nas instalações do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais (PRONAT) da Universidade Federal de Roraima (UFRR), em Boa Vista/RR. As inscrições estão abertas até o dia 3 de outubro, via formulário.

O seminário será um espaço de troca de conhecimentos e de construção coletiva para enfrentar os desafios contemporâneos da ciência e da profissão, reunindo debates e reflexões sobre assuntos que impactam a atuação da Psicologia na atualidade.

A programação inclui mesas de diálogo sobre diversos temas de relevância social,  profissional e científica, dentre os quais, a contribuição da Psicologia para a formulação de políticas públicas voltadas para a promoção de uma vida digna e equitativa, bem como a atuação de psicólogas e psicólogos junto aos povos indígenas.

Haverá também a partilha de experiências sobre o papel da Psicologia em crises humanitárias e migrações, com destaque para o contexto venezuelano e suas repercussões no Brasil, assim como reflexões acerca dos princípios da avaliação psicológica e os impactos neuropsicológicos da contaminação por mercúrio.

Além disso, será ministrado minicurso sobre os principais aspectos e desafios dos processos avaliativos na prática psicológica contemporânea. Serão discutidos temas como a Avaliação Psicológica e suas metodologias, Avaliações Compulsórias em diferentes contextos institucionais, com ênfase na perícia psicológica no contexto do trânsito, e os cuidados na elaboração de documentos escritos decorrentes da atuação profissional, destacando a importância da ética e do cuidado na comunicação dos resultados.

Participam da solenidade de abertura, no dia 3 de outubro, às 14h, o presidente do Conselho Federal de Psicologia, Pedro Paulo Bicalho, a coordenadora-geral da Seção Roraima, Rayssa Lemos, e o coordenador do curso de Psicologia da UFRR, Gabriel Gomes.

Também integram a programação como representantes do CFP, as conselheiras Alessandra Almeida (vice-presidente), Izabel Hazin (secretária-tesoureira), Neuza Guareschi, Nita Tuxá, Isadora Canto, Fabiane Fonseca, Clarissa Guedes, Juliana Guimarães e Evandro Peixoto.

Confira a programação:

Seminário “Desafios e Perspectivas da Psicologia na Contemporaneidade”

3 de outubro de 2024 (quinta-feira)

14h – MESA DE ABERTURA
Pedro Paulo Bicalho – Presidente do CFP
Rayssa Lemos – Coordenadora Geral da Seção Roraima
Gabriel Gomes – Coordenador de Psicologia – UFRR  

14h30 – MESA 1: Psicologia e Políticas Públicas em prol do “bem-viver”
Isadora Canto – Conselheira do CFP (mediação)
Fabiane Fonseca – Conselheira do CFP 
Anne Cleyanne – Especialista em Políticas Públicas – CRP 24 (RO/AC)
Vicky Cordeiro – Conselheire do CRP 10 (PA)

16h – MESA 2: Atuação de Psicólogas(os) junto aos Povos Indígenas CREPOP: Lançamento da edição revisada das Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) junto aos Povos Indígenas
Neuza Guareschi – Conselheira do CFP (mediação)
Nita Tuxá – Conselheira do CFP
Iterniza Macuxi – DSEI – Leste Roraima
Raquel Wapichana – Liderança Jovem Wapichana
Iolanda Pereira – Liderança Macuxi

17h30 – MESA 3: Contexto venezuelano: Psicologia, emergências e migrações
Clarissa Guedes – Conselheira do CFP (mediação)
Henrique Galhano – CRP 04 (MG)
Wellen Crystine –  Secretaria Municipal de Gestão Social de Boa Vista
Alessandra Almeida – Vice-presidente do CFP
Lucinda Marbella – Liderança Pemon

19h – MESA 4: Princípios da Avaliação Psicológica e impactos neuropsicológicos da contaminação pelo mercúrio
Izabel Hazin – Conselheira do CFP (mediação)
Evandro Peixoto – Conselheiro do CFP
Leandro Durazzo – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Analice Reis Bezerra – DSEI – Yanomami

20h30 – Encerramento do dia

4 de outubro de 2024 (sexta-feira)  

14h às 18h – Minicurso – Processos avaliativos na contemporaneidade: da perícia à produção de documentos
Evandro Peixoto – Conselheiro do CFP
Juliana Guimarães – Conselheira do CFP
Izabel Hazin – Conselheira do CFP

Temas: Avaliação Psicológica e Compulsória; Perícia psicológica no contexto do trânsito; e Elaboração de documentos escritos decorrentes da atuação profissional.

18h – Encerramento

Serviço:
Evento: Seminário “Desafios e Perspectivas da Psicologia na Contemporaneidade”
Local: Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais (PRONAT) – Universidade Federal de Roraima (UFRR) – Boa Vista – Roraima.
Data: 3 e 4 de outubro de 2024
Horário: 14h às 21h
Inscrições: De 23 de setembro até 3 de outubro (realize a sua inscrição).

Manutenção preventiva nos Sistemas de Tecnologia do CFP

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) informa que, neste domingo, 22 de setembro, alguns de seus sites e sistemas estarão temporariamente indisponíveis devido a uma manutenção programada na infraestrutura de Tecnologia. Entre 8h e 14h, sistemas como o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), o Cadastro Nacional, o site oficial do CFP, entre outros, não poderão ser acessados.

A manutenção preventiva é ação necessária para garantir a segurança dos sistemas e plataformas disponíveis.

13º Copene: CFP e CDH dialogaram sobre o fortalecimento da Psicologia antirracista

A conselheira e vice-presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Alessandra Almeida, e a coordenadora da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do CFP, Andreza Costa, participaram, entre 9 e 13 de setembro, em Belém/PA, do 13º Congresso Brasileiro de Pesquisadoras Negras e Pesquisadores Negros (13º Copene), uma iniciativa da Associação Brasileira de Pesquisadoras Negras e Pesquisadores Negros (ABPN).

As representantes integraram, dentro da programação do 13º Copene, as atividades do 2º Fórum Nacional de Psicólogas Negras e Psicólogos Negros, Pesquisadoras e Pesquisadores, organizado pela Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (Anpsinep) e apoiado pelo CFP.

Para a vice-presidente do CFP, que integrou a mesa de abertura “Do coração da Amazônia pulsa a Psicologia antirracista”, o Congresso evidenciou uma temática importante para a categoria, que é a dimensão pública do racismo sob o viés da desigualdade, reparação e equidade.

“Estar em um espaço onde nós pautamos, discutimos e refletimos coletivamente uma Psicologia antirracista é justamente evidenciar o mote da nossa campanha nacional de direitos humanos, ‘Descolonizar corpos e territórios: reconstruindo existências Brasis’”, pontuou.

Outra questão destacada por Alessandra Almeida é a gravidade do racismo ambiental e das questões de violações de direitos de povos indígenas e ribeirinhos, como o direito à terra, “mais acentuado pela seca sem precedentes e pelo recorde de focos de incêndio no Brasil, especialmente na região Norte”.

Para Andreza Costa, que representou a CDH no painel “Saúde mental e os enfrentamentos irmanados entre os povos negros e indígenas”, realizado pelo 2º Fórum, ter dialogado sobre saúde mental no campo dos direitos humanos, ancorada na perspectiva dos povos negros, povos indígenas e contexto amazônico, realçou o cuidado de se garantir a presença das diversidades em espaços como o 13º Copene.

Campanha Nacional

Lançada em novembro de 2023 por iniciativa do Sistema Conselhos de Psicologia, a campanha nacional de direitos humanos Descolonizar corpos e territórios: reconstruindo existências Brasis realiza, até 2025, por meio das comissões de Direitos Humanos (CDH) dos conselhos Federal (CFP) e Regionais (CRPs) de Psicologia, uma série de atividades para dialogar, junto à categoria e à sociedade, sobre a descolonização da Psicologia como fundamento para a atuação de psicólogas e psicólogos na defesa de direitos.

Além da participação no 13º Copene e do apoio institucional ao 2º Fórum Nacional de Psicólogas Negras e Psicólogos Negros, Pesquisadoras e Pesquisadores, a campanha nacional tem participado de ações que revisitam as contribuições afropindorâmicas e latino-americanas e compõem os saberes e as práticas da Psicologia.

Acompanhe os destaques:

Lançamento da campanha Descolonizar corpos e territórios: reconstruindo existências Brasis

CDH/CFP participam do I Encontro Nacional de Psicologia, Educação e Direitos Humanos na Amazônia (EDHAMAZONIA), em Manaus/AM

CFP adere à campanha 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo e lança entrevista especial com as conselheiras do CFP e integrantes da CDH, Alessandra Almeida e Nita Tuxá

 

Conselho Federal de Psicologia divulga resultado da 2ª edição do Prêmio Virgínia Bicudo

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) torna pública a lista dos trabalhos selecionados na segunda edição do Prêmio Profissional Virgínia Bicudo: Práticas para uma Psicologia Antirracista. 

Dos relatos enviados à comissão organizadora, seis foram selecionados e receberão prêmio de R$ 2 mil. Outras quatro iniciativas foram reconhecidas com menções honrosas. 

A premiação busca identificar, valorizar e divulgar estudos e ações de psicólogas(os)(es), coletivos e grupos que envolvam a Psicologia e as Relações Étnico-Raciais, fundamentadas nos direitos humanos e que tenham impacto na saúde mental, na redução das desigualdades sociais e no posicionamento antirracista.  

Nesta segunda edição, foram inscritos trabalhos inéditos apresentados sob a forma de artigo técnico ou relatos de práticas embasadas na ciência psicológica. A constituição da identidade e subjetividade da criança negra; o aquilombamento como experiência terapêutica entre universitários(as) negras(os); as narrativas ancestrais como dispositivos em saúde mental; e os caminhos de cura à subjetividade colonizada estão entre as temáticas centrais selecionadas. 

A cerimônia de premiação está prevista para ocorrer ainda neste ano, no início de novembro. A publicação da íntegra dos trabalhos será divulgada em breve.

Conheça abaixo os trabalhos selecionados:

  • Categoria: Experiências coletivas

Premiadas:

Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial
Título: PORQUÊ TEM CORES DIFERENTES: PRÁTICAS EDUCATIVAS E A CONSTITUIÇÃO DA IDENTIDADE/SUBJETIVIDADE DA CRIANÇA NEGRA
Autor principal: Janaina Cassiano Silva (09/006394)
Autoras: Rafaela Renero dos Santos (06/190540)
Região: Centro-Oeste

Eixo: Modos de resistência antirracista: antimanicomial, cultural, religioso
Título: AQUILOMBAMENTO COMO EXPERIÊNCIA TERAPÊUTICA ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIAS/OS/ES NEGRAS/OS/ES
Autor principal: Thiago da Silva Laurentino (17/2349).
Autoras: Mayara Cristina Alves da Silva, Elaine Jéssica de Souza Lira, Mariana Moreira Costa do Carmo, Wesley Ribeiro Costa Meneses e Viviane Aline Marcolino De Lima
Região: Nordeste

Menção Honrosa:

Eixo: Interseccionalidades.
Título: CENSO PSICOSSOCIAL: UMA FORMAÇÃO INTERVENTIVA, ANTIMANICOMIAL E ANTIRRACISTA
Autor principal: Daniel Duba Silveira Elia (05/36054).
Autoras(es): Lucas Moura Santos Silva (05/75215), Priscila Marques Niza de Oliveira, Bruno Lopes Lima, Erika Rodrigues Silva, Jessica Taiane da Silva e Rachel Gouveia Passos.
Região: Sudeste.

  • Categoria: Experiências individuais


Premiadas:

Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial.
Título: NARRATIVAS ANCESTRAIS COMO DISPOSITIVOS EM SAÚDE MENTAL : DIÁLOGOS EM PRETUGUÊS COM IYÁ, LÉLIA GONZALEZ
Autora principal: Tess Rafaella Lobato de Oliveira (10/03894).
Região: Norte.

Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial.
Título: RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM PSICOLOGIA E RELAÇÕES RACIAIS NO SUDESTE MARANHENSE: E O ETNOESPORTE
Autor principal: Fabio José Cardias Gomes (22/01133).
Região: Nordeste.

Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial.
Título: TERAPÊUTICA AFROPINDORÂMICA: RESGATE DE NOSSA ORIGINALIDADE E CAMINHOS DE CURA À SUBJETIVIDADES COLONIZADAS
Autora principal: Kêa Costa / Rodrigo Moreira Costa (05/42870).
Região: Sudeste.

Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial
Título: MULHERES, PSICÓLOGAS E NEGRAS: A ATUAÇÃO DE EDNA ROLAND
Autora principal: Camila Rodrigues Francisco (06/182751).
Região: Sudeste.

Menções Honrosas:

Eixo: Interseccionalidades
Título: SAÚDE MENTAL E POVOS TRADICIONAIS CIGANOS: UMA VIVÊNCIA EM GRUPO
Autora principal: Raquel Freire do Amaral (06/201645).
Região: Sudeste.

Eixo: Geracional: racismo na infância, juventude e envelhecimento.
Título: RACISMO E REPRESENTATIVIDADE NA CONSTITUIÇÃO DA IDENTIDADE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NEGRAS EM ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL.
Autora principal: Carolina da Silva Nascimento (06/187611).
Região: Sudeste.

Eixo: Raças e Identidade Étnico-Racial
Título:TECNOLOGIAS DE ENQUADRAMENTO: VOCÊ JÁ ASSISTIU A ALGUMA HISTÓRIA QUE LEMBRASSE A SUA?
Autora principal: Denise Queiroz Costa da Luz (05/47527).
Região: Sudeste.

Sobre Virgínia Bicudo

Virgínia Leone Bicudo foi a primeira mulher negra a compor um plenário do CFP, em 1973. Virgínia deixou um importante legado, sendo ainda a primeira mulher a fazer análise na América Latina, primeira estudiosa a redigir uma tese sobre relações raciais no Brasil e também a primeira psicanalista não médica no país.

Conselho Federal de Psicologia realiza evento preparatório para a Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realizou no dia 30 de agosto, com o apoio do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e da Federação Nacional dos Psicólogos (FENAPSI), um evento preparatório para a 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CNGTES).

A 1ª Conferência Nacional Livre da Psicologia Brasileira para Gestão do Trabalho e Educação na Saúde discutiu, propôs e deliberou linhas de ação da Psicologia, com foco na educação permanente das equipes de saúde, a fim de promover  o aprimoramento do trabalho e do cuidado. Além disso, foi definida a delegação que representará a Psicologia na etapa nacional.

Na avaliação do conselheiro federal Gabriel Figueiredo, esse foi um importante momento para discutir as questões do mundo do trabalho no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).  Para ele, a Psicologia tem sido bastante participativa nas conferências nacionais sobre os mais diversos temas de impacto à sociedade brasileira.  “Estamos presentes nas discussões e na construção de propostas para o SUS, contribuindo para as deliberações e diretrizes para o fortalecimento dessa importante política de garantia de direitos no nosso país”, explica o conselheiro.

Ainda na avaliação do conselheiro, “todas as questões da Psicologia referentes ao mundo do trabalho, desde o aspecto da saúde do trabalhador até a política de educação permanente em saúde, são eixos estruturais para pensar e direcionar o campo da formação”.

Para Fernanda Magano, integrante da comissão organizadora da Conferência Nacional e representante dos trabalhadores e trabalhadoras na mesa diretora, a Psicologia tem se dedicado em organizar conferências livres, que são uma estratégia do Conselho Nacional de Saúde para ampliar a participação e a possibilidade de eleger delegados e delegadas de forma horizontal.

Durante a etapa preparatória, os profissionais da categoria puderam apontar melhorias desejadas no âmbito do SUS, com ênfase na formação de profissionais e na qualidade do serviço prestado à população.

A Conferência Livre do CFP assegurou quatro vagas para participação de representantes da Psicologia como delegadas(os) na etapa nacional da 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CNGTES). Além disso, foram deliberadas na plenária da conferência três propostas e duas diretrizes, para cada um dos três eixos.

Eixos temáticos e propostas e diretrizes aprovadas

A Conferência Livre foi organizada em torno de três eixos temáticos.

O primeiro abordou democracia, controle social e equidade na gestão participativa do trabalho e da educação em saúde. Entre as propostas, destaca-se a implantação de uma jornada máxima de até 30 horas e um piso salarial nacional para os trabalhadores do SUS, além de um plano de cargos e carreiras. A ideia é combater a precarização salarial e fortalecer as três esferas do governo na atenção à saúde dos trabalhadores, visando um estado de bem-viver.

O segundo eixo abordou a importância de garantir condições de trabalho dignas e seguras no SUS. Entres as propostas, promover infraestrutura adequada, equipamentos e insumos suficientes, além de dimensionamento correto das equipes. Também se destacou a necessidade de ações contra assédio moral e violência, promovendo saúde mental das(os) trabalhadoras(es). O diálogo propôs ainda uma gestão democrática dos equipamentos, com escolha de profissionais estáveis para cargos de chefia e interlocução com sindicatos, comissões e o controle social, reforçando a Política Nacional de Humanização da Saúde.

O terceiro eixo abordou a educação para o desenvolvimento do trabalho na produção da saúde e do cuidado das pessoas que fazem o Sistema Único de Saúde funcionar.

Todas as propostas e diretrizes serão encaminhadas para a organização da Conferência Nacional.

Conferência Nacional

A 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde será realizada de 10 a 13 de dezembro em Brasília/DF, promovida pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e pelo Ministério da Saúde. Com o tema “Democracia, trabalho e educação na saúde para o desenvolvimento: gente que faz o SUS acontecer”, o evento busca mobilizar todas as regiões do Brasil para aprimorar o trabalho e o cuidado no SUS, além de revisar os processos de formação dos profissionais, incluindo a Psicologia.

“Esse evento é um momento crucial para discutir questões do trabalho no SUS, com a Psicologia participando ativamente na formulação de propostas para fortalecer essa política pública”, destaca Gabriel Figueiredo. A conferência também celebrará os 62 anos de regulamentação da profissão de Psicologia, destacando seu papel no SUS.

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Pesquisa e formação em Psicologia: CFP participa do 20º Simpósio Pesquisa e Intercâmbio Científico da ANPEPP

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participa como apoiador e irá integrar a programação de uma série de atividades do 20º Simpósio Pesquisa e Intercâmbio Científico, promovido pela Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP). A iniciativa tem como objetivo discutir políticas científicas e ações afirmativas delineadas pela produção do conhecimento e democratização da Psicologia enquanto ciência e profissão.

O simpósio será realizado entre os dias 18 e 21 de setembro, na cidade de Vitória/ES, e vai contar com mesas de debate, assembleia extraordinária, lançamento de livros, fóruns e reuniões de grupos de trabalho.

Irão integrar a comitiva do CFP, o presidente Pedro Paulo Bicalho; as conselheiras federais Izabel Hazin, Maria Carolina Roseiro, Neuza Guareschi e Raquel Guzzo; os conselheiros federais Antônio Bastos, Evandro Peixoto e Jefferson Bernardes; bem como as representantes do Comitê Gestor do Portal de Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePSIC), Katia Maheirie e Mary Sandra Carlotto.

Transmissão on-line

Parte da atividade será transmitida a toda a categoria em tempo real pelo YouTube do Conselho Federal de Psicologia, com intérpretes de libras para garantir a acessibilidade do encontro. A transmissão tem início a partir das 17 horas do dia 18. Clique aqui e confira a programação.

Mais informações sobre o 20º Simpósio da ANPEPP no site www.simposio2024.anpepp.org.br.

Saiba mais

A Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP) é uma organização sem fins lucrativos e apartidária, fundada em 1983, durante a 35ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, realizada em Belém/PA. A entidade tem por objetivo congregar programas de pós-graduação vinculados a instituições de ensino superior para fomentar e estimular a formação de profissionais para pesquisa e pós-graduação em Psicologia.

CREPOP disponibiliza para consulta pública conteúdo das Referências Técnicas para orientar a categoria na atuação junto aos povos quilombolas

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio do Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), inicia nesta terça-feira (17) a consulta pública para que psicólogas e psicólogos de todo o país possam contribuir com a futura publicação sobre a atuação da categoria  junto aos povos quilombolas”.

Esta é uma das etapas que antecedem o lançamento de uma referência técnica para orientar profissionais da Psicologia em todo o território nacional e tem como  objetivo escutar a categoria para aprimorar o documento, tornando o processo de elaboração mais democrático e participativo. 

Passo a passo da Consulta Pública

Para participar da consulta pública é preciso seguir as seguintes orientações:

Baixe aqui e leia a versão preliminar do texto destinado à consulta pública – acesse aqui o documento.

Em seguida, acesse o link do formulário aqui e faça suas contribuições, considerando cada eixo que organiza a Referência Técnica.

Atente-se ao prazo: a consulta pública ficará disponível  até 21 de outubro de 2024. Após o término desse período, as contribuições ao texto preliminar serão enviadas à comissão de especialistas, que trabalhará para construção da versão final para publicação.

Mais informações em crepop.cfp.org.br

Sobre o Crepop

O Centro de Referências Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) é uma iniciativa do Sistema Conselhos de Psicologia (CFP e CRPs) voltada a promover a qualificação da atuação profissional de psicólogas e psicólogos que atuam nas diversas políticas públicas.

Além de um papel técnico, o CREPOP tem um importante papel ético e político. Ético no que tange à qualificação profissional, orientando um fazer alinhado com a garantia de direitos e a transformação de vidas. Político por se tratar de um espaço que demarca as contribuições da Psicologia para o campo das políticas públicas, voltadas para a transformação social.

Confira as Referências Técnicas já lançadas.

CFP realiza encontro com as Comissões Regionais de Análise de Registro de Psicóloga Especialista – CARPE

Aprimorar a Resolução CFP 23/2022, que institui condições para concessão e registro de psicóloga e psicólogo especialista, e a necessidade de estreitar o diálogo interno ao sistema conselhos e externo, principalmente, com o Ministério da Educação (MEC) foram os temas que balizaram o II Encontro Nacional da Comissão de Análise de Registro de Psicóloga(o) Especialista (CARPE).

Realizado nos dias 8 e 9 de agosto, o evento contou com a representação do CFP e de todos os 24 Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) e teve como encaminhamento o lançamento de documentos orientativos e informativos para a categoria sobre a Resolução CFP 23/2022. Também estiveram entre os pontos discutidos, a concessão de registros e a possibilidade de um encontro nacional regular com as CARPEs.

A agenda foi dividida em dois momentos. O primeiro contou com uma apresentação das(os) representantes e diálogo sobre os objetivos e a metodologia do encontro, bem como oficina com os representantes das CARPEs de todos os CRPs. Na sequência, as(os) participantes abordaram questões inerentes aos  processos administrativos, judicialização, a Psicologia do Tráfego e a Residência em Psicologia.

Durante a oficina, os CRPs destacaram questões como os fluxos para os trâmites dos processos de concessão de registro, o conceito de áreas correlatas quando da complementação da documentação de uma solicitação, o Manual de Orientação a ser publicado em breve, informações sobre o novo concurso de provas e títulos, a relação de documentação mínima para a concessão do registro, os chamados “estágios” no nível da pós-graduação lato sensu, as diferenças entre o  título e o registro de especialidades, principalmente em relação a áreas com certificação que não corresponde às áreas de especialidades do conselho.

Acerca da diferença entre título e registro de especialista, a conselheira Juliana Guimarães explicou que a Resolução CFP nº23/2022 é a normativa válida para a concessão de registros de especialidade profissional da psicóloga e do psicólogo – sendo  o reconhecimento em dada expertise, diferentemente da titulação acadêmica. A conselheira federal mencionou ainda que as áreas correlatas serão contempladas em documento técnico específico, auxiliando o processo de análise para a concessão.

A conselheira Juliana Guimarães apresentou ainda as diferenças entre a Psicologia do Trânsito e a Psicologia do Tráfego, existentes na Resolução CFP nº 23/2022. Esta mudança se deve ao fato de ser um campo de atuação mais abrangente que o anterior e incluir os vários meios de transporte. Além disso, foram abordadas as relações com as legislações do CONTRAN e DETRANs. Neste sentido houve ampla discussão e elucidações das implicações jurídicas sobre a Resolução e a concessão do registro de especialidades em Psicologia do Tráfego.

No último dia de atividades, conselheiro Jefferson Bernardes pontuou que as residências multiprofissionais e em área profissional da saúde foram criadas a partir da promulgação da Lei n° 11.129/2005 e são orientadas pelos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir das necessidades e realidades locais e regionais. Destacou ainda a contextualização histórica das Residências em Psicologia até a criação da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), por meio da Portaria Interministerial nº 1.077, de 12 de novembro de 2009. 

O conselheiro ressaltou ainda o entendimento comum de que as Residências em Psicologia abarcam o conhecimento teórico-metodológico e os dois anos de efetiva experiência profissional. Apresentou a minuta da Resolução que tratará sobre Residências em Psicologia e sobre a revogação das Resoluções que mencionam credenciamento de programas de Residências pelo CFP. Foi acordado encaminhamento para os Conselhos Regionais, após trâmites do CFP, para contribuições do referido documento.

Sobre as CARPEs

As Comissões de Análise para Concessão de Registro de Psicóloga(o) Especialista (CARPES) estão presentes no artigo 5º da Resolução CFP nº 23/2022. O documento ressalta que cada CRP deverá constituir uma CARPE, composta por, no mínimo, três membros efetivos e dois suplentes, cuja atribuição será analisar, em caráter consultivo, o requerimento de registro de psicóloga(o) especialista e a respectiva documentação.

O objetivo das CARPEs é analisar os requerimentos de registros de especialistas e, em caso de indeferimento, a(o) profissional pode solicitar recurso. Assim, o CFP, na condição de instância recursal, analisa o processo e devolve para o Regional demandante.

Não há essa comissão no âmbito do CFP. Os processos administrativos que julgam a concessão de registro são analisados pelos conselheiros efetivos do Plenário do CFP. No Conselho Federal, as(os) conselheiras(os) Juliana Guimarães e Jefferson Bernardes são as referências para orientação a respeito do tema especialidades.

Saiba mais:

Leia a íntegra da Resolução CFP 23/2022

Conselho Federal publica novas regras para obtenção de registro de especialista em Psicologia