Prorrogada data de divulgação do Prêmio Inclusão Social

A pedido dos integrantes da Comissão Julgadora do Prêmio Inclusão Social, foi prorrogado o prazo para divulgação dos resultados dos trabalhos vencedores e, consequentemente, a premiação do Prêmio Inclusão Social. O grupo que analisa as propostas fará uma reunião para conclusão dos trabalhos nos dias 29 e 30 de janeiro. Nessa ocasião serão definidas as novas datas de divulgação dos resultados e da premiação.

Promovido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) em parceria com o Laboratório de Estudos em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (LAPS) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), o prêmio contemplará experiências de inclusão social de usuários e familiares em projetos econômico-sociais, Organizações Não Governamentais (ONGs) e em equipes interdisciplinares da Rede de Atenção Psicossocial de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, em diversas categorias, como arte, cultura, trabalho e economia solidária. Os trabalhos enviados, de experiências individuais e coletivas, possibilitam recriar novas formas de relações sociais e de convívio com as diversidades.

Serão premiadas as experiências coletivas e individuais de usuários e familiares nas categorias arte-cultura (música, teatro, literatura, artes plásticas e audiovisuais) e experiências interprofissionais ou intersetoriais com participação de psicólogas (os) na inclusão de usuários no trabalho.

CFP e Instituto de Psicologia-USP celebram convênio para Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia

O Conselho de Psicologia (CFP) e a Biblioteca Dante Moreira Leite do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP) celebram, no próximo dia 19 de janeiro, das 15h às 18h, no Auditório Carolina Bori da USP, o lançamento do convênio para o aprimoramento da Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia (BVS-Psi).

Para comemorar a assinatura do convênio será realizada uma mesa redonda com a participação de Mariza Borges, presidente do CFP, Gerson Tomanari, diretor do IPUSP, Silvia Koller, da comissão Técnico-Científica da BVS-Psi, Maria Imaculada Cardoso Sampaio, representante da BVS-Psi no CFP, e Aparecida Angélica Zoqui Paulovic Sabadini, diretora da Biblioteca Dante Moreira Leite do IPUSP.

A BVS-Psi é considerada um marco na gestão da informação na área da Psicologia, tanto no Brasil quanto na América Latina, e foi formada pelas reuniões de bases de dados já existentes e novas fontes de informações para psicólogos, pesquisadores e estudiosos da área. A ferramenta online ainda garante a consulta de forma rápida e precisa, a organização e a disseminação de conteúdo especializado, assegurando o acesso eficiente aos materiais desenvolvidos especificamente para a qualificação profissional.

A BVS-PSI conta com bases de dados pesquisáveis divididas em tipos de conteúdos específicos e em diversos formatos, como livros, vídeos, cartilhas, entre outros. A rede de bibliotecas que compõe a BVS-PSI é formada por 184 bibliotecas instituições e está presente em 30 países. Lembrando que esse trabalho é colaborativo e não remunerado. Para saber como fazer parte dessa rede entre em contato pelo e-mail bvs@bvs-psi.org.br

O CFP é um forte colaborador desse projeto desde sua criação, na gestão financeira e na manutenção de estrutura tecnológica e de conteúdos. Além do CFP, também fazem parte da criação da BVS o Serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (SBD/IPUSP) e a Organização Pan-Americana da Saúde – representação Brasil, por meio do Centro Latino Americano de Informação em Ciências da Saúde – BIREME.

O evento vai ser transmitido ao vivo e poderá ser acompanhado pelo site IPTV USP: http://iptv.usp.br/portal/transmissao/bvspsi2016

 

Pesquisa avalia as relações entre SUAS e o Sistema de Justiça

O Ministério da Justiça apresentou, na última quinta-feira (19), o resultado final da pesquisa “As Relações entre o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e o Sistema de Justiça” e contou com a presença de Leovane Gregório, integrante da Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social (Conpas) do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

O estudo tem como objetivo analisar a relação entre o Sistema Único de Assistência Social e o Sistema de Justiça no Brasil, com o intuito de produzir conhecimentos teóricos e jurídicos com a perspectiva de efetivar, cada vez mais, os direitos da população.

Coordenada pela professora Ana Paula Motta Costa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a pesquisa foi apresentada no prédio do Ministério da Justiça, em Brasília. De acordo com a professora, existe uma relação conflituosa entre os dois Sistemas. “Essa relação de conflito ocorre porque as linguagens são diferentes, os processos constituintes das instituições são distintos e a realidade social e institucional que ambos lidam não é favorável. Nesse cenário, os sujeitos envolvidos identificam no outro Sistema o problema para que seu trabalho não atinja os objetivos devidos”, revelou.

Para o representante do CFP, “a invisibilidade dos direitos socioassistenciais revela o quanto é incipiente o conhecimento acerca da temática da Assistência Social por parte do Sistema de Justiça, e expressa um tratamento secundarizado, ou, de certa forma, inferiorizante em relação à forma como são abordados outros direitos mais tradicionais. Revela também, em alguma medida, o não reconhecimento de um efetivo direito fundamental das pessoas. Considera-se, portanto, que tal dado de pesquisa é revelador da concepção que ainda nutre o Sistema de Justiça acerca do que seja a Assistência Social: um não direito, um direito ainda invisibilizado, sem uma importância maior”.

Muitas vezes os operadores do Sistema de Justiça tendem a soluções extrajudiciais basicamente operacionalizadas por meio de requisições de serviços, perícias e manifestações ao SUAS, explicou a professora Ana Paula Motta. “Para além da competência de atender ou não a tais requisições, o modo como isso é operado revela-se autoritário e produz desvalorização profissional dos operadores do SUAS, intervenção na definição de prioridades e fluxos. Alimenta, portanto, as dificuldades e conflitos já existentes”.

A opinião é compartilhada por Leovane. “As normativas de origem diversa caracterizam-se por linguagens diferentes, lógicas normativas diversas e resultados esperados também distintos. Os operadores de cada um dos Sistemas – ainda com a heterogeneidade que os caracteriza – aplicam tais normas a partir de suas respectivas culturas hermenêuticas, interpretam as normas, portanto, desde o seu lugar institucional e cultural, sem considerar os efeitos produzidos junto às outras instituições que têm interface com a mesma problemática, nas quais a aplicação da norma realizada incide. Embora sem diálogo, tais práticas produzem efeitos recíprocos em cada um dos Sistemas, e, em consequência, configuram conflitos de natureza variadas”, ponderou.

A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça (SAL/MJ), por meio do Projeto Pensando o Direito, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Direitos humanos, nossos direitos!

Em uma sala escura, imagens e depoimentos se misturavam na tela contínua para retratar a luta pelos direitos humanos no país. Ninguém parecia se importar com as filas quilométricas para assistir o documentário  sobre a Psicologia e os direitos humanos,  na sala que recebeu o nome do jornalista morto na ditadura, Vladimir Herzog.

O vídeo, produzido pela Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP), emocionou visitantes e fez  do espaço um dos principais destaques da 2ª Mostra Nacional de Práticas em Psicologia.

Que o diga a psicóloga Zaira Lopes, que veio do Mato Grosso do Sul para apresentar um pôster sobre Psicologia e Políticas Públicas e aproveitou para conhecer o espaço.  “Foi uma oportunidade única, que valeu a pena esperar. O filme fez um retrato da nossa história que merece ser divulgado, pois precisamos dar visibilidade aos acontecimentos históricos que marcaram a vida dos brasileiros, com o período do regime militar”, conta.

A estudante Franciele Fernandes também foi uma das expectadoras que saíram emocionadas após a exibição do vídeo, que tratou de ações de promoção e defesa dos direitos humanos por psicólogos (as) no Brasil.  Ela veio de Vitória da Conquista, na Bahia, e achou o espaço Vladmir Herzog muito bem elaborado. “Os coordenadores dessa sala fizeram esse vídeo com um propósito de misturar todas essas diversidades que resultam na busca pelos direitos humanos, desde a luta antimanicomial ao direito dos índios, tudo isso busca do bem comum”, afirmou.

Sobre o espaço
A sala foi inaugurada simbolicamente por Ivo Herzog, filho do jornalista morto durante a ditadura militar. O local recebeu o nome do jornalista porque ele é um símbolo da luta pelos direitos humanos no país. Herzog foi morto nos porões do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), em 1975.

Para Ivo Herzog, a homenagem ao pai durante a 2ª Mostra representa uma grande honra. “Saber que a figura do meu pai é uma referência e ajuda a agregar a discussão sobre direitos humanos na psicologia, a gente vê que aquele preço que a gente pagou está trazendo mais contribuições para a sociedade”, disse.

Do lado de fora do espaço, além de frases de renomados pensadores, como Claude Lévi-Strauss e Michel Foucault, havia uma área chamada “Deixe suas impressões”, onde os participantes escreveram em um mural o que sentiram e pensaram durante a exibição do filme. Após a exibição do vídeo, Ivo escreveu a frase: “Direitos humanos, nossos direitos”.

Veja aqui a galeria de fotos:

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Nota de apoio

O Conselho Federal de Psicologia, por meio de sua Comissão Nacional de Direitos Humanos, vem a público manifestar solidariedade ao GTNM/RJ, instituição que há quase três décadas atua bravamente na promoção e defesa dos direitos humanos, especialmente nos âmbitos da memória, verdade e justiça ligados ao período de ditadura no Brasil.

Nesta oportunidade, torna público, ainda, seu mais completo desagravo aos atos de violência praticados contra o GTNM/RJ, dado que nas últimas semanas, além de ameaças por telefone, o grupo teve sua sede arrombada, computadores vasculhados e documentos/dinheiro furtados.

O GTNM/RJ configura-se protagonista inequívoco de uma história de resistência e enfrentamento ao terrorismo de Estado vivenciado em nosso passado recente e cujos vestígios e novas roupagens podem ser cartografadas ainda hoje. Não obstante, sabe-se que os defensores de direitos humanos não hão de se intimidar ou curvar diante de ações covardes e tipicamente operadas por aqueles que temem a democracia e o resgate da memória política do nosso país.

Diante do exposto, renovamos os votos de apoio ao GTNM/RJ e reafirmamos o posicionamento deste Conselho Federal de Psicologia em favor da dignidade humana e de todos os esforços envidados na construção de uma sociedade justa, menos excludente e mais saudável.

Pela vida, pela paz, tortura nunca mais!