Informamos que, em decorrência de manutenção dos servidores de internet do CFP, alguns serviços on-line, como site, Cadastro Nacional de Psicólogos, Satepsi, Cadastro de Sites e Portal da Transparência, poderão ficar indisponíveis neste sábado (2/9), das 8h às 12h.
Author Archives: Thaís Ribeiro
Fóruns de Conselhos Federais no CFP
31 de agosto foi marcado por duas reuniões na sede do Conselho Federal de Psicologia (CFP), em Brasília: o Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas e o Fórum dos Conselhos Federais da Área de Saúde. O CFP foi representado nos encontros pelos conselheiros Pedro Paulo Bicalho e Regina Pedrosa.
Essa foi a primeira vez que o Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas se reuniu no CFP. A Lei. 13.444/2017, que dispõe sobre a Identificação Civil Nacional (ICN) e o Projeto de Lei 6889/17, que limita a atuação de Conselhos de Educação Física ao registro profissional dos responsáveis pela empresa, foram alguns dos assuntos discutidos pelo grupo durante a manhã.
À tarde, os membros do Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde discutiram a reativação da Câmara Técnica de Regulação.
Veja as imagens:
- Fóruns de Conselhos Federais no CFP
Diálogos itinerantes: a hora do Rio Grande do Norte
Reunião entre diretores do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Norte (CRP-RN) encerrou, em 25 de agosto, o segundo dia de atividades da XV Semana de Psicologia. Visita integra rodada de reuniões com representantes dos regionais para estreitamento do diálogo.
Em 2017, membros da diretoria do CFP já estiveram nos CRPs do Ceará, Paraíba, Alagoas, Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Tocantins. A expectativa é que esses encontros continuarão acontecendo ao longo do ano.
No encontro no Rio Grande do Norte, o CFP foi representado pela vice-presidente, Ana Sandra Fernandes, pelo secretário, Pedro Paulo Bicalho, e pela tesoureira Norma Cosmo. O encontro contou com parte do IV Plenário “Cuidar, Resistir, Transformar” e de servidores CRP-RN, que ressaltaram a importância de alinhamento entre as demandas nacionais e os desafios locais e, principalmente, da aproximação, vinculação e horizontalidade na consolidação da gestão.
A reestruturação do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop), as demandas nacionais, a agenda de eventos, as articulações, a participação nos espaços de representação (como o Conselho Nacional de Direitos Humanos, por exemplo) e a recomposição de parceiras com as entidades da Psicologia e de outras categorias profissionais foram os principais pontos discutidos.
Para a presidente do CRP-RN, Daniela Rodrigues, “a disponibilidade demonstra reconhecimento de que não apenas todas as Psicologias nos interessam, mas que todos os Conselhos Regionais são importantes para a consolidação do Sistema Conselhos”.
29 de Agosto – Dia Nacional da Visibilidade Lésbica
O Brasil comemora em 29 de agosto o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica para relembrar as lutas das mulheres que têm seus direitos de cidadania violados diariamente pelo fato de terem uma orientação sexual fora do padrão heteronormativo.
Para marcar a data e demonstrar o apoio da Psicologia à resistência dessas mulheres, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) lança o vídeo “Dia da Visibilidade Lésbica – Psicologia e Arte na defesa dos direitos e contra o preconceito”.
No vídeo, as psicólogas Sandra Sposito (conselheira do CFP) e Bruna Falleiros (conselheira do CRP-SP) falam do papel essencial dos profissionais da Psicologia no combate ao preconceito contra as orientações sexuais e identidades de gênero. “Temos que pesquisar sobre isso, temos que produzir referências, produzir teoricamente e cientificamente e continuar dando visibilidade. Porque quando se precisa tratar da visibilidade é porque essas pessoas permanecem silenciadas e fora do cuidado necessário e as demandas delas não aparecem como deveriam aparecer na sociedade”, explica Faleiros.
Sandra Sposito lembra que a Resolução 01/1999, ao ratificar que as homossexualidades não constituem doença, nem distúrbio, nem perversão, é um marco da Psicologia na defesa dos direitos humanos. “Temos uma grande força de proteção ao preconceito que é a Resolução CFP 01/1999 que impede os profissionais da Psicologia de patologizarem, tratarem e curarem as homossexualidades”.
O vídeo traz ainda depoimentos das atrizes Elisa Lucinda, Éllen Oléria, Gabriela Correa, Luiza Guimarães, Tainá Baldez e Renata Celidonio que formam o elenco do espetáculo L, O Musical, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil. A peça, dirigia pelo jornalista Sérgio Maggio, que conta histórias de amor entre mulheres lésbicas leva o público a refletir sobre temas muito importantes como lesbofobia e crimes de ódio contra pessoas LGBT.
Nos depoimentos espontâneos, as atrizes falam sobre a importância de abordar esse tema em todos os espaços, incluindo o teatro, para impedir que absurdos como as tentativas de patologiar as homossexulidades se materializem. “Voltar a classificar a homoafetividade como uma patologia é um retrocesso imenso para a sociedade”, avalia Elisa Lucinda.
Criança Feliz: o Estado volta ao passado
É a ideia de infância que determina as políticas de um governo para essa faixa da população. No Brasil, a opção do governo federal tem sido por uma definição defasada, se considerarmos que, entre 2016 e 2017, os municípios deixaram de receber mais de R$ 471 milhões para políticas públicas da assistência social, área que, a partir da Constituição de 1988, adquiriu caráter de política pública, deixando para trás o viés assistencialista.
Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), o corte orçamentário foi de 19% no período. As reduções nas políticas da assistência social são contrastantes com outras ações do governo federal, pois, no mesmo período, o então Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário criou o Programa Primeira Infância (Criança Feliz) no Sistema Único de Assistência Social (Suas), com orçamento de R$ 328 milhões em 2017.
Os municípios, que já enfrentavam dificuldades para manter os atuais programas, em razão da insuficiência de recursos e da falta de reajustes anuais dos pisos de cofinanciamento, ficaram, então, com os orçamentos mais comprometidos.
“Esse corte de recursos e a proposta do Programa Criança Feliz são muito preocupantes, pois comprometem determinantemente a execução dos princípios, diretrizes e objetivos do SUAS, bem como das garantias estabelecidas no Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016)”, afirma Fabiana Itaci, psicóloga integrante do Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Retirada de recursos da rede de assistência social
De acordo com as informações do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) o Programa Criança Feliz repassa recursos e apoio técnico às prefeituras a 2.547 municípios para desenvolvimento de ações de proteção à primeira infância. Até agora, segundo o MDS, R$ 93,4 milhões foram repassados aos municípios para acompanhar crianças beneficiárias do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O ponto central do programa é a visita domiciliar de técnicos para mostrar às famílias a maneira correta de estimular o desenvolvimento dos filhos nos primeiros mil dias de vida.
O problema de gestão da política, como aponta o psicólogo Joari Carvalho, que atua em Suzano (SP), é que as prefeituras já desenvolvem ações socioassistenciais e, em busca de mais recursos, em período de orçamentos reduzidos ou congelados, acabam aderindo ao Criança Feliz sem analisar o que terão de investir ou reordenar dos serviços atuais para que o programa funcione e cumpra suas finalidades. Aí reside o problema, pois as equipes municipais já estão comprometidas com ações previstas para os serviços atuais da assistência social, que poderiam ser aprimorados e cobrir adequadamente o atendimento a crianças no período da primeira infância, conforme a lei que regulamenta a Política Nacional da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016). “Bastariam reforço de recursos e apoio técnico das esferas estaduais e federal”, afirma Joari.
Recursos municipais que deveriam ser utilizados em políticas, programas e ações de assistência social estão sendo aparentemente desviados para o cofinanciamento do Criança Feliz. Joari explica: “É um desvio da finalidade da Política de Estado para uma ação pontual de um governo”. Em vez de investir na estruturação do acompanhamento e no atendimento nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), criou-se um programa paralelo, que concorre com ações sociassistenciais ou as sobrecarrega. Apesar de ter objetivos e procedimentos diferentes, o Criança Feliz atribui a gestão dos acompanhamentos às equipes do Cras, em particular à coordenação.
Direitos civis ameaçados pelo Criança Feliz
Na opinião da psicanalista Ilana Katz, a luta pelos direitos civis sempre perde quando se tenta hierarquizar e decidir qual direito é prioritário ou fundamental. “Direitos não se negociam. Nenhum, e para ninguém”, afirma Katz, que enxerga proposição assistencialista nos discursos do governo sobre o programa. Na apresentação do Criança Feliz no portal do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) há referências à inibição do comportamento agressivo e violento na adolescência, ao acompanhamento para famílias beneficiadas pelo Bolsa Família com bebês ou crianças até 3 anos, por meio de assistentes sociais que vão orientar “como criar as crianças em melhores condições”.
Katz vê semelhanças entre os pressupostos do Criança Feliz e os conceitos de infância anteriores à Constituição de 1988. Ela volta no tempo e lembra a história recente do Brasil. Em 1927, a criação do Código de Menores Mello Mattos se baseava em doutrina que afirmava ser dever do Estado assistir os menores abandonados ou de famílias consideradas inaptas ao cuidado do filho. Essa categoria era aplicada às famílias pobres, negras e excluídas dos direitos de cidadania. O saneamento social era a proposta desse código do início da República, que atribuía à infância dos pobres o sentido de periculosidade, como escreveu a pesquisadora Isadora Simões Souza em “Determinantes da institucionalização de crianças e adolescentes em tempos de doutrinação da proteção integral”, sua dissertação de mestrado na Universidade Nova de Lisboa, em 2017.
Em 1979, o Brasil viu segundo Código de Menores nascer. Apesar de alterar o primeiro, manteve as bases jurídicas do documento de 1927. Somente em 1988, a Constituição Federal modificou a compreensão do conceito de infância e da responsabilidade que o Estado tem em relação aos brasileiros dessa faixa etária. Dois anos depois, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) propôs tomá-los como sujeitos de direitos e cidadãos plenos. A categoria “menor” foi abandonada nessa época, e também a doutrina de “situação irregular”, substituída pela de “proteção integral”.
Incapacitação pela pobreza
O programa Criança Feliz propõe acesso a políticas públicas para a infância como norteador da intervenção do visitador domiciliar encarregado do cuidado. Nesse sentido, a psicanalista Ilana Katz avalia que a condição de cidadania da infância estaria sendo respeitada. No entanto, além das políticas públicas para a infância estarem sofrendo impactos do desinvestimento do Estado, a proposição central da tutela presente no discurso sobre o Criança Feliz representa um retrocesso.
Como explica Katz, a dimensão assistencialista do programa do governo federal – ensinar os pais das famílias pobres a zelarem por seus filhos – sustenta a hipótese da “incapacitação pela pobreza” e retira da criança e do adolescente sua condição de sujeito de direitos. Na visão de Ilana, essa abordagem de “um agente do Estado se propor a dar dicas para os pais das famílias pobres sobre como cuidar da criança para que ela não se transforme num adolescente violento” fere os princípios da proteção integral e reassume caráter tutelar da política para a infância.
Joari Carvalho concorda que um dos principais problemas de concepção do programa é a focalização, que beira o discriminatório, em grupos muito específicos – apenas famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) com gestantes ou crianças. “Parece que o Criança Feliz parte do pressuposto de que basta dizer para a família o que tem que ser feito para garantir magicamente o pleno desenvolvimento da criança”, afirma.
Para a formulação de políticas públicas destinadas à infância, na opinião de Joari Carvalho, é necessário pensar as questões culturais, a relação das pessoas com o ambiente, os papéis de pais e mães, a violência nos grandes centros urbanos e, sobretudo, a falta de acesso às políticas sociais básicas a que as pessoas teriam direito, mas o próprio Estado não garante. “Não se discutiu nada disso, somente se mamães e papais estão cuidando da água, se passam repelente na criança. Pode até ter alguma pertinência, mas é uma simplificação grosseira diante da qual não podemos calar. Se a criança não se desenvolve direito, como eles preconizam, a culpa é da família? No meu entendimento, e de outros atores sociais, o desenvolvimento da criança deve ser pensado como resultado de um conjunto de responsabilidades a serem cumpridas também pela sociedade e pelo Estado, e não só das famílias, que acabam sendo culpabilizadas e ficam sem condições de se defender de mais uma violência contra quem já é vítima de inúmeras omissões do poder público”, avalia o psicólogo.
Controle social ignorado
Joari Carvalho ressalta também que não houve o devido diálogo com a sociedade para a criação do Programa Criança Feliz. “O debate ficou restrito aos formuladores.” Segundo Carvalho, muitos setores da sociedade civil foram ignorados ou pouco ouvidos na implantação súbita e verticalizada do Criança Feliz por questionarem o sentido ético e político da promoção, por parte da União, estados e municípios, de práticas inadequadas e praticamente fiscalizadoras do cuidado das famílias com suas crianças.
Exemplo de instituição que se posicionou contrária ao programa foi o Conselho Municipal de Assistência Social de São Paulo (Comas/SP). Em decisão publicada no Diário Oficial de São Paulo no dia 24 de fevereiro, o Comas deliberou pela não adesão de São Paulo ao programa alegando que o governo federal não havia fornecido informações suficientes em relação às questões técnicas operacionais, metodológicas e conceituais da iniciativa encabeçada pela primeira dama Marcela Temer. O Comas/SP também questionou a origem dos recursos federais e considerou que a falta dessa informação poderia “onerar ações continuadas da Política Municipal de Assistência Social existentes”.
Apesar da orientação contrária, a Prefeitura de São Paulo manteve a defesa da implantação do programa, insinuando que não precisava da aprovação pelo Comas/SP. Em agosto, conseguiu a aprovação do Criança Feliz, em processo que implicou alterações de composição do conselho, radicalização dos debates e polarização das opiniões.
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) apoia as entidades (coletivos de usuárias/os e trabalhadoras/es; conselhos municipais e estaduais) que se posicionam criticamente em relação ao Programa Criança Feliz e ao desrespeito ao controle social das políticas de Assistência Social.
Defensor do compromisso da Psicologia com a sociedade
Ele presidiu a Comissão de Orientação e Ética do Conselho Regional de Psicologia do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima (CRP-20) de 2013 a 2014. Foi vice-presidente durante o II Plenário do CRP-20, de 2014 a 2016. No mesmo período, também coordenou o Programa de Formação Continuada para as Comissões de Orientação e Fiscalização e de Orientação e Ética do CRP-20. No III Plenário, foi conselheiro suplente.
Era formado em Psicologia pela Universidade Federal do Amazonas e tinha pós-graduação em Docência do Ensino Profissional e Tecnológico pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam). Seu mestrado foi obtido na Universidade Federal do Amazonas 9Ufam), na área de Processos Psicológicos e Saúde. Foi professor de Psicologia em diversas faculdades de Manaus.
Era do quadro de servidores do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ/AM).
Pautou sua vida e trabalho na defesa de uma Psicologia compromissada socialmente, que pudesse ser acessível aos que procuravam o Sistema de Justiça. Foi do Polo Avançado do Núcleo de Conciliação das Varas de Família do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas. Lá, atuava como mediador em conflitos na área do Direito de Família. Atualmente, era psicólogo do 2o Juizado Especializado no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
Ilmar Costa Lima faleceu no dia 15 de agosto de 2017.
Conselho Federal de Psicologia
Câmara debate assistência psicológica a atletas profissionais
A Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados realiza nesta quarta-feira (16), às 15h, audiência pública para debater a necessidade de incluir a garantia de assistência psicológica continuada aos atletas profissionais de que trata o Projeto de Lei nº 7.683/2017.
O conselheiro-secretário Pedro Bicalho representará o Conselho Federal de Psicologia (CFP) no debate desta quarta-feira. Também estão confirmadas as presenças de Silvio Freitas, do Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio Janeiro (SAFERJ), e o mestre em Direito e pesquisador da Universidade Veiga de Almeida (UVA), Cássio Barreiros.
De acordo com o Projeto de Lei do Senado (PLS) 13/2012, aprovado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, no dia 25 de abril, os clubes esportivos poderão ser obrigados a oferecer atendimento psicológico aos atletas profissionais para ajudá-los a enfrentar o estresse e a ansiedade antes e depois das competições.
Serviço
Audiência na Câmara dos Deputados
Data: 16/08/17 (quarta-feira)
Horário: 15h
Local: Anexo II da Câmara dos Deputados, plenário 04
Assunto: “Debater a necessidade de incluir a garantia de assistência psicológica continuada aos atletas profissionais de que trata o Projeto de Lei nº 7.683/2017.”
Acompanhe e participe do debate online pelo aplicativo da Câmara.
Leia mais sobre o tema:
Senado aprova atendimento psicológico obrigatório a atletas
Comunidades terapêuticas são estabelecimentos de saúde?
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) e 28 entidades da saúde mental, luta antimanicomial e direitos humanos enviaram, no dia 30 de maio, uma Carta à Procuradoria Federal dos Direitos dos Cidadãos do Ministério Público Federal manifestando preocupação sobre a portaria do Ministério da Saúde que classifica as comunidades terapêuticas (CTs) como estabelecimentos de saúde (Portaria SAS/MS nº 1482/2016).
Pela classificação do Ministério da Saúde, as comunidades terapêuticas deveriam figurar como locais voltados à promoção de práticas corporais, artísticas, culturais, físicas, promoção nutricional e educação em saúde. No entanto, inspeções realizadas nos últimos anos demonstram que esses estabelecimentos – na contramão dos princípios da reforma psiquiátrica e da política de redução de danos na saúde mental – têm figurado como ambientes de reprodução das práticas manicomiais e violação de direitos humanos.
Outra questão preocupante, ressaltada pelas entidades, é o gradativo desmonte das políticas públicas de saúde mental, a partir do deslocamento de repasses da Rede de Atenção Psicossocial (RAP) para financiamento das comunidades terapêuticas.
Além dos aspectos relacionados ao atendimento oferecido aos usuários, é necessário avaliar, com critério, como se dá prática psicológica nas comunidades terapêuticas. “Até que ponto as (os) psicólogas (os) conseguem atuar nestes espaços preservando os princípios éticos da profissão?”, questiona o psicólogo clínico Paulo Aguiar, membro do Conselho Federal de Psicologia.
Para discutir essa e outras questões relacionadas à atenção em saúde mental nas comunidades terapêuticas, o CFP vai promover, no dia 15 de agosto, às 16h, o Diálogo Digital – Comunidades terapêuticas são estabelecimentos de saúde?
O bate-papo, que será transmitido ao vivo pelo site www.cfp.org.br, contará com as presenças do psicólogo Paulo Aguiar, membro do Conselho Federal de Psicologia; da procuradora federal Deborah Duprat, da Procuradoria dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF); do psicólogo Lucio Costa, perito do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT); de Leonardo Penafiel Pinho, presidente da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol) e membro do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH); e da psicóloga Fernanda Magano, vice-presidente da Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi).
Você pode participar do Diálogo Digital – Comunidades terapêuticas são estabelecimentos de saúde? em tempo real, enviando perguntas pelo Youtube, Facebook e Twitter com a #DialogosCFP ou pelo e-mail comunica@cfp.org.br.
Diálogos Digitais
Comunidades terapêuticas são estabelecimentos de saúde?
Data: 15 de agosto de 2017 (terça-feira)
Hora: 16h
Transmissão ao vivo pelo site www.cfp.org.br
Confirme presença aqui: https://www.facebook.com/events/289598954849689/
Conheça os convidados do Diálogo Digital – Comunidades terapêuticas são estabelecimentos de saúde?
Deborah Duprat
Subprocuradora-geral da República, procuradora federal dos Direitos do Cidadão no Ministério Público Federal. Mestre em Direito e Estado pela Universidade de Brasília (UnB).
Fernanda Magano
Vice-presidente da Federação Nacional de Psicólogos (Fenapsi) e presidente do Sindicato dos Psicólogos no Estado de São Paulo (SinPsi-SP). Psicóloga no Núcleo de Observação Criminológica da Coordenadoria de Saúde da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo.
Leonardo Pinho
Presidente da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol), membro da Mesa Diretora do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e diretor da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme).
Lúcio Costa
Psicólogo perito do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT). Mestre em Educação, Sociedade e Movimentos Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (UFScar) e pesquisador no Observatório Nacional de Saúde Mental e Justiça Criminal da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Paulo Aguiar
Psicólogo clínico, membro do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e coordenador da pós-graduação em Saúde Mental e Dependência Química do Centro Universitário Redentor do Rio de Janeiro, realizada pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE) em cursos do Recife (PE).
9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas
Criada por decreto da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1995, o Dia Internacional dos Povos Indígenas, comemorado em 9 de agosto, é resultado da atuação de representantes de povos indígenas. A data chama a atenção para que os ataques sofridos por essas populações em seus territórios sejam interrompidos, após mais de 500 anos da expansão das formas de sociabilidade e exploração impostas aos indígenas, principalmente, pelos povos de origem europeia.
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) é solidário aos 850 mil indígenas, distribuídos em mais de 200 etnias, que habitam o território nacional, e às populações indígenas do planeta. A psicóloga Marisa Helena Alves, integrante do CFP, lembra que “a instituição defende o direito à terra, à qualidade de vida, à cultura e aos direitos humanos”. Inclusive, recentemente, manifestou repúdio às ações da polícia, que, em 25 de abril de 2017, tentaram impedir a manifestação pacífica dos povos indígenas em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, utilizando bombas de efeito moral e gás lacrimogênio.
O Sistema Conselhos de Psicologia reafirma seu compromisso com a promoção e a garantia de direitos dos povos indígenas do Brasil, ratificado no I Encontro Nacional Psicologia, Povos Indígenas e Direitos Humanos, realizado em Dourados, entre 7 e 9 de agosto de 2013.
Saiba mais
O livro Psicologia e povos indígenas apresenta contribuições de lideranças indígenas de São Paulo, psicólogos, antropólogos e outros profissionais da área que participaram dos diálogos interdisciplinares promovidos pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo entre 2007 e 2009.
A obra Povos indígenas e Psicologia – a procura do bem viver reúne novas referências para o debate sobre a relação entre a Psicologia e os povos indígenas, obrigando-nos a assumir nossa identidade latino-americana.
#Psi55anos: Toda Psicologia nos interessa
No dia 27 de agosto, o Brasil celebra o Dia da/o Psicóloga/o. A data relembra a regulamentação da profissão há 55 anos por meio da Lei nº 4.119/1962. Em todos os Estados, entidades da Psicologia estão promovendo atividades em homenagem a essa categoria profissional que tem como marca o compromisso com a transformação da realidade social, articulada à promoção direitos humanos. Para reforçar a divulgação dessa agenda comemorativa, Conselhos Regionais e o Conselho Federal de Psicologia (CFP) decidiram fazer uma ação coletiva, utilizando a hashtag #Psi55anos.
A ideia é compartilhar a programação nacional de eventos e também mostrar a riqueza da prática psicológica exercida pelas (os) quase 300 mil psicólogas (os) brasileiras (os).
Você pode fazer parte desta ação. Atualize a foto do seu perfil (http://bit.ly/Psi55anos) e divulgue nas redes sociais a programação do Dia da/o Psicólogo/a na sua cidade utilizando a hasthtag #Psi55anos. Você também pode fazer fotos, vídeos e postagens compartilhando sua experiência de trabalho e sua prática psicológica.
Campanha #Psi55anos
A campanha nas redes sociais #Psi55anos é a primeira ação coletiva da Rede de Comunicação Distribuída do Sistema Conselhos de Psicologia. O projeto colaborativo, iniciado em julho, já conta com a participação de 18 conselhos regionais (CRP-01, CRP-02, CRP-03, CRP-04, CRP-05, CRP-06, CRP-09, CRP-10, CRP-12, CRP-13, CRP-14, CRP-16, CRP-17, CRP-18, CRP-19, CRP-20, CRP-22 e CRP-23). O objetivo é envolver as equipes de comunicação de todos os 23 Conselhos Regionais e do Conselho Federal de Psicologia. A constituição da rede de contatos é um primeiro passo para a elaboração do Plano de Comunicação Colaborativo do Sistema Conselhos, conforme decidido na última Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia (Apaf).
Toda Psicologia nos interessa
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai realizar, dia 21 de agosto, rodas de conversa transmitidas pela internet com o tema “Toda Psicologia nos Interessa – 55 anos da profissão no Brasil”. O evento vai reunir psicólogas (os) de várias partes do país para dialogar sobre diferentes abordagens da Psicologia e os vários espaços sociais em que psicólogas (os) podem exercer suas atividades profissionais.