Despatologização trans e travestis: confira novo vídeo

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Conselho Federal de Psicologia (CFP) lançou nesta sexta (29), em celebração do Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais, comemorado nesta data, mais um vídeo da série “A despatologização das transexualidades e travestilidades pelo olhar da Psicologia”.

A peça faz parte de uma campanha de comunicação em apoio à luta pela despatologização das identidades trans e travestis, criada pelo CFP em 2014. Profissionais da Psicologia, pesquisadores e pesquisadoras, ativistas, pessoas transexuais e travestis foram convidados (as) a debater o fazer psicológico no processo de transexualização à luz dos Direitos Humanos, abordando a importância de se dar voz as próprias pessoas desse grupo, a força dos movimentos sociais e o papel da Psicologia nesse âmbito, apontando possíveis caminhos e debates.

Dividido em duas partes, primeiro episódio abordou a posição da Psicologia frente à produção da despatologização e a importância de se dar voz às próprias pessoas transexuais e travestis, apontando possíveis caminhos e debates.

“A despatologização das transexualidades e travestilidades pelo olhar da Psicologia – Partes I e II” terá prosseguimento com mais duas peças videográficas. São elas: “A luta pela despatologização no mundo”, sobre o avanço da ciência, o histórico e momento atual e a luta e organização de movimentos sociais pela despatologização; e “Visões diversas da despatologização no Brasil”, em que será abordada a realidade brasileira, a visão das pessoas trans e as dificuldades do sistema de saúde brasileiro, além de possíveis alternativas.

Confira o vídeo:

Site especial

Parte da campanha de Despatologização das Identidades Trans e Travestis, o site especial despatologizacao.cfp.org.br conta com vídeos, notícias, links para legislação relacionada (nacional e internacional), área especial com indicações de blogs/sites de trans que contam suas experiências de vida e transformações, entidades, associações, empresas, fundações amigas da questão da despatologização das identidades trans, além de área destinada a exemplos de atuação alternativa de psicólogos e psicólogas nos ambulatórios e equipes do SUS.

Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais

A data marca a luta pelos Direitos Humanos e o respeito à identidade de gênero e em busca do direito à vida sem preconceito e discriminação. É celebrado desde 2004, quando o Ministério da Saúde e entidades da sociedade civil lançaram a campanha “Travesti e Respeito”, em reconhecimento à dignidade dessa população.  Ainda hoje, a população brasileira de travestis e transexuais tem grande dificuldade no acesso à educação, ao trabalho e à saúde, assim como sofre violência e é desrespeitada de forma contumaz.

Com o intuito de colaborar com a luta pelos direitos humanos das travestis e transexuais, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) iniciou, em 2014, um projeto direcionado ao esclarecimento e engajamento da categoria dos (as) psicólogos (as) na atuação pelos direitos humanos desta população e, principalmente, pela despatologização das identidades trans no atendimento à saúde.

Dia da Visibilidade Trans: entrevista com Leonardo Tenório

Dia 29 de janeiro é celebrado o Dia da Visibilidade Trans. Criada em 2004 pelo Ministério da Saúde, a data surgiu com o movimento de travestis e transexuais do Brasil. Na época, o ministério lançou  a campanha “Travesti e Respeito” em reconhecimento à dignidade dessa população.  Ainda hoje, a população brasileira de travestis e transexuais tem grande dificuldade no acesso à educação, ao trabalho e à saúde, assim como sofre violência e é desrespeitada de forma contumaz.

O CFP está publicando entrevistas com pessoas trans sobre a importância deste dia. Confira, abaixo, a realizada com Leonardo Tenório, que trabalha no Espaço Trans do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco e foi presidente da Associação Brasileira de Homens Trans (ABHT).

Em novembro de 2014, o CFP iniciou campanha de comunicação em apoio à luta pela despatologização das Identidades Trans e Travestis, ação em que profissionais da psicologia,  pesquisadores e pesquisadoras, ativistas, pessoas transexuais e travestis  são convidados (as) a debater o fazer psicológico no processo de transexualização, à luz dos Direitos Humanos, bem como do panorama dos debates políticos em torno da luta no Brasil e no mundo. Além de vídeos  sobre o tema, a campanha conta com a realização de debates online e um site especial: http://despatologizacao.cfp.org.br/

1. Qual a importância desse dia da visibilidade para a luta pelos direitos humanos das pessoas trans?

Leonardo Tenório – O dia da visibilidade trans no Brasil serve como um momento de dizermos que nós existimos. Por incrível que pareça, nós não somos poucos. Estamos em todos os municípios e bairros e existimos em todos os períodos históricos da humanidade e em todos os continentes. A verdade é que a sociedade é tão preconceituosa conosco que vivemos em guetos, em bolhas sociais em que só frequentam as próprias pessoas trans, lésbicas e gays simpatizantes, pessoas que estudam gênero e sexualidade, movimentos sociais, profissionais do sexo etc. Muitas travestis ainda têm o hábito de só saírem de suas casas à noite. O preconceito é tão grande que não transitamos livremente na sociedade como pessoas cisgêneras fazem. Ou por conta do preconceito mesmo, em espaços de sociabilidade e de lazer, ou em espaços de garantia de direitos sociais, como instituições de ensino, estabelecimentos de saúde, mercado de trabalho formal, órgãos públicos ou empresas privadas – em função da grande quantidade de vezes em que somos desrespeitados ou constrangidos em função de nossa identidade de gênero.

Leonardo2. Qual são os maiores desafios na luta pelo reconhecimento dos direitos das pessoas trans?

Leonardo Tenório – Os maiores desafios da visibilidade trans são passar para a população em geral que nós somos seres humanos como quaisquer outros; e que nossa identidade de gênero trans é uma forma de ser humano. Não é anormal, perversa ou patológica – como o preconceito da transfobia leva as pessoas a acreditarem. Somos pessoas comuns que precisamos de afeto, família, trabalho, estudo, lazer, renda, moradia etc.

3. Como a Psicologia pode, na sua visão, participar ainda mais nessa luta?

Leonardo Tenório – A Psicologia poderia ajudar as pessoas trans encampando a luta pela Despatologização das Identidades Trans nos conselhos de classe, associações profissionais e cursos de psicologia; também criando redes de psicólogos e psicólogas que possam atender respeitosamente as pessoas trans em seus consultórios no particular, no SUS e nas universidades. Em função do sofrimento decorrente de diversas situações de preconceito e abandono, muitas pessoas trans possuem demanda psicoterápica – além de precisarmos da emissão de laudos ou relatórios psicológicos para subsidiar cirurgias transexualizadoras e ações judiciais para mudança de prenome e sexo nos documentos; e ainda pensando no atendimento, que o profissional da Psicologia se negue a realizar diagnóstico de transexualidade. Nossa forma de ser não é uma doença. Nenhum profissional da saúde tem a capacidade de saber qual é a identidade de gênero de uma pessoa. Só quem pode dizer quem ela é, e como ela quer se apresentar socialmente e se deseja realizar uma ou outra modificação corporal, em que momento e como, é a própria pessoa trans. Empoderamento para saber lidar com as normas de gênero impostas pela sociedade heterocisnormativa e, assim, utilizar sua autonomia para promover a própria saúde, são as chaves para que pessoas trans consigam ter efetivo cuidado de sua saúde mental e integral, na minha opinião.

4. Qual a importância de campanhas como essa de um Conselho profissional?

Leonardo Tenório – É importante que os conselhos profissionais, como o CFP, participem da luta pela saúde de todos e das minorias populacionais, como a de transexuais, travestis, transgêneros e intersexuais, pois acredito fazer parte de sua missão e do propósito da existência da própria categoria profissional.

 

Dia da Visibilidade Trans: entrevista com Eric Seger

Dia 29 de janeiro é celebrado o Dia da Visibilidade Trans. Criada em 2004 pelo Ministério da Saúde, a data surgiu com o movimento de travestis e transexuais do Brasil. Na época, o ministério lançou a campanha “Travesti e Respeito” em reconhecimento à dignidade dessa população.  Ainda hoje, a população brasileira de travestis e transexuais tem grande dificuldade no acesso à educação, ao trabalho e à saúde, assim como sofre violência e é desrespeitada de forma contumaz.

O CFP está publicando entrevistas com pessoas trans sobre a importância deste dia. Confira, abaixo, a realizada com Eric Seger, bolsista no Núcleo de Pesquisa em Sexualidade e Relações de Gênero da UFRGS e membro do Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (Ibrat).

Em novembro de 2014, o CFP iniciou campanha de comunicação em apoio à luta pela despatologização das Identidades Trans e Travestis, ação em que profissionais da psicologia, pesquisadores e pesquisadoras, ativistas, pessoas transexuais e travestis  são convidados (as) a debater o fazer psicológico no processo de transexualização à luz dos Direitos Humanos, bem como do panorama dos debates políticos em torno da luta no Brasil e no mundo. Além de vídeos sobre o tema, a campanha conta com a realização de debates online e um site especial: http://despatologizacao.cfp.org.br/

1. Qual a importância desse dia da visibilidade para a luta pelos direitos humanos das pessoas trans?

Eric Seger – Não é muito comum que existam representações de pessoas trans na sociedade como pessoas de direitos iguais. Cotidianamente vemos notícias sobre assassinatos de travestis em que é utilizado o nome de registro pra se referir à vítima, além de um descaso com a investigação do crime, como se aquela vida tivesse menos valor. Os modelos de entendimento dos seres humanos se baseiam em um dimorfismo sexual que compreende apenas como inteligível ser homem cisgênero ou mulher cisgênera, por isso é importante ter esse dia da visibilidade trans como uma forma de evidenciar que nós existimos e que exigimos os mesmos direitos que devem ser garantidos a todos seres humanos. Através dessa visibilidade podemos modificar a compreensão cultural de alguns pontos, como, por exemplo, de que pessoas trans são um terceiro sexo/gênero. Exigimos podermos ser reconhecidos como homens, mulheres, Eric3travestis, pessoas não binárias, com nossas particularidades, mas dentro do mesmo espectro em que homens e mulheres cisgênero também apresentam características diversas. E, assim, lutamos pelos mesmos direitos que deveriam ser de todos seres humanos.

2. Qual são os maiores desafios na luta pelo reconhecimento dos direitos das pessoas trans?

Eric Seger – Os desafios estão relacionados ao preconceito e à compreensão. Quando alguém, por motivos de crença individual e/ou aprendizado social, entende que uma pessoa trans não merece os mesmos direitos e não deve ser tratada de acordo com o gênero que ela revelou ser, mesmo tendo garantias de direitos no papel, o exercício destes direitos pode ser comprometido. Muitas vezes a falta de compreensão sobre o que é ser trans nos coloca num lugar de exótico, de não-humano, de doente mental. Por vezes somos reduzidos à pessoas que “não aceitam o seu sexo”, o que na minha visão é uma compreensão muito limitada e que não faz jus à complexidade do assunto, embora para muitas pessoas trans essa seja uma maneira compreensível de expressar como elas se sentem. Essas confusões atrapalham na hora de fazer valer os direitos a um nome, ao acesso à escola, à saúde etc. Inclusive o acesso a um simples banheiro pode ser comprometido, já que o que fundamenta a arquitetura e organização de banheiros está relacionado a um modelo de pensamento cissexista e heterossexista, ou seja, que prevê (e também produz) somente pessoas cisgêneras e heterossexuais como usuárias.

3. Como a Psicologia pode, na sua visão, participar ainda mais nessa luta?

Eric Seger – Como mencionei anteriormente, uma dos desafios da compreensão das pessoas trans é em relação a sermos pensados como doentes mentais. Existe a noção de que somos pessoas que “não aceitam o seu sexo”, que dizem ter “o corpo errado”. A Psicologia precisa atuar em produzir novos modelos que não dependam de uma configuração padrão de “corpo certo” para fazerem sentido, senão a única inteligibilidade possível para pessoas trans acessarem serviços de saúde é através desse sofrimento em relação a um suposto “corpo errado”. Por vezes, o que não é aceito não é o corpo de cada um, e sim o significado que se produz a partir de um corpo sexuado. E este significado pode ser modificado através de mudanças culturais e por isso também a visibilidade social é importante. A Psicologia enquanto um campo que avalia as condições de saúde mental dos sujeitos deve capacitar os/as profissionais para pensar além dos modelos hegemônicos e padrões de existir enquanto homem e mulher, e múltiplas maneiras de exercício da sexualidade, uma vez que a compreensão da legitimidade enquanto homem Eric2trans ou mulher trans por muito tempo baseou-se na sensação de rejeição do órgão genital e, portanto, um dos marcadores de legitimidade seria a não utilização do mesmo sexualmente. Isso produz novamente uma limitação naquilo que é considerado possível de ser vivido, deixando às margens da inteligibilidade que existam mulheres trans lésbicas ou homens trans gays (ou bissexuais, nos dois casos).

4. Qual a importância de campanhas como essa de um Conselho profissional?

Eric Seger – Essa campanha é importante pois os profissionais precisam saber que esta é a posição do Conselho e precisam buscar formação específica para atender demandas relacionadas ao assunto, uma vez que a formação anterior pode não ter sido adequada, considerando apenas os modelos patologizantes mencionados anteriormente. Com essa atitude, o Conselho estimula que os/as profissionais se envolvam com treinamento mais adequado e possam apresentar um posicionamento favorável aos direitos das pessoas trans, de maneira não patologizante, Também assim as pessoas trans podem estar mais asseguradas que é direito delas, sim, que o atendimento em Psicologia não as obrigue a ter uma performance de gênero esterotipada e vivências padronizadas, para que elas possam acessar seus direitos a serviços de saúde (como hormonização e cirurgias diversas) e serviços jurídicos (como troca de nome no registro civil).

Racismo será preocupação central da Comissão de Direitos Humanos para o ano de 2016

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Conselho Federal de Psicologia (CFP) esteve reunida nas últimas segunda (18), terça (19) e quarta-feira (20), traçando o calendário de ações para 2016. Com base nas atividades já desenvolvidas anteriormente, o grupo montou a proposta respeitando os eixos orientadores e diretrizes de ação: políticas sobre drogas, LGBTT/gêneros, relações raciais e combate à tortura e todas as formas de violência.

Entre as ações institucionais estratégicas da CDH-CFP propostas para 2016, estão campanhas, produção de documentos referenciais e informativos, participação em espaços de representação institucional, realização de debates, oficinas e cursos, entre outras atividades. Este calendário será apresentado para aprovação na Plenária de Planejamento Estratégico do CFP para este ano. “Tivemos uma longa discussão em torno dos quatros eixos e tiramos linhas de ação especificamente em cada uma, que divulgaremos depois de aprovada. Mas eu posso adiantar que a nossa preocupação central para o ano de 2016, em termos de eixo de articulação, será o racismo, a violência simbólica, física e policial contra os não-brancos deste país, especialmente os negros e os indígenas” apontou a coordenadora da CDH-CFP, Vera Paiva.

De acordo com Paiva, a violência contra esses grupos, que representam mais da metade da população brasileira, os tem colocado em profundo sofrimento psíquico em razão do impacto dessas violências. “Nós estaremos articulando a questão do racismo nos quatro temas, políticas sobre drogas, LGBTT/gêneros, combate à tortura e, claro, relações raciais”. E avisou que as propostas serão anunciadas, após reunião e aprovação em plenária.

A CDH também fez um balanço das atividades realizadas no último ano, como participação e indicações para eventos e comissões de direitos humanos, a elaboração e divulgação de notas por parte da CDH-CFP e realização de bate-papos online e produção de campanhas e produtos de comunicação, como sites e vídeos, e livros. “Fizemos uma avaliação do trabalho realizado em 2015, um ano muito difícil, atípico, de muitos ataques a ganhos importantes dos direitos humanos, especialmente no quadro de todo o debate sobre família, como Estatuto da Família, do Estado laico, censura de atividades que tratem de sexualidade na escola, a questão da maioridade penal e agora, mais ao final do ano, a indicação do responsável por saúde mental do Ministério da Saúde, uma pessoa conhecida pela violação dos diretos humanos no seu trabalho em um hospital psiquiátrico”, relatou Paiva.

Na opinião da coordenadora da CDH-CFP, 2015 “foi um ano trabalhoso, mas também muito produtivo”. “Conseguimos manter conversas com psicólogos diretamente do Conselho por meio de debates, planejados em comum acordo com os [Conselhos] regionais, além dos criados e divulgados pelo OrientaPsi. Mantivemos uma boa relação com os regionais, buscando sempre preservar e estimular a autonomia de cada conselho para então desenvolver as atividades nessa mesma direção e observamos várias atividades muito criativas nos quatro eixos em que a gente se propôs a trabalhar este ano”.

A Reunião de Planejamento de Ações Estratégicas da CDH-CFP para 2016 aconteceu em São Paulo, no Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT).

 

Prorrogada data de divulgação do Prêmio Inclusão Social

A pedido dos integrantes da Comissão Julgadora do Prêmio Inclusão Social, foi prorrogado o prazo para divulgação dos resultados dos trabalhos vencedores e, consequentemente, a premiação do Prêmio Inclusão Social. O grupo que analisa as propostas fará uma reunião para conclusão dos trabalhos nos dias 29 e 30 de janeiro. Nessa ocasião serão definidas as novas datas de divulgação dos resultados e da premiação.

Promovido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) em parceria com o Laboratório de Estudos em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (LAPS) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), o prêmio contemplará experiências de inclusão social de usuários e familiares em projetos econômico-sociais, Organizações Não Governamentais (ONGs) e em equipes interdisciplinares da Rede de Atenção Psicossocial de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, em diversas categorias, como arte, cultura, trabalho e economia solidária. Os trabalhos enviados, de experiências individuais e coletivas, possibilitam recriar novas formas de relações sociais e de convívio com as diversidades.

Serão premiadas as experiências coletivas e individuais de usuários e familiares nas categorias arte-cultura (música, teatro, literatura, artes plásticas e audiovisuais) e experiências interprofissionais ou intersetoriais com participação de psicólogas (os) na inclusão de usuários no trabalho.

Atos em Brasília dizem “não” a retrocessos na política de saúde mental

A chuva não desmobilizou as centenas de pessoas que se concentraram em frente ao Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (14), com o objetivo demostrar insatisfação e pedir a exoneração do novo coordenador de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, Valencius Duarte Filho.

Formado por usuários, familiares, profissionais e representantes de entidades e movimentos sociais ligados à luta antimanicomial e a Reforma Psiquiátrica, o grupo iniciou a mobilização na parte da manhã e à tarde realizou uma assembleia geral, de onde seguiu caminhando até a porta do Ministério da Saúde e depois em passeata pela Esplanada dos Ministérios.

Vice-presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Rogério Oliveira participou das mobilizações e ressaltou que a categoria continuará lutando para que não haja retrocessos na política de saúde mental. Militantes e pesquisadores, como Stella Goulart, Eduardo Mourão Vasconcelos e Ernesto Venturini, também reforçaram os atos realizados nesta quinta-feira.

Hoje, completa um mês, que representantes de entidades e movimentos sociais da Luta antimanicomial ocupam as salas da Coordenação de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde.

Confira falas de pesquisadores e representantes de entidades:

https://www.youtube.com/watch?v=W_ofwgs1jNs&list=PLnzjy4Y6S0CNmUbfPxWnZ02wjrecK8Sad&index=1

https://www.youtube.com/watch?v=LkeHUtzkNt4&list=PLnzjy4Y6S0CNmUbfPxWnZ02wjrecK8Sad&index=6

CFP regulamenta Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social

O Plenário do Conselho Federal de Psicologia (CFP) reconheceu a importância de formalizar a criação da Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social (Conpas) por meio da resolução nº 35, no último dia 17 de dezembro. Com o objetivo de fortalecer a atuação dos psicólogos no Sistema Único de Assistência Social (Suas), a comissão de caráter permanente, funciona integrada aos Conselhos Regionais de Psicologia.

Uma das estratégias  previstas para a condução das ações é a cooperação entre o Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o CFP.

Para Enrico Braga, integrante da Conpas, a ideia é dar publicidade às produções da Comissão para que a categoria possa encontrar referenciais mais sólidos para a atuação profissional no Suas. “Nossa expectativa é fortalecer o exercício profissional da Psicologia no Suas. É preciso aprimorar a formação profissional daqueles que ainda estão na graduação e a educação permanente para os profissionais que já se encontram no exercício da profissão”.

A comissão está baseada em quatro eixos de atuação: o compromisso com a atuação profissional, pensar as relações e as condições de trabalho na qual os profissionais estão sendo submetidos, a organização ético-política do profissional e a defesa e fortalecimento dos direitos socioassistenciais.

Já para o diretor do departamento de Gestão do Sistema Único de Assistência Social (Suas), José Crus, a criação Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social (Conpas) do Conselho Federal de Psicologia fortalece atuação do profissional de Psicologia e “vai contribuir mais efetivamente com a consolidação do Suas”. Crus destaca que a presença do psicólogo é obrigatória nas unidades da rede socioassistencial, como os Centros de Referências de Assistência Social (Cras), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop).

“Hoje são 23,5 mil psicólogos que atuam no Suas. Eles têm papel fundamental na assistência, pois atuam no campo relacional, apoiando a família no seu caráter protetivo e na reconstrução de projetos de vida”, disse Crus.

Conheça as ações da Conpas no site da comissão >> http://conpas.cfp.org.br/

Comissão de Direitos Humanos realiza reunião de planejamento

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Conselho Federal de Psicologia (CFP) realiza nas próximas terça (19) e quarta-feiras (20) a Reunião de Planejamento de Ações Estratégicas de 2016. O grupo vai se reunir em São Paulo no Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT).

O propósito do encontro é traçar o calendário de ações da CDH-CFP para este ano com base nas atividades já desenvolvidas anteriormente bem como nos eixos orientadores e diretrizes de ação. No dia 19, os temas abordados serão Políticas para o população LGBTT e sobre Drogas. Já no dia 20, Combate ao Racismo e Tortura e Violência de Estado.

Serviço
Reunião de Planejamento de Ações Estratégicas de 2016
Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) – rua Duarte de Azevedo, 737 – Santana, São Paulo – SP
A partir das 9 horas

Grupos fazem novas manifestações contra Coordenação de Saúde Mental

Nova manifestação contra o novo coordenador nacional de Saúde Mental, Valencius Wurch Duarte Filho, foi realizada nesta quarta-feira (13) por parte de representantes de entidades e movimentos sociais da Luta Antimanicomial.

Cartazes, palavras de ordem e paródias de marchinhas de carnaval pediam a exoneração de Valencius e a manutenção da política de Saúde Mental aplicada pelo Governo Federal. De acordo com os manifestantes, a nomeação de Wurch significa o retrocesso para as políticas públicas nesse setor.

A manifestação de hoje (13) reforça a convocação para os mais diversos coletivos brasileiros, trabalhadores, usuários, familiares, estudantes, acadêmicos e todos os apoiadores para as ações programadas para esta semana. Vários grupos já chegaram e estão acampados em Brasília, principalmente, para as atividades que acontecem nesta quinta-feira (14).

DSC_0474Mais de 650 entidades de classe, universidades, parlamentares, movimentos sociais da luta antimanicomial, no Brasil e no exterior, estão envolvidas ou apoiam as manifestações.

Programação:

Dia 14 de janeiro, às 10h: Assembleia Geral, em frente ao Ministério da Saúde, com todas as entidades, universidades e movimentos sociais presentes;

Dia 14, às 14h30: manifesto do (L)oucupaBrasília! em frente ao Ministério da Saúde.

Confira álbum de imagens da manifestação de hojehttps://www.facebook.com/conselhofederaldepsicologia/posts/1095988450433012

Sobre a ocupação: www.facebook.com/foravalencius

Confira outras notícias sobre as manifestações e posicionamentos do CFP sobre a nomeação de Valencius:

Posse de novo coordenador gera novas manifestações no anexo do Ministério da Saúde

Audiência com Ministro da Saúde

Sistema Conselhos repudia troca de coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde

CFP manifesta apoio a mobilizações contrárias a mudanças na Coordenação de Saúde Mental

Em reunião, CNS reforça contrariedade a nomeação para Coordenação de Saúde Mental

Entidades da Saúde Mental solicitam audiência com ministro da Casa Civil

CFP e Instituto de Psicologia-USP celebram convênio para Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia

O Conselho de Psicologia (CFP) e a Biblioteca Dante Moreira Leite do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP) celebram, no próximo dia 19 de janeiro, das 15h às 18h, no Auditório Carolina Bori da USP, o lançamento do convênio para o aprimoramento da Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia (BVS-Psi).

Para comemorar a assinatura do convênio será realizada uma mesa redonda com a participação de Mariza Borges, presidente do CFP, Gerson Tomanari, diretor do IPUSP, Silvia Koller, da comissão Técnico-Científica da BVS-Psi, Maria Imaculada Cardoso Sampaio, representante da BVS-Psi no CFP, e Aparecida Angélica Zoqui Paulovic Sabadini, diretora da Biblioteca Dante Moreira Leite do IPUSP.

A BVS-Psi é considerada um marco na gestão da informação na área da Psicologia, tanto no Brasil quanto na América Latina, e foi formada pelas reuniões de bases de dados já existentes e novas fontes de informações para psicólogos, pesquisadores e estudiosos da área. A ferramenta online ainda garante a consulta de forma rápida e precisa, a organização e a disseminação de conteúdo especializado, assegurando o acesso eficiente aos materiais desenvolvidos especificamente para a qualificação profissional.

A BVS-PSI conta com bases de dados pesquisáveis divididas em tipos de conteúdos específicos e em diversos formatos, como livros, vídeos, cartilhas, entre outros. A rede de bibliotecas que compõe a BVS-PSI é formada por 184 bibliotecas instituições e está presente em 30 países. Lembrando que esse trabalho é colaborativo e não remunerado. Para saber como fazer parte dessa rede entre em contato pelo e-mail bvs@bvs-psi.org.br

O CFP é um forte colaborador desse projeto desde sua criação, na gestão financeira e na manutenção de estrutura tecnológica e de conteúdos. Além do CFP, também fazem parte da criação da BVS o Serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (SBD/IPUSP) e a Organização Pan-Americana da Saúde – representação Brasil, por meio do Centro Latino Americano de Informação em Ciências da Saúde – BIREME.

O evento vai ser transmitido ao vivo e poderá ser acompanhado pelo site IPTV USP: http://iptv.usp.br/portal/transmissao/bvspsi2016