Ano da Formação em Psicologia

O Norte do país iniciará, neste sábado (17), a série de discussões regionais preparatórias para o Encontro Nacional do Ano da Formação em Psicologia, marcado para maio, em Brasília. O evento será realizado em Manaus, na Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas (ESA/UEA). O encontro é promovido pelo Conselho Regional de Psicologia da 20ª Região (Amazonas/Acre/Roraima/Rondônia).

O objetivo dos encontros regionais é produzir e eleger propostas, para a etapa nacional. As propostas são componentes das diretrizes curriculares nacionais para os cursos de graduação em Psicologia que deverão nortear a formação profissional.

As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas pela internet. Informações poderão ser obtidas pelo telefone (92) 3632-0463, pelos emails fiscal@crp20.org.br e fiscal2.crp20@gmail.com ou na página do evento no Facebook.

O próximo evento regional será no Centro-Oeste, no dia 24 de março.

Cronograma de encontros regionais

Nordeste – Pernambuco – 7 de abril
Sul – Santa Catarina – 14 de abril
Sudeste – São Paulo – 21 de abril

Mobilizar docentes, estudantes e profissionais

A proposta do Conselho Federal de Psicologia, da Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (Abep) e da Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi), coordenadores do processo nacional, é mobilizar docentes, estudantes e profissionais para construir propostas para as novas diretrizes.

As propostas elaboradas durante os encontros regionais serão colocadas, sob consulta pública, nos sites do CFP, da Abep e da Fenapsi até 20 de maio. O resultado final da consulta será publicado no dia 10 de junho e as contribuições serão submetidas ao Ministério da Educação (MEC) no dia 30.

Mais informações sobre o Ano da Avaliação em Psicologia.

Veja os vídeos de profissionais da Psicologia convidando a categoria para participar dos encontros.

CFP abre inscrições para apoio financeiro a eventos

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) abre inscrições, no próximo dia 26 de fevereiro, para o Edital de Chamada Pública 02/2017 de apoio financeiro a eventos técnicos ou científicos a serem realizados no segundo semestre de 2018. O objetivo é desenvolver, consolidar e valorizar a Psicologia e a classe profissional das psicólogas e dos psicólogos. Os eventos precisam ter como foco os eixos temáticos do IX Congresso Nacional de Psicologia (IX CNP).

O preenchimento e envio da proposta dos eventos deverá ser feito entre 26 de fevereiro e 27 de março de 2018. O resultado das beneficiadas será divulgado em 17 de abril de 2018.

O auxílio financeiro será exclusivo para fornecimento de passagem aérea nacional ou hospedagem no território brasileiro que devem ser utilizadas, obrigatoriamente, no período da realização do evento. O beneficiário do auxílio deve ter graduação em Psicologia, excluindo-se conselheira e conselheiro federal e regional em exercício e funcionário ou comissionado da autarquia.

O proponente deve ser profissional da Psicologia devidamente inscrito em um dos Conselhos Regionais de Psicologia e adimplente com suas obrigações profissionais. Deve necessariamente ser membro da comissão organizadora do evento. Cada profissional poderá apresentar somente uma proposta por semestre de 2018.

Como pedir o apoio financeiro

É permitida apenas uma proposta por evento. O documento deve explicitar informações como identificação do profissional proponente e da instituição promotora, composição da comissão organizadora e científica e os critérios de avaliação dos trabalhos a serem apresentados. Além disso, precisa conter orçamento e previsão de registro da produção, como anais em formato físico ou virtual. A proposta deve detalhar, ainda, as passagens aéreas ou hospedagens que serão financiadas, com nome do beneficiado, minicurrículo, trechos e datas.

Em novembro de 2017, o CFP divulgou o resultado final do Edital CFP n° 002/2017 com os nomes de eventos do primeiro semestre de 2018 contemplados.

Leia o edital completo.

Relatório do FNDC faz denúncias de violações à liberdade de expressão

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou, dia 2 de fevereiro, em Brasília, da reunião do Conselho Deliberativo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). O conselheiro Paulo Aguiar representou o CFP no encontro, que teve como objetivo preparar a XX Plenária Nacional do FNDC, prevista para 13 a 15 de abril, denunciar violações à liberdade de expressão.

O encontro da última sexta-feira debateu o panorama da luta no campo das comunicações na conjuntura brasileira e fez um balanço da campanha “Calar Jamais”, lançada em outubro de 2016 para chamar a atenção da sociedade para a seriedade das violações à liberdade de expressão em tempos conservadores e de ruptura democrática no país. Propagada principalmente pelas redes sociais, a campanha consiste numa plataforma on-line de denúncias de violações que ocorrem em todo o país. O objetivo é dar maior visibilidade à questão. Após um ano de campanha, o FNDC produziu um relatório com as denúncias de violações à liberdade de expressão no período.

“Seus dados são você”

Outro tema discutido foi a necessidade de intensificar a campanha sobre proteção de dados pessoais na internet. Intitulada “Seus dados são você: liberdade, proteção e regulação”, a campanha quer alertar as pessoas para os riscos do uso das informações pessoais por empresas e instituições públicas e chamar a atenção para a necessidade da aprovação de uma lei que garanta a proteção de dados pessoais. O CFP deve se vincular em ambas as campanhas, pois, para Paulo Aguiar, “essas são lutas da Psicologia”.

“O outro lado do paraíso” presta um desserviço à população brasileira

Mesmo compreendendo o caráter de uma obra de ficção, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) entende que a telenovela “O outro lado do paraíso”, por se tratar de uma obra capaz de formar opinião, presta um desserviço à população brasileira ao tratar com simplismo e interesses mercadológicos um tema tão grave como o sofrimento psíquico de personagem cuja origem é o abuso sexual sofrido na infância.

Quanto ao argumento de que se trata ‘’apenas’’ de ficção, lembramos que são as novelas da Rede Globo que, como estratégia de elevar a audiência, frequentemente buscam embaralhar as barreiras do ficcional e do real, entre outras formas, introduzindo nas tramas fatos e temas candentes da sociedade.

É consenso no Brasil de que pessoas com sofrimento mental, emocional e existencial intenso devem procurar atendimento psicológico com profissionais da Psicologia, pois são os que tem a habilitação adequada. Isso é amplamente reconhecido por diversas políticas públicas, entre elas o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que empregam essas profissionais em larga escala. Mesmo na saúde suplementar, o exercício do cuidado psicológico é reconhecido e regulamentado. Há normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que obrigam os planos de saúde a oferecerem atendimento por profissionais da Psicologia.

Somos uma profissão regulamentada pela Lei 4.119, de 27 de agosto de 1962, os cursos de Psicologia são aprovados e fiscalizados pelo Ministério da Educação e o Ministério da Saúde reconhece a Psicologia como uma profissão da saúde. As mais prestigiadas universidades públicas e privadas oferecem formação em Psicologia e nossa ciência e profissão passam rotineiramente pelo escrutínio das pesquisas acadêmicas. Tudo isso confere segurança à sociedade de que se trata de uma ciência e profissão respaldadas ética e tecnicamente.

Saudamos como positiva a manifestação de diversos grupos e escolas de coaching, que, manifestando-se sobre o ocorrido, afirmaram compreender que os transtornos mentais devem ser cuidados por profissionais da saúde mental.

O CFP faz um alerta à sociedade para que não se deixe iludir. As pessoas devem buscar terapias adequadas conduzidas por profissionais habilitadas para os cuidados com a saúde, particularmente a saúde mental.

Conselho Federal de Psicologia

Nota técnica sobre atuação em casos de violência contra a mulher

A nota técnica do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que orienta profissionais da área em casos de violência contra a mulher será revista e se transformará em resolução. Para isso, o CFP vai abrir consulta, por meio dos Conselhos Regionais de Psicologia, para elaborar uma proposta.

A conselheira Clarissa Guedes, do CFP, explica que o objetivo é ampliar o debate para construir a norma. “É essencial discutir o tema com a categoria e a sociedade”. A minuta de resolução será analisada na Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia (Apaf) de maio de 2018. A atual nota técnica continua disponível no site.

Atuação do CFP sobre direitos da mulher

O CFP atua em quatro espaços de proteção dos direitos da mulher: na Comissão Intersetorial de Saúde da Mulher (Cismu); no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM); e no Grupo de Estudos sobre o Aborto (GEA). Além disso, o CFP assinou, em agosto de 2017, o “Alerta Feminista” em favor dos direitos das mulheres para a legalização do aborto. O documento, iniciativa da Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto, foi criado para reforçar a luta do movimento feminista diante do atual cenário político.

Conselheiros pedem vista e votação de resolução sobre drogas é adiada

A proposta de resolução para alterar a Política Nacional sobre Drogas (Pnad), apresentada em dezembro de 2017 pelo ministro do Desenvolvimento Social (MDS), Osmar Terra, foi novamente incluída para votação durante a primeira reunião de 2018 do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), nesta quinta-feira (1), em Brasília.

Os integrantes do Conselho Federal de Psicologia (CFP), da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Conselho Federal de Serviço Social (Cfess), da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e do Conselho Nacional de Educação (CNE) solicitaram que, antes de colocar a matéria em votação, o Conad deveria promover audiências públicas e consultar a comunidade científica, de forma a ampliar o debate. Exigiram, ainda, alinhar a resolução com os tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário e contemplar prevenção na educação básica.

O conselheiro Paulo Aguiar Pessoa, do CFP, sugeriu que, após consulta popular e à comunidade científica, a proposta fosse apreciada pela Comissão de Legislação e Normas, como previsto pelo regimento interno do Conad.

A conselheira Solange Moreira, do Cfess, lembrou a recomendação do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), que sugere ao Conad, antes da aprovação de qualquer iniciativa de alteração das diretrizes da Pnad, promover audiências públicas, com ampla divulgação; debater junto à Comissão Intersetorial de Saúde Mental (Cism), do Conselho Nacional de Saúde (CNS), e à Subcomissão de Drogas, do CNDH; e promover debates públicos entre especialistas e organizações da sociedade civil que tenham diferentes posicionamentos sobre o tema.

Retrocesso

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Lorena Jardim, no entanto, não aceitou as questões de ordem apresentadas pelos conselheiros, e tampouco as recomendações da CNDH, e colocou em votação a aprovação da proposta de resolução. Apesar de a votação não ter sido levada adiante, em razão do pedido de vistas, seguirá para votação na próxima reunião ordinária do Conad.

A proposta de resolução retrocede na conquista de uma política pública de atendimento ao usuário de drogas quando dispõe que a União deve promover, de forma contínua, o fomento à rede composta por organizações da sociedade civil. Atualmente, o atendimento ao usuário de drogas é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio dos Centros de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (Caps AD), que realizam atendimento territorializado, integrado com as comunidades, e alinhado com as diretrizes de saúde pública do SUS.

Se aprovada, a resolução permitirá o repasse de verba governamental para organizações da sociedade civil sem compromisso com as diretrizes de saúde pública do SUS.

Saiba mais

CFP participa de retomada de reuniões do Conad

Recomendação Nº 02, de 31 de janeiro de 2018

Iniciada parceria de enfrentamento à violência contra a mulher

Natal (RN) é primeira cidade brasileira a receber, nos dias 1 e 2 de fevereiro, as atividades do projeto para ampliação e aprimoramento do atendimento psicológico às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. A ação fazer parte do protocolo de intenções assinado em 20 de dezembro de 2017, pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O próximo estado a fazer parte do projeto-piloto será Pernambuco.

O conselheiro Pedro Paulo Bicalho lembrou, na abertura das atividades, na Escola da Magistratura do Rio Grande do Norte, que, entre 1980 e 2013, 106 mil mulheres foram assassinadas no Brasil. No RN, o número de mulheres negras é ainda maior que o de mulheres brancas, destacando-se a relação entre feminicídio e racismo. Ele falou da importância da Psicologia no enfrentamento à violência contra as mulheres e, principalmente, a presença de profissionais da área nos quadros de trabalhadores dos tribunais de Justiça. O TJ-RN é um dos poucos tribunais do país que ainda não possuem um quadro de servidores psicólogos. “A atuação da profissão na relação da violência contra a mulher é essencial”.

No evento, os cerca de 80 participantes assistiram conferência da psicóloga Cecília Teixeira, sobre a “Psicologia e o desafio no enfrentamento à violência contra a mulher”. Teixeira foi superintende estadual de Políticas para Mulheres do governo do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, tiveram acesso a experiências e dados regionais sobre o tema, apresentados pelo juiz titular da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJ-RN, Deyvis de Oliveira Marques.

A conselheira-presidente do CRP-17, Daniela Rodrigues, falou sobre o crescimento das instituições de ensino superior em Natal, e destacou que as ações de enfrentamento à violência contra as mulheres é prioridade de sua gestão.

Também participaram do evento a juíza auxiliar da presidência do CNJ Andremara dos Santos, o presidente em exercício do Tribunal de Justiça (TJ-RN), desembargador Gilson Barbosa, e a desembargadora do TJ-PE Daisy Pereira.

O evento segue nesta sexta-feira, 2. Confira a programação.