Nota de pesar – Sylvia Leser de Mello

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) lamenta o falecimento da filósofa Sylvia Leser de Mello, intelectual e docente que dedicou grande parte da sua vida e obra ao desenvolvimento da Psicologia Social.

Sylvia era professora do Departamento de Psicologia Social (PST) do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), promovendo a intersecção entre filosofia, literatura e a Psicologia. Entre suas linhas de estudo, estão a Interação Social, O Homem no Trabalho e Economia Solidária.

Sylvia Leser nasceu em São Paulo, em 8 de abril de 1935. Seu caminho acadêmico começou com o curso de Filosofia na USP, concluído em 1961. Mas foi na França que seus passos se cruzaram com o caminho da Psicologia Social, a partir de um estágio na então chamada École Pratique des Hautes Études (EPHE).

De volta ao Brasil, começou a lecionar na Universidade de São Paulo (USP). Em 1970, com a criação do Instituto de Psicologia, Sylvia passou a ministrar aulas. Em seus trabalhos, Sylvia Leser mesclou e criou a partir da relação entre a Psicologia e as diferentes áreas do saber, como a Literatura e a Filosofia.

Sylvia Leser possui diversos artigos e livros publicados, além de ter colaborado em muitos outros. Entre suas publicações na Psicologia Social, estão as que tratam da relação do trabalho com o homem. “O trabalho é central na vida dos homens. Essa atividade concentra grande parte da sua vida útil, ela define o lugar que ele ocupa na sociedade” afirma Sylvia.

Entre os livros que publicou, está o chamado “Trabalho e sobrevivência: mulheres no campo e na periferia de São Paulo”. De 1988, a obra trata da relação das mulheres com o trabalho. As relações familiares também são outro assunto constante em seus textos.

Na USP, a docente foi fundadora do Laboratório de Estudos da Família, Relações de Gênero e Sexualidade (LEFAM), em 1993; criadora da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP), em 1998; e a fundadora do Núcleo de Economia Solidária (NESOL).

Em 2011, a Revista Ciência e Profissão, editada pelo Conselho Federal de Psicologia, publicou artigo em homenagem à Sylvia Leser. Em 2003, ela recebeu do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP-06/SP) o título de reconhecimento pelo seu compromisso social com a Psicologia no Brasil.

Em sua trajetória pessoal e profissional, Sylvia Leser inspirou muitas pessoas com sua coragem, sensibilidade e sua incansável luta pelos Direitos Humanos e pelo desenvolvimento de uma Psicologia crítica e com comprometimento político e social.

Sylvia Leser de Mello, presente!

 

CFP toma posse em nova gestão do Conselho Nacional dos Direitos Humanos

O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) deu posse às novas conselheiras e conselheiros eleitos para o biênio 2020-2022. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) segue com representação no colegiado, desta vez representado pelo ex-presidente do CFP, Rogério Giannini, como segundo suplente do CNDH. Desde 2014, esta é a quarta vez que o CFP tem representação no CNDH.

O Conselho Nacional de Direitos Humanos é um órgão do estado brasileiro, desvinculado ao governo e com independência funcional. É um órgão colegiado de composição paritária entre poder público e sociedade civil que tem por finalidade a promoção e a defesa dos direitos humanos no Brasil através de ações preventivas, protetivas, reparadoras e sancionadoras das condutas e situações de ameaça ou violação desses direitos, previstos na Constituição Federal e em tratados e atos internacionais ratificados pelo Brasil.

Ao assumir assento no CNDH, o Conselho Federal de Psicologia cumpre sua função precípua de autarquia federal que deve servir de órgão consultivo em matéria de Psicologia.

Conselho Nacional dos Direitos Humanos

De acordo com o texto da Lei 12.986/14, o CNDH terá 22 membros. Destes, onze serão da sociedade civil – nove representantes eleitos, um da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e um do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos estados e da União. Outros onze serão representantes do Poder Público. Todas(os) as(os) conselheiras(os) terão mandato de dois anos. Saiba mais sobre o processo eleitoral

Acompanhe ao vivo a APAF virtual de dezembro de 2020

A Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia (Apaf) virtual acontece nesta sexta (11), dia todo, e sábado (12), pela manhã. Os dois dias da reunião serão transmitidos em tempo real, a partir das 9h, pelo site e redes sociais (Youtube e facebook) do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

Realizada pelo menos duas vezes ao ano, a Assembleia do Sistema Conselhos é composta por conselheiros federais e regionais de Psicologia. O CFP tem até três delegados e o número de representantes regionais varia de um a três, dependendo do número de profissionais inscritos no CRP.

A Apaf foi criada durante o II Congresso Nacional da Psicologia (CNP), em 1996, como instância deliberativa do Sistema Conselhos de Psicologia. Entre suas atribuições, a Apaf toma decisões que influenciam as ações na gestão do Sistema Conselhos e também delibera acerca de ações estratégicas para a Psicologia e para a sociedade.

AO VIVO APAF – Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças – 11/12/2020 – Manhã

 

AO VIVO APAF – Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças – 11/12/2020 – Tarde

AO VIVO APAF – Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças – 12/12/2020 – Manhã

Saúde Mental da População Negra: um olhar para uma Psicologia Antirracista

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) promove, no dia 15 de dezembro, às 17h, a live sobre o tema “Saúde Mental da População Negra: um olhar para uma Psicologia Antirracista”, com transmissão ao vivo pelas redes sociais do CFP.

É recorrente o estado de violência, injustiça e desigualdade provocadas pelo racismo e por seus distintos mecanismos. Sendo assim, o evento tem como objetivo mobilizar psicólogas e psicólogos para o enfrentamento ao racismo. Pretende-se, ainda, fomentar discussões sobre os efeitos e as consequências do racismo na saúde mental da população negra, com foco no fazer da Psicologia.

A atividade será mediada pela presidente do CFP, Ana Sandra Fernandes (CRP 13/5496), e contará com a participação da psicóloga (CRP 02/10078) Maria Conceição Costa, da Coordenação Geral da Articulação Nacional de  Psicólogas(os) Negras(os) e Pesquisadoras(es) (ANPSINEP) e do psicólogo (CRP-06/122044) Igo Ribeiro, também integrante da ANPSINEP.

A transmissão terá início às 17h e poderá ser acompanhada pelas redes sociais do CFP.

Conheça as(os) participantes:

Ana Sandra Fernandes
(CRP 13/5496)

Atual presidente do CFP, foi vice-presidente do Conselho na gestão 2016/2019. É
psicóloga clínica e professora do curso de Psicologia do Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ).

Maria Conceição Costa
(CRP-02/10078) 

Psicóloga integrante da ANPSINEP.  Doutoranda de psicologia clínica Unicap e pesquisadora da clínica antirracista e mestra em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Igo Ribeiro
(CRP-06/122044)

Psicólogo e mestre em Psicologia e Sociedade pela Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) e integrante da ANPSINEP.

CFP pela Saúde Mental da População Negra

Em 2002, o CFP lançou a  Resolução 018/2002, que define que profissionais da Psicologia devem atuar segundo os princípios éticos da profissão contribuindo com seu conhecimento para refletir sobre o preconceito e para eliminar o racismo.  A resolução diz, ainda, que profissionais não devem utilizar instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação racial. 

Em novembro de 2018, a campanha “Todo racismo é uma forma de violência”, foi lançada pelo CFP, com o intuito de dar voz às populações negra, cigana, quilombola e indígena. Veja as peças da campanha (banner, cartaz, adesivos e folder).

O CFP está no Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), durante o biênio 2019/2020. O CNPIR é órgão colegiado, de caráter consultivo, com a missão de propor políticas de promoção da igualdade racial, com ênfase na população negra e outros segmentos raciais e étnicos da população brasileira vulnerabilizados pelo racismo e a discriminação.

Em junho de 2020, o CFP realizou um ato virtual para discutir o papel da Psicologia no enfrentamento ao racismo. A atividade compôs a programação da Marcha Virtual pela Vida, que discutiu a  importância da vida, da democracia, da ciência, do SUS, da solidariedade, do meio ambiente e do respeito à Constituição Federal para a defesa dos direitos humanos, sobretudo diante da pandemia da Covid-19.

Mais recentemente, em outubro deste ano, o CFP assinou o manifesto da ANPSINEP em defesa de uma Psicologia comprometida com a saúde mental da população negra. O manifesto destaca que as crises econômicas, sociais, políticas e democráticas atingem de maneira mais severa a população negra, agravando a desigualdade, o racismo estruturante e suas múltiplas formas de violência. Tudo isso tem impactos na saúde mental da população negra.

E, em breve, o CFP vai lançar uma edição especial da Revista Psicologia: Ciência e Profissão (PCP) sobre o tema “Relações Raciais e a Psicologia Brasileira”, que vai abordar o enfrentamento ao racismo, as políticas de combate ao racismo institucional e, em especial, sobre a interface das relações raciais nas práticas psicológicas e/ou nos processos de trabalho da Psicologia.

 

Psicólogas e assistentes sociais nas Escolas já

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) participou, na terça-feira (20), de audiência promovida pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para discutir a regulamentação da Lei federal 13.935, de 2019. A norma já está em vigor e determina a prestação de serviços de Psicologia e de Serviço Social nas redes públicas de educação básica.

Além do CFP, várias entidades civis participaram da audiência para garantir a regulamentação e a implementação da medida em municípios de Minas Gerais e nos demais municípios: o Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-04), a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) e o Conselho Federal e o Regional (MG) de Serviço Social.

Mesmo a norma já estando em vigor há quase um ano, poucos estados e municípios fizeram a devida regulamentação e implementação da medida. A conselheira do CFP, Adinete Sousa da Costa Mezzalira, participou da audiência, em que defendeu essa mobilização política para pensar e construir coletivamente estratégias para a regulamentação da Lei. Além disso, a conselheira lembrou a importância da efetiva contratação de psicólogas(os) e assistentes sociais nas redes públicas de ensino por meio de concursos públicos.

“Estamos bastante esperançosas com o diálogo realizado na audiência pública com a participação do poder público, entidades, categorias e sociedade mineira”, afirmou a conselheira do CFP. Além disso, Adinete informou que a atividade servirá como subsídio técnico para o Poder Legislativo de Minas Gerais para garantir as providências necessárias ao cumprimento das disposições previstas na Lei 13.935.

Para o integrante do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-04/MG), Celso Francisco Tondin, que também participou da audiência, sobre o processo de regulamentação da Lei 13.935/2019, em Minas Gerais, o Conselho Regional tem investido esforços pela aprovação de leis municipais e estadual, além dos decretos. “Entendemos que estes dispositivos trazem maior garantia à implementação da lei federal, sendo a audiência pública realizada uma das estratégias nesse sentido”.

Segundo Tondin, a expectativa é que o orçamento de 2021 do estado mineiro inclua recursos para implementação da lei e que seja aprovada uma lei estadual coerente com a lei federal e voltada à realidade local.

Confira o vídeo da audiência, na íntegra:

Mobilização, luta e vitória

O Conselho Federal de Psicologia (CFP), demais instituições que compõem o Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia (FENPB) e o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) realizaram diversas atividades e mobilizações junto aos congressistas pela aprovação do PL. Foram inúmeras conversas e audiências com parlamentares, mobilização que garantiu a aprovação no Congresso Nacional e, depois, a derrubada do veto integral da Presidência da República ao PL nº 3.688/2000.

 

Veja todas as ações de mobilização sobre o tema

CFP debate emergências e desastres em Diálogo Digital no próximo dia 20

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai promover, na quinta-feira (20), às 16h, o Diálogo Digital sobre o tema “Emergências e Desastres”. O evento vai reunir especialistas, gestoras(es) e comunidade sobre o tema e será transmitido ao vivo pelas redes sociais do CFP (facebookYoutube e Instagram). Participe mandando perguntas para comunica@cfp.org.br.

O debate on-line do próximo dia 20 terá a participação da psicóloga e conselheira do CFP, Marisa Helena Alves; a psicóloga doutora em Psicologia Social, Ângela Elizabeth Lapa Coêlho; a psicóloga integrante da Comissão de Psicologia de Emergências e Desastres e conselheira do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais, Cristiane Santos de Souza Nogueira; e a psicóloga certificada investigadora de acidentes aeronáuticos e de Fatores Humanos na Aviação, Maria da Conceição Correia Pereira.

Diante das situações cada vez mais recorrentes de calamidades públicas e de desastres no Brasil, como chuvas, secas, incêndios, rompimento de barragens, fluxos migratórios e outros, o CFP e os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) reforçam seu papel de orientar e promover estratégias de atuação que garantam acolhimento para pessoas afetadas por emergências e desastres, bem como orientam a categoria com protocolos de atuação nesses casos.

A Psicologia como ciência e profissão tem mantido, ampliado e aprofundado o compromisso com a temática relacionada às emergências e desastres e vem buscando espaços para contribuir nas políticas públicas de defesa civil, como assistência social, saúde, habitação e outras, ao mesmo tempo que alinha suas referências com a agenda mundial da redução de riscos de desastres nas ações humanitárias, construindo referências de atuação em emergências e desastres calcadas na experiência e no acúmulo teórico sobre o tema.

Desde 2005, o CFP vem atuando na temática Psicologia e Desastres. Recentemente, em 2018, foi formado um grupo de trabalho no CFP com o propósito de articular as ações da autarquia sobre riscos e desastres, ampliando as discussões sobre o tema e promovendo a participação dos CRPs, categoria e movimentos sociais. No mesmo ano, também foi iniciada a elaboração de Referência Técnica sobre atuação da Psicologia em Emergências e Desastres.

Saiba mais sobre as participantes desta edição do Diálogo Digital:

Marisa Helena Alves

Conselheira do CFP, é professora universitária em saúde pública e atuou na área de Saúde Mental em serviços de atenção e gestão. Atualmente, é a conselheira do Conselho Nacional de Saúde (CNS), representando o CFP, e tem assento na Comissão Intersetorial de Saúde Mental (CISM).

Ângela Elizabeth Lapa Coêlho

Foi coordenadora do curso de Psicologia do Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) de 2011 a 2017. Tem experiência em diferentes áreas da Psicologia, como Psicologia Social e da Saúde; em aspectos psicossociais das emergências e dos desastres e desenvolvimento humano em situações de risco
social e individual.

Cristiane Santos de Souza Nogueira

Psicóloga, coordenadora de Saúde Mental de Itaúna, professora universitária, coordenadora da Comissão de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas e integrante da Comissão de Psicologia de Emergências e Desastres do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais.

Maria da Conceição Correia Pereira

Psicóloga certificada investigadora de acidentes aeronáuticos e de Fatores Humanos na Aviação. É professora do Instituto Tecnológico de Aeronáutica e da Professor da UNINASSAU – Recife (PE). Tem experiência em temas como aviação, segurança e proteção, gerenciamento de recursos de tripulação, gerenciamento de crises, psicologia das emergências e desastres.

CFP assina nota sobre educação a distância na área da Saúde

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) tem acompanhado e participado de ações em prol da formação qualificada na área da Saúde e é signatário de nota pública do Fórum dos Conselhos Federais da Área de Saúde (FCFAS) contra a Portaria MEC 2117/2019, que aumenta de 20% para até 40% a carga horária por Ensino a Distância (EaD) permitida nos cursos presenciais na área da Saúde. O CFP e os demais conselhos de saúde solicitam a imediata revogação da referida portaria.

O CFP participa do FCFAS, representado pela conselheira Marisa Helena Alves, que compõe a Comissão de Educação do fórum e acompanhou a elaboração e assinatura da nota.

O Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde é composto por 14 profissões da área da Saúde e foi criado para discutir e deliberar sobre assuntos de interesse das profissões da saúde no Brasil.

Em dezembro do ano passado, o CFP divulgou nota de repúdio ao aumento da oferta da carga horária na modalidade EaD, elaborada pela Assembleia de Políticas, da Administração e das Finanças (APAF) do Sistema Conselhos de Psicologia, em consonância com a Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP), o Fórum de Entidades Nacionais da Psicologia Brasileira (FENPB) e diversos conselhos profissionais da área da Saúde.

Confira a nota do Sistema Conselhos de Psicologia sobre o tema

CFP abre processo seletivo para contratação de estagiária(o) do Crepop

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) abriu seleção para uma vaga estágio no Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), para estudantes dos cursos de Psicologia, Ciências Sociais, Sociologia, Antropologia e Ciência Política. O processo seletivo para a vaga se inicia dia 27 de janeiro e se encerra em 9 de fevereiro.

As(Os) candidatas(os) deverão ter os seguintes pré-requisitos: estar regularmente matriculada(o) em um dos seguintes cursos (bacharelado): Psicologia, Ciência Sociais, Sociologia, Antropologia ou Ciência Política; ter cursado (com aprovação) a disciplina de Metodologia de Pesquisa/Técnica de Pesquisa ou equivalente, mediante comprovação; ter disponibilidade de 30h semanais (manhã ou tarde); demonstrar interesse/atuação nas áreas de Direitos Humanos, Movimentos Sociais, Estado, Políticas Públicas e Metodologia de pesquisa em Ciências Sociais; ter conhecimento de informática (Word, Excel, Power Point e Internet); demonstrar bom nível de redação, boa relação interpessoal e trabalho em equipe.

São, ainda, diferenciais para a seleção: ter participado de projetos de pesquisa durante o curso; ter atuação em movimentos sociais; conhecimento de sistemas estatísticos de análise quantitativa.

Para participar do processo seletivo, as(os) estudantes interessadas(os) deverão enviar o currículo (vitae ou lattes) para o e-mail crepop@cfp.org.br até o dia 9 de fevereiro. O valor da bolsa de estágio é R$ 888,14, mais auxílio transporte. A vaga é para Brasília, onde se localiza a sede do CFP.

Mais informações sobre o processo estão disponíveis neste documento. 

O CREPOP

O Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas do Conselho Federal de Psicologia (CREPOP/CFP) é um instrumento do Sistema Conselhos de Psicologia que tem como principal objetivo realizar investigações sobre a prática profissional de psicólogas(os) para produzir Referências Técnicas de orientação para a categoria. Constitui-se como um espaço pedagógico privilegiado e de grande potência na formação de profissionais implicadas(os) ética e politicamente que contribua para uma atuação crítica de psicólogas(os) engajadas(os) na garantia de direitos e na defesa das políticas públicas.

STF extingue ação contra Resolução CFP n° 01/99

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta segunda-feira (20) o arquivamento da Ação Popular contra a Resolução CFP nº 01/99 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), movida por um grupo de psicólogas(os) defensoras(es) do uso de terapias de reversão sexual.  Isso significa que continuam válidas todas as disposições da Resolução CFP nº 01/99.

A decisão da ministra Cármen Lúcia reafirma a integralidade da Resolução CFP n° 01/99, que determina que não cabe a profissionais da Psicologia no Brasil o oferecimento de qualquer tipo de prática de reversão sexual, uma vez que a homossexualidade não é patologia, doença ou desvio.

Em setembro de 2018, o CFP ingressou no STF com reclamação constitucional solicitando a suspensão dos efeitos da sentença e a extinção da Ação Popular que buscava anular a Resolução.

Em abril de 2019, a ministra Cármen Lúcia havia concedido liminar, determinando a imediata suspensão da tramitação da Ação Popular e todos os efeitos de atos judiciais nela praticados. Agora, a decisão definitiva confirma a liminar, o que evidencia a competência do CFP para editar orientações à categoria de profissionais da Psicologia.

A Resolução CFP nº 01/99 completou 20 anos em 2019. Com a decisão, fica evidente que a Psicologia brasileira não será instrumento de promoção do sofrimento, do preconceito, da intolerância e da exclusão.

Leia a decisão na íntegra.

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Saúde mental de janeiro a janeiro

Saúde Mental se debate o ano inteiro. Por isso, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) iniciou o ano com o Diálogo Digital “Saúde mental de janeiro a janeiro”, realizado no último dia 16 de janeiro, na sede do CFP e transmitido on-line. Após o debate, as(os) participantes falaram um pouco mais sobre o mote do Diálogo Digital. Na compreensão das(os) debatedoras(res), a Saúde Mental deve ser tratada em todos os níveis de cuidados, durante todo o ano, prezando pelo desenvolvimento de ações e políticas públicas que favoreçam o acesso à direitos; o bem-estar físico, psíquico e social; a qualidade de vida; enxergando nesses cuidados não só o indivíduo e suas subjetividades, mas todas as coletividades.

Para o psicólogo clínico, docente e pesquisador em saúde mental e ações terapêuticas, Thiago Petra, a saúde mental faz parte do cotidiano de uma prática e de uma luta da Psicologia que envolve constantemente um cronograma de ações para se efetivar. Sendo assim, o diálogo deve ser constante sobre esse tema, já que a Psicologia possui vários marcos temporais e históricos sobre o assunto. Petra lembra que durante o mês de maio, por exemplo, temos a questão da luta antimanicomial; em outubro temos o Dia Mundial de Saúde Mental. Também temos períodos durante o ano em que ocorrem as conferências, fóruns, congressos sobre Saúde Mental ou temas transversais em todo o país.

A psicóloga e conselheira do CFP, Marisa Helena, lembra que o Conselho sempre pautou a discussão sobre esse assunto. “Especificamente esse ano o tema ganha grande dimensão, devido a possibilidade de realização da V Conferência sobre Saúde Mental, como um espaço de discussão onde serão trazidas todas as temáticas relacionadas, assim como movimentos sociais e pessoas para promover esse diálogo”. A conselheira Marisa reforça que a realização da V Conferência permite que a Psicologia e demais entidades realizadoras desse evento contribuam com políticas para o setor. “Nós não vamos só ficar no discurso, vamos trazer contribuições para sociedade”.

Marisa Helena também falou sobre a importância da atuação da Psicologia pelo desenvolvimento de Políticas de Proteção Social, desde o período de formação da(o) futura(o) psicóloga(o). Para ela, toda essa proteção passa pela compreensão de processos coletivos. “Durante o período de formação de psicólogas, muitas vezes, existe uma dificuldade para que sejam feitas leituras de problemas do cotidiano, dos agravantes dos transtornos para a população e da dificuldade da vida das pessoas, como a retirada de direitos. Esses são fatores desencadeantes de problemas, de dificuldades das pessoas conviverem no cotidiano”.

O psicólogo especialista em Saúde Mental pela Universidade Federal de São Carlos, Marcos Garcia, completou falando que “estudos consolidados do mundo inteiro mostram que violação de direitos humanos comprometem a saúde mental, assim como a ausência de políticas de proteção social”. Segundo ele, temas como machismo, violência doméstica, diferenças salariais, atribuição de cuidados dos filhos às mulheres, a questão racial, as reformas trabalhista e previdenciária são temas que precisam do olhar mais atento das(os) profissionais que lidam com saúde mental, com o intuito de pensar políticas de proteção social.